Lucro do Crédito Agrícola cai 34% para 69,5 milhões até setembro
Grupo liderado por Licínio Pina diz que tem vindo a reforçar as imparidades para o crédito por causa da pandemia. Resultado do negócio bancário registou quebra de 36%.
O Crédito Agrícola registou uma descida de 33,8% dos lucros para 69,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O grupo liderado por Licínio Pina indica que o negócio bancário contribuiu com 56,6 milhões de euros para este resultado, o que também representa uma quebra de 36,2% em termos homólogos, “num período marcado pela segunda vaga da pandemia”.
Neste contexto de aperto económico, o Crédito Agrícola diz que “tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente”, que se encontra refletida em imparidades de crédito acumuladas a setembro de 2020 de 404 milhões de euros”.
Este montante, acrescenta a instituição, confere um nível de cobertura de NPL (empréstimos em incumprimento) por imparidades de 44,7% e uma cobertura de NPL por imparidades e colaterais de 134,7%. Em termos de qualidade do balanço, o rácio de NPL do Crédito Agrícola situava-se nos 8,4% no final de setembro.
Todo o setor tem vindo a registar um aumento de imparidades e provisões para cobrir eventuais perdas futuras com os empréstimos quando assistirem a um aumento do incumprimento por parte de empresas e famílias. Algo que se encontra neste momento “anestesiado” pelas moratórias, que se prolongarão até setembro do próximo ano.
Neste capítulo, o banco indica ainda que aprovou 20.470 moratórias no crédito, totalizando os 2,5 mil milhões de euros.
Também já concedeu 232,4 milhões ao abrigo das linhas Covid-19, que têm garantia pública, ajudando a que a carteira de crédito tenha crescido 6,6% para 11 mil milhões de euros. O banco sublinha que há seis anos que reforça a sua quota de mercado.
Já os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizavam cerca de 16,4 mil milhões de euros, um crescimento de 11,4%.
O banco justifica ainda a redução dos lucros com os veículos de desinvestimento imobiliário (nomeadamente via desvalorização de unidades de participação), que penalizaram os resultados consolidados em 5,8 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 15h38)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Lucro do Crédito Agrícola cai 34% para 69,5 milhões até setembro
{{ noCommentsLabel }}