“Netflix” exclusiva para estudantes de direito e juristas

Criada por alunos da faculdade de Direito da Católica, a "Netflix do Direito" será financiada pela Bolsa Startup Voucher e incluirá vídeo-aulas, casos práticos e seminários.

Três alunos de direito da Universidade Católica Portuguesa, do Porto, acabam de criar a “Netflix do Direito”, uma plataforma digital que permitirá a consulta de vídeo-aulas, casos práticos e seminários para que estudantes e juristas possam manter-se atualizados relativamente a alterações nesta área.

“Pensada para dar resposta às exigências criadas pela pandemia, em que o estudo passou a ser feito à distância, a plataforma – que ficará online no primeiro trimestre de 2021 e que terá uma subscrição mensal – vem criar um suporte de estudo na área jurídica ao disponibilizar conteúdos de várias unidades curriculares da licenciatura”, referem em comunicado.

Financiada pela Bolsa Startup Voucher, a iniciativa tem como propósito central colocar os estudantes no papel de docentes. “A este nível, refira-se que alguns dos melhores alunos de mestrado da Católica no Porto serão responsáveis pela criação das vídeo-aulas. Acrescente-se, ainda, que a iniciativa, que obteve uma classificação de 17 valores (numa escala de 20) e que conquistou nota máxima nos requisitos grau de inovação da ideia e resposta às necessidades do mercado”, notam.

Luciano Rezende, estudante da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica, é um dos mentores do projeto, que conta também com a participação de Henrique Varino da Silva, estudante finalista da licenciatura em Direito, responsável por garantir a qualidade dos conteúdos, e Ana Campos, estudante da Faculdade de Educação e Psicologia, que terá a seu cargo a certificação da qualidade didática do ensino.

“A nossa plataforma será construída como uma espécie de “Netflix” do Direito, onde iremos segmentar os temas de estudo pelos grandes ramos – direito privado, direito civil, direitos reais –, de forma a oferecer uma grelha de conteúdos abrangente e que possa ser útil a todos estudantes de Direito em Portugal, independentemente da Faculdade que frequentem”, conta Luciano Rezende.

Tanto Luciano Rezende como Henrique Varino da Silva frequentam o programa ADN do Jurista, uma iniciativa que visa o desenvolvimento integral e transversal dos alunos e que lhes permitiu desenvolver um conjunto de competências que se revelaram essenciais neste projeto.

“O ADN do Jurista é o programa mais importante da Faculdade de Direito, uma vez que não visa apenas formar bons juristas, mas bons seres humanos, que irão chamar para si o protagonismo e a responsabilidade de enfrentarem os desafios das suas vidas, sendo futuros agentes transformadores na sociedade”, acrescenta Luciano Rezende.

Já Henrique Varino da Silva refere que a interdisciplinaridade do programa ADN ajudou-o a sensibilizar-se para a dimensão da comunicação. “No ADN do Jurista ficou claro que não basta apenas ter uma grande bagagem teórico-jurídica se não somos capazes de adaptar o método e a mensagem, consoante o público a que visamos transmitir o nosso conhecimento”, explica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Siza admite que falências em 2021 “poderão ser um problema”

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

O ministro da Economia defendeu que a melhor forma de combater a crise é “colocar a economia a crescer o mais rapidamente possível”, mas admitiu preocupação com as falências.

O ministro da Economia defendeu esta terça-feira que a melhor forma de combater a crise é “colocar a economia a crescer o mais rapidamente possível”, mas admitiu que em 2021 as insolvências de empresas “poderão ser um problema”.

“A melhor forma de sairmos da crise, de equilibramos as nossas finanças públicas e de reduzirmos o peso da dívida no Produto Interno Bruto [PIB] é mesmo colocarmos a economia a crescer o mais rapidamente possível”, afirmou o ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Segundo o governante, “uma política orçamental expansionista e anticíclica e os instrumentos financeiros” disponibilizados pela União Europeia “para estimular a procura, investindo no bem-estar a longo prazo são a melhor forma de por a economia a crescer e constituem uma resposta totalmente diferente da forma como se enfrentou a última grande crise financeira internacional”.

Siza Vieira admitiu, contudo, que “esta crise vai causar uma contração muito significativa do PIB” e que as medidas de apoio tomadas pelo Governo “não geraram mais volume de negócios para as empresas”, antecipando por isso “uma situação em que as empresas vão ter os seus resultados afetados por uma diminuição das suas vendas”.

“Estivemos, nesta fase, muito preocupados com a questão de assegurar que não falta liquidez às empresas. Temos que reconhecer que, no próximo ano, poderemos ter um problema de solvência, na medida em que podemos ter uma degradação grande dos capitais próprios”, referiu, salientando a necessidade de “apoiar as empresas para se recapitalizarem perante a situação causada por esta pandemia”.

Na mesma audição, o ministro da Economia distinguiu em “três pilares diferentes” os instrumentos financeiros disponíveis para combate à crise. O primeiro pilar é de “reação imediata” (para proteção do emprego e rendimento e apoio às empresas, em que para além dos programas REACT EU e SURE, também o Orçamento do Estado será “fundamental”, com o seu perfil “expansionista” e “anticíclico”); o pilar de apoio ao investimento e às qualificações (suportadas pelos quadros financeiros plurianuais da União Europeia, neste caso pelo PT2030, e pela componente nacional do plano de resiliência europeu, o Next Generation EU); e o pilar da recapitalização das empresas.

“O nosso Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] nacional permite-nos fazer um conjunto de reformas que correspondem a objetivos nacionais, e, aos dispormos destes instrumentos que normalmente não existem, vamos alcançar objetivos muito significativos. A lógica deste programa é financiar investimentos tendentes à realização de reformas. Eles têm uma componente de resposta à crise […], mas são investimentos que nos permitem financiar modificações essências na nossa estrutura social e produtiva e na capacidade do país para enfrentar os desafios da dupla transição ecológica e digital”, sustentou.

Em resposta às críticas do PSD quanto à canalização para as empresas de apenas um terço das verbas que virão da União Europeia, Siza Vieira disse que, ainda assim, “é muito melhor que o que existia no PT2020, que tinha menos de 20% de verbas para as empresas”, e salientou que “muito do investimento público que está a ser feito é ao serviço das empresas”, como é o caso da reforma do sistema justiça ou da redução dos custos contexto.

Da mesma forma, sustentou, também o investimento previsto na ferrovia e nas grandes redes de infraestruturas é “essencial para assegurar competitividade da indústria” em Portugal.

Segundo salientou Siza Vieira, o PRR tem, contudo, algumas condicionantes e constrangimentos, nomeadamente que 37% dos investimentos terão de responder aos desafios da transição climática e 20% têm de respeitar o objetivo da transição digital. “Não podemos simplesmente despejar dinheiro em cima de agentes económicos”, disse.

A importância do capital humano e da qualificação dos recursos humanos foi outra das prioridades apontadas pelo ministro, que recordou que, “apesar do grande investimento feito” nesta área, Portugal continua a ser “o terceiro pais da OCDE com mais baixas qualificações ao nível da população ativa” e “cerca de metade não completou o ensino secundário”.

“É verdade que somos o país que nos últimos 20 anos mais fez progressos nesta matéria, mas este esforço tem de continuar e temos agora uma oportunidade muito significativa para a necessária requalificação dos ativos”, sustentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

J&J suspende ensaios clínicos e leva Wall Street para o vermelho

Wall Street abriu em baixa nesta terça-feira com o sentimento dos investidores a ser penalizado pela paragem dos ensaios clínicos da vacina da Johnson & Johnson.

Os índices norte-americanos estão em queda no início da sessão desta terça-feira numa altura em que os investidores aguardam por mais informação da Johnson & Johnson após a empresa ter parado os ensaios clínicos relativos à vacina contra a Covid-19.

O Dow Jones desce 0,3% para os 28.749,67 pontos, o S&P 500 cede 0,13% para os 3.529,69 pontos e o Nasdaq desvaloriza 0,08% para os 11.866,27 pontos.

Na sessão desta segunda-feira, o Nasdaq e o S&P 500 subiram significativamente com um impulso do setor tecnológico e da esperança que haja mais estímulos orçamentais, tendo os índices feito uma aproximação aos máximos atingidos em setembro.

Entre as cotadas, o destaque desta terça-feira vai para a Johnson & Johnson: a cotada aumentou a sua previsão de lucros para este ano, mas as ações estão a cair mais de 2% por causa de uma doença sem explicação num dos participantes dos ensaios clínica da vacina contra a Covid-19. Esse incidente levou à paragem dos ensaios clínicos, o que deverá adiar a conclusão dos testes à vacina.

Porém, os investidores parecem ter ganho algum otimismo com os últimos resultados dos grandes bancos norte-americanos, que ficaram acima das expectativas.

Além disso, as ações da Apple sobem mais de 1% no dia em que se espera que apresenta quatro novos iPhones.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morreram 16 pessoas com Covid-19. Há mais 1.208 infetados

Foram identificados 1.208 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos positivos desde o início da pandemia sobe para 89.121.

Portugal registou 1.208 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 89.121 o número de infetados desde o início da pandemia. Já o número de mortes subiu para 2.110, após mais 16 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

É o sexto dia consecutivo acima da fasquia do milhar de novas infeções diárias, sendo que o número mais elevado de sempre foi registado no sábado, quando Portugal registou 1.646 novos casos. Certo é que os números de mortes estão também a subir fortemente. Só nas últimas 24 horas, morreram 16 pessoas, o número mais elevado desde 20 de maio. Destes óbitos, dez foram na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Norte e um no Centro.

Há agora 32.964 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 643 pessoas do que no balanço anterior. A maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 1.208 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 713 localizam-se nesta região (59%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 340 novas infeções (28,15%).

Boletim epidemiológico de 13 de outubro

Ainda assim, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (43.986 casos de infeção e 846 mortes), seguindo-se do Norte (33.660 casos e 929 mortes), do Centro (7.176 casos e 273 mortes), do Algarve (2.025 casos e 24 mortes) e do Alentejo (1.677 casos e 26 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 300 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 297 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 616 estão internados (mais 39 face ao dia anterior), dos quais 132 em unidades de cuidados intensivos (mais quatro). Há ainda 50. 291 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 1.447 do que no balanço de segunda-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 549 recuperados, um número bastante relativamente ao último balanço. No total, já 54.047 pessoas recuperaram da da doença.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h31)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Iniciativa Liberal vota contra proposta que “atrasa e adia” o país

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

A Iniciativa Liberal anunciou que vai votar contra a proposta de Orçamento de Estado para 2021, por considerar que “atrasa e adia Portugal”, prejudicando o crescimento das empresas.

A Iniciativa Liberal anunciou esta terça-feira que vai votar contra a proposta de Orçamento de Estado para 2021, por considerar que “atrasa e adia Portugal”, prejudicando o crescimento das empresas e protegendo apenas o Estado e a função pública.

“Confirma-se o que já tínhamos temido: este orçamento não serve a Portugal, adia o início da recuperação económica e protege o Estado, protege a função publica, desprotege a criação de emprego e desprotege as empresas”, declarou o deputado único da IL, João Cotrim de Figueiredo, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

O deputado liberal começou por lamentar que os seus pedidos de redução e simplificação do sistema fiscal não tenham sido atendidos pelo governo, contrariando o que considerou uma “demagogia” da redução da carga fiscal no orçamento do próximo ano.

Não há desagravamento nenhum, aproveito aliás para esvaziar já uma narrativa, que sei que vai acontecer, que é a da suposta baixa da carga fiscal neste orçamento. A carga fiscal desce pura e simplesmente porque há uma redução das receitas ficais, não é porque o governo tenha reduzido uma única taxa”, sustentou. Para Cotrim de Figueiredo, a revisão em baixa prevista no orçamento para as tabelas de IRS é “cinismo político”.

“Dizer às pessoas que têm mais dois ou três euros por mês para que em abril ou maio do ano seguinte recebam exatamente o mesmo montante a menos em termos de reembolso é brincar com a vida das pessoas”, justificou.

Sobre o Novo Banco, o deputado liberal considerou haver uma “mistificação total” e “atrapalhação visível” do Ministério das Finanças sobre a questão, apontando que por um lado “não vêm empréstimos do Estado diretamente para o Fundo de Resolução” mas por outro lado “não se fala na Caixa [Geral de Depósitos] que tem cerca de 40% de quota de mercado e que vai ela ter que emprestar também ao Fundo de Resolução”.

“Diz-se que são cerca de 470 milhões de euros que do Fundo serão injetados no NB, dos quais 200 resultados próprios do fundo e 276 empréstimos do sistema, mas olha-se para o acordo de capital contingente do NB e as necessidades do NB para 2021 vão ser pelo menos de 600 ou 700 milhões de euros – de onde virá essa diferença?”, questionou.

João Cotrim de Figueiredo apontou ainda que o OE “não toca” na questão dos fundos europeus previstos para o país, nomeadamente como vão ser aplicados e mostrou-se ainda preocupado com a “aplicação prática” neste orçamento das novas regras de contratação pública e das expropriações.

Lamentou também que não haja no documento “uma linha” sobre o reforço do sistema de saúde para colmatar as falhas em consultas e cirurgias causadas pela pandemia, nem sobre a educação para compensar “o atraso dramático” no ano letivo dos alunos. A proposta de orçamento para 2021 será votada na generalidade em 28 de outubro, estando a votação final global do documento marcada para 26 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AIE espera que consumo de petróleo recupera a níveis pré-pandemia em 2023 se economia recuperar rápido

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

O diretor geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, confirmou que "a era do crescimento (do petróleo) chegará ao fim nos próximos dez anos".

O consumo mundial de petróleo voltará em 2023 ao máximo atingido em 2019 se houver uma rápida recuperação económica, segundo a Agência Internacional de Energia que considera que esta próxima década será a última de crescimento da procura de petróleo.

Num cenário em que a recuperação económica levaria mais tempo e o Produto Interno Bruto (PIB) global não seria igual ao de 2019 até 2023, o consumo de petróleo não voltaria ao nível anterior à crise da covid-19 até 2027, afirmou esta terça-feira a AIE na apresentação do seu relatório anual de perspetivas.

O diretor geral da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, confirmou que “a era do crescimento (do petróleo) chegará ao fim nos próximos dez anos” e insistiu que são necessárias medidas por parte dos governos para evitar tal aumento.

Birol observou que as vendas de veículos elétricos (cujos motores não utilizam derivados de petróleo) este ano serão de 2,5% do total, mas ao mesmo tempo os SUV, que pelo seu peso consomem mais combustível, representarão 42%.

A fim de alcançar um volume zero de emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) até 2050 que limitaria o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, a AIE acredita que é necessária uma mudança radical nas políticas energéticas nos próximos dez anos, particularmente para favorecer as energias renováveis em detrimento dos combustíveis fósseis.

Birol salientou que “a crise da covid-19 perturbou o setor energético mais do que qualquer outro acontecimento da história e afirmou que pessoalmente acredito que esta crise vai deixar cicatrizes por muitos anos.

De acordo com as estimativas da agência, a procura de energia diminuirá globalmente 5% este ano, com o petróleo a cair 8%, o carvão 7% e o gás natural 3%, enquanto que haverá um ligeiro aumento das energias renováveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desemprego em Portugal deverá ficar nos 8,1% em 2020. FMI previa 13,9%

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

As previsões do FMI situam-se abaixo das estimativas do Governo, incluídas no Orçamento do Estado, que apontam para uma taxa de desemprego de 8,7% este ano e 8,2% em 2021.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou esta terça-feira, nas Previsões Económicas Mundiais, que a taxa de desemprego em Portugal deverá atingir os 8,1% em 2020, baixando para 7,7% em 2021.

Os números esta terça-feira divulgados fazem parte das Previsões Económicas Mundiais da instituição sediada em Washington, e para Portugal atualizam os números divulgados em abril. À data, o FMI previu que a taxa de desemprego em Portugal chegasse aos 13,9% este ano e recuperasse para os 8,7% em 2021. Em 2019, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2,2% e a taxa de desemprego foi de 6,5%.

Na segunda-feira foram divulgadas as previsões do Governo associadas ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), que apontam para uma taxa de desemprego de 8,7% este ano e 8,2% em 2021.

“A melhoria esperada para o mercado de trabalho deverá levar a um crescimento do emprego em 1% (-3,8% em 2020), assim como, a uma redução da taxa de desemprego, a qual deverá diminuir de 8,7%, em 2020, para 8,2%, em 2021″, pode ler-se no relatório que acompanha a proposta de Lei do Governo para o OE2021, divulgada na segunda-feira.

Na semana passada, o Banco de Portugal (BdP) estimou, no seu Boletim Económico, que a taxa de desemprego deverá chegar aos 7,5% em 2020, uma revisão em baixa face aos 10,1% previstos em junho.

De acordo com o banco central, o emprego “cai menos do que seria de esperar, face a anteriores períodos de recessão” e a previsão da queda para este ano é de 2,8%, melhor do que a redução de 4,5% prevista pelo banco central em junho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PIB da Zona Euro cai 8,3% em 2020 e sobe 5,2% em 2021

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

É esperada uma melhoria das previsões económicas feitas em junho, que previam uma queda da economia da Zona Euro na ordem dos 10,2%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro deverá cair 8,3% em 2020, mas recuperar e subir 5,2% em 2021, de acordo com as Previsões Económicas Mundiais hoje divulgadas pelo FMI.

Segundo pode ler-se na publicação do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje divulgada, é esperada uma melhoria das previsões económicas feitas em junho, que previam uma queda da economia da Zona Euro na ordem dos 10,2%, um valor que piorou em 2,7 pontos percentuais as previsões feitas em abril.

Para 2021, a instituição sediada em Washington tinha sinalizado, em junho, um crescimento de 6%, superior em 1,3 pontos percentuais à estimada em abril.

Relativamente ao desemprego, a instituição liderada por Kristalina Georgieva estima uma taxa de 8,9% em 2020 e uma subida para 9,1% em 2021.

Já a inflação deverá ser de 0,4% em 2020 e de 0,9% em 2021, depois de ter sido de 1,2% em 2019.

Para as maiores economias da Zona Euro, o FMI prevê também uma forte contração em 2020 devido à pandemia de Covid-19 e uma recuperação em 2021.

Na Alemanha, a maior economia da Zona Euro, a instituição financeira sediada em Washington espera uma recessão de 6% em 2020 e uma recuperação de 4,2%, e uma taxa de desemprego, respetivamente, nos 4,3% e 4,2%.

Para França, o FMI estima uma quebra de 9,8% da economia em 2020 e uma subida de 6% em 2021, e uma subida do desemprego para os 8,9% em 2020 e 10,2% em 2021.

Relativamente a Itália, a instituição estima a segunda maior queda do PIB da Zona Euro, de 10,6% em 2020, com uma recuperação a apontar para um crescimento de 5,2% em 2021.

O desemprego em Itália deverá atingir os 11% em 2020, subindo para os 11,8% em 2021.

A maior queda do PIB da Zona Euro deverá ser, segundo o FMI, a de Espanha, que aponta para uma recessão económica de 12,8% em 2020 e uma recuperação de 7,2% em 2021.

Quanto ao desemprego espanhol, o FMI aponta para que aumente dos 14,1% de 2019 para 16,8% em 2020 e 2021.

A maior taxa de desemprego da Zona Euro será a da Grécia segundo os técnicos de Washington, apontando para os 19,9% em 2020 e 18,3% em 2021, numa economia que deverá recuar 9,5% e crescer 4,1%, respetivamente, nos dois anos.

A Comissão Europeia previu, em julho, uma recessão de 8,7% da Zona Euro, apontando para uma recuperação de 6,1% em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI vê PIB de Portugal a cair 10% este ano. Recupera 6,5% em 2021

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

Segundo o documento hoje divulgado pelo FMI, agravam-se em dois pontos percentuais as previsões feitas em abril para Portugal, que previam uma queda de 8,0% do PIB em 2020.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma queda de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2020, e uma recuperação de 6,5% para 2021, segundo as Previsões Económicas Mundiais divulgadas esta terça-feira. O documento revela um agravamento, em dois pontos percentuais, das previsões feitas em abril para Portugal, que apontavam para uma queda de 8% do PIB em 2020.

No entanto, relativamente a 2021, a instituição liderada por Kristalina Georgieva melhorou em 1,5 pontos percentuais a perspetiva da subida do PIB, face aos 5,0% estimados em abril. Nos números conhecidos esta terça-feira, o FMI aponta ainda que a taxa de desemprego em Portugal deverá atingir os 8,1% em 2020 e baixar para os 7,7% no próximo ano. Já a inflação deverá ser nula (0,0%) em 2020 e de 1,1% em 2021, acompanhando a recuperação económica que o FMI prevê para Portugal no próximo ano.

Em 2019, a economia nacional cresceu 2,2%, a inflação foi de 0,3% e a taxa de desemprego ficou nos 6,5%. A balança da conta corrente, que em 2019 ficou nos 0,1% do PIB, baixará para -3,1% em 2020 e 3,5% em 2021, segundo as estimativas da instituição sediada em Washington.

Os números do FMI diferem dos divulgados na segunda-feira pelo Governo, no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), já que o executivo prevê uma queda da economia de 8,5% este ano e uma recuperação de 5,4% em 2021.

O Banco de Portugal divulgou as suas previsões para a economia portuguesa na semana passada, estimando uma quebra de 8,0% do PIB em 2020, melhorando a sua anterior previsão de 9,5%. Já a Comissão Europeia prevê uma queda de 9,8% da economia portuguesa em 2020, uma contração acima da anteriormente projetada, de 6,8%. Para 2021, Bruxelas estima um crescimento de 6%, acima dos 5,8% da sua anterior previsão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empréstimo à CP (que estava erradamente atribuído ao Novo Banco) servirá para amortizar dívida, explica João Leão

Erradamente atribuídos ao Fundo de Resolução na proposta de OE2021, os 468,6 milhões de euros irão permitir à CP financiar as amortizações de empréstimos, baixando os encargos com juros.

Os 468 milhões de euros erradamente atribuídos na proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) a um empréstimo ao Fundo de Resolução, e que posteriormente foi esclarecido se destinam sim à CP, vão servir para amortizar dívida da empresa. O esclarecimento foi feito pelo Ministro das Finanças, João Leão, durante a apresentação da proposta de OE2021 realizada na manhã desta terça-feira

João leão começou por dizer que os empréstimos às empresas públicas são feitos todos os anos e que o Estado ajuda as empresas a financiar as amortizações de empréstimos que estas têm que fazer.

“As empresas públicas — desde a IP, CP, os Metros de Lisboa e do Porto — têm de amortizar dívida ao setor financeiro e essa dívida tem sido, nos últimos anos, financiada pelo Estado para ajudar a financiar essa dívida a custos mais baixos”, esclareceu a esse propósito o titular da pasta das Finanças, acrescentando que esse processo de apoio financeiro do Estado “tem contribuído para a redução da despesa em juros”. De acordo com João Leão, “a despesa em juros no próximo ano vai aumentar mais de mil milhões de euros”, o que “representa 0,5% do PIB”.

Para complementar a sua explicação, João Leão socorreu-se ainda da ajuda do secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, que explicou que “tradicionalmente, a Direção Geral do Tesouro e das Finanças tem essa função de assegurar sempre em condições de mercado o financiamento a um conjunto de empresas públicas” e que “o valor que suscitou esta questão [468,6 milhões de euros] e que tem a ver com os empréstimos à CP está essencialmente ligado também a algo que é corrente: a cobertura do serviço de dívida histórica que a CP tem“.

“Isto tem vindo a ser feito ao longo dos diferentes anos. Aquele é o valor indicado para a CP para o ano de 2021 e que corresponde efetivamente àquilo que são as necessidades em 2021 de serviço de dívida e cobertura do serviço de dívida previsto para a CP”, disse ainda.

Esta prática “corrente” em orçamentos anteriores, tal como foi explicado por ambos os responsáveis pelo Ministério das Finanças, saltou para a ribalta depois de no documento da proposta de OE2021 constar a quantia em causa como sendo um empréstimo ao Fundo de Resolução que financia o Novo Banco. Logo que identificada essa situação, o Ministério das Finanças emitiu um comunicado em que assumia a falha no documento.

“Por lapso, o relatório do Orçamento do Estado para 2021, hoje entregue à Assembleia da República, identifica, erradamente, um empréstimo de 468,6 milhões de euros ao Fundo de Resolução. Trata-se sim de um empréstimo de 468,6 milhões de euros à CP-Comboios de Portugal”, esclarecia o Ministério de João Leão ainda na segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Flatio compra NomadX e expande operação em Portugal

A plataforma europeia de aluguer de médio-prazo comprou o marketplace fundado em Portugal que se dedica ao alojamento de viajantes, nómadas digitais e trabalhadores remotos.

A Flatio, plataforma europeia de aluguer de imóveis a longo prazo, acaba de comprar a NomadX, um marketplace de imóveis para viajantes incubado na Startup Lisboa, para expandir a sua operação em Portugal.

“A operação dará aos proprietários portugueses o acesso a um público alvo em rápido crescimento: os trabalhadores remotos que viajam por períodos mais longos, nómadas digitais, profissionais e estudantes, ao mesmo tempo que apoia os inquilinos locais, que representam 20% do mercado de Flatio”, explica a empresa em comunicado.

“Acreditamos que esta aquisição vai ajudar-nos a acelerar o crescimento em Portugal como um dos principais destinos de trabalho remoto e nómadas digitais da Europa. Esperamos que Lisboa se torne rapidamente um dos mercados de melhor desempenho nos próximos anos”, explica o checo Radim Rezek, CEO da Flatio.

A pandemia fez a Flatio crescer: os números da empresa apontam para um aumento de 20% no número de reservas globais e um crescimento de mais de 30% do número global de proprietários nos primeiros três trimestres deste ano, face ao mesmo período do ano passado. A NomadX, direcionada para viajantes, trabalhadores remotos e nómadas digitais, foi fundada em Lisboa e está avaliada em cerca de quatro milhões de euros.

A Flatio está presente em 60 cidades e mais de 17 países em todo o mundo, tendo cerca de meio milhão de utilizadores únicos. Entre os seus principais mercados estão as cidades de Praga e Budapeste.

Em termos práticos, a compra da NomadX pela Flatio fará com que, em Portugal, as listagens, gestão e transações imobiliárias de ambas as empresas sejam centralizadas na plataforma de tecnologia da Flatio “após um período de transição de várias semanas”. “O mercado de habitação da marca NomadX continuará a existir (em Lisboa, Porto, Aveiro, etc…), mas alimentado pela Flatio e expandindo para todos os mercados onde a Flatio já está presente”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Patrões desiludidos com OE 2021 porque “não apoia nada o emprego”, diz Saraiva

A proposta de Orçamento do Estado não agrada os patrões, que se confessam desiludidos. António Saraiva salienta que as empresa foram esquecidas.

A proposta de Orçamento do Estado apresentada por João Leão à Assembleia da República não agrada os patrões, que confessam uma “enorme desilusão”, já que não há “uma única medida que se dirija às empresas”. Em declarações à RTP 3, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, disse: “Este Orçamento apoia muito o desemprego, mas não apoio o emprego”.

O Executivo de António Costa apresentou, na segunda-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que fica marcada pela criação de um novo apoio social, pelo travão aos despedimentos por grandes empresas que beneficiem de apoios públicos e pelo aumento extraordinário das pensões mais baixas.

Tudo somado, “não há uma única medida que se dirija às empresas”, frisou António Saraiva, referindo que, neste Orçamento, há “muito apoio social e bem”, mas esquece-se a economia e as companhias. Tal é lamentado pelos patrões, especialmente “depois da resiliência e do esforço que as empresas têm feito”, nos últimos anos, sublinhou o líder da CIP.

António Saraiva adianta, por isso, que a sua primeira impressão é de “uma enorme desilusão” e avisa: “Este Orçamento apoia muito o desemprego, mas não apoia nada o emprego”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.