Foram estas as seis empresas que fizeram as máscaras que Costa ofereceu aos líderes europeus
A ideia partiu do primeiro-ministro. O Citeve convidou seis empresas e apenas em três dias nasceu este kit de 16 máscaras portuguesas que o Costa ofereceu aos líderes europeus.
No dia do seu 59.º aniversário, o primeiro-ministro brindou os líderes da União Europeia com máscaras personalizadas confecionadas em Portugal e aprovadas pelo Citeve. O kit é composto por 16 unidades, desde máscaras com o nome de cada um dos 29 chefes de Estado e a respetiva bandeira, a máscaras com o galo de Barcelos ou até mesmo uma máscara a imitar a ganga. No total foram entregues 493 máscaras.
RDD Textiles, Tetribérica, António Manuel de Sousa, a Wise Box da Gio Rodrigues, Têxtil do Marco (Temasa) e a Color For Tex foram as seis empresas envolvidas a convite do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve). O centro têxtil revelou ao ECO que a ideia deste kit de máscaras partiu do primeiro-ministro. “António Costa teve a ideia de fazer alguma graça com as máscaras e perguntou-nos se isso seria possível. Nós aceitámos o desafio”, conta ao ECO a relações públicas do Citeve, Cristina Castro.
A seleção das máscaras foi baseada em critérios como a retenção de partículas e a respirabilidade, que segundo o Citeve “é um dos fatores mais importantes”. Após esta fase de seleção, o Citeve convidou estas seis empresas, elas aceitarem de imediato e em apenas três dias foi possível conceber este kit de máscaras portuguesas. “Isto foi tudo feito em tempo recorde, foi uma correria, até porque as máscaras foram todas personalizadas”, refere a RP do Citeve.
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As máscaras foram oferecidas pelo primeiro-ministro aos líderes europeus numa caixa de cortiça produzidas pela empresa portuguesa Sedacor. “É tudo português e a sustentabilidade não podia deixar de estar presente”, refere a RP do Citeve. Cada máscara pertence a uma das seis empresas. A caixa contém ainda mais uma pequena gaveta onde tem mais dez máscaras brancas com a bandeira de cada país para serem oferecidas à comitiva europeia.
Esta caixa conta com uma máscara da marca de Gio Rodrigues, fabricadas na António Manuel de Sousa. A máscara tem um padrão azul e verde e é unissexo. “É uma máscara, que para além de muito bonita é muito respirável. Tem um toque e um tecido leve de excelente qualidade”, refere a RP do Citeve.
As duas máscaras brancas personalizadas com o nome e a bandeira de cada Chefe de Estado e de Governo foram produzidas pela RDD Textiles e pela têxtil Tetribérica. A máscara branca de pregas, produzida pela têxtil RDD é a usada habitualmente pelo primeiro-ministro António Costa, noutras cimeiras europeias.
A RDD Textiles produziu 203 máscaras de nível profissional em malha, mais concretamente em algodão mercerizado, e com propriedades antibacterianas. A empresa produziu duas máscaras personalizadas com a bandeira e o nome para cada um dos 29 líderes europeus e uma máscara para cada elemento da comitiva, apenas com a bandeira do país. “A ideia é muito interessante e é sempre bom conseguirmos ter esta oportunidade de levar os nossos produtos a um evento destes. É muito recompensador”, conta ao ECO, Elsa Parente, diretora-geral da RDD Textiles.
A Tetribérica, por sua vez, produziu 180 máscaras de nível II para entregar no Conselho Europeu. O fundador da empresa, Joaquim Moreira, partilha o mesmo sentimento dos restantes participantes no projeto e destaca que foi com “muito prazer e orgulho” que a sua “máscara foi uma das selecionadas”. “Significa que tem as características técnicas necessárias para poder ser representativa do melhor que se faz em Portugal na área das máscaras de proteção social“, salienta Joaquim Moreira.
Já a máscara do galo de Barcelos pertence à empresa Color For Tex e o modelo a imitar ganga pertencem à Têxtil do Marco. Existe uma sexta máscara com riscas amarelas, azuis, vermelhas e verdes que é alusiva à ilha da Madeira e pertence também à empresa António Manuel de Sousa, mas como marca própria.
Para o CEO da Têxtil do Marco este convite é um “orgulho” para a empresa”. Andreas Falley descreve que a máscara a imitar ganga tem certificação nível II e é feita em denim, um tecido tipo ganga, mas muito leve e respirável. “A nossa máscara tem um formato específico, mais moderno, mais futurista”, detalha o empresário. A empresa produziu uma máscara para cada líder europeu.
O Citeve conta ao ECO que o gabinete do primeiro-ministro já se pronunciou acerca deste kit de máscaras personalizadas made in Porugal e que o resultado não podia ter sido melhor. “A mensagem que recebemos é que conseguimos quase ler os pensamentos e fazer um kit à semelhança do idealizado pelo nosso primeiro-ministro“, contou a relações públicas do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário.
Numa altura em que o têxtil e o vestuário enfrentam uma crise sem precedentes, ambas as empresas destacam a resiliência de Portugal em reinventar-se e agarrar-se à oportunidade de produzirem máscaras como forma de minimizar os impactos da crise.
“Portugal foi pioneiro na comunidade europeia em tentar rapidamente reinventar-se e adaptar-nos a uma nova realidade que surgiu e que acabou por ajudar o setor têxtil”, conta o fundador da Tetribérica. Elsa Parente corrobora a ideia e refere que “é muito bom mostrar tudo aquilo que Portugal fez nesta fase: conseguimos adaptar a nossa indústria têxtil a um tipo de produto que não é o nosso negócio”.
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