Lucro do BPI dispara 850% para 60 milhões no primeiro trimestre
Banco registou lucros de 60,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 850% em relação ao lucro de 6,3 milhões registados no mesmo período do ano passado.
O BPI registou lucros de 60,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 850% em relação ao resultado de 6,3 milhões registados no mesmo período do ano passado.
“São bons resultados em qualquer circunstância, mas mostram que o banco está a trabalhar bem num momento de grande desafio. Tivemos um grande período de confinamento. Mas também mostra que a atividade não está parada”, disse o CEO João Pedro Oliveira na conferência de apresentação de contas.
O CEO disse que é preciso ter “cuidado” na comparação com os resultados de há um ano, quando o banco registou provisões e imparidades de mais de 30 milhões de euros para fazer face ao impacto da pandemia. Por outro lado, ao longo do primeiro trimestre de 2021, o banco registou recuperações de crédito de 27,7 milhões e imparidades de 24 milhões. Hoje em dia o banco tem provisões e imparidades de mais de 100 milhões para o Covid-19, adiantou o presidente do banco.
Do lucro de 60,1 milhões, 54 milhões dizem respeito à operação em Portugal, tendo os bancos em Angola (BFA) e Moçambique (BCI) contribuído com um milhão e cinco milhões de euros, respetivamente.
Negócio sobe à boleia do crédito
Em relação ao desempenho operacional, o BPI viu a margem financeira subir ligeiramente (+3%) para os 113,2 milhões de euros, assim como as comissões líquidas, que somaram 63,7 milhões de euros. O produto bancário subiu 17,1% para 185 milhões de euros, à boleia também dos resultados em operações financeiras.
O balanço do banco cresceu, com os depósitos dos clientes a crescer mais de 11% para 26,6 mil milhões de euros. A quota de mercado dos depósitos ascendeu a 10,7% em março de 2021. “Houve grande opção pela poupança, o que é um sinal positivo para a evolução das moratórias”, afirmou João Oliveira e Costa.
O crédito também aumentou 6,2% para 26 mil milhões de euros, com o banco a registar uma quota de 10,7%, uma subida de 10 pontos base em relação a março de 2020. A carteira de crédito a empresas cresceu 7,2% para 10,2 mil milhões e a a carteira de crédito hipotecário aumentou 5,8% para 12,2 mil milhões.
Apesar do impacto da pandemia na economia, a carteira de empréstimos do BPI continua sem sinais de deterioração. O rácio de crédito malparado (NPL) desceu 0,3 pontos percentuais para 1,8% no final de março. O banco destaca a venda de uma carteira de NPL de 266 milhões de euros, que originou um ganho de 24 milhões. Os NPL estavam cobertos a 153% por imparidades e colaterais no final do trimestre, indica o banco.
O BPI diz manter uma “elevada capitalização” e que cumpre “por margem significativa os requisitos mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE) para 2021, apresentando os seguintes rácios: CET1 de 14,4%, Tier 1 de 15,9% e capital total de 17,6%.
(Notícia atualizada às 12h30)
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