Galp Energia cai mais de 3% e atira Lisboa para o vermelho

Lisboa acompanhou as quedas sentidas nas bolsas europeias. Galp Energia pesou no índice de referência, em dia de desvalorização do petróleo.

A bolsa nacional está de volta às quedas, na penúltima sessão da semana. A praça lisboeta segue assim em linha com as congéneres europeias, cujo sentimento é negativo, nomeadamente depois de a Reserva Federal norte-americana sinalizar que a redução do rimo de compra de ativos deverá acontecer ainda este ano. Por cá, a Galp Energia pesa no índice de referência, num dia em que o petróleo recua mais de 3%.

O PSI-20 caiu 0,13% para os 5.303,62 pontos, uma queda que foi ligeira em comparação com as restantes praças do Velho Continente. As principais praças europeias registaram quedas acima dos 1%, sendo que o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,6%. Já o francês CAC 40 desvalorizou 2,5%, o britânico FTSE 100 perdeu 1,6%, o alemão Dax caiu 1,4% e o espanhol Ibex desceu 0,8%.

Em Lisboa, entre as 18 cotadas do índice de referência, a grande maioria registou quedas nesta sessão, sendo que apenas cinco ficaram em “terreno” verde e uma — a REN — manteve-se inalterada.

A liderar as quedas encontra-se a Galp Energia. As ações da petrolífera caíram 3,41% para os 8,316 euros, num dia de quedas no petróleo. O barril de Brent, negociado em Londres, recua 3,31% para os 65,97 dólares, enquanto o crude WTI, de Nova Iorque, cai 3,70% para os 62,80 dólares.

Galp cai mais de 3%

Em “terreno” vermelho, destaque também para o BCP, que perdeu 1,18% para os 0,1252 euros, e para as cotadas do setor da pasta e do papel. A Altri desvalorizou 2,10% para os 5,125 euros, enquanto a Navigator recuou 1,63% para os 3,026 euros.

Por outro lado, nos ganhos brilha a família EDP. Enquanto a casa-mãe avançou 2,28% para os 4,755 euros, a subsidiária EDP Renováveis somou 0,65% para os 21,84 euros. Já a Jerónimo Martins subiu 0,56% para os 18,05 euros, mas estes ganhos não foram suficientes para puxar o PSI-20 acima da “linha d’água”.

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Avatares em salas virtuais. É o futuro do trabalho na nova app do Facebook

O Facebook lançou o Horizon Workrooms para os óculos de realidade virtual da empresa. Tecnologia permite realizar reuniões reais, mas noutra dimensão: o "metaverso".

O trabalho de escritório mudou muito no último ano e meio. Com a chegada da pandemia, mesas de sala foram transformadas em secretárias e as reuniões passaram a acontecer no Zoom. Mas a falta de contacto interpessoal deixou um vazio difícil de preencher. Para o Facebook, a realidade virtual (RV) pode ser a solução.

A empresa anunciou esta quinta-feira o lançamento dos Horizon Workrooms, uma nova aplicação de trabalho para o Oculus Quest 2, os últimos óculos de RV da marca, que permite a realização de reuniões num ambiente totalmente virtual. Cada participante assume a forma de um “avatar” personalizável, que imita os movimentos feitos no mundo físico.

Uma reunião virtual no Horizon Workrooms, mas só da cintura para cima.Facebook

Na busca pela próxima grande plataforma tecnológica, Mark Zuckerberg, fundador do grupo Facebook, acredita que o dia-a-dia do futuro também vai passar pelo “metaverso”, uma espécie de mundo virtual que vai conviver, a par e passo, com o que vulgarmente chamamos de mundo real. A vida passará a desenrolar-se num formato híbrido, parte no “metaverso”, parte na realidade física envolvente, acredita o gestor.

Os Horizon Workrooms são, por isso, uma nova tentativa da empresa de dar os primeiros passos nesse “metaverso”. O grupo promoveu uma conferência de imprensa no mundo virtual dos Workrooms para mostrar aos jornalistas as potencialidades deste novo formato de trabalho. Existe uma noção de espaço e até é possível tirar notas pessoais, ou rabiscar as ideias num quadro virtual.

Os participantes podem interagir entre si como se estivessem num espaço físico.

Para somar mais um grau de complexidade a isto tudo, quem não tem óculos de realidade virtual pode, mesmo assim, participar na reunião através de uma videochamada real, ainda que no ambiente virtual. O sistema permite ainda replicar no espaço virtual o equipamento de trabalho do utilizador, como a secretária, o computador e o teclado. A tecnologia de áudio espacial serve de facilitadora, ajudando a convencer o cérebro de que foi teletransportado para outra dimensão.

Em contrapartida, as reportagens que foram publicadas esta quinta-feira em meios internacionais também põem a descoberto algumas falhas e insuficiências neste sistema. Por um lado, a certa altura, Mark Zuckerberg teve de reiniciar a aplicação porque a boca do seu “avatar” deixou de se mexer enquanto falava. Por outro, estes bonecos virtuais só são visíveis da cintura para cima — menos uma preocupação em escolher que calças virtuais vestir (o que, de certo modo, imita o que acontece já hoje nas reuniões via Zoom).

O sistema permite replicar o computador e o teclado no espaço virtual.Facebook

Para já, este software — ainda em fase de testes — só vai estar disponível nos países onde os óculos Quest 2 são suportados. Isso não inclui Portugal. Além disso, apesar de a empresa prometer que a aplicação foi desenvolvida a pensar na “privacidade e segurança”, o seu historial deverá fazer levantar alguns sobrolhos de desconfiança.

“Acreditamos que a RV vai fundamentalmente transformar a forma como trabalhamos enquanto nova plataforma de computação, desafiando a distância para ajudar as pessoas a colaborarem melhor a partir de qualquer lugar. Os Horizon Workrooms são um grande primeiro passo no sentido desta visão”, assumiu o Facebook num comunicado.

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Os desafios de uma Agência de seguros especializados

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 19 Agosto 2021

A generalidade das pessoas sabe o que é um seguro. Mas a resposta já não é assim tão óbvia quando falamos de D&O, Riscos Cibernéticos ou Responsabilidade Ambiental

A vasta generalidade das pessoas conhece bastante bem os seguros de saúde, o seguro obrigatório automóvel ou o seguro da casa devido ao empréstimo habitação. Mas a resposta já não é assim tão óbvia quando falamos, por exemplo, de um seguro de D&O (Directors and Officers) ou de um seguro de responsabilidade civil exploração para indústrias com coberturas de união e mistura e “recall”. Mesmo no mundo da mediação de seguros, onde os profissionais trabalham diariamente com o setor segurador.

Falemos das agências de subscrição e do seu papel. Não são muitas as agências de subscrição que existem em Portugal, na verdade estão inscritas na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) como um mediador ou corretor, embora esse não seja o seu papel de todo. Ainda não existe em Portugal uma figura jurídica que as represente corretamente, nem tão pouco muita informação disponível ao contrário de países como Espanha, Reino Unido e EUA onde já são mais comuns e é mais fácil distingui-las, dispondo em alguns casos da sua própria figura jurídica.

É talvez por isso frequente haver alguma confusão sobre o que fazem estas agências, mesmo entre os mediadores ou corretores que a elas recorrem. A melhor maneira é talvez olhar para elas como uma seguradora, mesmo que não o sejam. As agências de subscrição trabalham regra geral com seguradoras internacionais e têm alguma autonomia de subscrição, isto é, podem aceitar riscos ou decliná-los consoante a análise do subscritor.

As agências de subscrição trabalham com seguros especializados para nichos de mercado que podem incluir seguros patrimoniais para riscos muito específicos, responsabilidade civil profissional, D&O, riscos cibernéticos, responsabilidade ambiental, seguros para eventos, entre outros… Os produtos especializados que têm à disposição podem ter coberturas desenhadas à medida para cada cliente e até a junção de duas soluções numa só apólice, distinguindo-se no mercado segurador devido à especificidade dos seus produtos. Mesmo as soluções mais “standard” que possam ter, não são seguros de massa e não existe um conjunto alargado de pessoas que lide com estes produtos muito frequentemente. Claro que não é fácil conhecer a fundo cada uma destas soluções, ainda mais se não houver necessidade de recorrer às mesmas constantemente mas sim pontualmente. É por isso importante que exista um ponto de contacto que consiga estabelecer a ligação entre o mediador ou corretor e o subscritor de cada área.

Nesse sentido, pode ser um desafio para a agência de subscrição gerir a rede de parceiros com quem trabalha pois, para além da formação nos produtos que deve disponibilizar, é importante ajudar o mediador a perceber junto do cliente qual é o produto mais adequado e desmistificar os conceitos, usar uma linguagem mais direta e menos “segurês”, utilizar casos práticos para exemplificar e no fundo integrar as partes (o cliente e o mediador) na construção da solução mais adequada.

É uma tendência atual e crescente as seguradoras internacionais comercializarem as suas soluções através de empresas especializadas, com uma estrutura capaz de o fazer e que conhecem melhor o mercado local onde se inserem. Os desafios são transversais às agências, internacionalmente, mas é claro que o maior desafio será sempre deixar o cliente final satisfeito.

Mafalda Costa, Gestora de Clientes Innova|GO

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China resgata o seu maior “banco mau” após prejuízo de 13.558 milhões

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

O Huarong, um dos quatro "bancos maus" chineses, garantiu que está atualmente em “boas condições financeiras” e “totalmente preparado” para pagar futuros de títulos.

A gestora estatal chinesa de ativos Huarong, o maior banco com crédito malparado do país, anunciou esta quinta-feira um plano de substituição de capital, apoiado pelo banco de investimento público Citic, após registar perdas equivalentes a 13.558 milhões de euros.

Segundo um comunicado da empresa citado pelo portal de notícias económicas Yicai, nos últimos meses, o Huarong tem estado a “limpar e descartar ativos de risco”, adquiridos durante os anos da presidência de Lai Xiaomin, que foi executado, em janeiro passado, após ter sido condenado no que a imprensa oficial considerou o “maior caso de corrupção financeira” da História do país.

Da mesma forma, a pandemia fez com que alguns dos seus clientes não pudessem cumprir os seus contratos, levando a que a qualidade de alguns ativos se “deteriorasse rapidamente”, o que, somado a outros fatores, acabou por ter um forte impacto nas contas do banco público. As suas ações em Hong Kong deixaram de ser negociadas em abril passado.

O Conselho de Administração informou que reunirá no dia 28 de agosto para aprovar aquele documento e também os resultados do primeiro semestre de 2021. O Huarong garantiu que está atualmente em “boas condições financeiras” e “totalmente preparado” para pagar futuros de títulos, depois de gastar cerca de 63,3 mil milhões de yuans (8,34 mil milhões de euros), desde abril, para liquidar obrigações vencidas.

O Huarong é um dos quatro “bancos maus” do país asiático, fundado em 1999, após a crise financeira asiática, com o objetivo de expurgar as insolvências do sistema bancário chinês, embora com a chegada de Lai (2012) se tenha transformado num consórcio e começado a investir em ativos de alto risco, abrindo o capital na Bolsa de Valores de Hong Kong, em 2015.

No final de 2017, o Huarong tinha um património líquido de cerca de 182.660 milhões de yuans (24.065 milhões de euros), embora no ano seguinte, com a prisão de Lai, tenha sido descoberto capital de risco que até então permanecia oculto.

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Desde início do ano, autoridades passaram 20 multas por dia para quem não usa máscara na rua

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

Desde o arranque de 2021, foram multadas 4.154 pessoas por não usar máscara em espaços públicos. Já as coimas pelo incumprimento da regra dentro dos transportes públicos foram 338.

Desde o início do ano, foram aplicadas 4.154 multas pelas autoridades a pessoas que não usavam máscara nas ruas e espaços públicos, avança o Expresso (acesso condicionado), com base nos dados do Ministério da Administração Interna. Este número traduz-se numa média de 20 coimas por dia, sendo que, atualmente, as multas por esta infração podem chegar aos 500 euros.

Já olhando para os dados referentes ao uso de máscara no interior de salas de espetáculos e estabelecimentos públicos, desde junho do ano passado, estes mostram que as autoridades multaram 1.392 pessoas por não cumprir esta regra. Durante este ano, foram 544 as pessoas alvo de coimas por este tipo de infração.

Quanto aos transportes públicos, o número de pessoas que não cumpriram a obrigação é inferior. Contam-se 338 coimas por falta de máscara no interior de transportes públicos desde o início de 2021.

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Governo reúne-se esta sexta para antecipar alívio das medidas contra a Covid

O Governo marcou para esta sexta-feira à tarde um Conselho de Ministros extraordinário para antecipar a segunda fase de desconfinamento, após ter sido alcançada a meta de 70% da população vacinada.

Antes do esperado, Portugal atingiu esta quarta-feira a meta de ter 70% da população completamente vacinada. Perante a antecipação desse marco, do qual dependia o avanço para a segunda fase de desconfinamento, o Governo vai reunir-se esta sexta-feira de tarde num Conselho de Ministros eletrónico extraordinário para antecipar o alívio das restrições que estava planeado para o início de setembro.

A hipótese de haver uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros já tinha sido admitida pela ministra da Saúde, Marta Temido, em declarações à SIC: “Naturalmente que uma alteração de circunstâncias deste tipo pode motivar uma reunião extraordinária amanhã [esta sexta-feira] depois de conhecido o relatório da DGS e do Instituto Ricardo Jorge para avançar para o conjunto de medidas associadas ao limiar de 70%“.

Porém, a ministra realçou que a antecipação dessas etapas de alívio das restrições não será, porém, “um processo automático”, na medida em que envolverá também de outros “indicadores epidemiológicos em presença” (como o risco de infeção). Daí que seja necessário esperar pelo relatório do Instituto Ricardo Jorge, o qual é divulgado na sexta-feira de tarde.

Ainda assim, tudo indica que o Governo vai dar “luz verde” para que o país avance para a segunda fase de desconfinamento na próxima semana, antecipando ligeiramente o arranque que estava previsto para o início de setembro. Ainda pode haver ajustes face ao que estava previsto, mas o que estava no plano inicial era o alívio das seguintes regras:

  • Restaurantes, cafés e pastelarias passam ter limite máximo de oito pessoas por grupo no interior e 15 pessoas por grupo em esplanadas;
  • Serviços públicos sem marcação prévia;
  • Espetáculos culturais com 75% de lotação;
  • Eventos (nomeadamente casamentos e batizados) passam a ter limite máximo de 75% da lotação.

Outra das alterações que estava prevista na segunda fase era o fim da obrigação de usar máscara na rua quando não há distanciamento, mas esta deverá continuar até 12 de setembro uma vez que esta norma decorre de uma lei da Assembleia da República que continua em vigor, segundo explicou o gabinete da primeira-ministra em exercício Mariana Vieira da Silva.

A conferência de imprensa deste Conselho de Ministros eletrónico está marcada para as 15h30 desta sexta-feira no Palácio da Ajuda.

Se se mantiver o ritmo de vacinação, a terceira fase, que estava prevista para o início de outubro, também poderá ser antecipada caso Portugal atinja mais cedo a meta de ter 85% da população totalmente vacinada. Nessa altura, os bares e discotecas abrem com acesso condicionado ao certificado digital ou teste negativo, os restaurantes ficam sem limite máximo de pessoas por grupo e a lotação dos vários eventos deixam de ter limites.

(Notícia atualizada às 16h25 com mais informação)

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Precisa de renovar cartão do cidadão ou passaporte? Campus de Justiça vai abrir sábado

  • Carolina Bento
  • 19 Agosto 2021

O atendimento abre a 21 de agosto, próximo sábado, até ao fim de setembro, aos sábados, das 9h às 15h.

A partir de dia 21 de agosto, pode tratar do cartão do cidadão e passaporte aos sábados, no Departamento de Identificação Civil do Instituto de Registos e do Notariado, no Campus de Justiça, avançou esta quinta-feira o comunicado publicado no site do Ministério da Justiça.

O novo horário de atendimento começa às 9h e encerra às 15h e está disponível até ao fim do mês de setembro. Todos os que precisarem de renovar, pedir ou levantar o cartão do cidadão e passaporte podem aparecer de forma espontânea, todos os sábados.

O Ministério da Justiça diz que “esta medida visa complementar as ofertas de atendimento presencial, ainda condicionadas pelas regras sanitárias de combate à pandemia de covid-19”. Confirma que o “número de atendimentos presenciais tem estado a aumentar, em linha com o levantamento das restrições sanitárias, superando os 14.000 atendimentos médios diários para Cartão de Cidadão e Passaporte”.

Esta medida surge depois de queixas acerca das longas filas de espera e ausência de vagas durante largos meses para tratar da documentação, especialmente na Àrea Metropolitana de Lisboa. Noticiado pelo ECO, o Sindicato Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN) culpa a falta de funcionários, que diminuíram 35% em 20 anos, e a abertura do atendimento espontâneo, enquanto as conservatórias têm de dar prioridade aos agendamentos prévios.

Renovar o cartão do cidadão, sem esperar em filas

No mesmo comunicado, o ministério alerta que há outras formas de renovar o cartão do cidadão, nomeadamente, online e automaticamente. Para a renovação automática já foram enviadas 670.000 cartas PIN, que são recebidas sempre 60 dias antes do fim do prazo de validade do respetivo documento.

“Foram também enviadas cartas PIN para todos os cidadãos elegíveis com datas de validade já ultrapassadas”, refere o comunicado “se o titular do Cartão de Cidadão caducado ou a caducar não necessitar de alterar dados basta efetuar o pagamento da referência multibanco existente na carta PIN para que o Cartão de Cidadão seja renovado e enviado por correio registado para a sua morada, com entrega individual e ao próprio”.

O Ministério da Justiça revela que há mais de 65% de cidadãos elegíveis para esta forma de renovação do cartão do cidadão e que 45% dos documentos foram renovados assim, equivalendo a 356.635 cartões. Desde o começo de 2021, 40% dos cartões de cidadão foram enviados por correio, mais de 642 mil.

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Gomes Cravinho aponta transportes gratuitos para ex-combatentes nas “próximas semanas”

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

A gratuitidade nos transportes públicos para quem tem Cartão do Antigo Combatente poderá ser finalizada nas “próximas semanas”, diz João Gomes Cravinho, após queixas de ex-combatentes.

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, adiantou esta quinta-feira que a gratuitidade nos transportes públicos para possuidores do Cartão do Antigo Combatente poderá ser finalizada nas “próximas semanas”, depois de algumas queixas destes ex-combatentes.

O ministro da Defesa foi questionado sobre a matéria à margem da cerimónia de despedida da fragata “Corte-Real”, da Marinha Portuguesa, que partiu da Base Naval de Lisboa (situada em Almada), com destino ao Mar Báltico, para se juntar à Força Naval Permanente n.º 1 da NATO (SNMG1 – Standing NATO Maritime Group One), durante os próximos quatro meses.

“Sim, essa matéria já está a ser tramitada. Há tramitações obrigatórias, nomeadamente a consulta de determinadas entidades regulatórias e acredito que durante estas próximas semanas será possível, finalmente, ter aquilo que foi acordado no âmbito do estatuto do combatente na prática e, portanto, os antigos combatentes poderão beneficiar de gratuitidade nos transportes interurbanos”, respondeu João Gomes Cravinho.

O Estatuto do Antigo Combatente, uma reivindicação antiga das associações do setor da Defesa e dos deficientes das Forças Armadas, foi aprovado no parlamento em agosto de 2020 e prevê o direito de preferência na habitação social, isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, passe intermodal e entrada para museus e monumentos grátis e honras fúnebres especiais.

No âmbito deste estatuto, mais de 200 mil cartões foram enviados, dos quais 190 mil para antigos combatentes e mais de 14 mil para viúvas ou viúvos de antigos combatentes, segundo informação do Ministério da Defesa Nacional dada à Lusa no início do mês.

Nas costas do Cartão do Antigo Combatente lê-se que o seu titular tem direito à isenção de taxas moderadoras, gratuitidade do passe intermodal dos transportes públicos das áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais e gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais.

O cartão está a ser enviado com uma carta, na qual se explica que, “além dos benefícios consagrados pelo Estatuto do Antigo Combatente cujo gozo já foi possível garantir, nomeadamente, a isenção de taxas moderadoras e a gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais, existem outros benefícios conferidos através do presente cartão cujo acesso está dependente da respetiva regulamentação e da adoção de um conjunto de medidas, de natureza técnica e administrativa, que envolvem várias áreas governativas”.

Mas esta informação não está a ser devidamente entendida pelos portadores do cartão, que o têm apresentado nos transportes, convencidos de que já podem usufruir da isenção do pagamento das viagens, de acordo com as associações que representam os antigos combatentes.

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Brasileiros da Standard America entram em Portugal com fábrica de placas eletrónicas em Soure

A brasileira Standard América recebeu um incentivo do projeto Portugal 2020, no valor de de 1,7 milhões de euros, para implantar uma fábrica em Soure. Espera contratar entre 80 a 100 pessoas.

A brasileira Standard América, que tem uma unidade fabril de placas eletrónicas no Brasil, acaba de anunciar que recebeu um incentivo do projeto Portugal 2020, no valor de de 1,7 milhões de euros, para implantar uma fábrica em Soure. Com esta aposta, o grupo espera contratar entre 80 a 100 pessoas. O grupo brasileiro espera concluir a unidade fabril no primeiro semestre de 2022.

Para além deste apoio do Portugal 2020, a indústria pretende captar cerca de dez milhões de euros a partir de fundos privados. “Com o aval do Portugal 2020, fomos procurados por fundos privados, que sinalizam investir também no nosso projeto”, explica Hidalgo Dal Colletto, CEO do Grupo Standard, citada em comunicado.

“Com a nova fábrica criaremos entre 80 e 100 empregos diretos no primeiro ano, além de movimentar uma imensa cadeia indireta de fornecedores e prestadores de serviços”, adianta a CEO do grupo Standard, que congrega as marcas Standard America (Brasil e Estados Unidos) e STD Europe (Europa).

As obras na nova fábrica da STD Europe, localizada em Soure, devem arrancar em outubro. A nova fábrica iniciará a operação com duas linhas de produção e está previsto uma faturação na ordem dos dois milhões de euros no primeiro ano. A CEO explica ainda que “a ideia é atender não só Portugal, mas toda a Europa”.

O Grupo Standard é especializado em projetos e fabricação de placas eletrónicas para as áreas de agricultura, automação industrial, automotiva, internet das coisas, telecomunicações, segurança, iluminação, saúde, aeroespacial e indústria naval.

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Wall Street derrapa com perspetiva de redução de estímulos

A Fed pode reduzir o programa de estímulos ainda este ano, deixando os investidores receosos com os preços atuais dos ativos de risco.

As bolsas norte-americanas estão em queda pelo terceiro dia consecutivo. Os índices estão a derrapar perante a crescente expectativa de que a Reserva Federal vá reduzir o programa de estímulos ainda este ano, e face a novos sinais de recuperação do mercado laboral.

Na quarta-feira, as minutas da última reunião de política monetária mostraram que alguns responsáveis da Fed acreditam que a meta de emprego para a redução do apoio à economia pode ser alcançada mais cedo do que o previsto.

A informação pôs os investidores a venderem ações e a tendência continua. O S&P 500 está a cair mais 0,64%, nos 4.372,25 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,67%, cotando nos 34.725,88 pontos. O tecnológico Nasdaq perde 0,58%, para 14.441,21 pontos.

Esta é também uma reação aos sinais de contínua recuperação do mercado laboral. O número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA voltou a cair na última semana, para 384 mil, apesar da propagação da variante Delta do coronavírus, anunciou esta quinta-feira o Departamento do Trabalho.

As ações da Apple estão a cair 0,41%, para 145,76 dólares, enquanto os títulos do Facebook desvalorizam 0,63%, para 353,22 dólares. Espera-se a qualquer momento que a Federal Trade Commission submeta novamente o processo judicial que visa separar as várias plataformas detidas pela empresa, depois de a primeira versão ter sido descartada liminarmente por um juiz.

Também há tumulto a registar no setor da energia. Uma subida inesperada no stock de combustíveis está a pressionar os preços do petróleo. O contrato de WTI perde 2,91%, para 63,31 dólares. A petrolífera Exxon Mobil perde 1,84%, para 53,39 dólares cada ação.

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Bastonário dos advogados diz que revisão das regras de acesso à profissão vão melhorar a classe

O bastonário da OA quer que a formação académica exigida para o exercício da advocacia seja idêntica à exigida para o acesso à magistratura.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) preparou algumas propostas de alteração ao Estatuto da OA que vão ser discutidas em setembro em assembleia geral. Uma dessas propostas em particular está a gerar um descontentamento por parte da classe. Em causa está que só passem a ser admitidos na Ordem, ou seja enquanto advogados estagiários, quem for detentor do grau de mestre ou doutor ou licenciados pré-Bolonha. Isto ao invés de apenas do grau de licenciado.

A Advocatus contactou o bastonário da OA, Luís Menezes Leitão, que referiu que o objetivo dessa proposta de alteração é melhorar a classe. “Comprometemo-nos eleitoralmente a melhorar a situação dos advogados e o funcionamento da sua Ordem, visando esta proposta de alteração ao Estatuto da Ordem dos Advogados precisamente obter essas melhorias“, explicou.

Questionado se consideraria que o setor ficará prejudicado caso a medida “avance”, o líder dos advogados acredita que não, considerando todas as mudanças propostas “altamente positivas”.

“O que propomos é que a formação académica exigida para o exercício da advocacia seja idêntica à exigida para o acesso à magistratura. A advocacia é uma profissão tão ou mais exigente do que a magistratura judicial ou do ministério público, pelo que deve ter a mesma qualificação para o acesso”, assegurou o líder dos advogados.

Menezes Leitão garante também que esta medida não irá contribuir para o aumento da precariedade no setor. “Ao se exigir uma formação mais adequada dos candidatos à advocacia, assegura-se que os candidatos terão muito melhor qualificação e por isso o valor do seu trabalho será maior, reduzindo-se assim a precariedade”, acrescenta.

Várias associações e núcleos estudantes de direito já se manifestaram contra esta medida. Entre eles, o Conselho Nacional de Estudantes de Direito (CNED) publicou um comunicado lamentando a posição da OA.

“Confrontados com uma já tão conhecida situação pandémica, um agravamento, cada vez mais notório, da precariedade sentida no acesso às profissões jurídicas e um agravar das dificuldades vividas na luta contra o abandono e insucesso académico, é com muita tristeza que lamentamos esta tentativa de serem alçadas ainda mais barreiras aos estudantes de direito e juristas“, lê-se no comunicado.

O CNED relembrou também a “longa” e “árdua” formação a que os advogados estagiários estão sujeitos e que a frequência de um mestrado e/ou doutoramento “pode em nada se relacionar com as matérias de Direito Civil, Direito Penal e Direito Processual cujos conhecimentos são exigidos pela OA”.

Em relação ao estágio da Ordem, caso esta alteração seja aprovada, o bastonário da OA refere que manterá a duração de 18 meses. “Sabemos que existem propostas em discussão por parte do poder político para a sua redução, que a Ordem terá que acatar caso venham a ser determinadas. Para a Ordem os 18 meses neste momento parecem-nos adequados”, garante.

Luís Menezes Leitão já convocou a Assembleia Geral, que reunirá a 17 de setembro, para a aprovação da proposta apresentada pelo Conselho Geral. Caso seja aprovada, segue para a Assembleia da República.

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Há mais 12 mortes e 2.554 casos de Covid. Rt sobe para 0,98

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

Desde o início da pandemia, o país soma mais de um milhão de casos e 17.613 mortes por Covid-19. Até ao momento, contam-se 949.703 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.524 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 1.012.125 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta quinta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 12 pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.613 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país. Rt volta a subir.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 688 (-7) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 141 (+2) nos cuidados intensivos. Há mais de 50 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 949.703, mais 2.238 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 44.809 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 19 de agosto

A região do Norte foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 2.254 novos casos registados em todo o país, 931 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 794.

Os dados da DGS revelam ainda que o risco de transmissibilidade (Rt), que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,98 quer a nível nacional, quer no continente. Trata-se de uma subida ligeira face ao último balanço, o que coloca Portugal na zona laranja da matriz de risco.

Por sua vez, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) subiu a nível nacional, estando agora em 314,6 casos por 100 mil habitantes, mas manteve-se em 319 no continente.

(Notícia atualizada às 14h40 com mais informação)

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