PCP mantém festa do Avante e pede calma às “almas mais inquietas”

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

Jerónimo de Sousa diz que não seria um "drama" se a festa do Avante fosse cancelada, por causa da pandemia. Ainda assim, o líder comunista pediu calma "às almas mais inquietas" com o assunto.

O secretário-geral do PCP admitiu que “não seria um drama”, devido à pandemia de covid-19, cancelar a festa do Avante, e garantiu que não é por dinheiro que os comunistas estão empenhados em realizá-la em setembro.

“Drama não seria” se não se realizasse a festa, afirmou Jerónimo de Sousa, questionado pelos jornalistas, no final de uma reunião com epidemiologistas, em Lisboa, pedindo, com um sorriso, calma às “almas mais inquietas”.

“Descansem as almas mais inquietas que isso não seria determinante para as nossas opções”, numa referência a um eventual dano financeiro nas contas dos comunistas se não se realizasse a festa anual no Seixal, distrito de Setúbal.

De resto, o líder dos comunistas repetiu que o PCP mantém os planos de fazer esta festa partidária, de 04 a 06 de setembro, se houver condições para tal devido ao surto epidémico.

Estamos muito empenhados na realização daquele grande ato político, cultural, de festa, de música, arte, que demonstra que não é um festival. Não estaremos distraídos em relação à evolução que se verificará [quanto ao surto] nestes três meses e meio. Se as condições o permitirem naturalmente realizaremos a festa”, justificou ainda.

Se for possível avançar com a festa, os comunistas têm prometido que vão seguir as regras de segurança e sanitárias que eventual venham a ser definidas pelas autoridades de saúde.

A realização da festa do Avante está envolta em polémica depois de todos os partidos terem cancelado acontecimentos que juntem muitas pessoas e de o Governo ter proibido os festivais de verão até setembro.

O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou indiretamente o assunto, ao afirmar que as regras a definir pelas autoridades sanitárias para festas partidárias ou populares têm de “valer para todos”, por que o novo coronavírus não muda consoante a natureza das iniciativas.

Em 09 de maio, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que a Direção-Geral da Saúde (DGS) definirá “oportunamente” regras para a Festa do Avante, frisando que isso depende da evolução da covid-19, que “ainda é uma incerteza”.

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Páginas Amarelas cria ementas digitais para restaurantes em tempos de Covid

  • ECO
  • 28 Maio 2020

Os restaurantes poderão aderir à solução através do site menudigital.paginasamarelas.pt. Os clientes poderão escolher a refeição através do telemóvel. Os três primeiros meses do serviço são gratuitos.

A Páginas Amarelas criou um “Menu Digital” para ajudar os restaurantes a voltarem a abrir as portas em tempos de pandemia. A solução permite aos clientes escolherem a refeição por telemóvel e os três primeiros meses do serviço são gratuitos.

Os restaurantes interessados poderão aderir à solução através do site menudigital.paginasamarelas.pt, que permite que os clientes escolham as refeições através de uma ementa digital, descarregada diretamente no telemóvel através de QR Code ou link.

O serviço traz outras vantagens, segundo a Páginas Amarelas. A gestão de pedidos passa a ser mais direta, com a possibilidade de comunicação entre o cliente e a cozinha. Além disso, o processo de pagamento e faturação é automatizado: o Menu Digital está preparado para todo o tipo de pagamentos online, bem como para o envio de faturas no formato eletrónico, de forma segura e em conformidade com o Regime Geral de Proteção de Dados, garante a empresa.

“Para facilitar a integração do Menu Digital nas novas rotinas, vamos garantir a oferta do serviço durante três meses”, adianta António Alegre, CEO da Páginas Amarelas, citado em comunicado.

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Ambientalistas querem metade do dinheiro da UE para travar alterações climáticas

Organizações não-governamentais de ambiente de toda a Europa pedem um aumento do financiamento ambiental e climático para 50% do orçamento geral e que os fundos estejam condicionados a metas verdes.

Organizações ambientais portuguesas e europeias, como a Zero e outras, alertaram esta quinta-feira que algumas medidas propostas pela Comissão Europeia para um Fundo de Recuperação verde não vão suficientemente longe e outras estão mesmo ausentes. Ainda assim, “representam um passo importante na direção certa. A Zero está satisfeita em ver o Pacto Ecológico Europeu descrito como estratégia de recuperação da Europa. No entanto, muito mais precisa de ser feito e as propostas estão longe de serem perfeitas”, diz a Zero.

Em comunicado, os ambientalistas dão exemplos do que falta incluir no Green Deal europeu: medidas para travar a poluição tóxica e a destruição de habitats e perda de biodiversidade como as principais causas de novas doenças.

“A ZERO, em linha com outras organizações não-governamentais de ambiente de toda a Europa, pede um aumento do financiamento ambiental e climático de 20% para pelo menos 50% do orçamento geral e que todos os fundos estejam condicionados a metas e padrões verdes”, disse a associação em comunicado.

A proposta apresentada pela Comissão Europeia inclui medidas em áreas como a reabilitação de edifícios, energias renováveis, mobilidade e economia
circular. O investimento total da UE nas medidas propostas nestas áreas pode ser superior a um bilião de euros, com financiamento adicional dos governos nacionais, bem como de fontes privadas.

Diz a Zero que a UE deverá aumentar a infraestrutura de energia renovável e eletricidade com 100 mil milhões de euros por ano para gastar na geração de energia para ajudar a Europa a cumprir as suas metas climáticas. “É fundamental garantir que o dinheiro seja investido em alternativas verdadeiramente ecológicas” e não em nova infraestrutura de gás. É fundamental a avaliação de futuros volumes disponíveis de hidrogénio antes que sejam feitos investimentos em infraestrutura”, recomendam.

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Retoma dá ganhos a Wall Street, mas tensões com o estatuto de Hong Kong preocupam

A tensões entre Washington e Pequim relacionadas com o estatuto de Hong Kong estão a subir de tom e a deixar os investidores preocupados. Ainda assim, desconfinamento continua a dar gás aos mercados.

As bolsas norte-americanas estão novamente a subir. Mas ainda que se mantenha o otimismo em torno do desconfinamento e da retoma das atividades económicas, o agravamento das tensões entre Washington e Pequim está a condicionar as negociações nos mercados norte-americanos.

Nesta penúltima sessão da semana, o S&P 500 e o Dow Jones abriram a valorizar, puxados sobretudo pelos títulos da Boeing. Já o tecnológico Nasdaq está a negociar abaixo da linha de água. O índice de referência, o S&P 500, avança 0,33% para 3.046,28 pontos e o industrial Dow Jones soma 0,58% para 25.698,81 pontos. A contrariar, o tecnológico Nasdaq recua 0,14% para 9.339,16 pontos.

Os investidores continuam animados face aos efeitos do desconfinamento gradual na economia, mas crescem agora as preocupações em torno das tensões entre Washington e Pequim. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu dar uma resposta até ao final da semana à decisão da China de impor uma lei de segurança nacional a Hong Kong, que irá limitar a atividade da oposição política, numa altura em que os protestos pró-democracia ganham voz.

Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo notificou mesmo o Congresso de que a administração de Donald Trump já não considera Hong Kong uma região autónoma da China continental. Tal abre caminho à retirada do estatuto comercial e financeiro preferencial de que Hong Kong tem beneficiado. Em reação, Pequim considerou “bárbara” a decisão dos Estados Unidos.

“O que está a acontecer com Hong Kong parece os primeiros sinais de uma nova Guerra Fria”, explica o analista Jasper Lawler, da London Capital Group, citado pela Reuters. E esse sentimento, dizem os analistas, pode mesmo ameaçar a recuperação dos mercados.

Numa nota positiva, na sessão desta quinta-feira, destaque para os títulos da Boeing, que subiram 3,29% para 154,44 dólares. A fabricante anunciou que irá retomar a produção dos 737 Max, na sua fábrica em Washington. O principal fornecedor da Boeing, o Spirit AeroSystems, também está a beneficiar deste anúncio: as suas ações avançam 1,52% para 24,70 dólares.

Do outro lado da linha de água, destaque para os títulos do Twitter e do Facebook, que recuam 1,6% para 32,54 dólares e 0,66% para 227,62 dólares. Isto depois de Donald Trump ter ameaçado “fechar” as plataformas digitais que “sufoquem” as vozes conservadoras.

A pesar sobre os mercados estão também os dados do desemprego. Cerca de 2,1 milhões de pessoas pediram subsídio de desemprego nos Estados Unidos na semana passada, elevando para 41 milhões os pedidos em dois meses, devido à pandemia de Covid-19.

PIB dos EUA recua 5% no primeiro trimestre

Também esta quinta-feira foi revelado que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 5% no primeiro trimestre de 2020, sob efeito da pandemia de Covid-19, de acordo com uma segunda estimativa do Departamento do Comércio. A queda do PIB foi maior do que o referido inicialmente, uma vez que a primeira estimativa indicava uma contração a um ritmo anual de 4,8%.

Apesar de o primeiro trimestre refletir já parte do impacto da crise causada pela pandemia, os analistas antecipam que o recuo da economia será maior no segundo trimestre. O Departamento do Comércio anunciou também que as encomendas de bens duradouros caíram 17,2%, em abril, a segunda redução mensal consecutiva, devido à paragem da atividade associada às medidas de confinamento para conter a pandemia de Covid-19.

(Notícia atualizada às 15h24 com dados sobre o PIB dos EUA)

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Construção precisa de aumento significativo do investimento público

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

O impacto em termos económicos do estado de emergência é ainda difícil de mensurar, mas a AECOPS avisa que se reflete já nos mais recentes valores dos indicadores disponíveis.

O setor da construção regista em Portugal um menor impacto imediato na sua atividade causado pela pandemia da covid-19, face a outros países europeus, mas necessita de um aumento significativo do investimento público, alertou esta quinta-feira a AECOPS.

De acordo com a Síntese de Conjuntura da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), referente a maio, “ainda que a construção atravesse (…) um período difícil e incerto, regista um menor impacto imediato sobre a sua atividade, uma vez que a declaração de estado de emergência não determinou a suspensão das obras”, como aconteceu na generalidade dos países europeus.

No entanto, a AECOPS alerta para o facto de que a sua evolução “dependerá, em absoluto, das medidas de recuperação económica que vierem a ser adotadas”, as quais, no caso do setor da construção, têm de passar por “um aumento significativo” do investimento público.

O documento refere que o impacto em termos económicos do estado de emergência é ainda difícil de mensurar, mas avisa que se reflete já nos mais recentes valores dos indicadores disponíveis, tanto os relativos à economia em geral, como os referentes ao setor da construção em particular.

A AECOPS sustenta as suas preocupações invocando a estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB) do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro trimestre de 2020 que aponta para uma queda homóloga de 2,4% e uma redução de 3,9%, face ao último trimestre de 2019, ambas em termos reais. E prossegue, salientando que não se registava uma variação homóloga negativa do PIB desde o 3.º trimestre de 2013.

Quanto ao setor da construção, o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19, do INE, e analisando os resultados apurados na semana de 20 a 24 de abril (em pleno estado de emergência), permite constatar que 8,5% das empresas de construção declararam ter suspendido temporariamente a atividade ou encerrado definitivamente. Do total das empresas, 62,9% registaram uma redução no volume de negócios, e num terço dessas a diminuição foi superior a 50%.

Em termos quantitativos o Índice de Produção da Construção, também da responsabilidade do INE, registou, no primeiro trimestre do ano, uma variação homóloga acumulada de -0,6%. “Ainda que esta queda não seja muito expressiva, este índice, que mede a produção da construção em termos mensais, não apresentava uma variação homóloga negativa desde o final de 2016, mostrando, desde então, uma recuperação sustentada, que se verificou até fevereiro de 2020”, lê-se na síntese de conjuntura.

No mesmo sentido, os resultados do primeiro trimestre do Inquérito ao Emprego, do INE, apontam para uma redução de 2,1%, em termos homólogos, do número de trabalhadores do setor da construção, que rondaram os 302 mil até março de 2020 (menos 6,5 mil do que no trimestre homólogo de 2019).

Em termos da procura dirigida ao setor da construção, a AECOPS refere que é de assinalar que, em termos acumulados até ao último mês para o qual existe informação disponível, mantêm-se níveis positivos de intenção de investimento, quer público quer privado.

No entanto, quando analisados os números mensais, no mês de março, a AECOPS adianta que se registaram quebras significativas face à média dos dois meses anteriores, tanto nas licenças emitidas para fins residenciais como não residenciais.

A AECOPS realça ainda que no mês de abril, os valores dos concursos abertos e dos contratos celebrados, no mercado das obras públicas, caíram 49% e 18%, respetivamente, quando comparados com os valores médios mensais apurados no primeiro trimestre do ano. Para que haja um impulso dinamizador na construção, a AECOPS defende ser necessário um “aumento significativo” do investimento público.

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Associação quer IVA único na alimentação para estimular setor dos restaurantes

  • ECO
  • 28 Maio 2020

A APHORT defende que uma taxa única de IVA na alimentação para a restauração iria ajudar o setor de forma "decisiva". Medida não seria aplicada às bebidas.

A APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo defende a criação de uma taxa única de IVA de 6% aplicada a toda a alimentação, considerando que seria uma medida “decisiva” para ajudar a reconstruir o setor da restauração perante o impacto da pandemia.

Segundo a associação, esta medida teria um impacto imediato na restauração, designadamente no restabelecimento da tesouraria dos restaurantes, isto após um primeiro balanço da reabertura do setor que revela um mercado “anémico” e uma procura mais fraca do que seria expectável.

“Se os portugueses vão aos mercados e grandes superfícies e compram produtos alimentares para cozinhar em casa a uma determinada taxa, por que razão é que têm de pagar uma taxa mais elevada se esses produtos forem cozinhados numa outra cozinha?”, questiona Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT.

Para a associação, o IVA neste contexto deverá ser neutral. Nesse sentido, explica a APHORT, “a redução desta taxa deverá ser encarada como uma medida natural”, devendo a redução da taxa incidir exclusivamente sobre os alimentos, deixando de fora as bebidas.

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Trabalhadores independentes podem pedir apoio de maio a partir de sábado

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

No ‘site’ da Segurança Social Direta foi publicada esta quinta-feira a nova data, estabelecendo que o formulário estará disponível ‘online’ a partir de dia 30 de maio, no sábado.

O formulário para os trabalhadores independentes e sócios-gerentes pedirem o apoio criado no âmbito da pandemia covid-19, relativo a maio, ficará disponível na Segurança Social Direta no sábado, podendo ser entregue até 9 de junho.

O prazo de entrega, que decorria inicialmente entre 20 e 31 de maio, já tinha sido alargado na semana passada porque o formulário para pedir o apoio estava “em atualização” há vários dias devido às últimas alterações legislativas, como adiantou então à Lusa fonte do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No site da Segurança Social Direta foi publicada esta quinta-feira a nova data, estabelecendo que o formulário estará disponível ‘online’ a partir de dia 30 de maio, no sábado. “O novo prazo de entrega é de 30 de maio a 9 de junho”, pode ler-se na página da Segurança Social.

Em causa está o apoio extraordinário à redução da atividade económica dos trabalhadores independentes criado em março e alterado várias vezes pelo Governo. A partir de maio, o apoio previsto tem como limite mínimo 50% do valor do IAS (219,41 euros) e como máximo 635 euros.

Por sua vez, também os formulários referentes aos novos apoios, publicados em 7 de maio, para trabalhadores independentes sem contribuições e para os trabalhadores informais estarão disponíveis entre 30 de maio e 9 de junho, segundo o site da Segurança Social.

Em causa está, por um lado, um novo regime para trabalhadores independentes isentos do pagamento de contribuições ou que tenham iniciado atividade há menos de 12 meses, sendo-lhes atribuído um apoio até 219,4 euros.

Já para os trabalhadores que não se encontram enquadrados no sistema de Segurança Social está previsto um apoio de 219,4 euros durante dois meses, desde que se vinculem à Segurança Social durante um período de 24 meses.

As regras para os membros de órgãos estatutários (sócios-gerentes) também foram alteradas em maio, já que o apoio concedido, similar ao dos trabalhadores independentes, passa a ser atribuído aos que registem uma faturação anual de até 80 mil euros (contra anteriores 60 mil euros) e independentemente do número de trabalhadores que tenham a cargo.

O parlamento aprovou entretanto alterações que alargam estes apoios aos sócios-gerentes das micro e pequenas empresas, sem limite de valor de faturação, mas o projeto legislativo – uma iniciativa do PEV alterada pelo PCP – ainda terá de ser aprovado no plenário.

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Dos 304 novos casos de Covid-19, 87% foram na região de Lisboa. Morreram mais 13 pessoas

Aumentaram para 31.596 o número de casos de infetados com coronavírus no país. A esmagadora maioria das novas infeções foram na região de Lisboa.

Portugal registou 304 novos casos de Covid-19, elevando para 31.596 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 0,97%. Nas últimas 24 horas morreram 13 pessoas com a doença, segundo a última atualização ao boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS).

Desde o início do surto em Portugal, a 2 de março, foram detetados 31.596 casos confirmados de Covid-19 no país, ou seja, mais 304 do que os registados no dia anterior. Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 512 estão internados (mais dois que ontem), dos quais 65 nos cuidados intensivos (menos um). Há 1.300 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 27 mil sob vigilância das autoridades de saúde.

No que toca ao número de mortes, há registo de 1.369 óbitos, mais 13 nas últimas 24 horas. Esta quinta-feira foi conhecida a morte da primeira pessoa na faixa etária entre os 30 e os 39 anos. Trata-se de uma mulher que sofria de problemas oncológicos, referiu em conferência de imprensa a diretora-geral da saúde, Graça Freitas.

Boletim epidemiológico de 28 de maio

Em Portugal, já 18.637 pessoas recuperaram da doença, mais 288 pessoas face ao balanço anterior. “Mais de metade dos portugueses infetados com Covid-19 estão recuperados”, apontou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em declarações transmitidas pela RTP3, acrescentado que “a taxa de recuperados é 59%”.

Apesar de o Norte continuar a ser a região mais afetada pelo vírus (com 16.718 casos de infeção e 761 mortes), a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém a tendência de crescimento de número de casos verificada nos últimos dias, com 265 dos 304 novos casos a ser detetados nesta região nas últimas 24 horas (de um total de 10.320 casos e 335 mortes). Segue-se o Algarve (366 casos e 15 mortes) e o Alentejo (257 casos e uma morte). Nas ilhas, os Açores registam 135 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira tem 90 pessoas infetadas.

Situação em Lisboa e Vale do Tejo “mantêm-se estável”

Face à tendência de crescimento de Lisboa e Vale do Tejo, a diretora-geral da Saúde disse que ” a situação mantêm-se estável“, já que se esperavam entre “200 a 300 novos casos e é isso que se está a verificar”. Durante o balanço diário, Graça Freitas assinalou ainda que “nem todos os surtos ativos [em Lisboa] são surtos que começaram agora” e que a situação é bastante diferente da que se registou no Norte do país, no início da epidemia. Na capital, os casos são maioritariamente “de pessoas jovens, infetadas em ambiente laboral” e, portanto, “a taxa de mortalidade não é tão elevada”, concluiu.

Quando questionado sobre as declarações do deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite, relativamente a uma eventual “resposta diferenciada para a região de Lisboa e Vale do Tejo”, Lacerda Sales preferiu não comentar essa possibilidade, remetendo mais explicações para o concelho de ministros de amanhã. “Mas este Governo não tende a adiar nada, toma as decisões certas, nos momentos certos”, garantiu Lacerda Sales.

O secretário de Estado da Saúde adiantou também que chegou esta semana um avião com 60 ventiladores da China para reforçar o Sistema Nacional de Saúde no combate à pandemia. “Estão agora em Portugal cerca de 160 ventiladores da encomenda de 500 realizada pela administração central dos sistemas de saúde“, disse.

Quanto às dúvidas levantadas por diversos estudos relativamente à hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19, a DGS garante que está a acompanhar a situação, bem como a fazer uma avaliação do tema. “Será emitida uma recomendação a muito breve prazo”, garantiu Graça Freitas.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h14)

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Governo estuda desconfinamento mais lento em Lisboa a 1 de junho

O Governo estará a estudar avançar com uma terceira fase de desconfinamento a duas velocidades, com a manutenção de algumas restrições em Lisboa e Vale do Tejo, onde o surto de Covid-19 mais preocupa.

O Governo estará a estudar a adoção de uma terceira fase de desconfinamento mais lenta em Lisboa e Vale do Tejo, perante ao surgimento de novos focos de infeção por coronavírus nesta região. A notícia foi revelada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo e Sousa, e pelo deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite, a saída de uma reunião de avaliação da situação epidemiológica no Infarmed.

Esta “fase diferenciada” de desconfinamento em Lisboa poderá passar pelo não levantamento de algumas restrições previstas para a terceira fase de reabertura da economia nesta região, que terá lugar a 1 de junho, sem prejuízo do alívio dessas medidas nas demais regiões do país. Assim, para a próxima segunda-feira, o Governo poderá decidir adotar um desconfinamento a duas velocidades no país, uma decisão que deverá ser tomada e conhecida esta sexta-feira, dia de reunião do Conselho de Ministros.

“Não se pode falar de descontrolo em Lisboa e Vale do Tejo”, começou por tranquilizar o Presidente da República. No entanto, o chefe de Estado avisou que “o que se passa hoje em Lisboa e Vale do Tejo deve ser ponderado e vai ser [ponderado] nas decisões do Governo nos próximos dias e semanas, nomeadamente o que tem a ver com 1 de junho e depois”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o problema reside numa “especial atenção e preocupação” com a situação epidemiológica em Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente pelo facto de o número de infeções provocadas por cada pessoa infetada ainda ser superior a 1, acima da média do resto do país. Além disso, esta região da capital continuar a ver o número de casos a subir acima da média do restante território e o número de óbitos, além de não ter decrescido, terá mesmo acelerado ligeiramente.

Já o deputado e vice-presidente da bancada do PSD, Ricardo Baptista Leite, foi ainda mais longe. “O Governo disse que iria ponderar, eventualmente, uma resposta diferenciada para a região de Lisboa e Vale do Tejo”, garantiu, à saída da reunião, em declarações transmitidas pela RTP3. “O que vimos é que, para além do aumento do número de casos de infeção, Lisboa e Vale do Tejo é a única região onde não se verifica uma descida contínua do número de óbitos”, indicou.

O Governo vai desenhar, ajustar e anunciar a terceira fase de desconfinamento esta sexta-feira, após reunião do Executivo, quase três meses depois de ter sido detetado o primeiro caso de coronavírus no país. Esta fase deverá arrancar a 1 de junho, segunda-feira. Para já, estava definido que abririam os restaurantes sem restrições ao nível da lotação, assim como as superfícies comerciais de maiores dimensões, um plano que poderá estar agora em causa para a região mais densamente populada de Portugal.

(Noticia atualizada pela última vez às 13h38)

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Governo retifica valores de apoio à comunicação social. São estes

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

Executivo corrigiu valor atribuído ao Observador, mas o montante global manteve-se inalterado com SIC e TVI a receberem maior fatia. Tanto Observador como ECO rejeitam apoio.

O Governo reviu em baixa os apoios aos meios de comunicação social de âmbito nacional para subir o montante atribuído ao Observador, mas mantendo o valor total da ajuda de 11,2 milhões de euros, revela uma retificação publicada esta quinta-feira.

Os montantes de apoio do Estado aos media – para comprar espaço/tempo para publicidade institucional no âmbito da pandemia da doença covid-19 – tinham sido publicados há duas semanas, em 19 deste mês, destinando 19,9 mil euros para o Observador que, no dia seguinte, anunciou juntamente com o ECO rejeitar os apoios atribuídos pelo Estado.

Na declaração de retificação, hoje publicada em Diário da República, a presidência do Conselho de Ministros aumenta o valor de apoio ao Observador para 90,5 mil euros, mas mantém as maiores fatias de apoio para a Impresa (SIC) e para a Media Capital (TVI).

A compra antecipada de publicidade institucional por parte do Estado, no montante de 15 milhões de euros, foi anunciada em 17 de abril, destinando a 13 órgãos de comunicação social de âmbito nacional 11,25 milhões de euros, ou 75% dos 15 milhões de euros (IVA incluído).

A SIC e a TVI são os órgãos com a maior fatia de apoio, acima dos três milhões de euros cada, mas a retificação hoje publicada diminui os montantes de apoio.

A Impresa — Sociedade Gestora de Participações Sociais, em vez de 3,491 milhões de euros vai receber 3,469 milhões de euros, e o Grupo Média Capital, em vez de 3,342 milhões de euros, desce para 3,321 milhões de euros.

Os restantes 25% de apoios vão para os meios de comunicação regional e local, dos quais 2,019 milhões em aquisições a realizar a detentores de publicações periódicas de âmbito regional e 1,731 milhões em aquisições a realizar a detentores de serviços de programas radiofónicos de âmbito regional e/ou local.

“A presente pandemia aumentou significativamente as necessidades do Estado em fazer campanhas de publicidade institucional, designadamente sobre as medidas higiénicas e de confinamento que os cidadãos tiveram de tomar. Essa necessidade prolongar-se-á durante este ano, não só para as medidas diretas de prevenção da pandemia, mas também, e sobretudo, para a retoma da atividade económica e cultural, bem como para endereçar problemas sociais que poderão agudizar-se face à crise económica e sanitária causada pela pandemia da doença Covid-19”, explicou o Governo no diploma que, em 19 de maio, autorizou a compra excecional de publicidade institucional do Estado.

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Rio considera positiva revisão do plano de voos na TAP mas avisa que ainda não é passo atrás

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

À margem de uma conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa, o presidente do PSD, Rui Rio, considerou "positivo" o anúncio do Conselho de Administração da TAP de que vai ajustar plano.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou esta quinta-feira “positivo” o anúncio do Conselho de Administração da TAP de que vai ajustar o plano de retoma de voos, mas advertiu que não se trata ainda de “passo atrás”.

À margem de uma conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa, sobre medidas na área social, Rui Rio foi questionado sobre a decisão do Conselho de Administração da TAP de “ajustar” o plano de retoma de rotas anunciado, que tinha sido criticado por vários responsáveis políticos, entre eles o líder do PSD.

Não classificava ainda de passo atrás porque não é claro que vá dar um passo atrás. É claro que, por pressão do Conselho de Administração, a TAP vai repensar o que a sua Comissão Executiva unilateralmente decidiu. Vamos ver o resultado final dessa reflexão da Comissão Executiva, porque é a ela que compete o desenho das rotas”, afirmou. Ainda assim, Rio considerou este anúncio “positivo”: “Negativo era não abrir a porta a nada“.

Num comunicado emitido na quarta-feira, o Conselho de Administração — o órgão que integra o Estado e que é detentor de 50% do capital da companhia aérea — indicou que “a companhia está empenhada e vai de imediato colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo”.

O Conselho de Administração da transportadora aérea nacional referiu ainda que pretende assim “viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera”.

Na terça-feira, o presidente do PSD tinha considerado que a TAP estava a assumir-se como uma transportadora aérea regional, confinada à antiga província da Estremadura, razão pela qual não pode ter os apoios de uma empresa estratégica nacional.

“Se é assim, como a TAP diz, então não estamos perante uma empresa nacional, mas perante uma empresa de ordem regional, confinada mais ou menos à antiga província da Estremadura, a grande Lisboa. Uma empresa que não responde aos aeroportos de Faro, do Funchal, de Ponta Delgada e do Porto como deve ser, então não é uma empresa nacional, mas, sim, regional”, alegou então o presidente do PSD, face ao plano inicial de voos previstos pela transportadora aérea.

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Benfica e FC Porto na lista de clubes europeus com maior valor comercial

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

O Benfica (24.º) e o FC Porto (30.º) estão na lista dos 32 clubes de futebol europeus com maior valor comercial, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira pela auditora KPMG.

O Benfica (24.º) e o FC Porto (30.º) estão na lista dos 32 clubes de futebol europeus com maior valor comercial, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira pela auditora KPMG, numa lista que é liderada pelos espanhóis do Real Madrid.

O Benfica, que subiu dois lugares em relação ao ano passado e é o 24.º entre os 32 clubes mais valorizados da Europa, tem um valor comercial de 410 milhões de euros, enquanto o FC Porto, que no ano passado não figurava na lista, surge agora em 30.º, com um valor de 313 milhões de euros.

Os espanhóis do Real Madrid continuam a liderar a lista, com um valor de 3.478 milhões de euros, seguidos pelos ingleses do Manchester United, avaliados em 3.342 milhões de euros.

No terceiro lugar surge agora o Barcelona, com 3.193 milhões de euros, tendo ultrapassado os alemães do Bayern Munique, que, avaliados em 2.878 milhões de euros, estão agora no quarto lugar.

A lista de 32 clubes divulgada pela auditora KPMG é dominada pelos clubes dos cinco grandes campeonatos (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França), com apenas cinco exceções. Para além de Benfica e FC Porto, os holandeses do Ajax (23.º) e os turcos do Galatasaray (27.º) e Besiktas (31.º) também surgem na lista.

O relatório tem por base uma análise das últimas demonstrações financeiras disponíveis dos clubes, levando em conta cinco métricas específicas do futebol: lucro, potencial desportivo, popularidade, direitos de transmissão e propriedade do estádio.

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