Dívida do Estado chinês detida por investidores estrangeiros volta a aumentar em agosto
Os investidores estrangeiros continuam a comprar dívida pública chinesa, face aos baixos retornos das obrigações na Europa e nos EUA. Títulos asiáticos entram esta semana num índice internacional.
A compra de dívida do Governo chinês por investidores estrangeiros voltou a aumentar, em agosto, à medida que as taxas de juro no país oferecem um “refúgio”, face ao baixo retorno das obrigações na Europa e EUA.
No final de agosto, os títulos emitidos pelo Estado chinês detidos por investidores estrangeiros somavam o equivalente a cerca de 288 mil milhões de euros, um aumento de 2,2 mil milhões de euros, em relação ao mês anterior, de acordo com os dados divulgados pela China Central Depository & Clearing Co. e citados pela imprensa estatal.
O reforço da participação estrangeira ocorre nas vésperas de os títulos da dívida chinesa serem incluídos no índice FTSE Russell World Government Bond Index (WGBI), que reúne os títulos de vários governos, o que deverá atrair milhares de milhões de dólares em investimento passivo para o segundo maior mercado mundial de dívida.
As participações de investidores estrangeiros em títulos emitidos por bancos públicos da China ultrapassaram 131 mil milhões de euros, no mês passado, enquanto as participações em títulos dos governos locais ascenderam a 1,2 mil milhões de euros, constituindo novos recordes.
Os investidores estrangeiros à procura de rendimento fixo têm-se voltado cada vez mais para a dívida chinesa, à medida que a pandemia estendeu um período de taxas de juros historicamente baixas em todo o mundo e Pequim abriu ainda mais os seus mercados de dívida para o exterior, através dos programas Global Connect ou Bond Connect.
A economia chinesa retomou rapidamente a normalidade, após ter paralisado, no primeiro trimestre 2020, devido à pandemia da Covid-19. O país asiático praticamente extinguiu o novo coronavírus dentro do seu território, registando ocasionalmente pequenos surtos locais.
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