EDP confirma saída definitiva do consórcio de hidrogénio para Sines
O ECO/Capital Verde sabe que a Galp também irá sair do projeto. O H2Sines continua a existir com a Martifer, a Vestas e Engie, que deverá ficar a liderar o consórcio de hidrogénio.
A EDP confirmou esta terça-feira a sua saída definitiva do consórcio de hidrogénio H2Sines, anunciou fonte oficial da empresa. O ECO/Capital Verde sabe que a Galp também irá sair do projeto, uma informação também avançada pelo Dinheiro Vivo, sendo provável que o anúncio seja feito pelo novo CEO Andy Brown no Capital Markets Day, que tem lugar já amanhã, 2 de junho.
“A EDP concluiu a sua participação no grupo de empresas que, em julho do ano passado, iniciou os trabalhos de avaliação do projeto H2Sines. Essa análise, desenvolvida ao longo de quase dez meses de trabalho em total espírito de cooperação e parceria, possibilitou um conhecimento mais aprofundado sobre a cadeia de valor do hidrogénio verde e todas as oportunidades que pode oferecer na produção de energia limpa”, disse fonte da empresa, em declaração oficial.
E acrescentou ainda: “Concluída essa avaliação, a EDP entende que a sua estratégia e futuros investimentos em hidrogénio verde deverão aplicar-se a outros projetos com os quais espera, de igual forma, continuar a contribuir para a descarbonização da economia”.
Apesar da saída destes dois pesos pesados, o projeto H2Sines continua, apurou o ECO/Capital Verde, mantendo-se como parceiros a Martifer, a Vestas e a Engie. A elétrica francesa deverá ficar a liderar o consórcio de hidrogénio em Sines. Já a REN ficará como parceira, como operador de sistemas, tendo em conta que não pode participar em projetos de produção e comercialização de hidrogénio.
Por conta destas duas desistências, o memorando de entendimento que foi assinado fica sem efeito e terá de ser negociado com o Governo. Tudo indica que a Holanda se mantém a bordo do projeto como país importador do hidrogénio que será produzido em Sines.
Quanto ao futuro da EDP em Sines, depois de fechada a central a carvão, a empresa revela que “esta reavaliação do projeto H2Sines também não anula o compromisso da EDP em manter a sua ligação a Sines e em avaliar todas as potenciais oportunidades de investimento em projetos naquela região, seja no hidrogénio verde, seja em qualquer outra área que a empresa considere sustentável e que possa contribuir para o desenvolvimento do território e das suas comunidades.”
De olho no hidrogénio verde, a empresa “continua a avaliar projetos inovadores e com potencial de crescimento nesta área nas várias geografias em que opera, mantendo atualmente cerca de 20 projetos sob análise”.
“Essa ambição está, aliás, refletida no próprio Plano Estratégico 2021-2025, no qual a EDP se compromete a investir em energias renováveis e inovação – e especificamente em hidrogénio verde – de forma a cumprir a meta de ser 100% verde até 2030. Foi também com esse objetivo que, em fevereiro deste ano, a EDP anunciou a criação de uma nova unidade de negócio – H2BU – precisamente para promover oportunidades de investimento e desenvolvimento de projetos na área do hidrogénio verde e do armazenamento de energia”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
EDP confirma saída definitiva do consórcio de hidrogénio para Sines
{{ noCommentsLabel }}