É cliente do BCP? Prepare-se para pagar mais em comissões

Levantar dinheiro ao balcão e pedir cheques são algumas das transações que passam, a partir de agora, a ser mais caras. Saiba a que outras operações bancárias deve estar mais atento.

À semelhança do que aconteceu recentemente com a Caixa Geral de Depósitos e com o Novo Banco, vão agora entrar em vigor as alterações de preçário comunicadas pelo BCP em março deste ano. Mudanças essas que se aplicam a partir desta segunda-feira, 17 de maio, e que vão trazer encargos acrescidos para a carteira dos clientes da instituição.

Por exemplo, fazer transferências para contas sediadas noutras instituições bancárias ou no estrangeiro, levantar dinheiro ao balcão e pedir cheques são algumas das transações que passam, a partir de agora, a ser mais caras.

Saiba quais as operações bancárias a que deve passar a estar mais atento:

Transferências para contas noutros bancos encarecem

Uma das principais alterações do “novo preçário” do BCP será sentida ao nível da realização de transferências bancárias para contas sediadas noutros bancos. Os custos relativos a este tipo de transações sofrem subidas, na grande maioria dos casos e com recurso a diferentes canais.

Para montantes até 100 mil euros, as transferências a crédito SEPA+ para outros bancos ou para contas domiciliadas no estrangeiro ficam agora 10% mais caras, quando realizadas por via da aplicação do telemóvel ou da internet. Passam, deste modo, a custar 1,10 euros. A comissão também aumenta se o pedido for feito com recurso ao apoio de um operador do banco, através de chamada telefónica ou ao balcão, na ordem dos 8,3%. Se antes essa operação custava seis euros, agora passa a envolver o pagamento de 6,50 euros.

E as transferências urgentes? Também sobem

Transferências de natureza urgente também passam agora a custar mais para os clientes do BCP. Independentemente do montante e do canal de receção da ordem de transferência, estas passam a adicionar 25 euros à conta final. De acordo com o anterior preçário, o custo associado era, até ao momento, de apenas 20 euros. O preço irá também aumentar em cinco euros — dos 25 para os 30 euros — em todas as transferências urgentes feitas para países que não fazem parte da zona SEPA, ou seja, que não tem o euro como a moeda oficial.

Cheques ficam mais caros

Para além de anunciar que os livros de cheques de maior dimensão — com 300 ou 500 cheques — serão descontinuados, o novo preçário do BCP revela ainda que os pedidos de requisição e de entregas de módulos de cheques de diversas tipologias sofrem agora um aumento generalizado. Algo que é válido para os cheques cruzados, não cruzados e de outros tipos, bem como para as diferentes modalidades de pedido (no balcão, multibanco, pela internet ou pelo telefone).

Em causa estão aumentos que podem ir até aos 26,50 euros, que é precisamente o que acontece com os pedidos de livros de 150 cheques. Por exemplo, pedir um livro de 30 cheques, ao balcão, sofrerá um aumento entre cinco a 10 euros. No caso dos cheques à ordem, o acréscimo será de cinco euros para os de tipologia cruzada e não cruzada, acontecendo o mesmo no caso dos cheques não cruzados e que não sejam à ordem. Já nos cheques não cruzados, à ordem, o valor sobe dos 65 euros para os 75 euros.

Os pedidos de cheques bancários são alvo, também eles, de uma subida significativa ao nível das comissões associadas. Assim, a despesa associada a esta ação passa agora a ser de 25 euros, quando anteriormente era de apenas 20 euros. Estamos, assim, perante um acréscimo na ordem dos 25%.

Porém, existem ainda outras operações relacionadas com os cheques que veem o seu preço subir com esta atualização de preçário. A comissão associada à devolução de cheques passa agora a ser de 60 euros, uma subida de 10 euros face ao anteriormente estabelecido. Por sua vez, o uso indevido de um cheque será também mais dispendioso para particulares, com a comissão associada a subir dos 45 para os 50 euros.

Levantamento de dinheiro ao balcão pode envolver mais custos

Por sua vez, um aumento das comissões na ordem dos 1,50 euros deve, também, ser destacado no que toca às operações de levantamento de dinheiro em balcões autorizados do BCP, por via de talão. Se antes custavam aos clientes apenas 4,50 euros, passam a custar, a partir desta segunda-feira, um total de seis euros. Está em causa um aumento de cerca de 33%, de acordo com os dados divulgados pelo mais recente preçário da referida instituição bancária.

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