CP sem contrato com Estado só tem dinheiro até junho
Quebra de transporte de passageiros devido à pandemia e a falta de pagamento da compensação anual do Governo pelo serviço público prestado estão a criar dificuldades de liquidez à empresa.
A CP enfrenta dificuldades de liquidez, situação que resulta da pandemia, mas também de o Estado ainda não ter pago a respetiva compensação anual pelo serviço público prestado. Contudo, a empresa de transporte ferroviário terá os salários garantidos, adiantou o Ministério das Infraestruturas ao Dinheiro Vivo (acesso livre).
Por um lado, as receitas da CP estão a ser afetadas pela forte quebra no número de passageiros e das receitas devido à pandemia de Covid-19, sendo que o facto de o Tribunal de Contas ter voltado a devolver ao Governo o contrato de serviço público assinado com a empresa também está a contribuir para os problemas de liquidez. Este documento é crucial para a estabilidade financeira da empresa. Garante que, nos próximos dez anos, a CP receba 90 milhões de euros para compensar o serviço público prestado em todos os comboios, exceto no Alfa Pendular.
Relativamente às dificuldades de liquidez que a empresa enfrenta, fonte oficial do ministério liderado por Nuno Pedro Santos garantiu ao Dinheiro Vivo que “o pagamento de salários da CP está acautelado”, enquanto a transportadora ferroviária diz que, em conjunto com o Governo, está a “tomar as medidas necessárias para garantir o pagamento de todos os compromissos, nomeadamente, salários dos trabalhadores e pagamentos a fornecedores”. O salário de maio foi pago e o mês de junho está garantido.
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