Centros comerciais recusam continuar a “suportar sozinhos os apoios aos lojistas”
O Governo apertou o cerco e decidiu que a restauração nos centros comerciais tem de encerrar, não podendo trabalhar, sequer, em regime de take-away.
Os restaurantes nos centros comerciais têm de encerrar, não podendo funcionar sequer em regime de take-away. Esta foi uma das medidas anunciadas esta segunda-feira pelo Governo, numa tentativa de evitar ajuntamentos à porta dos estabelecimentos. Os proprietários dos centros comerciais dizem compreender as medidas do Executivo, mas recusam continuar a “suportar sozinhos” os apoios dados aos lojistas.
“A APCC relembra que os centros comerciais são ambientes seguros e controlados, onde não foram identificadas origens de surtos pandémicos, mas não deixa de manifestar a sua compreensão para a necessidade da adoção de medidas para o controlo da pandemia”, refere a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), em declarações ao ECO.
Na mesma resposta, a associação liderada por António Sampaio de Mattos refere ainda que “os centros comerciais estavam preparados para manter a atividade mas, como habitualmente, irão acatar as novas medidas impostas e cooperar com as autoridades para a implementação das mesmas“.
Contudo, a APCC apela ao Governo, afirmando que “chegou a altura de o Governo encarar este tema e encontrar soluções para ajudar a ultrapassar as dificuldades vividas pelos lojistas e pelos proprietários dos centros comerciais”. Isto porque, lê-se, “até hoje os centros comerciais têm suportado sozinhos os apoios aos lojistas e os efeitos desta crise pandémica, sem qualquer tipo de compensação”.
Desde o início da pandemia que os lojistas têm vindo a alertar para as fortes quebras nas vendas, o que levou o Governo a suspender o pagamento da renda fixa, ficando as lojas a pagar apenas a renda variável, ou seja, em função da faturação. Esta decisão levou os proprietários destes centros comerciais a apresentar queixa contra o Estado na Comissão Europeia.
Na semana passada, a APP emitiu um comunicado onde pedia ao Governo para que permitisse o normal funcionamento de “todas as atividades nos centros comerciais”, afirmando que “seria o mais prudente”. Agora, em resposta ao ECO, a associação afirma que “esta situação não pode manter-se”.
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