Há 623 novos casos e mais oito mortes por Covid. 70% na região de Lisboa e Vale do Tejo
O número de pessoas infetadas com coronavírus continua a aumentar e, nas últimas 24 horas, registaram-se 623 novos casos. A maioria continua a concentrar-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Há 623 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 69.200 o número total de pessoas infetadas com a doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 70% do total, mas a maioria das mortes registadas desde este domingo aconteceu no Norte, com quatro das oito.
Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 518 estão internados, dos quais 61 nos cuidados intensivos. Há mais de 40 mil sob vigilância das autoridades de saúde.
Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.920 pessoas, oito das quais nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade está atualmente nos 2,8%, aumentando para os 14,1% no caso de pessoas acima dos 70 anos, adiantou o secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa desta segunda-feira.
Tal como se tem observado nos últimos tempos, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 623 novos casos registados nas últimas 24 horas, 439 foram nesta região: 70,47% do total do país.
Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (35.443 casos de infeção e 731 mortes), à frente do Norte (24.908 casos e 875 mortes), do Centro (5.651 casos e 257 mortes), do Algarve (1.401 casos e 19 mortes) e do Alentejo (1.340 casos e 23 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 252 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 205 pessoas infetadas.
Governo apresenta “Plano da Saúde Outono-Inverno 2020-2021”
O Governo apresentou esta segunda-feira o “Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-2021“, um documento elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com diversos parceiros e peritos, explicou António Sales, referindo que este período traz “desafios para o sistema de saúde”. Os objetivos deste plano são “preservar vidas humanas, proteger os mais vulneráveis e preparar a resposta a um eventual crescimento epidémicos de casos”.
“Foi criada uma task-force de resposta não-Covid e feita uma aposta na resposta maximizada nos cuidados de saúde primários, com atendimento presencial, não presencial e domiciliário”, explicou o secretário de Estado Adjunto da Saúde. Além disso, adiantou, foi feito um “reforço da resposta em saúde pública, especialmente em surtos, e foram adaptadas as atuais áreas do Covid para áreas dedicadas a doentes respiratórios”.
Segundo António Sales, a “testagem continua a ser uma das principais ferramentas de combate à pandemia” e, por isso, “importa ter uma estratégia de testes” para a doença. O “Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-2021” “não é, nem poderia ser, um plano fechado, visto ter de se ajustar à evolução epidemiológico e às novas descobertas científicas”.
Testes rápidos poderão ser usados em escolas ou lares
O secretário de Estado Adjunto da Saúde admite usar os testes rápidos da Cruz Vermelha em escolas ou lares, mas reconheceu que têm uma “sensibilidade ligeiramente menor”. “Quando a carga viral nos doentes é baixa, doentes assintomáticos por exemplo, podem testar negativo com este tipo de testes sendo, na verdade, falsos negativos”, explicou, referindo que “esta diminuição de sensibilidade é uma condicionante”.
“Num contexto de escassez de recursos, de evolução epidemiológica, e em determinadas situações específicas como contextos de lares ou escolas, estes testes podem ser uma mais-valia”, acrescentou, notando que haverá uma reunião esta terça-feira com a Cruz Vermelha.
(Notícia atualizada às 14h30 com mais informação)
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