Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pode terminar 2020 com prejuízos acima de 30 milhões
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa revela que o impacto da pandemia poderá chegar aos 600 milhões de euros, o que vai levar ao registo de prejuízos acima de 30 milhões de euros.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, revela este domingo em entrevista ao programa Conversa Capital, uma parceria entre o Jornal de Negócios e a Antena 1, que a instituição poderá acabar o ano com mais de 30 milhões de euros de prejuízos, podendo chegar aos 40 milhões de euros. Em causa está o impacto da crise pandémica que chegou já aos 600 milhões de euros.
“O impacto da pandemia foi brutal” nas contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, admite Edmundo Martinho, explicando que tal aconteceu tanto pela redução da receita — cerca de 600 milhões de euros de perdas resultantes da menor venda dos jogos — como pelo aumento da despesa que aumentou entre 20 a 30% e assim deverá continuar. Apesar de já notar uma retoma nas vendas dos jogos, o provedor ressalva que ainda está longe do nível anterior à crise.
O provedor da SCML reconhece o impacto social e económica da pandemia na sociedade portuguesa, classificando-o de “muito preocupante”. Neste momento, segundo Edmundo Martinho, a Santa Casa está a fornecer diariamente 4.000 refeições, o que representa um aumento entre 30 a 40% face ao pré-pandemia. Face à crise social, o provedor sugere que seja aumentado o Rendimento Social de Inserção (RSI) dando uma maior valorização às crianças dos agregados.
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