Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 14 Abril 2020

Na imprensa internacional o destaque vai para as exportações chinesas que não encolheram tanto quanto o esperado em março. Em Bruxelas começa-se a pensar na dimensão do fundo de recuperação.

Na China, as exportações e as importações não afundaram tanto quanto o esperado em março, dando ânimo à recuperação económica. Na Europa, essa recuperação passará por um fundo europeu que, segundo a Comissão Europeia, poderá ir até aos 1,5 biliões de euros. Em Espanha, a Inditex paga os salários de abril por inteiro sem recurso a ajuda do Estado. Na Alemanha, a sucessão de Merkel será adiada para dezembro. Em França, o Governo pede bom senso no uso dos apoios estatais.

CNBC

Exportações chinesas afundam, mas não tanto quanto o esperado

As vendas das empresas chinesas ao exterior baixaram 6,6% em março, em comparação homóloga, e as importações encolheram apenas 0,9%. Os economistas consultados pela Reuters esperavam quedas de 14% e de 9,5%, respetivamente. No acumulado de janeiro e fevereiro, as exportações afundaram 17,2% e as importações 4% por causa do impacto da pandemia que teve início na China no final do ano passado.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Handelsblatt

Fundo europeu para a recuperação pode ter até 1,5 biliões de euros

O Eurogrupo acordou que a União Europeia precisa de um fundo europeu para a recuperação económica pós-pandemia. Contudo, ficou em aberto qual será a sua dimensão e como virá a ser financiado. Esta terça-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, adiantou ao jornal alemão Handelsblatt, citado pela Reuters, que a União Europeia poderá criar um fundo de recuperação de até 1,5 biliões de euros através de obrigações (dívida) com garantias dos Estados-membros.

Leia a notícia completa no Handelsblatt (acesso livre) ou em inglês na Reuters.

Cinco Días

Inditex vai ao mealheiro para pagar salários por completo

A empresa espanhola Inditex, dona de marcas de roupa como a Zara, pagará os salários dos seus trabalhadores em Espanha por completo em abril através de recursos próprios, descartando para já o uso do ERTE (Expediente de Regulación Temporal de Empleo) para os empregados das lojas que continuam encerradas. Contudo, a empresa não descarta a possibilidade de vir a recorrer a esse mecanismo no futuro.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Sucessão de Merkel adiada para dezembro

A decisão da CDU (democratas cristãos) sobre quem vai suceder a Angela Merkel deverá ser adiada até dezembro por causa da pandemia, após ter sido cancelado o congresso especial que se realizaria este mês. Tal foi admitido pela atual líder, Annegret Kramp-Karrenbauer, que se demitiu, abrindo a porta a uma nova sucessão. O próximo líder da CDU deverá ser o candidato a chanceler nas próximas eleições gerais uma vez que Merkel já deixou claro que não iria candidatar-se a um quinto mandato, ainda que com a atual crise tenha voltado a especulação sobre essa possibilidade.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

França pede a grandes empresas que usem apoios do Estado com bom senso

A ministra do Trabalho francesa, Muriel Pénicaud, pediu pessoalmente às grandes empresas do país que não abusem dos apoios dados pelo Estado para manter o emprego, exigindo “sentido de responsabilidade e comportamento cívico para o bem coletivo”. O mecanismo temporário aprovado pelo Governo francês paga quase todo o salário dos trabalhadores em lay-off. Segundo Pénicaud, a medida já envolve mais de 700 mil empresas e 8 milhões de trabalhadores, cerca de 40% dos trabalhadores do setor privado, e deverá custar cerca de 24 mil milhões de euros, três vezes mais do que inicialmente estimado. O Governo prevê que o défice suba de 3,1% em 2019 para 7,9% do PIB em 2020.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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