Investidores cautelosos com as vacinas. Boeing ganha mais de 4% à boleia do 737 Max
Os investidores estão mais cautelosos com as notícias das vacinas. No dia em que a Pfizer anunciou que a sua candidata é ainda mais eficaz do que se esperava, as negociações arrancaram mornas.
As bolsas norte-americanas negoceiam em alta ligeira, no dia em que a Pfizer revelou que a vacina que está a desenvolver com a alemã BioNTech, afinal, tem 95% de eficácia a prevenir infeções por Covid-19, acima dos 90% que tinha indicado na semana passada. A farmacêutica planeia pedir aprovação regulatória para a vacina “nos próximos dias”, mas os investidores estão mais cautelosos e aguardam informação mais concreta.
O S&P 500 ganha 0,04%, para 3.611,34 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,27%, para 29.864,1 pontos. O tecnológico Nasdaq avança 0,01%, para 11.900,37 pontos. Dois dos índices atingiram recordes na segunda-feira, perante a notícia de que também a vacina da farmacêutica Moderna terá quase 95% de eficácia, podendo ser conservada num frigorífico comum, ao contrário da vacina da Pfizer, que tem de ser conservada a uma temperatura inferior a 70 graus negativos, dificultando a sua distribuição.
Face a estas informações, as ações da Pfizer ganham 2,89%, para 37,08 dólares, enquanto os títulos da Moderna recuam 0,25%, para 92,92 dólares. As ações da Johnson & Johnson perdem 0,28%, para 148,93 dólares, numa altura em que se espera que também esta apresente resultados preliminares dos ensaios clínicos da sua vacina experimental, que é diferente das duas anteriores por ser administrada em apenas uma injeção (e não duas).
O destaque da sessão é a Boeing. A fabricante valoriza 4,46%, para 219,42 dólares, no dia em que a Administração Federal da Aviação (FAA) norte-americana deu “luz verde” ao modelo 737 Max para poder voar novamente. Este tipo de avião tinha sido suspenso em março de 2019, na sequência de dois acidentes que tiraram a vida a 346 pessoas, e pode agora regressar aos céus, apesar de a crise pandémica ameaçar arrasar com várias centenas de encomendas à fabricante.
Nota positiva também para as ações da Tesla. A empresa soube esta semana que será integrada no índice S&P 500 já no próximo dia 21 de dezembro. Esta quarta-feira, os títulos da fabricante foram alvo de uma revisão em alta da recomendação do Morgan Stanley, somando agora mais 0,87%, para 445,46 dólares cada título.
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