Willis Towers Watson prevê aumento salarial de 1,9% este ano
Para Sandra Bento, associate director da Willis Towers Watson Data Services, as empresas enfrentam 2021 com um "otimismo cauteloso", o que se reflete no ligeiro aumento salarial previsto.
Ainda que ligeiros, há alguns sinais de otimismo no mercado de trabalho português. De acordo com o último relatório “Salary Budget Planning Report”, da Willis Towers Watson, os trabalhadores do setor privado português deverão obter aumentos salariais médios de 1,9% em 2021. Já o número de empresas a congelar salários deverá cair acentuadamente.
“Com a pandemia Covid-19 a atingir o país em março do ano passado, já no ano passado as empresas foram forçadas a rever em baixo os seus planos de aumento de salários, levando a incrementos médios de 1,8%. Por outro lado, prevê-se que o número de empresas portuguesas a congelar salários caia acentuadamente este ano, num novo sinal de otimismo cauteloso para 2021”, lê-se em comunicado.
Para diminuir custos, no ano passado, 25% das empresas do setor privado congelou os aumentos salariais. Contudo, segundo o relatório da Willis Towers Watson, esta percentagem diminuirá este ano em mais de metade, fixando-se nos 10%.
“Depois de um ano difícil tanto para empregadores como para funcionários, forçados a enfrentar confinamentos, questões relacionadas com a segurança das pessoas, o trabalho remoto e a queda nas receitas, muitos empregadores estão a procurar formas de lidar melhor com esta crise, de gerir o seu negócio e de ajudar os seus funcionários“, afirma Sandra Bento, associate director da Willis Towers Watson Data Services, em comunicado.
Segundo a responsável, muitas destas organizações “olham para 2021 com um otimismo cauteloso, o que se reflete neste ligeiro aumento salarial que o relatório antecipa”, diz.
Lá fora, o cenário é semelhante, com a maioria das empresas nas principais economias da Europa Ocidental a prever aumentos salariais mais elevados em 2021 do que no ano passado. De acordo com o “Salary Budget Planning Report”, os maiores aumentos são esperados na Holanda e Alemanha, 2,5% e 2,4%, respetivamente. Segue-se Itália, França e Espanha, com subidas salariais na ordem dos 2%.
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