Parlamento vai ouvir António Ramalho e Carlos Costa. Quer ver contrato da venda do Novo Banco
Deputados da Comissão de Orçamento e Finanças também concordaram em pedir informação ao Novo Banco e Fundo de Resolução antes das audições que deverão ter lugar nas próximas semanas.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram por unanimidade a proposta do PAN para a audição do presidente do Novo Banco, António Ramalho, e do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, disse fonte parlamentar ao ECO.
O requerimento foi aprovado com os votos a favor do PAN, PS, PSD, CDS, Bloco de Esquerda, PCP e Iniciativa Liberal. Ainda assim, deputados daquela comissão decidiram que as audições iam abordar não só a questão dos bónus atribuídos à administração do Novo Banco, tal como dizia o requerimento do PAN, mas também outros assuntos que marcaram a agenda nos últimos dias, nomeadamente o aumento de salários e decisões da gestão na venda de ativos que estão na origem das injeções do Fundo de Resolução.
A mesma fonte adiantou que a comissão quer estar na posse de toda a documentação para a realização das duas audições, e por isso vai solicitar, com caráter de urgência, um conjunto de documentos ao Novo Banco e ao Fundo de Resolução. O objetivo ter a informação antes das audições que deverão ter lugar “nas próximas semanas”.
Um dos documentos que tinha sido pedido pelo Bloco de Esquerda foi o contrato de venda do banco aos americanos do Lone Star, em outubro de 2017. Também o PSD enviou ao Novo Banco um pedido de informação sobre operações de venda de ativos.
Na semana passada, o Novo Banco mostrou-se disponível para esclarecer todas as questões aos deputados acerca da gestão do banco nos últimos anos, nomeadamente os prejuízos e as injeções milionárias do Fundo de Resolução (cerca de 3.000 milhões de euros), com recurso a empréstimos do Estado (2.100 milhões), recusando-se ser usado como “arma de arremesso político e em manobras político-mediáticas”.
A tomada de posição do banco surgiu depois das críticas de que tem sido alvo, sobretudo da parte de dirigentes políticos, que questionaram a dimensão das perdas desde que foi vendido ao fundo de private equity americano, com uma garantia pública no valor de 3.890 milhões, e ainda a decisão de atribuir um bónus diferido e condicionado aos membros da administração que totaliza dos dois milhões de euros.
(Notícia atualizada às 19h31)
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