Lagarde promete responder à segunda vaga “com força” em dezembro
Presidente do BCE pediu aos líderes europeus que acabem com o impasse em torno do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, e desbloqueiem o pacote Next Generation EU "sem demora".
O Banco Central Europeu (BCE) deixou para dezembro o anúncio de novas medidas de estímulo para travar o impacto económico da pandemia. Christine Lagarde promete que o banco central irá responder “com força” à segunda vaga do surto, mas também pediu aos governos para disponibilizarem os apoios orçamentais “sem demora” face aos riscos que representam as novas medidas de restrição.
“Respondemos prontamente e com força à primeira vaga que atingiu as economias da área do euro, concebendo novos instrumentos especificamente adaptados à natureza do choque e recalibrando a nossa carteira bem diversificada de instrumentos existentes”, disse a presidente do BCE esta quinta-feira.
“Abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação“, prometeu Lagarde, que falava na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.
A próxima reunião do conselho de governadores do BCE está agendada para 10 de dezembro, momento em que o banco central deverá alargar as medidas estímulos com mais compras de obrigações e empréstimos baratos aos bancos.
Lagarde considerou, ainda assim, que a política monetária não irá resolver a crise sozinha, devendo ser complementada com estímulos orçamentais para recuperar as economias que foram duramente afetadas pelo vírus.
"Respondemos prontamente e com força à primeira vaga que atingiu as economias da área do euro. (…) Abordaremos a atual fase da crise com a mesma abordagem e determinação.”
Neste sentido, pediu aos líderes europeus que coloquem um ponto final no impasse em torno do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, e desbloqueiem o pacote Next Generation EU “sem demora”.
“A economia da Zona Euro deverá ser severamente afetada pelas consequências do rápido aumento das infeções e pelo regresso das medidas de contenção, representando um claro risco de queda para as perspetivas económicas de curto prazo”, afirmou.
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