Maior fabricante mundial de aço vai cortar 11 mil empregos

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

A Thyssenkrupp Group, maior fabricante de aço do mundo, vai eliminar 11 mil postos de trabalho nos próximos anos, consequência do impacto da pandemia na indústria.

O Grupo Thyssenkrupp vai eliminar 11 mil postos de trabalho ao longo dos próximos anos, numa altura em que a indústria do aço está a ser fortemente penalizada pela pandemia, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

São cerca de 10% do número atual de trabalhadores que a empresa alemã vai despedir, depois de ter registado um prejuízo de 5,5 mil milhões de euros no ano encerrado em setembro e de ter previsto perdas de mais de mil milhões de euros para o período atual. O número de despedimentos é, assim, o dobro do que estava a ser planeado pela administração.

“Teremos de avançar ainda mais para a ‘zona vermelha’ antes de tornar a Thyssenkrupp adequada para o futuro”, diz a CEO, Martina Merz, citada pela Bloomberg. “As próximas etapas podem ser mais dolorosas do que as anteriores. Mas teremos de as ultrapassar”.

O grupo alemão manteve conversações com potenciais compradores e parceiros de fusão para a unidade de aço, com o objetivo de lidar com o excesso de produto. Está também em negociações com o Governo alemão sobre um pacote de ajuda que pode valer pelo menos cinco mil milhões de euros, de acordo com fontes citadas pela agência de notícias.

Desde o início do ano, as ações da Thyssenkrupp já caíram quase 60% na bolsa alemã.

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UE tem sido lenta demais a controlar as big tech, avisa auditor externo

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

Tribunal de Contas da União Europeia considera que Bruxelas devia criar ferramentas anticoncorrenciais que permitam intervir mais cedo num mercado em que as big tech têm esmagado rivais.

Bruxelas falhou no controlo das big tech porque agiu de forma demasiado lenta e porque faltou força legal para impedir que tecnológicas como a Google e Facebook esmagassem a concorrência, segundo um novo relatório do auditor externo da União Europeia.

De acordo com a análise do Tribunal de Contas da União Europeia, citado pelo Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês), como as investigações anticoncorrenciais na UE costumam ser demasiado longas, a aplicação das regras só ocorre depois de as grandes companhias tecnológicas terem eliminado as empresas rivais.

Neste sentido, o auditor recomenda a UE a encontrar formas de intervir mais cedo, pois longas investigações anticoncorrenciais “podem afetar negativamente a eficácia das decisões”.

A Comissão não dispõe atualmente de ferramentas que lhe permitam intervir antes da ocorrência de problemas de concorrência“, referem os autores do relatório que analisou as tentativas da UE para controlar as big tech.

Acrescentaram que a UE analisa geralmente as questões da concorrência através das quotas de mercado das empresas, dos preços dos bens ou serviços e das margens de lucro. Porém, estes critérios não foram “suficientes” no hora de “definir o poder de mercado e avaliar a concorrência” no que diz respeito a empresas como Google e Facebook.

Por outro lado, nos mercados digitais, companhias como a Amazon, que são tanto marketplace como vendedor de serviços, e grandes plataformas online podem aproveitar o elevado número de utilizadores que têm para estabelecer condições injustas, conclui o relatório.

A análise do Tribunal de Contas da UE considera que a Comissão estava mal preparada e mal equipada para lidar com um setor onde as empresas cresceram de forma tão acelerada que as big tech competem pelo mercado e não dentro de um mercado, “levando a resultados ‘winner-takes-all‘”.

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EDP fecha acordo para vender energia à Novartis em Espanha

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

EDP Renováveis já garantiu, em Espanha, CAEs para projetos no total de 229 MW a serem instalados de 2020 a 2023.

A EDP Renováveis fechou mais um contrato em Espanha, desta vez com a Novartis. Neste novo Contrato de Compra de Energia (CAE), que terá uma duração de 15 anos, a empresa portuguesa vai fornecer energia renovável à farmacêutica que será produzida a partir de uma carteira de 63 MW.

Em comunicado enviado à CMVM, a EDP Renováveis diz que este CAE prevê a “venda da eletricidade a ser produzida por um portefólio de 63 MW de energia renovável“. “O portefólio compreende um parque eólico de 36 MW e um parque fotovoltaico de 27 MW, com instalação prevista para 2022/23”, acrescenta.

Com este novo contrato com a farmacêutica Novartis, a EDP Renováveis já garantiu, em Espanha, CAEs para projetos no total de 229 MW a serem instalados de 2020 a 2023“, salienta a companhia controlada pela EDP.

Até à data, a empresa já contratou 86% da meta de cerca de 7 GW em nova capacidade eólica e solar a nível mundial, pretendida para o período de 2019-2022, e que foi anunciada no Plano Estratégico do grupo EDP, em março de 2019. A EDPR garante que irá continuar a analisar e a desenvolver projetos por todo o mundo que cumpram os seus critérios de risco e de rentabilidade.

“O anúncio deste novo PPA revela que mantemos um progresso rápido na execução do nosso plano de negócios, mas principalmente a importância das renováveis como fonte de energia competitiva e limpa para os nossos clientes de várias indústrias”, destacou Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis, em comunicado

Do lado da Novartis, Montse Montaner, Chief Sustainability Officer, disse que a sustentabilidade ambiental está alinhada com a nossa finalidade de reinventar a medicina e de aumentar a esperança de vida das pessoas. A eficiência energética e as soluções de energia renovável são os pilares da nossa estratégia para reduzir as emissões. Temos o orgulho de contarmos com a EDP Renováveis e com outros parceiros que pensam da mesma forma nesta nossa viagem pela sustentabilidade ambiental.”

Novartis celebra cinco contratos de compra de energia com a Acciona, EDP Renováveis e Enel Green Power

No total, a Novartis anunciou esta quinta-feira cinco contratos de compra de energia virtual (VPPAs), com três parceiros, que devem acrescentar mais de 275 megawatts de energia renovável à rede elétrica. A eletricidade eólica e solar serão geradas a partir de seis projetos de energias renováveis, ​​desenvolvidos por três fornecedores diferentes – Acciona, EDP Renováveis e Enel Green Power. Todos os projetos estarão localizados em Espanha.

Espera-se que os projetos estejam operacionais em 2023 e que contribuam para a redução da pegada de carbono da empresa nas suas operações europeias durante um período de 10 anos. Este esforço equivale à remoção de mais de 113 000 veículos de passageiros das estradas, por ano. Os acordos europeus seguem o VPPA recentemente implementado com o parque eólico Santa Rita East no Texas, EUA, que atualmente compensa 100% da eletricidade usada nas operações da Novartis nos EUA e Canadá”, disse a empresa em comunicado.

“Estes acordos representam um marco importante na política de sustentabilidade ambiental da Novartis e no objetivo de tornar as nossas operações neutras em carbono até 2025 e em toda a cadeia de valor até 2030“, afirmou ainda afirma Montse Montaner.

A Schneider Electric, enquanto especialista global em gestão de energia, apoiou a Novartis na seleção e nas negociações dos projetos. A Baker McKenzie prestou assessoria em todos os aspetos jurídicos relacionados com os VPPAs.

“A assinatura de cinco acordos permite à Novartis diversificar o risco em tecnologia, localização, contraparte e estrutura de negócio, criando um portfólio equilibrado de energia renovável em Espanha”, afirmou John Powers, vice-presidente da Global Renewables and Cleantech da Schneider Electric.

(Notícia atualizada)

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Pandemia, crise económica e ajudas aos países pobres centram cimeira virtual do G20

  • Lusa
  • 19 Novembro 2020

Organizada pela primeira vez por um país árabe, a Arábia Saudita, e no formato inédito de videoconferência, a cimeira vai abordar a questão das implicações da pandemia.

A pandemia, a crise económica daí oriunda e as ajudas económicas aos 73 países mais pobres do mundo vão centrar, no próximo fim de semana, a cimeira virtual das 20 economias mais industrializadas do planeta (G20).

Organizada pela primeira vez por um país árabe, a Arábia Saudita, e no formato inédito de videoconferência, a cimeira vai abordar a questão das implicações da pandemia no contexto económico e sanitário mundial — a pandemia já infetou quase 56 milhões de pessoas e matou mais de 1,3 milhões — e eventuais medidas para relançar a economia no mundo.

Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), se, por um lado, a esperança na eficácia das vacinas está a subir, a economia, por outro, está ainda longe de ver a luz ao fundo do túnel, uma vez que as projeções apontam para que o Produto Interno Bruto (PIB) global deva diminuir 4,4% em 2020.

Os países do G20 gastaram já cerca de 11.000 biliões de dólares para salvar a economia mundial e têm pela frente uma “bomba-relógio”: a dívida dos países pobres, que se confrontam com um colapso (menos 700.000 milhões de dólares, segundo a OCDE do seu financiamento externo.

A 13 deste mês, os ministros das Finanças do G20 acertaram um “quadro comum”, que implica pela primeira vez a China e os credores privados, para aliviar o peso da dívida, um avanço em relação à moratória de pagamento de juros implementada em abril, mas ainda insuficiente para as organizações não-governamentais (ONG). “O G20 está a manter a cabeça na areia e não responde à urgência da situação”, numa altura em que, segundo perspetivou o Banco Mundial (BM), entre 88 e 115 milhões de pessoas deverão cair na extrema pobreza”, referiu Katherine Tu, dirigente da Action Aid.

Uma das soluções seria usar os Direitos Especiais de Saque (SDR, em inglês) do FMI, um instrumento de financiamento já usado durante a crise económica de 2008. Numa entrevista recente ao Financial Times, o ministro das Finanças saudita, Mohammed al-Jaddan, disse estar confiante nessa solução, apesar das reservas iniciais dos Estados Unidos, cuja participação ao mais alto nível na cimeira ainda está em dúvida, uma vez que Donald Trump, derrotado pelo democrata Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas de 03 deste mês, não confirmou a presença.

Isso diz muito do seu interesse [de Trump] na cimeira do G20. Estas grandes reuniões são, de facto, menos válidas para um programa oficial muito consensual ou para o comunicado de imprensa final, muitas vezes muito suave, do que para as separações entre pessoas poderosas, os laços forjados à mesa, nos intervalos para café, nos corredores ou salas de ginástica dos hotéis”, comentou John Kirton, diretor do Centro de Investigação do G20.

No entanto, para o também professor da Universidade de Toronto, a “diplomacia digital” também tem as suas vantagens, ainda que apenas por questões de logística e segurança, numa região sob grande tensão. Por outro lado, para Camille Lons, investigadora do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IIEE), a cimeira é “uma oportunidade claramente perdida” para a Arábia Saudita, que “quis aproveitar para melhorar um pouco sua imagem”, maculada pelo assassínio, há dois anos, do jornalista Jamal Khashoggi.

Menos importante a nível global, o tema dos direitos humanos na Arábia Saudita não deixa de estar em foco, uma vez que as organizações não-governamentais terão a oportunidade de interpelar a comunidade internacional sobre uma questão que gera grandes críticas à atuação das autoridades de Riad.

Parentes de ativistas presos chegaram mesmo a apelar aos líderes mundiais para boicotarem a cimeira ou para, pelo menos, pressionarem os líderes sauditas a libertar os presos políticos e a garantir o respeito pelos direitos humanos. A repressão às vozes dissidentes manchou a imagem do príncipe herdeiro Mohammad bin Salmane, que está, simultaneamente, a operar reformas para aligeirar as leis muito conservadoras no reino muçulmano.

Além da Arábia Saudita, o G20 é integrado pela África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, bem como pela União Europeia (UE) e pela Espanha, como país convidado permanentemente.

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Nas notícias lá fora: Prisa, Norwegian Air e big tech

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

A Norwegian Air tenta evitar a falência na Irlanda, enquanto um dos maiores fabricantes de aço está a planear cortar 11.000 postos de trabalho nos próximos anos. E pode vir aí uma OPA à Prisa.

A pandemia continua a abalar com o mundo. Na aviação, os efeitos estão a ser devastadores, levando mesmo a companhia aérea Norwegian Air a pedir proteção contra credores na Irlanda. Os impactos estão também a ser sentidos na indústria do aço, com um dos maiores fabricantes do mundo a planear cortar 11.000 postos de trabalho nos próximos anos. Leia mais sobre estas e outras notícias nos jornais internacionais.

El Economista

Dono da Kiss FM quer comprar a Prisa

Blas Herrero, dono da Kiss FM, está a preparar-se para avançar para a compra da Prisa, empresa espanhola de media que recentemente vendeu a totalidade da posição na Media Capital. Entrou no capital da companhia, detendo uma posição de cerca de 3%, mas está à procura de financiamento para lançar uma OPA. O El Economista conta que muitos dos atuais acionistas estarão disponíveis para vender as posições. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

The Guardian

Norwegian Air pede proteção contra credores na Irlanda

A companhia aérea low cost Norwegian Air entrou com pedido de recuperação judicial na Irlanda, tornando-se numa das maiores vítimas da pandemia de coronavírus no setor de aviação até hoje. A atravessar sérias dificuldades financeiras, a transportadora pediu a um tribunal irlandês para realizar um exame específico, que permitirá perceber as perspetivas de sobrevivência. Se esta for possível, o tribunal normalmente decreta o pagamento parcial ou total das dívidas de alguns credores. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

Vacina da AstraZeneca mostra-se mais eficaz entre os idosos

A vacina que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford mostra ser segura e provocar uma resposta imunitária em pessoas mais idosas, de acordo com um estudo da revista científica Lancet. De acordo com os resultados preliminares da segunda fase de testes clínicos, a vacina “mostra resultados de segurança e imunidade em adultos saudáveis com 56 anos ou mais semelhantes aos demonstrados em pessoas com idades entre os 18 e os 55 anos”. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Grupo Thyssenkrupp corta 11.000 empregos à medida que aumentam problemas com aço

Os alemães do Grupo Thyssenkrupp, um dos maiores fabricantes de aço do mundo, vão cortar duas vezes mais postos de trabalho do que aquilo que estava planeado, numa altura em que a indústria deste metal está numa difícil situação financeira. Serão eliminados 11.000 empregos ao longo dos próximos anos, prevendo-se um prejuízo de mais de mil milhões de euros para 2020. As ações da Thyssenkrupp já caíram quase 60% desde o início do ano. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

UE tem sido lenta demais para controlar as big tech, refere auditor externo europeu

Um relatório do auditor externo da União Europeia (UE) refere que o bloco comunitário tem tido dificuldades em controlar as big tech, não tendo força legal para impedir que empresas como a Google e o Facebook esmaguem a concorrência. O documento afirma que as investigações costumam ser demasiado longas e aconselha a UE a encontrar maneiras de intervir mais cedo. “A Comissão não tem, atualmente, ferramentas que lhe permitam atuar antes dos problemas anticoncorrenciais acontecerem”, lê-se. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Galp cede 3% e derruba bolsa de Lisboa. Europa também cai

Melhores desempenhos no PSI-20 pertenciam a 4 cotadas que seguiam inalteradas. Maré vermelha em Lisboa estende-se à Europa, perante as preocupações com aumento de infeções e aperto nas restrições.

Sem cotadas em zona de ganhos e com a Galp Energia a perder mais de 3%, a bolsa nacional arrancou a negociação com pouco apetite pelo risco. Lisboa está a perder cerca de 1%, numa sessão que também não está a ser famosa lá fora.

O PSI-20, o principal índice português, cede 1,12% para 4,368,45 pontos, quando os melhores desempenhos por cá se cingiam às variações nulas de quatro cotadas: REN, Ibersol, Novabase e Jerónimo Martins.

As restantes 13 cotadas (o PSI-20 está com 17 títulos momentaneamente, após a saída da Sonae Capital) estão a negociar em terreno negativo. Destaque para as ações da petrolífera nacional: a Galp recua -3,52% para 8,674 euros.

Galp cai mais de 3%

Também o BCP, que disparou na última sessão quase 10%, cede mais de 2% para 0,111 euros. Uma nota do CaixaBank/BPI com recomendação de compra deu asas à ação do banco liderado por Miguel Maya na sessão desta quarta-feira.

O setor do papel também evidencia perdas expressivas: a Semapa, que controla a Navigator, está em baixa de 2,47% para 7,89 euros. A Navigator, por seu turno, desvaloriza 1,84% para 2,246 euros. E a Altri recua quase 1%.

O sentimento também é negativo lá fora. O espanhol Ibex-35 perde 1,4%. As praças de Paris e Frankfurt também desliza entre 0,8% e 0,9%. O Stoxx 600, índice de referência no Velho Continente ao reunir as 600 principais companhias da região, perde 0,8%.

Trata-se de uma extensão das perdas de Wall Street, que encerrou a sessão desta quarta-feira a cair mais de 1% perante os receios em torno do aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus e da necessidade de os países avançarem com medidas de restrição mais apertadas para travar a segunda vaga da pandemia.

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Marcelo promulga diploma extraordinário para viabilizar empresas

  • Lusa
  • 19 Novembro 2020

PEVE é “um mecanismo temporário, de natureza extraordinária, destinado, exclusivamente, a empresas que se encontrem em situação económica difícil, ou em situação de insolvência, iminente ou atual”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que cria o processo extraordinário de viabilização de empresas, explicita uma nota publicada na página na internet da Presidência, documento que originou de uma proposta do Governo.

O documento foi aprovado na Assembleia da República, na segunda-feira, em votação final global, com os votos contra de BE, PCP e PEV.

As deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues abstiveram-se e as restantes bancadas votaram a favor.

O texto final tem como origem uma proposta de lei do Governo que estava prevista no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) do executivo.

Na sua intervenção no parlamento na apresentação do diploma, em meados de setembro, o secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, destacou então que o PEVE é “um mecanismo temporário, de natureza extraordinária, destinado, exclusivamente, a empresas que se encontrem em situação económica difícil, ou em situação de insolvência, iminente ou atual”.

O governante adiantou que as empresas em situação difícil podem recorrer ao PEVE desde que “isso seja consequência da crise económica provocada pela Covid-19” e que “a empresa ainda seja suscetível de viabilização”.

Para isso, é exigido que tenha registado em 31 de dezembro de 2019 “um ativo superior ao passivo”, continuou o secretário de Estado.

De acordo com Mário Belo Morgado, o processo visa a homologação pelo tribunal de um acordo alcançado extrajudicialmente entre a empresa e os seus credores “e tem caráter urgente, com prioridade” sobre processos de insolvência, Processo Especial de Revitalização (PER) e processo especial para acordo de pagamento (PEAP).

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Bruxelas quer 300 GW de eólicas offshore até 2050. Um terço será flutuante e há oportunidades para Portugal

Bruxelas apresenta hoje uma nova Estratégia para a Energia Renovável Offshore. O eólico flutuante representará até um terço de toda a capacidade instalada e há oportunidades nos mares de Portugal.

A nova estratégia europeia para a energia renovável offshore vai ser apresentada esta quinta-feira, em Bruxelas, pelo vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e pela comissária para a Energia Kadri Simson. Estão previstos 300 GW de eólicas offshore na União Europeia até 2050 e há oportunidades nos mares portugueses.

Por volta de 2040, a energia produzida a partir do vento nos mares europeus deverá ser já a principal fonte da eletricidade consumida na maioria dos países. Antes disso, a Estratégia hoje revelada vê as eólicas offshore a crescer na União Europeia (UE) dos atuais 12 GW para 60 GW em 2030, ou seja, uma capacidade cinco vezes superior no espaço de 10 anos. Feitas as contas às expectativas de ter 300 GW em 2050, trata-se de multiplicar por 25 os GW disponíveis em 30 anos.

Hoje em dia, países como Portugal estão ainda limitados nas renováveis offshore, por causa das águas profundas onde não é possível fixar as turbinas ao fundo do mar, como acontece na Dinamarca, no Mar do Norte, por exemplo. A Estratégia vem agora defender que “todas as costas europeias beneficiem desta energia” e apoia a expansão das turbinas flutuantes. Esta é, para já, a única tecnologia compatível com as maiores profundidades que atingem os mares do oceano Atlântico, do Mar Mediterrânico e do Mar Negro. Sem esquecer as ilhas que neles existem e que assim sairão também beneficiadas.

Para já, a Europa tem apenas dois pequenos parques eólicos flutuantes — um deles do consórcio Windplus, liderado pela EDP, Engie e Repsol, ao largo de Viana do Castelo: o Windfloat Atlantic, com três turbinas e 25 MW de capacidade instalada. Mas deverá ter 300 MW flutuantes já em 2022 e 7 GW em 2030.

“É importante investir em novas tecnologias e inovação. O flutuante offshore representará até um terço de toda a capacidade offshore em 2050 [os restantes dois terços serão com base em tecnologia de base fixa ao fundo do mar, como acontece no Mar do Norte]. Agora é a hora de investir em projetos de demonstração em grande escala para reduzir custos, diz Giles Dickson, CEO da WindEurope.

Do lado das empresas, a associação WindEurope garante que “a indústria eólica europeia está pronta para o fazer”. Mas avisa: “Aumentar 25 vezes a energia eólica offshore requer um grande investimento em infraestruturas. São necessários investimentos em ligações às redes offshore e também no reforço das redes elétricas em terra.os portos marítimos precisam de 6,5 mil milhões de euros nos próximos 10 anos. Todo o equipamento dos parques eólicos offshore passa pelos portos. Precisam de ter um espaço amplo, cais com capacidade para cargas pesadas e águas profundas. Os portos são os centros de operação e manutenção dos parques eólicos offshore e se tornar-se-ão em bases de montagem no caso da energia eólica offshore flutuante”.

Além, dos investimentos em infraestruturas, para concretizar esta Estratégia a Europa precisa de uma produção industrial forte para conseguir expandir sua cadeia de abastecimento para as eólicas offshore. Hoje, esta mesma cadeia de abastecimento produz 3 GW de turbinas por ano. No futuro, será necessário produzir 6 vezes mais, ou seja, 18 GW. Falta ainda apostar na inovação e nas exportações para os mercados asiáticos e para os Estados Unidos, onde a energia eólica offshore está agora a arrancar em força.

“Esta é uma estratégia muito boa, que confirma a visão de que a energia eólica offshore será a principal fonte de eletricidade na Europa. Também é preciso reconhecer os investimentos necessários para a concretizar – em redes elétricas, portos e cadeias de abastecimento. E identifica todas as políticas que irão impulsionar esses investimentos: política industrial; regras de auxílio estatal; e os mecanismos para garantir receitas previsíveis aos investidores em parques eólicos offshore, com um custo mínimo para os consumidores”, diz Dickson, sublinhando os “elevados investimentos iniciais” e os custos de financiamento associados.

Cada turbina gera 15 milhões de euros

O CEO defende ainda que a expansão da energia eólica offshore na Europa vai ajudar na recuperação económica pós-Covid-19. “Cada nova turbina eólica offshore gera 15 milhões de euros de atividade económica. O Plano de Recuperação da UE pode ajudar a apoiar os investimentos em infraestruturas necessários, nomeadamente em redes e portos. Os Estados Membros devem refletir isso nos seus Planos de Recuperação e Resiliência”, defende.

O responsável considera que a Estratégia apresenta pontos importantes sobre o planeamento do espaço marítimo e um enquadramento legal sobre parques eólicos offshore conectados a dois ou mais países. Esses parques conhecidos como “híbridos” terão um papel importante porque permitem poupar dinheiro e espaço e ainda melhoram os fluxos de energia entre países vizinhos. Até 7 GW de parques híbridos offshore já estão em desenvolvimento, aponta.

Também a Eurelectric, da qual fazem parte as principais elétricas europeias, incluindo a EDP, “dá as boas-vindas ao objetivo de construir pelo menos 300 GW de energia eólica offshore até 2050″. No entanto, um estudo realizado por esta associação mostrou que são necessários cerca de 450 GW de capacidade eólica offshore para que a o grupo dos 27 e o Reino Unido descarbonizem profundamente suas economias até 2050

“É um empreendimento industrial sem precedentes e precisaremos de uma aceleração massiva para o conseguir. Para termos sucesso, precisamos de uma abordagem radicalmente diferente. Com os procedimentos atuais, os parques eólicos têm atrasos de até 10 anos, afastando-nos cada vez mais do objetivo de descarbonização”, disse Kristian Ruby, secretário-geral da Eurelectric.

A indústria tem a possibilidade de aumentar a produção e implementação de tecnologias maduras, como são as turbinas offshore, mas as empresas ainda enfrentam desafios como a falta de certeza de longo prazo para os seus investimentos, planeamento e infraestruturas, bem como procedimentos demasiado demorados na concessão de licenças, de acordo com Ruby.

O setor de energia espera que a Estratégia para a Energia Renovável Offshore seja uma oportunidade para aumentar a descarbonização, incluindo a Diretiva de Energia Renovável, Diretrizes de Auxílio Estatal, Regulamentação de Redes Transeuropeias de Energia, Proteção da Natureza e da Biodiversidade”, rematou.

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Passes do Porto e Lisboa vão poder ser usados nos táxis

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

Governo está a estudar a criação de pacotes de títulos de viagem intermodais, que serão descontados em percursos específicos de táxis. Viagens poderão ser pagas com multibanco ou cartão refeição.

O Governo tem em cima da mesa novas propostas para modernizar o setor do táxi no país, sendo que uma delas passa por criar trajetos específicos no Porto e em Lisboa, em complemento ao autocarro, metro e comboio. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), os táxis vão chegar a zonas onde os transportes públicos não chegam, podendo os passageiros utilizar os passes municipais nestes carros também.

Um dos pontos em discussão dentro deste tema é a “venda de pacotes de serviços com pré-pagamento” suportados “nos títulos de transporte como Lisboa Viva e Andante”, refere o relatório preliminar do Grupo de Trabalho que está responsável pela modernização do setor. A ideia é que os cidadãos possam adquirir pacotes de títulos de viagem intermodais, que serão descontados em percursos específicos de táxis. Ao entrar nestes carros bastará validar os respetivos passes.

Mas outra maneira de pagar estes pacotes poderá ser com o cartão refeição, diz o JN. Atualmente este cartão apenas pode ser usado na restauração e em supermercados, mas o Governo está a estudar aumentar esta abrangência para o uso dos táxis. Além disso, a possibilidade de pagar uma viagem de táxi com cartão multibanco também está em cima da mesa.

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Isenção de IRS pode abranger mais 20 mil trabalhadores com baixos salários

  • ECO
  • 19 Novembro 2020

A proposta do PS de aumento do valor do mínimo de existência no IRS em 100 euros permitirá que mais 20.000 trabalhadores de baixos salários passem a estar total ou parcialmente isentos deste imposto.

Numa das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2021, o PS defende o aumento do valor do mínimo de existência no IRS em 100 euros. A ser aprovada, a medida vai permitir que mais 20.000 trabalhadores de baixos salários passem a estar total ou parcialmente isentos deste imposto, segundo cálculos do Governo citados pelo Público (acesso pago).

A iniciativa dos socialistas deverá obter “luz verde” na votação na especialidade, dado que PCP e Bloco de Esquerda afirmam que não colocarão entraves a uma medida que vem reforçar os salários mais baixos.

Segundo o jornal, alguns dos trabalhadores com salários mais baixos são já abrangidos pelo mínimo de existência pelo que a medida não terá qualquer impacto neste grupo. Mas outros rendimentos baixos que paguem menos IRS e passem a estar abrangidos por esta regra irão pagar menos imposto.

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Delegados ao congresso do PCP vão sentar-se em cadeiras, sem mesas

  • Lusa
  • 19 Novembro 2020

Além da redução do número de delegados, de 1.200 para cerca de 600, o PCP optou por não ter convidados de forma a reduzir o número de pessoas no congresso.

Os delegados ao XXI congresso do PCP vão obedecer a regras rígidas para entrar e circular do pavilhão Paz e Amizade, em Loures, e terão apenas cadeiras para se sentarem, sem mesas, disse à Lusa fonte partidária.

Os delegados, que já foram reduzidos a metade (cerca de 600) como forma de adaptar o congresso de 27, 28 e 29 de novembro às regras para conter a pandemia de Covid-19, vão espalhar-se por todo o pavilhão, incluindo as bancadas, com respeito pelas distâncias de segurança.

Os únicos a mesas serão os órgãos executivos que vão sentar-se na mesa do congresso, acrescentou a mesma fonte.

Haverá circuitos de entrada, circulação e saída de delegados e dirigentes do partido.

Além da redução do número de delegados, de 1.200 (em 2016) para cerca de 600, o PCP optou por não ter convidados de forma a reduzir o número de pessoas no congresso, em plena pandemia, e que já começou a ser criticada pelos partidos de direita.

Hoje, o secretário-geral do PCP prometeu que o XXI congresso nacional, dentro de oito dias, vai ser exemplar quanto a medidas de prevenção da Covid-19.

“O Presidente da República não obstaculizou nem levantou dúvidas ou dificuldades em relação à sua realização [do congresso comunista]“, garantiu Jerónimo de Sousa, à saída de uma audiência no Palácio de Belém, adiantando que tem havido ligação com a Direção-Geral da Saúde na preparação do evento.

O XXI congresso nacional do PCP realiza-se em 27, 28 e 29 de novembro de 2020 no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema “Organizar, Lutar, Avançar – Democracia e Socialismo”.

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Chamadas de valor acrescentado no apoio ao cliente deverão acabar no OE2021

O fim das chamadas de valor acrescentado no apoio ao cliente resulta de uma proposta ao OE2021 apresentada pelo PAN. O PS deverá deixar passar esta alteração na fase de especialidade.

Os serviços de apoio ao cliente das empresas que atualmente cobram pelas chamadas deverão deixar de conseguir fazê-lo em 2021. O PAN propõe na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) que seja impossibilitado o uso de chamada de valor acrescentado, normalmente com número iniciado por “7” ou “808”, na prestação do apoio ao cliente. E o partido tem a indicação do Governo e do PS de que a proposta será viabilizada.

No texto da proposta, o PAN é claro ao definir o objetivo de “impedir a utilização de linhas telefónicas com prefixo «7» ou «30» ou aos números azuis com o prefixo «808» como única forma de contacto dos consumidores aos fornecedores de bens e prestadores de serviços“. Em declarações ao ECO, a líder parlamentar, Inês Sousa Real, nota que esta mudança é ainda mais urgente no “atual contexto socioeconómico” da crise pandémica.

Em alternativa, as empresas deverão disponibilizar uma forma de contacto telefónico com o prefixo “2”, ou seja, gratuita para quem tem tarifário com chamadas gratuitas para números fixos (nacionais). As empresas devem criar esta alternativa de número telefónico “no prazo máximo de 90 dias, a contar da data de entrada em vigor da presente lei”, define a proposta.

Algumas empresas já apresentam atualmente estas alternativas aos consumidores, mas uma parte significativa dos prestadores de bens e serviços mantém as chamadas de valor acrescentado como o meio de comunicação principal para com os consumidores.

No Orçamento do Estado para 2020 já tinha sido definida uma alteração no mesmo sentido — a eliminação das chamadas de valor acrescentado como a única forma de contacto dos consumidores –, mas que se focava apenas nas empresas públicas e nas empresas que prestam serviços públicos essenciais.

“Apesar de representar um importante avanço, esta limitação no âmbito das relações com os consumidores, não se aplica a um manancial de relações jurídicas de consumo, nomeadamente no âmbito dos contratos de seguro ou de prestação de serviços financeiros ou bancário“, argumenta o PAN nesta nova proposta, referindo que nestes casos os consumidores não têm alternativa. “Esta situação, segundo a Provedora de Justiça, poderá consubstanciar uma violação do direito comunitário e da Lei de Defesa do Consumidor”, recorda o partido.

Em 2019, a Anacom decidiu baixar os preços das chamadas de valor acrescentado e já recomendava às empresas que disponibilizassem outras alternativas menos onerosas para os consumidores, como as que o PAN sugere agora.

PAN tem 17 propostas com o “ok” do PS

O PAN deverá entrar na fase de especialidade com 17 propostas, das mais de 200 que apresentou, com a garantia do PS de que irá viabilizá-las. É o caso do fim das chamadas de valor acrescentado nas linhas de apoio ao cliente, mas também da majoração em IRS das despesas com veterinários, como noticiou o Jornal de Negócios. Mas há mais.

Os socialistas terão dado também luz verde à criação de uma plataforma eletrónica destinada a garantir maior transparência na gestão pública, com o nome Portal da Transparência, à criação de uma taxa de carbono de dois euros para as viagens aéreas e marítimas, cuja receita reverte para o Fundo Ambiental, e à interdição do uso de microplásticos em detergentes e cosméticos.

O PAN propôs também o reforço dos meios de combate à corrupção, nomeadamente das equipas de perícia no âmbito da estratégia nacional do combate à corrupção, tendo o PS ido ao encontro do partido numa proposta que apresentou sobre o mesmo tema.

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