Parlamento Europeu aprova aumento dos recursos próprios. Quer acelerar fundo de recuperação

Executivo europeu propõe novas receitas -- como impostos sobre big tech, carbono, transações financeiras ou uma nova contribuição sobre plásticos -- para pagar juros do empréstimo.

O Parlamento Europeu aprovou a proposta de aumento do limite máximo para os recursos próprios da União Europeia (UE). Este é mais um passo na resposta comunitária à crise gerada pela pandemia de Covid-19. O Executivo europeu pede agora rapidez no processo para que o fundo de recuperação começa a ser efetivamente usado.

A comissão parlamentar dos Orçamentos aprovou o parecer sobre a proposta de decisão relativa aos recursos próprios, com 33 votos a favor, cinco contra e duas abstenções, será votado em plenário na semana de 14 a 17 de setembro. O limite máximo para as fontes de receitas da UE é alargado com o propósito de autorizar a Comissão Europeia a contrair um empréstimo de 750 mil milhões de euros para financiar o pacote de recuperação da Covid-19.

As receitas do orçamento da UE vêm de direitos aduaneiros, contribuições dos Estados-Membros baseadas no imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e contribuições baseadas no rendimento nacional bruto (RNB). Mas, após um acordo inédito entre os Estados-membros, a UE vai emitir dívida nos mercados financeiros para financiar a recuperação.

“Esta decisão sobre o sistema de recursos próprios é histórica. Em primeiro lugar, nunca a Comissão Europeia foi aos mercados para reforçar as subvenções, com particular destaque para os 390 mil milhões de euros previstos para subvenções integradas no total de 750 mil milhões do Fundo de Recuperação. Em segundo lugar, há 32 anos que não há um novo recurso próprio”, sublinha o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, co-autor do relatório aprovado, em comunicado.

O relatório será votado em plenário entre 14 e 17 de setembro. Após este parecer legislativo do PE, o Conselho da UE terá de aprovar a decisão por unanimidade. Esta só poderá entrar em vigor após ter sido ratificada pelos parlamentos de todos os Estados-Membros.

Para assegurar que o processo está fechado a tempo de entrar em vigor a 1 de janeiro de 2021, os eurodeputados propuseram ainda um calendário juridicamente vinculativo para a introdução dos novos recursos próprios. José Manuel Fernandes aponta que “o Parlamento Europeu pretende que o Fundo de Recuperação entre rapidamente em vigor”.

Além das datas, propõe igualmente uma reforma que aumente o leque de recursos próprios para fazer face aos juros e amortizações resultantes do empréstimo contraído para o Fundo de Recuperação. Entre estes estão a taxa sobre os gigantes do digital, o mecanismo de ajustamento de carbono nas fronteiras, uma taxa sobre as transações financeiras, o sistema de emissões de carbono ou uma nova contribuição sobre os plásticos.

“Os novos recursos próprios são a solução. Os princípios são simples: quem não paga deve pagar; não podem sobrecarregar os cidadãos; e devem contribuir para o combate às alterações climáticas, o reforço da competitividade da UE e uma concorrência leal”, acrescenta o eurodeputado do PSD.

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Vendas de carros recuperam. Mercado cai 40% este ano

Vendas de automóveis continuam a recuperar, mas o saldo está ainda negativo. Mercado mantém quebra de mais de 40% em 2020.

Mês após mês, as vendas de automóveis têm vindo a recuperar da quase paragem no período do estado de emergência. Caem, na comparação homóloga, mas de forma bem menos expressiva, com os veículos ligeiros de passageiros a alcançarem em agosto praticamente o mesmo nível registado há um ano. Ainda assim, o saldo no ano é negativo em mais de 40%.

De acordo com os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), foram comercializadas 14.662 unidades em agosto, número que revela uma quebra de 8,6% face ao mesmo mês do ano passado. Esta quebra é bem menor do que a que se tem vindo a observar, nomeadamente nos meses de abril e maio deste ano.

Esta evolução negativa, que aponta para uma diminuição homóloga de 41,2% das vendas de carros em Portugal, este ano, resulta da quebra verificada em todos os segmentos, embora no caso das vendas de veículos ligeiros de passageiros esta tenha sido residual. A ACAP aponta para um diminuição de apenas 0,1% nas vendas destes carros em agosto, com Renault, Peugeot e Mercedes a ocuparem o pódio, mas com quebras de 46%, 39% e 20%, respetivamente.

“Nos oito meses de 2020 as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 92.474 unidades, o que se traduziu numa variação negativa de 42% relativamente a período homólogo de 2019″, diz a ACAP.

No caso dos ligeiros de mercadorias, as vendas caíram 40,5% em agosto, sendo a quebra acumulada no ano de -36,7%, já no que respeita aos veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, no oitavo mês do ano verificou-se uma queda de 7,2% em relação ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comercializados 285 veículos desta categoria”, diz a ACAP. No total do ano, as vendas caem 39,5%.

(Notícia atualizada às 17h13 com mais informação)

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TELLES assessora Vallis e Pathena na venda do capital da VORTAL à DOCU Nordic

  • ADVOCATUS
  • 1 Setembro 2020

A equipa de comercial e societário da sociedade de advogados TELLES assessorou o Fundo Vallis e a Pathena na venda da totalidade do capital da portuguesa VORTAL à DOCU Nordic.

A equipa de comercial e societário da TELLES assessorou o Fundo Vallis e a Pathena na venda da totalidade do capital da VORTAL à DOCU Nordic, empresa detida pela Stirling Square Capital Partners. A VORTAL era detida pelo Fundo Vallis Sustainable Investments I, Pathena, MEO e Netcorp.

A equipa da TELLES foi composta pelos advogados Francisco Espregueira Mendes, Cristina Ferreira, Mariana Ferreira Martins, Mariana Vilaça Fernandes e Tomás Paiva Rosado.

A VORTAL é uma empresa de contratação eletrónica portuguesa a nível mundial, oferecendo soluções de eSourcing e eProcurement a milhares de compradores públicos e privados, que através da sua plataforma têm acesso a uma comunidade internacional de fornecedores qualificados. Conta com mais de 350.000 clientes em todo o mundo, desde pequenos municípios a organismos nacionais de contratação, como também pequenas e grandes empresas privadas, incluindo instituições financeiras.

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PSI-20 volta aos ganhos com impulso da EDP e papeleiras

A EDP ajudou a impulsionar o índice nacional para cima da linha de água, num dia de perdas na Europa.

A bolsa nacional fechou a primeira sessão de setembro em alta, depois de ter registado três sessões consecutivas de quedas. Com a ajuda da EDP, a praça lisboeta contrariou as congéneres europeias, que tiveram, na generalidade, um dia de perdas. Enquanto, por outro lado, o BCP pesou no índice nacional.

O índice de referência nacional subiu 0,14% para 4.307,12 pontos. Entre as 18 cotadas no PSI-20, sete registaram valorizações, dez terminaram com perdas e uma, a Nos, permaneceu inalterada.

Do lado dos ganhos, a puxar pelo índice, encontra-se a EDP, que avançou 1,30% para 4,297 euros. A ajudar a impulsionar o PSI-20 estiveram também as empresas do setor da pasta e do papel, com a Altri a registar ganhos de 1,77% para 4,258 euros, enquanto a Semapa subiu 1,84% para 7,76 euros e a Navigator ganhou 1,09% para 2,228 euros.

Já a travar maiores ganhos do PSI-20 ficou o BCP, que caiu 1,72% para 0,0970 euros, bem como a EDP Renováveis, que recuou 0,42% para 14,2 euros.

Pelo Velho Continente, a generalidade das praças ficaram em “terreno” vermelho. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,4%, enquanto o alemão Dax recuou 0,1%, o francês CAC 40 perdeu 0,2% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 1,8%, atingindo um mínimo de fecho de mais de três meses.

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Auditoria “confirma a forma transparente e competitiva” das vendas de ativos, diz Novo Banco

O Novo Banco diz que a auditoria da Deloitte lhe dá razão nas vendas de ativos, que têm sido muito questionadas nas últimas semanas.

O Novo Banco considera que a auditoria da Deloitte lhe dá razão nas vendas de ativos, que têm sido muito questionadas nas últimas semanas.

“O documento final transmite a clareza e colaboração em que decorreu o processo de análise e confirma a forma transparente e competitiva com que o Novo Banco tem vindo a recuperar o seu balanço“, diz o banco liderado por António Ramalho em reação à conclusão da auditoria da Deloitte.

O Novo Banco tem agendado para a manhã desta quarta-feira uma conferência de imprensa com a comissão executiva para dar mais detalhes sobre a auditoria.

Várias operações de vendas de carteiras de ativos imobiliários e ainda alienação da seguradora GNB Vida têm sido questionadas nas últimas semanas, por causa das perdas milionárias que obrigaram o Estado a financiar o Fundo de Resolução e das dúvidas em torno dos beneficiários finais destas transações.

Segundo o Ministério das Finanças, o relatório final revelou perdas líquidas de mais de 4.000 milhões de euros no Novo Banco que tiveram sobretudo origem no BES. O auditor deu conta de “um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no banco até 2014. O documento seguiu para diversas entidades, incluindo o Ministério Público e o Parlamento.

Para o Novo Banco, a análise feita pela auditora “evidencia a importância dos processos de alienação de ativos para a recuperação do balanço do Novo Banco”, e cujas “melhorias operacionais alcançadas colocam o Novo Banco numa posição sólida que permite apoiar a economia portuguesa neste momento crítico”.

"O documento final transmite a clareza e colaboração em que decorreu o processo de análise e confirma a forma transparente e competitiva com que o Novo Banco tem vindo a recuperar o seu balanço.”

Novo Banco

Comunicado

Sublinhando também que relatório confirma ainda “os progressos realizados pelo Novo Banco” nas áreas de controlo interno”, o Novo Banco reitera que está “totalmente empenhado em continuar o caminho traçado que permitirá cumprir na integra as indicações referidas no relatório de auditoria“.

(Notícia atualizada às 16h51)

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Bloco quer saber se “Lone Star está a enganar o Estado” no Novo Banco

Mariana Mortágua defende a divulgação imediata do relatório da auditoria da Deloitte pois não constam dados pessoais de clientes.

O Bloco de Esquerda considera que o que interessa agora é perceber se o fundo americano Lone Star está a enganar o Estado e os contribuintes, já que não encontrou essa resposta no relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco. Mariana Mortágua defendeu que o documento deve ser público pois não fala em nomes de clientes.

“A auditoria diz-nos que em 2017, no momento em que se fez a venda e o Estado ficou com a responsabilidade de pagar o prejuízo do Novo Banco, mas os benefícios foram para o fundo Lone Star, nesse momento todos os créditos ruinosos que vinham do passado explodiram, registando perdas enormes”, começou por explicar a deputada bloquista.

Porém, prosseguiu, “o que a auditoria não nos diz é se essas perdas podiam ter sido evitadas. O que a auditoria não nos permite concluir é se o Lone Star está a enganar o Governo e os contribuintes, obrigando o Governo a pagar prejuízos que podiam ter sido evitados”.

Nesse sentido, Mariana Mortágua — em linha com o que também já defendeu o presidente do PSD — afirmou que “o que interessa agora agora é perceber se a Lone Star está a enganar o Estado português“. “Não encontramos essa resposta numa primeira leitura. Vamos fazer uma segunda leitura”.

“Não há razão para a auditoria continuar confidencial”

A Deloitte já concluiu o relatório final da auditoria ao BES e Novo Banco, apontando para perdas de mais de 4.000 milhões de euros com vários créditos, subsidiárias e outras operações. Após receber o documento, o Governo reencaminhou-o para diversas entidades, incluindo o Parlamento.

Segundo Mariana Mortágua, o relatório que chegou à Assembleia da República não apresenta dados pessoais dos clientes, razão pela qual o documento deve ser divulgado imediatamente.

Não há nenhuma razão para a auditoria continuar confidencial, não foi entregue aos deputados nenhum dado pessoal de clientes“, argumentou a deputada bloquista.

Embora o Parlamento não saiba quem são os beneficiários dos créditos ruinosos, “por causa de outras comissões de inquérito, podemos adivinhar quem são”. “São operações ligadas ao BCP, à Portugal Telecom, ligadas ao futebol”, atirou Mariana Mortágua. “Já ouvimos esta história noutros bancos”, acrescentou.

De acordo com a deputada do Bloco, já há dados suficientes para se concluir que os mecanismos de acompanhamento do Novo Banco falharam, pelo que é preciso substituir a administração do Novo Banco e do Fundo de Resolução.

(Notícia atualizada às 16h29)

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Tesla prepara aumento de capital de cinco mil milhões de dólares

Empresa liderada por Elon Musk anunciou esta terça-feira a operação que se segue ao stock split. Títulos reagem em ligeira baixa.

A Tesla vai aumentar o capital em cinco mil milhões de dólares (equivalente a cerca de 4,2 mil milhões de euros). A operação, anunciada esta terça-feira, acontecerá após um stock split que ficou fechado na última sessão em bolsa. Em reação, as ações da Tesla recua cerca de 1%.

A empresa liderada por Elon Musk comunicou ao mercado a intenção de avançar com o aumento de capital, que irá servir para reforçar o balanço e fazer face a despesas recorrentes. Para isso, contratou um sindicato bancário incluindo Goldman Sachs, Bank of America, Citigroup e Morgan Stanley. Não foi divulgada data para o aumento de capital ser concretizado.

A fabricante de carros elétricos vai assim aproveitar o forte interesse dos investidores pelos títulos, que já ganham quase 500% este ano. Segue-se a uma outra operação, de divisão das ações, que ficou fechado ainda na terça-feira, com o objetivo de tornar a compra de ações mais acessível a funcionários e investidores.

Os investidores que tivessem uma ação passaram a deter cinco na semana passada e os novos títulos começaram ontem a negociar no Nasdaq. Antes da divisão, a Tesla tinha ultrapassado pela primeira vez a marca dos dois mil dólares por ação fazendo com que a fortuna de Elon Musk subisse para a quarta maior do mundo.

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Fusão da SRS com a AAA Advogados está concluída. Pedro Rebelo de Sousa anuncia com “maior alegria”

Após dois meses do anúncio do acordo de fusão, a SRS e a AAA Advogados concluíram a operação de integração. A equipa da AAA já mudou de instalações.

Após em junho a SRS Advogados e a AAA terem fechado um acordo de fusão de integração, esta terça-feira a operação ficou concluída. A equipa da AAA já se encontra nas instalações da firma liderada por Pedro Rebelo de Sousa.

“Quero com a maior alegria informar clientes, parceiros e amigos que concluímos a fusão por integração da equipa da sociedade AAA. Todos se encontram já nas nossas instalações”, anunciou nas redes sociais da firma, Pedro Rebelo de Sousa.

Para o líder da SRS, a fusão nasceu de uma “indesmentível” soma de equipas de sucesso. “Advogadas e advogados com carreiras de sucesso e talentos reconhecidos numa estratégia de fortalecimento da estrutura existente. É nestes períodos desafiantes, como o que vivemos, que estas sinergias são fundamentais para continuarmos no caminho da liderança em Portugal e no contexto do mercado internacional“, acrescentou o managing partner.

A AAA Advogados era uma sociedade que tinha como sócias Gabriela Martins, advogada da família Amorim e da Galp, e Dulce Franco, que detém entre os seus clientes a AutoEuropa. Ambas foram sócias da PLMJ durante muitos anos.

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Auditoria mostra que a “resolução foi deficiente e a doença do BES passou para o Novo Banco”, diz o PS

João Paulo Correia afirma mesmo que esta pode ter sido a "resolução mais deficiente à escala europeia". 

Depois de serem conhecidos os resultados da auditoria da Deloitte, o deputado socialista João Paulo Correia aponta que esta veio confirmar que a “resolução foi deficiente e a doença do Banco Espírito Santo (BES) passou para o Novo Banco”, em declarações transmitidas pelas televisões. O socialista afirma mesmo que esta pode ter sido a “resolução mais deficiente à escala europeia”.

O PS define as culpas, defendendo que o “banco está contaminado pelos ativos tóxicos que deviam ter ficado no BES mas passaram para o Novo Banco por decisão do anterior Governo PSD/CDS e também Banco de Portugal (BdP)”. Para o partido, o BdP “não conseguiu estancar aquilo que era a necessidade de uma capitalização maior”, que a auditoria mostra que “era manifestamente insuficiente para cobrir as imparidades”.

João Paulo Correia aponta que, a partir do documento, é também possível perceber que “muitos ativos que geraram perdas no Novo Banco e, com isso, suscitaram injeções de capital, estiveram sobrevalorizados“. Desta forma, “créditos sem qualquer tipo de garantias reais que transitaram do balanço do BES para o Novo Banco, com mesmo valor”, geraram perdas no imediato. “Na altura que resolveram o BES não foram capazes de deixar lá estes ativos tóxicos”, conclui.

Quanto à divulgação da auditoria externa ao BES e ao Novo Banco, que revelou esta terça-feira perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco, o deputado adiantou que o PS concorda que “o que não for sigilo bancário deve ser do conhecimento público”, algo já definido também pelo presidente da comissão de orçamento.

(Notícia atualizada às 16h05)

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Fórum para a Competitividade contra subida do salário mínimo. “Pode trazer desemprego e falências”

O Fórum para a Competitividade é contra o aumento do salário mínimo em 2021, um cenário admitido pelo Governo. Teme que traga mais desemprego e falências em Portugal.

O primeiro-ministro admitiu que o salário mínimo pode subir em 2021, ainda que menos do que o previsto anteriormente. Os sindicatos querem mais enquanto os patrões nem querem ouvir falar no aumento. O Fórum para a Competitividade juntou-se ao coro de vozes que está contra esta subida no início do próximo ano, alertando que poderá trazer mais desemprego e falências.

A subida da taxa de desemprego, a inflação nula e o facto de o turismo ser dos setores com maior prevalência de salário mínimo recomendam que não haja qualquer subida do salário mínimo em 2021“, escreve o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de agosto divulgada esta terça-feira, prevendo que, no atual contexto, esta subida “pode trazer mais desemprego e falências”.

O objetivo do atual Executivo é acabar a legislatura, em 2023, com um salário mínimo de 750 euros, sendo que atualmente está nos 635 euros.

O Fórum considera que, como a generalidade das previsões aponta para uma taxa de desemprego superior a 7% — “ou seja, acima do limite superior da chamada taxa natural de desemprego” –, o Governo deveria desencadear “uma interrupção automática da subida extraordinária do salário mínimo”.

“Mas há argumentos adicionais que a recomendam”, adianta, referindo a taxa de inflação que “está praticamente a zero” e ainda a forma como a crise pandémica afeta particularmente o turismo. Este é o setor com uma maior percentagem de trabalhadores a receber o salário mínimo pelo que o Fórum conclui que um aumento poderá “trazer mais desemprego e falências”.

Apesar de discordar do aumento do salário mínimo, o Fórum abre a porta a uma ajuda direta do Estado a estes trabalhadores. “Uma alternativa mais prudente seria o Estado dar apoio direto a estes trabalhadores, mas, havendo recursos para tal, seria prioritário garantir que todos os novos desempregados estão a receber subsídio, o que não parece ser ainda o caso”, recomenda.

A discussão sobre o aumento do salário mínimo deverá acontecer no final deste ano em concertação social, entre o Governo, os patrões e os sindicatos. Para já, ainda só se conhece o exemplo da Alemanha onde o Governo, com base numa decisão de peritos, decidiu aumentar o salário mínimo em 2021 (e nos anos seguintes) de forma faseada. Contudo, o peso do salário mínimo no mercado de trabalho é significativamente mais baixo do que em Portugal.

Fórum ataca aposta no hidrogénio verde

Na nota de conjuntura de agosto, o Fórum para a Competitividade aproveita também para atacar a aposta que o Governo quer fazer no hidrogénio verde, garantindo que “há claras alternativas” em Portugal que são “menos arriscadas”.

“A ideia de investir maciçamente no hidrogénio verde baseia-se em vários equívocos”, considera, temendo que “quando um governo atribui um subsídio à produção a uma tecnologia imatura, rapidamente ultrapassada, incapaz, para todo o sempre, de ser competitiva, isso é um buraco sem fundo, em que todos os anos se perdem fundos“.

Quais são essas alternativas ao hidrogénio verde? “Por um lado, a promoção de sumidouros de carbono, pela redução estrutural do incêndios florestais e pela fixação de biomassa no solo. Por outro, pelo fomento da conservação de energia, nos edifícios, transportes e outras utilizações”, explica.

Além disso, Fórum defende que a maior aposta deveria estar na conservação da energia em Portugal na qual apresenta “indicadores embaraçosamente baixos, sendo demasiado frequentes as queixas de as casas portuguesas serem muito frias”. “Os subsídios atribuídos ao hidrogénio não beneficiam o quotidiano de ninguém, mas a melhoria das condições térmicas de escolas, centros de saúde, lares, repartições públicas, etc., têm impacto facilmente percetível pelas populações beneficiadas“, argumenta.

Para já, este deveria ser o foco do país, remetendo para mais tarde a utilização de outras tecnologias quando estas forem mais competitivas, diz o Fórum, “Depois de lidar com os sumidouros de carbono e com a conservação de energia, aí sim é que faz sentido a produção de energia renovável, mas, de preferência, com tecnologias já maduras e competitivas, que dispensem qualquer tipo de subsídio público”, conclui a análise à aposta do hidrogénio verde em Portugal.

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Virgin oferece seguro Covid para reconquistar a confiança dos clientes

  • ECO Seguros
  • 1 Setembro 2020

Quarentenas forçadas, cancelamentos de voos, despesas médicas imprevistas são os receios que as companhias aéreas querem ultrapassar oferecendo seguros. A Virgin segue a Emirates.

Depois da Emirates também a Virgin Atlantic, em parceria com a Allianz Global Assistance, lançou uma nova cobertura gratuita global para Covid-19. O seguro é válido a todas as reservas existentes e novas, para viagens até 31 de março de 2021.

O seguro cobre despesas médicas de emergência e despesas associadas a Covid-19 no estrangeiro até 500 mil libras por cliente, o que a Virgin diz ser “o valor mais alto da apólice oferecida por qualquer companhia aérea até o momento, sem a exigência de pagamento adicional”. A Emirates já tinha anunciado oferta semelhante em agosto.

A cobertura pagará até três mil libras se o embarque de um cliente for negado devido à Covid-19 ou se tiver que entrar em quarentena devido a um caso positivo ou suspeito durante uma viagem.

A Virgin restabeleceu as primeiras rotas em julho e conta retomar a atividade quase normal até ao final do ano. A oferta de seguro parece ser um fator comercial crítico para acelerar a confiança dos clientes na convivência com a pandemia.

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Nasdaq atinge recorde com Zoom a disparar 40%

Os principais índices norte-americanos oscilam entre ganhos e perdas, numa sessão volátil. Ainda assim, tecnológicas como a Zoom e a Apple impulsionam o Nasdaq rumo a novo máximo.

Apesar de continuar a volatilidade em Wall Street, mantêm-se também os recordes. Depois de serem conhecidos indicadores positivos da atividade manufatureira na China e Europa, os investidores ficaram otimistas perante os dados que vão sair para os EUA. A impulsionar os índices encontra-se também a Apple e a Zoom.

A atividade manufatureira da China voltou a crescer em agosto, depois de uma forte queda causada pelas medidas adotadas para travar a pandemia da Covid-19. Já o mesmo indicador para a Europa deslizou ligeiramente.

O tecnológico Nasdaq atingiu um máximo histórico na abertura na terça-feira, ao subir 0,64%, para os 11.850,96 pontos. Já o S&P 500 arrancou a sessão a ganhar 0,20% para os 3.507,44 pontos, mas segue agora a negociar junto da linha de água. Tendência semelhante é seguida pelo industrial Dow Jones, que começou por subir 0,03%, na abertura, para 28.439,61 pontos, mas inverteu e recua agora 0,1%.

Em termos empresariais, destaque para a Zoom, que dispara 40,31% para os 456,14 dólares, depois de apresentar resultados. O número de clientes pagantes da Zoom permitiu-lhe quadruplicar a sua receita durante o período de maio a julho para os 555,6 milhões de euros.

A Apple também sobressai, ao subir 1,90% para os 131,49 dólares, após a operação de stock split se ter efetivado.

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