Aumentam os empregos no verão, mas taxa de desemprego continua a subir
Em julho, foram criados mais empregos, mas a taxa de desemprego subiu para os 8,1%, mais 0,8 pontos percentuais que no mês anterior.
A chegada do verão travou a destruição de emprego provocada pela pandemia. A população empregada aumentou 0,1% mostram os dados provisórios divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, a taxa de desemprego voltou a aumentar, cifrando-se em 8,1% em julho.
A população empregada aumentou também, 0,1% (2,7 mil) em julho, em relação a junho, mês em que já se tinha registado um aumento do emprego. “A transição de estado de emergência para estado de calamidade e, desde julho, para estado de alerta, na generalidade do país, ditou alguma normalização do funcionamento do mercado de trabalho devido ao alívio das restrições à mobilidade das pessoas e à atividade das empresas”, aponta o INE.
Apesar desta evolução positiva, a taxa de desemprego voltou a aumentar. Fixou-se nos 8,1% em julho, mais 0,8 pontos percentuais (p.p) que no mês precedente.
Quanto à taxa de subutilização do trabalho, um indicador “mais abrangente do que a taxa de desemprego oficial”, situou-se, em julho, nos 15,7%. Este número traduz-se num aumento mensal de 13 mil pessoas, “o qual foi totalmente justificado pelo aumento do número de desempregados (39,4 mil) e do subemprego de trabalhadores a tempo parcial (12,4 mil), já que diminuiu o número dos inativos à procura de emprego mas não disponíveis e o de inativos disponíveis mas que não procuram emprego”, explica o INE.
Durante os meses iniciais da pandemia, o número de inativos “mascarava” o desemprego, mas agora os números oficiais já se estão a tornar mais claros, nomeadamente com o fim das restrições, que impediam as pessoas desempregadas de estarem disponíveis para trabalhar ou para procurar emprego.
Esta situação já começou a ser visível em junho, altura em que a taxa de desemprego subiu, fixando-se nos 7,3%, valor revisto em alta pelo INE, que nos números provisórios tinha apontado para 7%. O INE estima que em julho, a população desempregada seja de 409,7 mil pessoas, mais 10,6% em relação ao mês anterior.
O Presidente da República também sublinhou o efeito das medidas adotadas nos números do desemprego. Os apoios sociais como o lay-off simplificado “têm amortecido o aumento do desemprego”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, esta manhã, salientando que os precários foram dos “primeiros a serem dispensados”.
(Notícia atualizada às 11h50)
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