Salário mínimo português teve a 7.ª maior subida na Europa
Um relatório da Eurofound mostra que Portugal teve a 7.ª maior subida (4,7%) entre um conjunto de países da UE, com 776 euros mensais (contabilizando 14 meses).
O salário mínimo nacional subiu no ano passado e, este ano, Portugal destaca-se face a outros países. Um relatório da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) analisou 22 países, colocando Luxemburgo no topo. Portugal aparece na 11.ª posição, com um salário mínimo de 776 euros mensais (14 meses), tendo tido a sétima maior subida.
A “difícil situação económica” derivada da pandemia, “afetou negativamente a evolução dos salários mínimos” nos países, mas a maioria acabou por, ainda assim, observar aumentos, refere o relatório da Eurofound. Contudo, a instituição nota que “os aumentos do salário mínimo em 2021 são mais modestos do que em 2020”, com um crescimento mediano de 3%.
Luxemburgo aparece no topo da tabela com um salário mínimo de 2.202 euros por mês, equivalente a um aumento de 2,8% face a 2020. O top 5 é ainda composto pelo Reino Unido (1.903 euros, 6,3%), Irlanda (1.724 euros, 1%), Países Baixos (1.685 euros, 1,9%) e Bélgica (1.626 euros, 0%).
Descendo umas posições abaixo, encontramos Portugal, em 11.º lugar. Com um salário mínimo de 776 euros por mês, teve a sétima maior subida dentro deste conjunto de 22 países. Portugal subiu, assim, uma posição, ultrapassando a Grécia que surge com um salário mínimo de 758 euros. Em 2020 o salário mínimo português era de 741 euros mensais, mas o aumento tinha sido maior: 6%, mostra o relatório.
Entre as maiores subidas dos salários destaca-se a Letónia (16,3%), a Eslovénia (8,9%) e a Eslováquia (7,4%). Os salários mínimos mais baixos pertencem à Bulgária (332 euros), Hungria (467 euros), Roménia (472 euros), Letónia (500 euros) e Croácia (563 euros). Bélgica, Espanha, Grécia e Estónia não mexeram nos salários face a 2020.
Este ranking exclui, assim, países como a Áustria, Dinamarca, Itália, Finlândia, Suécia e Noruega, cujos salários mínimos são estabelecidos por negociação coletiva. Nestes casos, refere o documento da Eurofound, as negociações foram inevitavelmente afetadas pela pandemia, provocando alguns adiamentos nas subidas dos salários mínimos.
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