Propostas vinculativas para reprivatização da Efacec têm de ser entregues até 19 de julho
As portuguesas DST e Sing – Investimentos Globais, a chinesa Chint Group Corporation, a espanhola Iberdrola e a egípcia Elsewedy Electric Corporation têm até 19 de julho para entregar as propostas.
As cinco propostas vinculativas para a fase seguinte da reprivatização da Efacec têm de ser entregues até 19 de julho, confirmou ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças.
No Conselho de Ministros de 6 de maio, o Executivo escolheu cinco das dez propostas iniciais que recebeu para a compra dos 71,73% da empresa nacionalizados pelo Estado: as portuguesas DST e Sing – Investimentos Globais, a chinesa Chint Group Corporation, a espanhola Iberdrola e a egípcia Elsewedy Electric Corporation.
Estas empresas avançaram assim no processo de reprivatização da Efacec Power Solutions e receberam um convite para apresentarem propostas vinculativas para a aquisição da parte da empresa que já pertenceu a Isabel dos Santos. “O prazo de entrega das propostas vinculativas, no âmbito do processo de reprivatização da Efacec termina a 19 de julho”, confirmou fonte oficial do ministério liderado por João Leão.
O ECO sabe que alguns dos candidatos estão preocupados com algum atraso no processo já que ainda não tiveram acesso ao contrato definitivo de compra e venda (SPA, SharePurchase Agreement na designação em inglês) nem aos clientes da Efacec. Fonte oficial do Ministério das Finanças, que tutela a Parpública, nas mãos de quem está o processo de reprivatização da empresa, diz apenas que o “acesso à informação necessária à apresentação” das propostas “está assegurado através do Data Room, de acordo com as condições oportunamente transmitidas aos investidores”.
O ministro da Economia quando anunciou a decisão do Executivo de rejeitar cinco das propostas apresentadas, por não cumprirem “pelo menos um critério definido pelo Executivo” garantiu que as restantes iam ter acesso à informação. “Estes candidatos vão poder analisar agora a situação da Efacec com mais detalhe, para elaborarem propostas vinculativas”, disse Siza Vieira na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros de 6 de maio.
Siza Vieira reiterou que o Executivo pretende concluir a reprivatização da Efacec “no verão deste ano”, já que a empresa “precisa rapidamente de encontrar um investidor” que lhe dê continuidade, explicou. A escolha dos candidatos para apresentar as propostas vinculativas deveria ter sido feita até 23 de março, mas tal não foi possível, mas o ministro não tem escondido que gostaria que o processo tivesse avançado mais depressa e que o mesmo “derrapou sobretudo na primeira fase”.
Dos valores envolvidos nas propostas nada se sabe, mas Siza Vieira já disse que o Estado não espera ter perdas com o processo de reprivatização da Efacec, tendo em conta a indemnização que terá de pagar pela nacionalização e o empréstimo de emergência à empresa em 2020. Pedro Siza Vieira acredita que a Efacec vai ter condições para pagar o empréstimo de 60 milhões de euros feito pela banca já depois da nacionalização. “Não esperamos perdas para o Estado”, disse o ministro na mesma conferência de imprensa.
Quanto ao desempenho da Efacec, o presidente executivo alerta que “os números não são muito substantivos, mas são sinais muito claros que a Efacec é um projeto viável”. “Os resultados positivos dos últimos seis meses são muito animadores, dado que o início da recuperação foi assinalada no último trimestre de 2020, transitando para o primeiro trimestre de 2021, com um EBITDA positivo. O mês de março registou um recorde de faturação na história recente da empresa, potenciando que tenha sido alcançado o objetivo do trimestre”, disse, em abril, Ângelo Ramalho.
A subida do preço das matérias-primas e a crescente escassez de alguns materiais podem adicionar alguma pressão à empresa. Em maio, fonte oficial já reconhecia que a produção estava a ser afetada pelo atraso nas entregas de fornecedores, devido à pandemia. “O severo agravamento da situação pandémica na Índia, país onde temos localizada uma fábrica que produz materiais usados na assemblagem do produto final em Portugal, assim como a disrupção das cadeias logísticas de componentes a nível global, tem provocado dificuldades no abastecimento das nossas linhas de produção”, esclareceu fonte oficial da Efacec ao Expresso (acesso pago).
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