IRB Brasil RE gera 47% dos prémios de resseguro no exterior

  • ECO Seguros
  • 6 Janeiro 2021

A maior resseguradora brasileira reduziu prejuízos em outubro, apontando um resultado negativo de quase 24 milhões de reais, cerca de 3,75 milhões de euros.

A IRB Brasil RE, líder do resseguro no mercado brasileiro, apurou 692,9 milhões de reais em volume bruto de prémios (cerca de 109,15 milhões de euros), em outubro de 2020, evidenciando um incremento de 17,9% em comparação com igual mês de 2019.

Do montante apurado, 370 milhões de reais foram gerados no Brasil (+18,2%) e 322,9 milhões no exterior (+17,7%), colocando o mercado internacional como fonte de 46,6% da receita total de prémios de resseguro arrecadados no mês.

A companhia registou um resultado negativo de 23,8 milhões de reais (3,75 milhões de euros), embora o lucro líquido sem o efeito de elementos não recorrentes tenha alcançado 110,3 milhões de reais.

“Os impactos materiais de efeitos one-offs (que ocorrem uma vez) ocorreram devido a um maior provisionamento da carteira de vida internacional”, detalha a companhia em comunicado.

Em outubro também ocorreu “a operação de transferência/venda pelo IRB de portfólio de sinistros do segmento rural (Loss Portfolio Transfer)”, a refletir 118 milhões de reais de volume retrocedido em LPT. Os efeitos desta operação, explica a entidade, dão-se “por diminuição do Prêmio Ganho pelo valor da Carteira Transferida” e/ou pela “Diminuição das Despesas com Sinistros pelo mesmo valor”. São “efeitos one-offs”, lê-se em nota incluída no comunicado.

O índice de sinistralidade situou-se em 82,1% em outubro, ou 59,4% quando excluídos os efeitos extraordinários. Os gastos com sinistros ascenderam a 347,5 milhões de reais, refletindo principalmente o provisionamento da carteira de Vida, por 159,3 milhões de reais.

A IRB Brasil RE (IRB-Brasil Resseguros S.A.) encerrou o terceiro trimestre de 2020 com prejuízo líquido de 229,8 milhões de reais. A companhia tem a Bradesco Seguro (15,8%) e a Itaú Seguros (11,5%) como os seus principais acionistas institucionais.

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Festivais britânicos querem seguro do Governo

  • ECO Seguros
  • 6 Janeiro 2021

Os organizadores de festivais no Reino Unido exigem do Governo uma data compromisso para recomeçarem atividade e um seguro para cancelamentos.

Os organizadores de festivais de música ao vivo no Reino Unido estão a poucas semanas de tomarem decisões sobre a realização ou não dos seus eventos. Jamie Njoku-Goodwin, porta-voz da indústria, declarou à Reuters que será preciso maior clareza da parte do Governo quanto à sorte desta indústria que movimenta 1,3 mil milhões de libras todos anos no Reino Unido.

“Pedimos ao Governo a indicação de uma data para recomeçar atividades de forma segura, mas também um pacote segurador que o Governo subscreva para cobrir os eventos para, no caso de serem cancelados, que possa existir alguma compensação”, afirmou o porta-voz.

Emily Eavis, organizadora do Glastonbury Festival que reúne habitualmente 200 mil a 300 mil pessoas na última semana de junho e será o maior evento de música ao vivo no Reino Unido, tinha afirmado recentemente à BBC que o festival de 2021 estava longe de estar confirmado.

Do lado do Governo britânico, o Department for Digital, Culture, Media and Sport, apenas comunicou que já foi oferecido um valor de mil milhões de libras às artes performativas e que está a trabalhar intensamente para dar suporte ao setor dos eventos ao vivo.

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Pluris aguarda notificação da ERC sobre processo de contraordenação

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

A holding do empresário Mário Ferreira considera que a estrutura acionista da Media Capital "está estabilizada" e encontra-se à espera da conclusão do processo de contraordenação interposto pela ERC.

A Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, aguarda a notificação do regulador ERC sobre a conclusão da instrução do processo de contraordenação e adianta que a “estrutura acionista da Media Capital está estabilizada”.

O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) afirmou na terça-feira que está “neste momento” a decorrer a “fase final da instrução do processo de contraordenação” que envolve o empresário Mário Ferreira e a Prisa.

Em comunicado, a Pluris refere que “aguarda a notificação no âmbito desse processo, após a qual se pronunciará, defendendo firmemente as suas convicções, em conformidade com o Direito, sem prejuízo de procurar encontrar soluções que possam atender às preocupações suscitadas pelo regulador, de forma proativa e cooperante”.

Acrescenta que o processo de contraordenação “versará sobre uma realidade já apreciada pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], a pedido da própria Pluris e que terminou em 3 de novembro de 2020, com a venda da participação remanescente da Vertix [Prisa] a um conjunto de investidores nacionais”.

(…) Julgamos que o necessário e enérgico empenho dos acionistas para garantir a sustentabilidade da empresa, em matérias de estabilidade do projeto e viabilidade financeira, não deve ser entendida como uma alteração de domínio (…).

Pluris Investments

A Pluris salienta ainda que a Media Capital “atravessava um momento particularmente difícil, desamparada que ficou com o nefasto insucesso de uma oferta pública de aquisição”.

Nesse sentido, e face ao “contexto de emergência empresarial, julgamos que o necessário e enérgico empenho dos acionistas para garantir a sustentabilidade da empresa, em matérias de estabilidade do projeto e viabilidade financeira, não deve ser entendida como uma alteração de domínio para efeitos das Leis da Rádio e da Televisão, como teremos oportunidade de procurar demonstrar nesse processo”, adianta a Pluris, que detém 30,22% da dona da TVI.

“As regras relativas à soma dos direitos de voto inerentes às ações detidas pela Pluris e pela Vertix/Prisa, determinada pela CMVM para efeitos da necessidade de lançamento de uma OPA [oferta pública de aquisição], não podem ser exportadas para outros regimes legais”.

Atualmente, acrescenta a holding de Mário Ferreira, “a estrutura acionista da Media Capital está estabilizada” e “cada acionista é independente dos demais e a Pluris, com 30% do capital social, não exerce qualquer domínio isolado ou conjunto” sobre a dona da TVI.

Por isso, existem “condições para que a empresa prossiga o seu caminho, contribuindo para a diversidade e o pluralismo informativos, de forma independente de outros grupos de comunicação social e de quaisquer interesses específicos, como se tem verificado”, considera.

“Sem prejuízo de os processos de contraordenação não serem aptos a declarar a nulidade de negócios privados (que só podem ser assim declarados por um tribunal), a Pluris realça que a opinião de distintos jurisconsultos vai no sentido de que a consequência jurídica da conclusão de um negócio que consubstancie uma alteração de domínio de operadores de rádio e/ou de televisão sem autorização da ERC não afeta a validade desse negócio”, refere ainda.

A Pluris aponta que o parecer do Centro de Pareceres da Universidade Católica Portuguesa, elaborado a seu pedido, “é claro ao declarar que ‘uma decisão da ERC que considere existir alteração de domínio não autorizada não é suscetível de ferir de invalidade um negócio jurídico’, entendimento anteriormente confirmado em parecer do professor Paulo Mota Pinto, que refere que ‘não está aqui em causa um vício num elemento interno ou intrínseco do negócio, que causa a sua invalidade (nulidade), mas antes a falta de uma autorização administrativa'”.

A empresa de Mário Ferreira sublinha que, “sem conceder em relação à sua convicção profunda nesta matéria, tem mantido um diálogo construtivo com a ERC, tendo submetido à consideração do regulador propostas para atender às suas preocupações, que estarão por este a ser analisadas”.

A posição pública da Pluris, acrescenta, empresa que “tem pautado a sua atuação pela discrição e o respeito às autoridades reguladoras (ERC, CMVM e AdC), só se verifica porque continuam a ser publicadas notícias parciais, incompletas ou mesmo inverídicas, de forma concertada e sem declarações de interesses associadas, que se reciclam de forma a ocupar permanentemente o espaço mediático, confundindo o público e procurando afetar a serenidade e ponderação dos decisores”.

“Neste momento está a decorrer a fase final de instrução do processo de contraordenação que foi anunciado” e em que “são arguidos uma pessoa singular e uma pessoa coletiva”, afirmou na terça-feira o presidente da ERC, Sebastião Póvoas, que falava na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, no âmbito da audição da ERC para apresentação do relatório sobre as suas atividades de regulação de 2019, bem como o relatório de atividades e contas de 2019.

Em 15 de outubro último, o Conselho Regulador da ERC deliberou a instauração de um processo de contraordenação contra a Vertix/Prisa e Pluris Investments/Mário Ferreira pela “existência de fortes indícios de ocorrência de uma alteração não autorizada de domínio nos operadores que compõem o universo da Media Capital”. Cabe à ERC autorizar a alteração de domínio, caso tal não aconteça existe nulidade do negócio.

Em 3 de novembro do ano passado, a Prisa concluiu a venda de toda a sua participação na Media Capital. Em 25 de novembro, a Pluris Investments lançou uma OPA geral obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, sendo que a contrapartida nunca será inferior a 67 cêntimos por ação, decorrente da decisão da CMVM, que considerou haver concertação entre a Prisa/Vertix e a Pluris Investments.

De acordo com a nova estrutura acionista da Media Capital, disponível no site com data de 3 de novembro, a Pluris Investments detém 30,22%, seguida da Triun, com 23%, Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (empresa da apresentadora e diretora de entretenimento e ficção da TVI, Cristina Ferreira), com 2,5%, e NCG Banco (5,05%).

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Frio leva consumo de eletricidade para novos máximos de 10 anos em Portugal

Na sequência de um conjunto de dias particularmente frios, os consumos de gás natural e eletricidade em Portugal atingiram máximos tanto a nível de pico como de consumo diário, diz a REN

De acordo com dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, um novo pico máximo de consumo de eletricidade foi atingido esta terça-feira, 5 de janeiro, às 20h, com 9546 MW, superando o anterior máximo de 9403 MW, que datava de 11 de janeiro de 2010.

No gás natural, os anteriores máximos de ponta e consumo diário foram ultrapassados em cerca de 10%.

O anterior pico máximo de 13.539 MW, atingido a 7 de janeiro de 2020 foi superado pelos 14.862 MW registados às 20h também desta terça-feira, 5 de janeiro.

O consumo diário atingiu 298,9 GWh, superando o anterior máximo de 5 de dezembro de 2017, com 269,9 GWh.

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Marcelo justifica novo estado de emergência com números de casos e de mortos dos últimos dias

O Presidente da República justificou a decisão tendo em conta "os números de casos e de mortos nos últimos dias impõe uma cuidadosa contenção". Novo estado de emergência vigora até 15 de janeiro.

O Presidente da República renovou, esta quarta-feira, o estado de emergência por mais uma semana, ou seja, até 15 de dezembro, de acordo com comunicado publicado no site da Presidência. Marcelo Rebelo de Sousa justificou a decisão com o agravamento do número de casos e mortos, alertando que é necessária uma “cuidadosa contenção” até que os especialistas analisem o período do Natal.

“Os números de casos e de mortos nos últimos dias impõem uma cuidadosa contenção, ou seja, permanência por uma semana do regime em vigor, até que, entre o dia 12 e o dia 13, se possa decidir acerca de eventual nova renovação, sua duração e conteúdo”, diz.

Relativamente ao Natal, o atual Presidente relembra que ainda há poucos dados sobre “o período decorrido entre 23 e 27 de dezembro, ou seja, o período de alívio de medidas” e também do período relativo ao Ano Novo. Ainda assim, admite que os números recentes são “muito preocupantes”.

“Só no dia 12 serão ouvidos os especialistas” relativamente ao alívio de medidas no Natal e Ano Novo e só aí se poderá retirar conclusões e decidir se o país está, ou não, preparado para sair da emergência. Apesar de ser “vontade de todos nós que o estado de emergência cesse logo que não seja estritamente necessário”, como diz Marcelo, a pandemia continua a acelerar, tendo sido registados 10.027 novos casos esta quarta-feira, o maior valor desde o início da pandemia.

A renovação do estado de emergência até 15 de janeiro foi votada esta quarta-feira na Assembleia da República. Com os votos a favor do PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN), o prolongamento do estado de emergência foi aprovado.

(Notícia atualizada às 19h23)

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Eutanásia no parlamento: Seguros de Vida serão pagos

  • ECO Seguros e Lusa
  • 6 Janeiro 2021

Deputados decidiram que a antecipação da morte não vai ser fator de exclusão para pagamento de indemnizações. O alerta para a lacuna na lei tinha sido detetada pela própria APS.

A lei da eutanásia foi concluída na especialidade, após um processo que se prolongou por cerca de três meses.

O diploma terá ainda de ser confirmado, no chamado processo na especialidade, numa reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o que deverá acontecer na próxima semana, antes da votação final global, em plenário.

Depois do alerta da Associação Portuguesa de Seguros (APS), de que a lei poderia impedir o pagamento de seguros de vida, a lacuna foi resolvida no debate na especialidade: o texto legal prevê que, “para efeitos do contrato de seguro de vida, a antecipação da morte não é fator de exclusão”.

Além do mais, não pode haver alterações nas cláusulas a designar os beneficiários após o início do processo da eutanásia. Os profissionais, sejam de saúde ou outros, que participam no processo não podem ser beneficiários do doente.

Em relação a outros aspetos da lei, o texto de substituição, a partir dos cinco projetos aprovados em fevereiro de 2020, previa, inicialmente, que não é punível a “antecipação da morte por decisão da própria pessoa, maior, em situação de sofrimento extremo, com lesão definitiva ou doença incurável e fatal, quando praticada ou ajudada por profissionais de saúde”.

Mas na reunião de hoje, por proposta do BE, juntou-se mais uma condição. Ou seja, que em caso de lesão definitiva, ela deve ser de “gravidade extrema, de acordo com o consenso científico”.

A lei prevê que o doente que pede a morte medicamente assistida é livre de parar com o processo a qualquer momento.

Logo nos primeiros artigos, os deputados entenderam-se para proibir que se candidatem à eutanásia doentes com um processo judicial com vista à sua incapacidade. Na mesma lógica, é suspenso o processo se for apresentado um processo judicial com esse objetivo.

Tal como estava previsto no texto de substituição, o processo de morte assistida é interrompido se o doente ficar inconsciente, só sendo retomado se ficar de novo consciente e mantiver a decisão.

Pelo caminho ficou a proposta, que já vinha do projeto inicial do BE, de o processo de manter mesmo se o doente tivesse declarado, em testamento vital, que pretendia morrer mesmo se ficasse inconsciente.

O PSD, que se dividiu na votação na generalidade, optou, no grupo de trabalho, por uma abstenção sistemática. O CDS-PP, que votou contra, à exceção dos artigos sobre o direito aos cuidados paliativos ou ainda à objeção de consciência dos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros).

PS, BE e PAN, que tinham projetos em debate, uniram-se em muitas das votações na especialidade, apesar de divergências pontuais, para aprovar as soluções que propunham ou para recusar as de outros partidos, como aconteceu com a Iniciativa Liberal, que viu chumbada a proposta para ao doente, no momento da decisão, pudesse optar, em alternativa, entre a eutanásia e os cuidados paliativos.

O PCP não participou nos trabalhos deste grupo, mas, tratando-se de votações indiciárias (ou indicativas), elas terão de ser feitas, formalmente, na comissão de Assuntos Constitucionais. Onde os partidos ainda podem alterar alguma das suas votações, caso queiram.

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Trump garante que “nunca” vai assumir vitória de Biden

  • ECO e Lusa
  • 6 Janeiro 2021

O ainda Presidente voltou a pressionar o vice-Presidente, Mike Pence, para que não permita que o Congresso ratifique os resultados eleitorais, tirando partido da função de presidente do Senado.

O Presidente cessante dos EUA disse esta quarta-feira em Washington que “nunca” aceitará a vitória de Joe Biden. “Não aceitaremos mais (…) vamos parar com o roubo”, disse Donald Trump perante milhares de apoiantes (incluindo militantes de extrema-direita), que se manifestavam contra reunião do Congresso que confirmará a vitória de Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

O candidato republicano voltou a criticar a eleições dizendo que houve um “roubo” nas mesmas. Este tem sido o discurso recorrente de Trump desde que os resultados deram a Biden a vitória. Desde pedir para não se contarem mais votos, a alegações de fraude, Trump tem tentado de todas as maneiras que os democratas não cheguem ao poder dos Estados Unidos.

“Não se cede quando há roubo envolvido”, disse. “Vencemos esta eleição e ganhámos em geral”, acrescentou Trump, voltando a desafiar todas as evidências da sua derrota eleitoral.

O Presidente cessante também voltou a pressionar o seu vice-presidente, Mike Pence, para que não permita que o Congresso ratifique os resultados eleitorais, tirando partido da função, por inerência do cargo, de presidente do Senado. “Eu acabei de falar com Mike. Espero que ele faça a coisa certa. Eu espero. Eu espero. Porque se Mike Pence fizer o que está certo, iremos ganhar as eleições”, disse Trump, perante manifestantes que empunhavam cartazes dizendo que os democratas “roubaram as eleições”.

Mike Pence tem a tarefa, perante o Congresso, de abrir os certificados de voto eleitorais de cada estado e apresentá-los aos escrutinadores indicados pela Câmara de Representantes e pelo Senado, ratificando o resultado do Colégio Eleitoral, que deu a vitória ao candidato democrata, Joe Biden por 306 contra os 232 de Trump.

No seu discurso, Donald Trump acusou ainda os meios de comunicação social de espalharem desinformação sobre ele e teve também tempo para criticar a antiga oponente, Hillary Clinton.

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Portugal recebe primeiras vacinas da Moderna nos “próximos dias”

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

"A chegada das vacinas da Moderna está prevista para os próximos dias e não deverá tardar mais do que uma semana", anunciou o coordenador da task-force para o plano de vacinação.

As primeiras vacinas da Moderna, cuja comercialização foi esta quinta-feira autorizada pela Comissão Europeia, chegam a Portugal nos “próximos dias”, anunciou o coordenador da task-force para o plano de vacinação contra a Covid-19.

“A chegada das vacinas da Moderna está prevista para os próximos dias e não deverá tardar mais do que uma semana”, afirmou Francisco Ramos numa resposta escrita à Lusa, adiantando que ainda está a “ser definido” quando terá início a vacinação com este fármaco.

Francisco Ramos disse que estão previstas chegarem a Portugal “8.000 doses na semana de 11 de janeiro e 11.000 na semana de 25 de janeiro” da vacina da Moderna, que integrarão a primeira fase do plano de vacinação que se iniciou com a vacina da Pfizer e BioNTech.

A entrega das vacinas estará “a cargo da Moderna”, referiu o coordenador do grupo de trabalho para o plano de vacinação, ao adiantar que cada pessoa a vacinar receberá sempre as duas doses da vacina produzida pelo mesmo laboratório.

Em comunicado, o Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, Presidente do Infarmed, salientou que a vacina da Moderna “vem reforçar a disponibilidade de mais vacinas no plano nacional de vacinação e em toda a União Europeia, de forma a combater a pandemia por Covid-19”.

A Comissão Europeia autorizou, esta quarta-feira, a comercialização da vacina da Moderna para a Covid-19 na União Europeia (UE), após o aval do regulador europeu àquele que é o segundo fármaco contra o novo coronavírus autorizado no espaço comunitário.

“Hoje [esta quarta-feira], a Comissão Europeia concedeu uma autorização condicional de comercialização para a vacina da Covid-19 desenvolvida pela Moderna, a segunda na UE”, informou o executivo comunitário em comunicado.

A instituição precisa que esta autorização, o último passo formal antes da entrada do fármaco da Moderna no espaço comunitário, “segue uma recomendação científica positiva baseada numa avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e é aprovada pelos Estados-membros”.

Também esta quarta-feira, a EMA deu ‘luz verde’ à utilização da vacina da farmacêutica Moderna contra a Covid-19 na UE, ao ter recomendando à Comissão Europeia “a concessão de uma autorização condicional de comercialização da vacina Covid-19 Moderna para prevenir a doença do coronavírus 2019 em pessoas a partir dos 18 anos de idade”.

Esta aprovação surge depois de o comité de medicamentos para uso humano da EMA ter “avaliado exaustivamente os dados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina e ter recomendado por consenso a concessão de uma autorização formal condicional de comercialização pela Comissão Europeia”, adiantou o regulador comunitário na nota de imprensa.

A vacina da Moderna, com uma eficácia comprovada superior a 90%, foi a segunda a ter aval da EMA, após a aprovação, a 21 de dezembro de 2020, do fármaco desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que está a ser utilizado no espaço europeu desde 27 de dezembro.

Um amplo ensaio clínico promovido pela Moderna, envolvendo 30 mil pessoas, revelou que a vacina desta farmacêutica norte-americana foi eficaz na prevenção da Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos, com uma eficácia geral de 94,1% e de 90,9% nos casos graves.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.377 pessoas dos 446.606 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Chefe de gabiente de Van Dunem recebeu carta com dados falsos sobre procurador europeu

  • ADVOCATUS
  • 6 Janeiro 2021

O juiz Henrique Rosa Antunes, chefe de gabinete da ministra da Justiça, recebeu a carta com os dados falsos do currículo do procurador europeu, José Guerra. Quem enviou o e-mail foi Miguel Romão.

A carta enviada ao Conselho da União Europeia que continha as informações falsas sobre o procurador europeu José Guerra foi também enviada por e-mail para o juiz Henrique Rosa Antunes, chefe de gabinete da ministra da Justiça, avança o Expresso. O ex-diretor da Direção Geral de Política de Justiça (DGPJ), Miguel Romão, que se demitiu na segunda-feira, terá enviado a referida carta sobre José Guerra para o gabinete de Francisca Van Dunem no dia 29 de novembro de 2019, na mesma data em que foi enviada para o órgão europeu.

A carta que levou a nomeação de José Guerra como procurador europeu para a Procuradoria Europeia, órgão criado em 2017 que investiga crimes económicos, terá sido escrita por um funcionário da DGPJ segundo instruções da ministra da Justiça e enviada três dias depois da reunião entre os responsáveis da DGPJ e a ministra.

Na segunda-feira, o diretor da Direção Geral da Política de Justiça (DGPJ), Miguel Romão, demitiu-se do cargo e garantiu que a ministra da Justiça tinha conhecimento do conteúdo integral do currículo do procurador José Guerra. A comunicação essa acusação foi, mais tarde, apagada pelo Ministério da Justiça.

Já o lugar da ministra da Justiça não está em risco, garantiu o primeiro-ministro após se ter encontrado com Francisco Van Dunem na segunda-feira. António Costa desvalorizou o caso das informações falsas no currículo do procurador europeu, que apelidou de “lapsos sem relevância”. A ministra irá ser ouvida em parlamento na quinta-feira.

Numa carta enviada para a União Europeia (UE), o executivo apresenta dados falsos sobre o magistrado preferido do Governo para procurador europeu, José Guerra, depois de um comité de peritos ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo.

Na carta, a que os dois órgãos tiveram acesso, e que o ECO também já consultou, José Guerra é identificado com a categoria de “procurador-geral-adjunto”, que não tem, sendo apenas procurador, e como tendo tido uma participação “de liderança investigatória e acusatória” no processo UGT, o que também não é verdade, porque foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento e não a acusação.

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DGS considera Marcelo contacto de baixo risco e exclui isolamento

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

A Direção-Geral da Saúde considerou o atual Presidente um contacto de baixo risco, permitindo-lhe não ficar em isolamento profilático. Marcelo irá, por isso, debater presencialmente com Ventura.

O Presidente da República não terá de ficar em isolamento profilático. A Direção-Geral da Saúde (DGS) considerou que o contacto entre Marcelo Rebelo de Sousa e o elemento infetado da Casa Civil foi de baixo risco, avança a SIC Notícias. O debate marcado para esta quarta-feira à noite com o líder do Chega, André Ventura, será presencial.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve com a pessoa infetada na segunda-feira durante um curto período de tempo e já realizou dois testes (antigénio e PCR) e em ambos o resultado deu negativo. Assim, a DGS considerou não haver risco. O Presidente estava em isolamento profilático do qual poderá sair.

O Chefe de Estado aguardava instruções das autoridades de saúde para estar presente no debate desta quarta-feira, às 21h na SIC, com André Ventura, para as eleições presidenciais. Até ao momento, o debate estava previsto de se realizar virtualmente.

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VdA assessora a Lusomedicamenta em duas transações no valor global de 31 milhões de euros

A equipa VdA envolveu às áreas de prática de M&A, Saúde e Laboral, e foi constituída por Rita Marques, Tiago Piló, Pedro Fontes, Isa Rodrigues, João Francisco Barreiros e Philippa Soares Franco.

A sociedade de advogados Vieira de Almeida assessorou a Lusomedicamenta – Sociedade Técnica Farmacêutica S.A., uma sociedade portuguesa do grupo Recipharm AB com experiência no setor farmacêutico, na conclusão de duas transações, envolvendo um valor global de 31 milhões de euros.

A primeira transação refere-se à venda do negócio de distribuição da Lusomedicamenta, concentrado na unidade de negócio “Medicamenta”, que se foca em doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, à Laboratório Medinfar – Produtos Farmacêuticos, S.A.

A segunda transação refere-se à venda da totalidade das ações representativas do capital social de uma sociedade subsidiária, a DAVI II Farmacêutica, S.A, a um comprador privado.

A equipa VdA envolveu às áreas de prática de M&A, Saúde e Laboral, e foi constituída por Rita Marques, senior adviser, Tiago Piló e Pedro Fontes, associados coordenadores, Isa Rodrigues, João Francisco Barreiros e Philippa Soares Franco, associados.

“Esta operação foi uma das mais relevantes ocorridas no mercado farmacêutico nacional durante o ano de 2020, envolvendo dois dos maiores players do mercado, tendo a Medinfar reforçado o seu posicionamento com a aquisição desta unidade de negócio”, refere a VdA em comunicado.

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BCP dispara mais de 9% em sessão efusiva para a banca europeia

Banco liderado por Miguel Maya registou um dos melhores desempenhos do dia em toda a banca europeia. BCP disparou mais de 9% e regressou a níveis pré-pandemia.

O BCP disparou mais 9% na sessão desta quarta-feira, num dia efusivo para a banca europeia. O banco liderado por Miguel Maya soma três sessões positivas nas três sessões já realizadas em 2021. Com isso, já apagou as perdas que registou durante a pandemia e está agora a cotar ao valor mais elevado desde 5 de março.

Os títulos do único banco português cotado em bolsa somaram 9,18% para 0,1427 euros. Foi um dos melhores desempenhos em toda a banca europeia, apenas superado pelos bancos britânicos HSBC e Standard Chartered (mais expostos à China), que registaram avanços de 9,92% e 9,38%, respetivamente.

“Estas fortes reações de alta estão a ser impulsionadas pelas notícias que chegam dos EUA, uma vez que existe a possibilidade de que os democratas possam vencer os dois assentos do Senado e caso se verifique estas previsões, então ficarão com a maioria”, explica Henrique Tomé, analista da XTB, em declarações ao ECO.

“Ora, o partido de Joe Biden ao ter maioria no Senado poderá avançar com alguns projetos que tinha defendido ao longo da sua campanha eleitoral. A nomeação de Joe Biden tem sido vista com bons olhos nos setores que têm sido mais prejudicados ao longo da pandemia e o setor da banca não é exceção”, acrescenta o analista.

BCP dispara para máximos de março de 2020

O índice Stoxx 600 Banks, que inclui os maiores bancos do Velho Continente, avançou 5,72%, no melhor desempenho desde 12 de novembro, refletindo a rotação do mercado para os setores mais cíclicos.

A tendência também está a acontecer em Wall Street, com as quedas no setor tecnológico a serem compensadas por subidas dos bancos como o JPMorgan ou Citigroup, que disparam mais de 5%, perante a expectativa de que os democratas venham a ter a maioria dos assentos no Senado e Congresso dos EUA, o que ajudaria o Presidente eleito Joe Biden a avançar com a sua agenda, que inclui estímulos à economia e maior aperto da regulação às grandes tecnológicas.

Outros bancos europeus como o ABN Amro, Barclays, ING e Natwest também tiveram valorizações expressivas, somando mais mais de 7%, enquanto os bancos espanhóis Santander, Sabadell e Bankinter ganharam mais de 6%.

Bolsa de Lisboa em máximos de 11 meses

Regressando a Lisboa, com o BCP em alta rotação, o PSI-20 fechou em alta de 3,19% para 5.168,32 pontos, o valor mais elevado desde fevereiro do ano passado. Apenas a Ibersol encerrou com perdas de 0,38%.

Entre os pesos pesados, as ações da EDP e da EDP Renováveis ganharam 3,73% e 3%, respetivamente. A Galp também valorizou quase 3%.

(Notícia atualizada às 17h06)

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