Estas empresas já voltaram ao trabalho. Com menos gente e a produzir menos
Para minimizar o impacto económico, várias empresas estão a abrir portas. Com equipas reduzidas, mas também com medidas de contenção apertadas, as empresas tentam dar o pontapé de saída.
Portugal está em estado de emergência. Está praticamente parado, com a economia a sentir um forte impacto do desligar das máquinas em muitas das empresas. Mas aos poucos, o tecido empresarial, que está a ser fortemente afetado por esta pandemia, começa a retomar a atividade, ainda que com equipas reduzidas e pouca produção.
A Bosch, Continental Mabor, Tesca, Sicor, Cordex e Exporplás são exemplos de empresas localizadas a norte que já estão a produzir, mas longe da velocidade de cruzeiro. Rotatividade, turnos, teletrabalho e muitas medidas de contenção acionadas, é este o cenário que as empresas estão a enfrentar para tentar minimizar o prejuízo.
A Bosch que tem fábricas em Ovar, Aveiro e Braga já está de volta ao trabalho, só estas três fábricas empregam mais de cinco mil colaboradores. Todavia, apesar do regresso ainda existem dificuldades. A falta de encomendas é um problema e na Bosch Aveiro um cenário de lay-off não está descartado.
“Já antecipamos férias, já usámos o banco de horas, já esgotámos todas as possibilidades, por isso temos que pensar noutras alternativas para não perdermos postos de trabalho”, explica ao ECO, Jónio Reis, manufacturing vice president na Bosch Termotecnologia, localizada em Aveiro.
Tal como a multinacional alemã, a Continental Mabor, fabricante de pneus, reabriu terça-feira a unidade de produção em Famalicão. Os 2.300 colaboradores vão trabalhar por equipas durante 15 dias, o que manterá limitada a produção.
A fábrica vai funcionar de segunda a sexta-feira com três turnos durante a semana e com metade da equipa a laborar durante 15 dias, sendo que a outra equipa trabalhará nos 15 dias seguintes”, explicou ao ECO fonte oficial da Continental Mabor. A linha de produção vai estar suspensa durante o fim de semana. “Temos de ir avaliando como é que as coisas estão a correr, para já precoce ter um plano completamente delineado”, diz.
Outro exemplo a abrir portas é a Tesca. A empresa localizada em São João da Madeira retomou a produção esta terça-feira com apenas 25% dos colaboradores a laborar, avançou ao ECO, Isabel Tavares, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (Fesete).
A pouco menos de 20 quilómetros, em Ovar, apesar do estado de calamidade pública as empresas começam a tentar voltar à “normalidade”, mas com uma particularidade: só os trabalhadores que residem no município é que podem comparecer nas empresas.
A Sicor, a Cordex e a Exporplás são exemplos de empresas, localizadas no concelho de Ovar que já retomaram a produção. Com equipas mais reduzidas e com todas as medidas de contenção previstas pela DGS.
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