App de “contact tracing” portuguesa já tem integração com os médicos
O INESC TEC já está a implementar a integração da app de "contact tracing" portuguesa que vai permitir que apenas médicos com certidão válida emitam códigos para validar pessoas doentes.
O INESC TEC já fechou o último aspeto que faltava definir na aplicação de contact tracing à Covid-19. Trata-se da integração que vai permitir que os médicos se autentiquem para gerar um código que os doentes poderão introduzir na app para se marcarem como infetados, permitindo que seja enviado um alerta aos utilizadores que com ele se tenham cruzado nos últimos 14 dias.
O portal para a geração desses códigos anónimos já tinha sido criado. O que faltava era uma integração para que apenas os médicos com cédula profissional válida pudessem autenticar-se e gerar esses códigos para darem aos doentes. Este aspeto foi agora fechado e deverá ser implementado em dois ou três dias, disse ao ECO Rui Oliveira, administrador do INESC TEC, que sublinhou a “colaboração total” da parte da Ordem dos Médicos no projeto.
Este era o último passo no desenvolvimento de uma primeira versão da aplicação para detetar cadeias de transmissão de Covid-19 de forma anónima através dos smartphones. Este portal e estes códigos permitem, assim, que apenas pessoas em que um médico confirme que foram infetadas possam marcar-se como doentes no aplicativo, evitando que pessoas mal-intencionadas pudessem levar à emissão de alertas falsos, o que poderia gerar pânico.
Apesar de ser um passo ponderado pelo INESC TEC desde o início, era também uma das exigências do Governo. Na única vez em que falou publicamente do tema, o primeiro-ministro, António Costa, disse que “a única questão que temos para ponderar da parte do Governo, e que temos colocado ao INESC TEC, é que o aviso que é enviado de forma anónima para as pessoas que tenham estado em contacto ou na proximidade de alguém infetado seja, de alguma forma, validado por um médico, para evitar partidas”, disse o chefe do Governo a 29 de maio.
A próxima fase é obter a “luz verde” da Google e da Apple para que a ferramenta seja lançada ao público, sendo que estas gigantes da tecnologia já se encontram na posse de uma versão, a qual estão a analisar. A app, chamada StayAway COVID, será voluntária e anónima e, quem a instale, será alertado caso tenha estado em contacto com uma pessoa infetada. A equipa de desenvolvimento está ainda a trabalhar no aspeto da interoperabilidade da ferramenta com outras semelhantes na Europa, sendo que, no entanto, esta não é uma funcionalidade crucial ao funcionamento da aplicação em Portugal.
Saiba como funcionam as apps de contact tracing:
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