BPI sem planos para despedir ou comprar bancos
João Pedro Oliveira e Costa diz que o foco do banco não passa pela redução de custos, porque isso significaria "definhar". CEO do BPI também não vê fusões e aquisições de relevo tão cedo.
O CEO do BPI diz que não tem previsto nenhum plano de redução de pessoal. “O foco não são os custos”, salientou João Pedro Oliveira e Costa esta sexta-feira, pois o caminho não é “definhar”. Também afastou qualquer eventual aquisição. Aliás, até diz que negócios de M&A na banca em Portugal “dignos de relevo” não vão acontecer tão cedo.
“Temos a ambição de crescer. Crescimento orgânico é o que queremos perseguir”, afirmou Oliveira e Costa em conferência de imprensa de apresentação de resultados. Os lucros do BPI subiram 330% para 185 milhões de euros no primeiro semestre do ano.
Oliveira e Costa disse ser “prematuro” falar numa eventual aquisição, assegurando que o “BPI está no maior grupo da Península Ibérica”, o que é “perfeitamente suficiente para dar as capacidades competitivas”.
Segundo explicou, as circunstâncias do mercado não tornam “tão fácil nem óbvio” que se vão concretizar operações de M&A relevantes, citando fatores como os juros negativos, a pressão ao nível das receitas, e a necessidade de conter os custos.
Saídas? Caminho não passa por “definhar”
Na dimensão dos custos, Oliveira e Costa afirmou que é importante ter mão nessa rubrica, sobretudo porque a banca atua numa indústria muito competitiva e com custos regulatórios elevados. Mas o banco não tem nenhum plano para reduzir o pessoal – BCP, Santander, Novo Banco, Montepio anunciaram planos de saídas que vão atingir cerca de 3.000 trabalhadores.
“O nosso foco não são custos. O nosso foco são proveitos, mais qualidade de serviços, mas clientes por essa via”, declarou. “O caminho só pode ser esse, porque o outro caminho só pode ser de definhar”, acrescentou o CEO do BPI.
O BPI chegou a junho com 4.562 trabalhadores, menos 60 em relação ao final do ano passado, e com 386 unidades comerciais, entre balcões (326), centros premier (25), um balcão móvel e centros de empresas (34).
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