Juros implícitos do crédito da casa em novo mínimo. Taxa média foi de 0,903% em maio
A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se num valor médio de 0,903%, em maio, o mais baixo do histórico do INE.
Os juros implícitos do crédito da casa mantêm o rumo descendente. Em maio, a taxa média da globalidade dos contratos fixou-se nos 0,903%, o valor mais baixo pelo menos desde o início de 2009, ocasião em que se inicia o histórico do Instituto Nacional de Estatística (INE). Redução dos juros poderá estar relacionada com a entrada em vigor das moratórias no crédito, lembra o gabinete público de estatísticas.
“A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 0,903%, valor inferior em 4,4 pontos base (p.b.) ao registado no mês anterior [0,947%]. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,845% (0,891% no período precedente)”, diz o INE.
Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação — a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 0,918% (-4,6 p.b. face a abril). Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o juro para este destino de financiamento fixou-se em 0,838%, valor inferior aos 0,882% registados em abril.
Juros implícitos no crédito da casa
Fonte: INE
O gabinete público de estatísticas explica que as taxas de juro implícitas são obtidas por quociente entre juros pagos e capital em dívida, razão pela qual volta a lembrar, à semelhança do que fez no mês passado, que “as reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril e maio, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória”. Isto é, da moratória aprovada pelo Governo no final de março e que veio permitir a suspensão, pelo prazo de seis meses, do pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação. Entretanto, este regime foi alargado por mais seis meses até ao final de março do próximo ano.
No que respeita ao valor médio da prestação vencida, considerando a totalidade dos contratos, este desceu dez euros, para 227 euros em maio. “Deste valor, 41 euros (18%) correspondem a pagamento de juros e 186 euros (82%) a capital amortizado”, explica o INE. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu para 258 euros.
Por sua vez, o capital médio em dívida voltou a subir. Na totalidade dos contratos, são mais 124 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 54.010 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi
108.189 euros, mais 302 euros que em abril.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h43)
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