Hidrogénio “não é nenhum delírio tecnológico”, diz Costa Silva
Costa Silva reconheceu alguns problemas relacionado com o hidrogénio, mas garante que "não é nenhum delírio tecnológico", até porque o investimento público é "relativamente baixo".
António Costa Silva reconhece um “grande potencial no hidrogénio”, o qual “não é nenhum delírio tecnológico”. Na apresentação dos contributos para a Visão Estratégica, o conselheiro do primeiro-ministro entende as preocupações com a viabilidade económica, mas argumenta que o país “não pode prescindir” do hidrogénio verde.
“É uma tecnologia que não será comercial nas próximas décadas, é algo que se está a explorar”, disse esta terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, referindo que já é usado na indústria petroquímica. Costa Silva não tem dúvidas de que esta “será uma das grandes descobertas deste século”, nomeadamente com o armazenamento da energia através de baterias de fluxo.
Para o professor do IST, “não podemos prescindir da importância do hidrogénio, ainda por cima quando há um grande projeto europeu“. E referiu que o hidrogénio verde teve o “apoio transversal de muitas empresas” uma vez que o mesmo “tem de ser visto no contexto de descabornização do país”.
O CEO da Partex prevê ainda que esta aposta “vai trazer valor acrescentado” e que o investimento público que terá de ser feito é “relativamente baixo”.
No documento em que analisa os contributos dados durante a consulta pública, Costa Silva refere que, no que toca ao cluster do hidrogénio, “os contributos acentuam a importância da aposta no hidrogénio e o seu potencial, mas acham a atenção para o facto de algumas tecnologias de produção não estarem ainda maduras“. “Defendem por isso uma abordagem incremental à sua introdução na matriz energética portuguesa”, assinala. Ou seja, tanto há interesse no hidrogénio como “alguma preocupação com a sua competitividade económica”.
“É referido o contributo do hidrogénio para a indústria petroquímica, o seu potencial uso nas redes de gás natural e o papel que pode desempenhar como solução para o armazenamento de energia”, descreve o professor do IST.
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