PSD e CDS questionam Governo sobre falta de testagem nas escolas privadas

PSD e CDS vêm sustentar a posição apresentada esta segunda-feira pela AEEP - Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular, relatando a existência de uma "inaceitável discriminação".

Depois de o Governo ter anunciado a aprovação de uma verba de até 20 milhões de euros para financiar a testagem nas escolas públicas, com recurso a testes rápidos de antigénio, PSD e CDS vieram questionar o Executivo sobre a não inclusão dos estabelecimentos de ensino privado nesta iniciativa.

A este propósito, o PSD referiu, em comunicado enviado às redações, que esta testagem deveria “abranger todas as crianças e jovens do sistema de ensino, em igualdade de circunstâncias” e, não o fazendo, fica comprometido o “princípio constitucional da igualdade”, ao serem excluídos os alunos do ensino privado, bem como “a própria defesa da saúde pública”.

Isto porque, na ótica do PSD, “uma testagem no sistema de ensino que excluísse um universo de centenas de milhares de membros da comunidade educativa”, ou seja, os alunos das escolas privadas, “inviabilizaria, até, a obtenção de informação epidemiológica rigorosa e abrangente”, relembrando que a testagem em larga escala se apresenta como um “elemento chave para limitar a propagação da Covid-19”.

No que toca este tema, o PSD veio assim questionar o Executivo acerca da existência de “alguma razão de saúde pública que fundamente e justifique” esta exclusão do ensino privado desta iniciativa, perguntando ainda se “essa sua decisão [do Governo] não contribuirá para o aumento da propagação da doença”.

Além do mais, o partido destaca ainda que esta “decisão de restringir agora a testagem massiva às escolas públicas contraria, inclusivamente, anteriores decisões da esfera governamental“, nomeadamente no que concerne “à campanha de testagem rápida” em todas as escolas com ensino secundário, incluindo as privadas, “localizadas em concelhos de risco extremamente elevado”, bem como o alargamento do “rastreio a todas as escolas de Portugal continental, independentemente do nível de ensino”.

Também o CDS revela, em comunicado, uma posição semelhante, questionando o Governo se este planeamento será ajustado de forma a que alunos das escolas privadas sejam incluídos na testagem em massa e se o Executivo se propõe a ponderar que “os professores das escolas privadas” sejam incluídos “na mesma fase de prioridade de vacinação que os professores e não docentes das escolas públicas”.

Isto porque, para o CDS, “professores e crianças e jovens que frequentam o ensino privado têm de ter exatamente a mesma proteção de saúde que os do ensino público”, referindo que uma “política de saúde pública” não pode ser penalizadora para uma porção da população — neste caso, os “alunos e docentes das escolas privadas”.

Ambos os partidos vêm, assim, sustentar as preocupações lançadas esta manhã pela AEEP – Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular em comunicado enviado à Lusa, que relatou a existência de uma “inaceitável discriminação”, não compreendendo por que razão “numa situação de grave pandemia, que obriga até a estados de emergência, […] possa haver uma distinção entre professores e alunos do público e do privado”.

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Maria Antónia Saldanha é a nova líder da Mastercard em Portugal

  • Trabalho
  • 8 Março 2021

Nova country manager da Mastercard para o mercado português vai impulsionar implementação da estratégia "multi rail".

Maria Antónia SaldanhaD.R.

Maria Antónia Saldanha é a nova country manager da Mastercard em Portugal, anunciou a empresa em comunicado. A nova responsável estará focada em “impulsionar a implementação da estratégia ‘multi rail’ no mercado português, através de uma única infraestrutura que liga em permanência todos os tipos de pagamentos e informações e oferece confiança, escolha e flexibilidade”, assinala a empresa.

Entre as prioridades da nova líder, que sucede a Paulo Raposo (agora líder da Mastercard Processing na Europa Ocidental), estão a “monitorização e o apoio para que a transição digital que está a ocorrer no país seja inclusiva, garantir a implantação da gama de produtos e soluções da Mastercard e estimular inovações através da construção de parcerias locais para oferecer a melhor experiência de pagamento, cada vez mais simples, rápida e segura, aos consumidores portugueses”, assinala a Mastercard em comunicado.

Com 20 anos de experiência e conhecimento da indústria de pagamentos e serviços em Portugal, Maria Antónia Saldanha era, até agora, diretora sénior da SIBS. Durante o seu mandato esteve envolvida em programas como o de Inovação da SIBS, o primeiro Programa de Aceleração de Pagamentos e Fintechs de Portugal.

“Estou ansiosa por trazer a minha experiência para continuar a desenvolver a atividade da Mastercard, não só na indústria, mas também na sociedade em geral”, assinala Maria Antónia Saldanha, citada em comunicado.

Maria Antónia Saldanha estudou relações internacionais na Universidade Lusíada de Lisboa, concluiu o Mestrado Executivo em Gestão de Marketing pelo INDEG-IUL e dois programas executivos em Transformação Digital e Gestão Avançada na Católica Lisbon School of Business & Economics.

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Compra de testes para escolas vai ser por ajuste direto

A compra de testes rápidos de despiste à Covid-19 para as escolas públicas vai ser realizada por ajuste direto e vai ser financiada através do REACT-EU, um mecanismo de financiamento europeu. 

A compra de testes rápidos de despiste ao novo coronavírus para as escolas públicas vai ser realizada por ajuste direto dada “manifesta urgência” na aquisição destes testes e será financiada através do REACT-EU, um mecanismo de financiamento europeu.

Em causa está a aquisição de testes rápidos de antigénio para os estabelecimentos de ensino públicos, no valor de 19,8 milhões de euros, por forma a preparar o regresso das aulas presenciais. A autorização de despesa foi aprovada no passado domingo num Conselho de Ministros digital, numa altura em que o Governo está a alargar o rastreio contra a Covid-19 nas escolas públicas do país.

Esta operação está a ser preparada pelos ministérios da Saúde e Educação em parceria com os laboratórios privados e com a Cruz Vermelha, sendo que é esperado que seja executada por equipas de enfermeiros, técnicos e administrativos, que irão percorrer as escolas do país. Neste âmbito todos os professores e funcionários serão testados, tal como os alunos do ensino secundário.

Neste contexto, o despacho da Presidência do Conselho de Ministros, publicado esta segunda-feira publicado em Diário da República, vem autorizar que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e a Segurança Social executem esta despesa “com recurso ao procedimento de ajuste direto”, justificando “manifesta urgência” do procedimento.

Não obstante, o Executivo estipula que os encargos “são integralmente pagos em 2021”, sendo que a DGEstE está autorizada a gastar 17.844.120,00 euros, ao passo que ao Instituto da Segurança Social cabem os restantes 1 958 760,00. Além disso, o Governo salienta que os encargos financeiros da DGEstE “são objeto de financiamento ou refinanciamento através do REACT-EU (Recovery Assistance for Cohesion and the Territories of Europe)”, um programa de um programa de apoio europeu que pretende ajudar os países a enfrentarem os impactos da pandemia.

Esta medida não foi bem recebida pelos colégios privados. Em comunicado citado pela lusa, a A AEEP – Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo –, pediu no domingo uma clarificação do Governo sobre testes rápidos à Covid-19 para os alunos do ensino privado, e avisou que não se conformará com uma “inaceitável discriminação”. De salientar que o Governo está a ultimar o plano de desconfinamento, que será apresentado na quinta-feira e, segundo avançou Marques Mendes, no seu espaço de comentário semanal na SIC, as creches, pré-escolar e 1º ciclo deverão ser os primeiros a reabrir, já a 15 de março.

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Proposta de desconfinamento prevê reabertura de creches e vendas ao postigo, mas restaurantes encerrados

Os especialistas propuseram um plano de desconfinamento com cinco níveis de medidas restritivas. Podia arrancar já com todos os concelhos no nível quatro e reabertura do pré-escolar.

Os especialistas propuseram ao Governo um plano de desconfinamento do país com cinco níveis de medidas restritivas, umas de caráter geral e outras de caráter concelhio. O objetivo é que Portugal reabra com “todos os concelhos” no nível quatro, mantendo-se a avaliação de 15 em 15 dias, com reforço ou alívio das restrições a nível nacional ou a nível municipal. O nível um é o que implica menos limitações.

O ensino foi a única atividade “cujo planeamento foi pensado a nível nacional”, sendo que este nível quatro de medidas restritivas permitiria já a reabertura do ensino pré-escolar e infantil, ou seja, creches e jardins-de-infância, por exemplo. Caso o país fosse capaz de manter este nível por duas semanas, com base nos critérios definidos, as restrições poderiam então descer para o nível três. Este permitiria reabrir outros níveis de escolaridade, como o primeiro ciclo e o segundo ciclo.

A explicação foi feita por Raquel Duarte na reunião do Infarmed esta segunda-feira. O ensino deve caminhar “sempre no sentido da redução das medidas restritivas”, pelo que, neste caso, “só o agravamento de dois níveis é que pode permitir que haja um retrocesso na implementação das medidas”.

À parte das escolas, foram propostos dois pilares para o plano de desconfinamento: um com regras gerais para todo o país e outro mais refinado, para cada concelho.

Desde logo, a ideia é que Portugal, a partir do nível quatro, só alivie as medidas gerais se se verificar a “manutenção sustentada em níveis de risco inferiores durante duas semanas”. Em contrapartida, “a manutenção no nível dois em duas avaliações sucessivas permite passar para medidas de nível um”, as menos restritivas das cinco categorias.

Em simultâneo, os especialistas propuseram que a situação epidemiológica também seja acompanhada a nível concelhio, com avaliação “a cada duas semanas”. Um concelho poderá passar para nível mais baixo “sempre que o nível de risco for inferior ao nível das medidas” aplicadas. Se se verificar um agravamento, devem ser analisadas as causas e mantida a vigilância por duas semanas e “só aumento do patamar de risco nesta segunda avaliação implicará retrocesso com respetivo aumento do nível de medidas restritivas”.

Caso um concelho permaneça por duas semanas no nível dois de medidas restritivas, sem necessidade de agravamento, deve ser promovida a descida ao nível um, argumentam os especialistas.

Nível quatro permite vendas ao postigo mas restaurantes encerrados

No caso do trabalho, os especialistas recomendam a manutenção do teletrabalho “sempre que possível”. Nos casos em que o trabalho à distância não é possível, o nível quatro de medidas gerais já permitiria “o trabalho em locais comuns sem contacto com o público e mantidas as medidas gerais”.

Se, ao fim de 14 dias, se verificar a manutenção de nível inferior ao atual, deveria permitir-se a descida para medidas de nível três, com possibilidade de trabalho em “locais comuns com contacto com o público mas sem contacto físico”. Só no nível dois seria “permitido trabalhar em locais comuns” com contacto com público e com contacto físico individual.

O arranque deste desconfinamento deverá ainda contemplar restrições nos horários de funcionamento dos estabelecimentos, com o limite das 21h durante a semana e 13h aos fins de semana. Nesta primeira fase, já seriam permitidas as vendas ao postigo, mas só no nível três é que seria possível a reabertura de estabelecimentos com medidas de distanciamento.

Os empresários da restauração terão de esperar mais um pouco. O plano de desconfinamento proposto esta segunda-feira pelos especialistas implica que restaurantes permaneçam encerrados ao público, funcionando apenas para take-away e entregas ao domicílio. No nível três, contudo, seria possível abrirem serviço de esplanada, com máscara obrigatória (exceto durante a refeição) e um máximo de quatro pessoas à volta de uma mesma mesa.

Para os transportes públicos, o nível quatro permitiria que metro e autocarro operassem com 25% da ocupação, enquanto os táxis e “ubers” poderiam funcionar com duas pessoas no banco de trás e acesso impedido ao banco dianteiro.

O desconfinamento proposto pelos especialistas implica, por fim, a limitação do convívio às pessoas do agregado familiar. No entanto, no nível três, já seria permitida a associação a outras seis pessoas do mesmo conjunto sócio-familiar.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h33)

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Expetativas dos industriais alemães melhoram em fevereiro pelo terceiro mês consecutivo

  • Lusa
  • 8 Março 2021

As expectativas diferem entre as diversas indústrias. Se expectativas na indústria automóvel melhorou consideravelmente, as perspetivas dos fabricantes de mobiliário deterioraram-se.

As expectativas de produção dos fabricantes alemães melhoraram em fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo, mas diferem entre as diversas indústrias, anunciou esta segunda-feira o instituto alemão Ifo.

Com base no mais recente inquérito a empresas de diversas áreas industriais, o Ifo refere que o indicador das expectativas de produção para os próximos três meses subiu para 20,7 pontos em fevereiro, contra 9,4 pontos em janeiro.

Contudo, o especialista do ifo Klaus Wohlrabe afirmou que “enquanto a indústria automóvel está a planear expandir a produção particularmente rápido, a indústria do vestuário está a planear cortar na produção”.

O Ifo afirma ainda que as expectativas entre os fabricantes de automóveis e os dos fornecedores destes “melhoraram consideravelmente, com o indicador a disparar até mais 35 pontos em fevereiro, contra menos 1 ponto em janeiro e que o indicador também subiu para os fabricantes de computadores, de 29 pontos em janeiro para 34 pontos em fevereiro”.

Para a indústria química, o indicador das expectativas subiu para 21 pontos, contra 15 pontos em janeiro, enquanto que para os fabricantes de máquinas e equipamentos subiu para 19 pontos, contra 12 pontos em janeiro.

A indústria do vestuário continua a ter o pior desempenho, embora os participantes no inquérito estejam ligeiramente menos pessimistas em relação à situação do que no mês anterior, refere o ifo, precisando que o indicador subiu para -60 pontos, contra -84 pontos em janeiro.

Entretanto, as perspetivas dos fabricantes de mobiliário deterioraram-se, com o indicador a cair de -15 pontos em janeiro para -33 pontos em fevereiro.

A agência federal de estatística alemã anunciará ainda esta segunda-feira os números da produção industrial em janeiro.

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Associações pedem ao Governo decisões céleres para não matar investimento no lítio

  • Lusa
  • 8 Março 2021

O pedido foi feito numa carta aberta ao primeiro-ministro, na qual as instituições lembram a importância daquele mineral para “diminuir a dependência económica e energética do país face ao exterior”.

O setor dos recursos minerais considera que “ainda é possível criar uma cadeia de valor para o lítio” em Portugal e pediu esta segunda-feira ao Governo decisões céleres para não “matar” oportunidades de investimento na exploração daquele recurso.

O pedido foi feito numa carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, subscrita pelas instituições nacionais do setor, e à qual a Lusa teve acesso, na qual lembram ao Governo a importância daquele mineral para “diminuir a dependência económica e energética do país face ao exterior” no futuro.

“Portugal não pode desperdiçar o potencial e a oportunidade no contexto da economia de baixo carbono em que os recursos minerais vão ser mais importantes do que nunca. É esperado que o Governo apoie o setor extrativo nacional e reconheça a sua importância na geração de emprego, riqueza, subida na cadeia de valor, aumento das exportações e contributo para a coesão territorial”, sublinha o texto.

Subscrevem a missiva a ASSIMAGRA – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, a Associação Cluster Portugal Mineral Resources (ACPMR), a Associação Portuguesa de Geólogos (APG), a Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e Cristaleira (APICER) e o Colégio de Engenharia Geológica e de Minas da Ordem dos Engenheiros (OE).

Os signatários dizem, também, que “a Constituição Portuguesa estabelece que a decisão de viabilizar um projeto de revelação ou aproveitamento de recursos minerais compete às entidades licenciadoras” com experiência reconhecida nesta matéria “e não às comunidades ou câmaras municipais”.

Referem, ainda, que “não fazem sentido” os pedidos de “avaliação ambiental estratégica” da Assembleia da República para projetos mineiros para os quais “a lei exige um estudo de impacto ambiental muito mais rigoroso do que aquela avaliação”.

Por esse motivo, consideram que a solicitação de “avaliações ambientais estratégicas pedidas para as regiões onde estão em curso ou previstos projetos de prospeção e pesquisa de depósitos de lítio e minerais associados” discriminam negativamente “um metal crítico e estratégico para Portugal e para a Europa”.

“Portugal é um país com características geológicas de elevado potencial mineiro e, no contexto da economia de baixo carbono, os recursos minerais vão ser mais importantes do que nunca. A tendência crescente de abastecimento e extração responsáveis, sobretudo na Europa, abre uma janela de oportunidade e competitividade ao setor extrativo europeu”, frisam as instituições.

Segundo as associações, o país encontra-se “bem posicionado” para maximizar os contributos decorrentes do “desenvolvimento e fortalecimento de um setor extrativo sustentável”, no qual o lítio assume o papel mais paradigmático “pela existência de recursos e investimento relevantes a nível nacional”.

No entanto, apontam, a lei de bases do setor “espera há mais de cinco anos e meio pelos decretos regulamentares que estiveram recentemente em consulta pública” e, apesar de os procedimentos serem “transparentes e confiáveis”, pecam pela “morosidade e complexidade administrativa” que, muitas vezes, compromete o sucesso de uma eventual concessão.

“Nos últimos anos, um enorme atraso ou até falta de resposta e de decisão a dezenas de pedidos efetuados por muitas das empresas que operam em Portugal levou inclusivamente a que algumas já tenham desistido de investir no setor e no país”, apontam.

O Governo decidiu avançar com avaliação de impacto ambiental para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio em oito áreas, em vez das 11 que tinham sido consideradas na lista inicial, segundo um despacho publicado há um mês, em 8 de fevereiro.

No preâmbulo do despacho, o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, explica que a avaliação visa “garantir que os efeitos destas ações no ambiente são, previamente, avaliados antes de serem tomadas as pertinentes decisões”.

O Ministério do Ambiente, em meados de outubro, anunciou em comunicado terem sido propostas, até àquele momento, 11 áreas para o concurso para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, mas sem especificar as localidades, defendendo que a prospeção e pesquisa de lítio teria “reduzido impacto no território” e visava adquirir conhecimento sobre a “existência de depósitos minerais de lítio, a sua quantidade e a viabilidade económica da sua extração”.

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UE e EUA chegam a acordo sobre quotas agrícolas após dois anos de discussão

  • Lusa
  • 8 Março 2021

UE e EUA chegaram a acordo sobre quotas agrícolas na OMC devido à saída do Reino Unido do bloco europeu. Bruxelas já concluiu negociações com a Argentina, Austrália, Noruega, Paquistão e outros.

A União Europeia e os Estados Unidos chegaram a acordo sobre quotas agrícolas na Organização Mundial do Comércio (OMC) devido à saída do Reino Unido do espaço comunitário, após dois anos de discussões, divulgou a Comissão Europeia esta segunda-feira.

Em comunicado, o executivo comunitário observa que o acordo alcançado é o “culminar de dois anos de negociações no quadro da OMC para dividir estas quotas da UE, com parte do volume restante com a UE-27, e parte indo para o Reino Unido, com base nos recentes fluxos comerciais”.

“O acordo abrange dezenas de quotas e milhares de milhões de euros de comércio, incluindo para carne de bovino, aves de capoeira, arroz, produtos lácteos, frutas e legumes e vinhos”, elenca a Comissão Europeia.

A instituição contextualiza que “a UE está a conduzir negociações semelhantes de repartição de contingentes pautais com 21 outros parceiros com direitos de acesso a esses contingentes”, adiantando que Bruxelas já concluiu negociações com a Argentina, Austrália, Noruega, Paquistão, Tailândia, Indonésia e outros.

Caberá agora à Comissão Europeia adotar um acordo UE-Estados Unidos, que será depois enviado ao Conselho (onde estão representados os Estados-membros) e ao Parlamento Europeu para ratificação.

O objetivo de Bruxelas é que tal acordo “entre em vigor o mais rapidamente possível”.

Citado na nota, o comissário europeu da Agricultura, Janusz Wojciejowski, congratula-se com este acordo, conseguido com “parceiro comercial mais importante” da UE, os Estados Unidos. “Este acordo – feito no âmbito da OMC – preserva os volumes originais mas partilha-os entre a UE e o Reino Unido, dando certeza e estabilidade ao comércio agrícola e aos nossos mercados”, observa.

Janusz Wojciejowski diz ainda estar “particularmente satisfeito por este acordo marcar o significado da relação comercial e económica” entre Washington e Bruxelas.

“Isto envia um bom sinal do nosso compromisso de trabalhar em conjunto, tanto bilateralmente como no quadro da OMC”, conclui.

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Estes são os critérios para manter a pandemia sob controlo

Menos de 245 internados nos cuidados intensivos e incidência da Covid-19 nunca superior a 240 casos por 100 mil habitantes. Conheça estes e outros critérios propostos pelos epidemiologistas.

Os especialistas já definiram os critérios para manter a pandemia sob controlo. Na reunião do Infarmed desta segunda-feira, coube ao epidemiologista Baltazar Nunes, do Instituto Ricardo Jorge, lançar as bases para o que deve ser a nova realidade da situação epidemiológica do país, numa altura em que o Governo está a fechar o plano de desconfinamento.

Os critérios incluem uma série de objetivos e limites que foram desenhados por um grupo de trabalho designado para o efeito. Desde logo, os especialistas propõem a manutenção dos internamentos nos cuidados intensivos abaixo de 245 (estão atualmente nos 354, segundo o balanço da DGS divulgado no domingo) e que a incidência da Covid-19 permaneça tanto quanto possível abaixo dos 60 casos por cada 100 mil habitantes.

  • O objetivo principal deve ser o de assegurar que a taxa de incidência acumulada a 14 dias é menor que 60 casos por 100 mil habitantes.
  • O limite a evitar é a incidência de 240 casos por 100 mil habitantes, pois representa um início da “pressão sobre os serviços” de saúde.
  • Limite de 245 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI).
  • Ocupação de camas em UCI deve de ser inferior a 85% das camas de UCI abertas depois de março de 2020.
  • O risco de transmissibilidade (que representa o número de pessoas contagiadas, em média, por cada infetado) tem de se manter abaixo ou “muito próximo” de 1 (se for superior, a incidência da Covid-19 tem de ser inferior a 60 casos por 100 mil habitantes).
  • Assegurar que a percentagem de casos positivos está abaixo de 4% (se for superior, significa que “há maior probabilidade de haverem casos não identificados na comunidade”).
  • Garantir que eventuais atrasos na notificação de infetados acontecem em menos de 10% dos casos confirmados (notificação de casos positivos deve ser sempre inferior a 24 horas).
  • Se o atraso for superior a 10%, deve ser acionado o reforço imediato de recursos humanos (se assim se mantiver por mais de sete dias, é preciso “escalar ainda mais” esta capacidade de resposta).
  • Deve promover-se o isolamento precoce e rastreio de contactos em 24 horas a, pelo menos, 90% dos casos.
  • Vigilância atenta de “variantes de preocupação”, como a do Reino Unido, a do Brasil e a da Califórnia, entre outras.

Estes critérios poderão ser usados pelo Governo para traçar o desconfinamento do país. Poderão ainda servir de alavancas de emergência para a imposição de novas medidas, sempre que algum dos objetivos ou limites não esteja a ser cumprido. O plano final será apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa.

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Mais do que quotas, empresas devem criar condições de trabalho para as mulheres, diz Salvador de Mello

Salvador de Mello defende que mais do que estabelecer quotas de participação das mulheres nas empresas, o tecido empresarial deve apostar nas condições de trabalho oferecidas ao sexo feminino.

O presidente executivo do Grupo José de Mello defende que mais do que estabelecer quotas de participação das mulheres nas empresas, o tecido empresarial deve apostar nas condições de trabalho oferecidas ao sexo feminino, nomeadamente através da flexibilização do horário de laboral e do apoio à maternidade, para promover a igualdade de género.

Apesar de admitir que as quotas são “uma tendência natural” para combater a desigualdade de genérico, Salvador de Mello considera que “as quotas não são solução para o problema”. “O que me parece fundamental é ter em atenção às condições de trabalho oferecidas às mulheres”, disse na conferência “As mulheres e o emprego: desta vez um debate com homens e mulheres”, promovido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) para assinalar o dia Internacional da Mulher.

Nesse sentido, o CEO do grupo a qual pertencem os hospitais Cuf defende que o tecido empresarial deve apostar numa maior flexibilidade laboral, “ver com bons olhos a maternidade nos primeiros meses e ao longo da vida”, bem como ” respeitar que as mulheres têm “tarefas importantes” a nível do apoio à família que vão além do desempenho profissional. “As mulheres são um recurso fundamental, que queremos apoiar e reter”, sublinha.

Ao mesmo tempo, tanto José Luís Arnault, presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal, como Jorge Magalhães Correia, presidente do Conselho de Administração da Fidelidade, referem que a imposição de quotas é “um ponto de partida” para impulsionar a igualdade de género, bem como, para corrigir as “injustiças do passado”, mas destacam que a meritocracia tem de continuar a “existir para homens e mulheres”.

Já Isabel Barros, presidente da APED e vice-presidente da CIP, sinaliza que “fundamental” continuar a existir quotas de participação nas empresas, como “impulsionador artificial” e alerta que “quando misturamos o mérito com as quotas desvirtuamos a discussão”.

Durante a conferência digital sobre igualdade de género no acesso e promoção das mulheres no emprego, todos os participantes consideram que a defesa pela igualdade de género deve ser feita em toda a sociedade, tanto por homens como mulheres, e que apesar de a desigualdade ser ter reduzido nos últimos anos ainda “há um caminho a percorrer”. “É importante estes dias existirem porque importante não nos esquecermos da história”, sinalizou Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde.

Nesse contexto, o grupo Vinci considera que “a diversidade é uma vantagem competitiva”, sendo que na empresa 35% dos colaboradores são mulheres e 28% dos lugares de chefia são ocupados por mulheres. “Este é um reflexo claro da evolução das carreiras no setor dos transportes”, afirmou José Luís Arnault.

A realidade é semelhante no grupo José de Mello, que considera “é fundamental atrair, desenvolver e atrair talento” e que defende que “é evidente que há muito talento feminino”. Neste grupo, 22% dos cargos de administração são representados por mulheres e há cerca de 40% de mulheres em cargos de liderança, segundo apontou Salvador de Mello. Mas há empresas do grupo em que essa realidade é ainda mais visível, como por exemplo na Cuf em que “mais 50% de cargos de alta direção são liderados por mulheres” e “mais de 80% dos recrutamentos são femininos”.

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PSD quer aceder aos contributos enviados para o Plano de Recuperação e Resiliência

Os social-democratas querem ter acesso aos contributos enviados por entidades, empresas e cidadãos para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O PSD quer conhecer o conteúdo dos contributos enviados ao Governo durante a consulta pública do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Assim, o grupo parlamentar dos social-democratas entregou um requerimento para que o Ministério do Planeamento, responsável maior pelo PRR, dê acesso a essa documentação que o Executivo recebeu entre 15 de fevereiro e 1 de março.

“O Grupo Parlamentar do PSD entregou um requerimento dirigido ao Ministro do Planeamento em que pede acesso à documentação relativa a todos os contributos decorrentes da consulta pública do Plano de Recuperação e Resiliência“, anunciam os deputados social-democratas no comunicado enviado esta segunda-feira às redações.

O grupo parlamentar do PSD refere que o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, afirmou recentemente que a consulta pública de 15 dias teve “um enorme fluxo de contributos”, o que traduz “interesse que este PRR tem vindo a suscitar no público em geral”. Para o PSD, dada a “elevada importância a participação de todos os intervenientes”, é “relevante e oportuno conhecer os contributos apresentados ao Governo, pelas partes interessadas”.

No passado sábado, o primeiro-ministro agradeceu a “enorme mobilização que se verificou nesta fase de discussão pública”.Tivemos mais de 65 mil visitas e consultas e recebemos 1.686 contribuições escritas com propostas concretas para podermos melhorar a proposta que pusemos em discussão pública“, afirmou António Costa num vídeo publicado no Twitter. Os dados do site do Governo onde decorreu a consulta pública apontava para quase dois mil comentários.

Agora decorre o período em que o Governo está a estudar os contributos recebidos para introduzir mudanças, se for esse o caso, e concluir a versão final do PRR para entregar à Comissão Europeia na primeira quinzena de março, segundo o ministro do Planeamento. Costa disse que o Executivo estava a fazer uma “análise cuidada das diferentes propostas, ponderá-las, ver se têm cabimento no quadro regulamentar deste plano e escolher as melhores”.

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Acionista da Groundforce já tem participação penhorada noutro negócio. Acordo com Governo volta a falhar

As duas partes estiveram reunidas este fim semana, mas não foi conseguido qualquer acordo para desbloquear o dinheiro necessário para pagar salários em atraso.

Não há acordo entre o acionista privado da Groundforce e o Governo para desbloquear dinheiro necessário para os salários em atraso de 2.400 trabalhadores. O financiamento era um adiantamento de serviços a prestar à TAP e, para isso, o dono da Pasogal Alfredo Casimiro tinha de dar a sua participação de 50,1% da Groundforce como garantia. Mas parte destas ações já está sob outra penhora, impossibilitando o negócio.

Há já uma outra penhora sobre as ações de Casimiro na Groundforce, segundo apurou o ECO junto de duas fontes próximas das negociações. Após conversações que decorreram ao longo do fim de semana não foi assim conseguido qualquer acordo e este impasse torna mesmo muito difícil manter os moldes do apoio como estavam a ser definidos.

A equipa do ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos está desde a semana passada em reuniões com o acionista e presidente do conselho de administração Alfredo Casimiro para tentar desbloquear um adiantamento por serviços a prestar à TAP e assim pagar os salários referentes a fevereiro que estão em atraso. Nos últimos dias da semana passada, um acordo já parecia próximo, mas acabou por não acontecer e as duas partes têm versões complementarmente contraditórias sobre o que está a acontecer.

A TAP — que é simultaneamente cliente e acionista (com 49,9%) da Groundforce — já deu 12,3 milhões de euros em adiantamentos de serviços para garantir a liquidez da empresa, mas também em dificuldades quis deixar de o fazer. O dono da Pasogal não teve como pagar salários e pediu mais um adiantamento, tendo a TAP pedido, em contrapartida, uma penhora da participação do empresário.

Casimiro, que inicialmente não quis aceitar dar as ações como garantia para um novo empréstimo da TAP à Groundforce, acabou por aceitar dar os títulos como penhor. Mas à última hora exigiu que, caso a TAP executasse essa garantia, mantivesse a gestão da empresa, mesmo sendo minoritário no capital. A TAP e o Governo recusaram essa hipótese e disseram só aceitar adiantar mais dinheiro à empresa de handling se Casimiro aceitasse (sem condições) dar as ações como garantia.

Previa também um plano de pagamentos a começar quando a Groundforce receba um financiamento bancário de 30 milhões de euros (que está à espera de garantia do Estado para avançar). Após novas negociações o acionista anunciou publicamente ter aceitado os pedidos de Pedro Nuno Santos, o que o gabinete do ministro negou.

O empresário levou novas condições relacionados com montantes e com datas de pagamento, obrigando a novas negociações, que culminaram este fim de semana num novo contrato. Mas quando estava para ser assinado, Casimiro informou o governante da existência de uma outra penhora sobre as ações.

Os 2.400 trabalhadores da Groundforce continuam assim sem receber os salários de fevereiro. Na sexta-feira começaram a ser transferidos 500 euros para as contas dos funcionários, vindos de dinheiro que havia ainda em caixa e de apoio do lay-off entretanto recebido. Ao longo dia, além de se manifestar à porta da Assembleia da República, a Comissão de Trabalhadores irá igualmente encontrar-se com vários partidos.

(Notícia atualizada às 12h10)

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Lucros do Grupo Ageas Portugal cresceram 36% em 2020

  • ECO Seguros
  • 8 Março 2021

Os resultados líquidos do grupo atingiram 150,8 milhões de euros, um terço dos lucros de todo o setor no ano passado. A baixa do ramo Vida colocou em resultados 36 milhões de provisões técnicas.

Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal: ” Os portugueses são uma população resiliente, que age unida quando tem de o fazer e isso leva-me a antever que em 2022 as minhas conclusões face ao ano atual serão muito positivas”.

O Grupo Ageas Portugal fechou o ano de 2020 com um aumento de 36% no resultado líquido, num total de 150,8 milhões de euros. Este crescimento deveu-se em grande parte à libertação de provisões técnicas dos seguros de Vida, que produziu um impacto nos resultados líquidos de cerca de 36 milhões de euros, explica o grupo segurador em comunicado.

No seu conjunto, o Grupo Ageas Portugal registou um volume de negócios de 1,6 mil milhões de euros, no total conjunto dos ramos Vida e Não Vida. “No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, o mercado segurador português sofreu uma forte contração e o Grupo Ageas Portugal encerrou o ano com um crescimento no Ramo Não Vida de 5,2%, para os 775 milhões, e um decréscimo no Ramo Vida de 42,8%, para os 801 milhões, ambos alinhados com a tendência do mercado, mas com um melhor resultado em Não Vida”, justifica a empresa.

Com uma quota de mercado global de 15,6%, o Grupo mantém-se no segundo lugar no ranking segurador português. A quota de mercado do Ramo Vida, em que opera com as seguradoras Ocidental Vida e Ageas Vida, foi de 17,6% e do Ramo Não Vida, presente através das companhias Ageas Seguros, Ocidental Seguros e Médis foi de 13,9%. O grupo tem ainda forte presença na gestão de Fundos de Pensões, mercado que lidera através da Ageas Pensões.

No final de 2020, o rácio de solvência era de 252% e o Grupo manteve o número de 1.281 colaboradores e aumentou o número global de clientes em 1,7%, para 1,8 milhões. Conta com uma rede de 2.722 Mediadores de seguros. Como marcas comerciais o Grupo manteve a Ageas Seguros, Ageas Pensões, Médis, Ocidental e Seguro Directo.

Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, afirma que durante a crise pandémica “o Grupo Ageas Portugal esteve, e continuará a estar, ao lado dos portugueses e da sociedade através de produtos e serviços adaptados às suas necessidades, e da promoção de iniciativas focadas na prevenção, na proteção, na assistência, na literacia”.

Na sua estratégia de promover atividades “para além dos seguros” o Ageas conta com as empresas Go Far, uma parceria com as Farmácias Portuguesas na prevenção em Saúde e de cuidados de saúde primários, Kleya, prestadora de serviços para Clientes estrangeiros que querem viver ou investir em Portugal, a rede Clínica Médis de medicina dentária, a Ageas Repara, um serviço para prevenir e reparar danos por água e o Mundo Ageas, um marketplace para potenciais clientes e prestadores de serviços de diferentes áreas.

Fundação Ageas na resposta à Covid-19

“O apoio de múltiplas causas, pela mão da Fundação Ageas, tem sido, e continuará a ser, fundamental”, salienta Steven Braekeveldt. O Grupo reporta a sua reação à crise pandémica em que, para além da proteção de colaboradores, criou – através da Fundação Ageas-, três Planos de Emergência Social que incluíram, entre outros ações, a oferta de kits de proteção individual a instituições de solidariedade social, o projeto “Chamada Amiga”, direcionado para a população idosa, o “Movimento SOS Vizinhos”, que ajudou a combater o isolamento social, e a oferta de equipamentos informáticos a estudantes carenciados. O Grupo manteve o apoio à cultura através das suas parcerias e associando-se ao movimento “Portugal #EntraEmCena”, em colaboração com artistas, marcas e empresas.

O CEO do Grupo Ageas afirma para 2021 estar convencido que “vamos observar um aumento da inovação, da sustentabilidade e uma ânsia inesgotável para atingir o sucesso, acrescentando que “a minha leitura da história portuguesa mostra que os portugueses são uma população resiliente, que age unida quando tem de o fazer e isso leva-me a antever que em 2022 as minhas conclusões face ao ano atual serão muito positivas”, conclui Steven Braekeveldt.

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