Regulador europeu em “trabalho árduo” para aprovar vacina da Moderna

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2021

A informação foi divulgada depois da EMA ter informado que só iria pronunciar-se sobre a vacina da farmacêutica Moderna para a Covid-19 depois de mais consultas à empresa.

Os especialistas da Agência Europeia do Medicamento (EMA) estão a “trabalhar arduamente” para esclarecer questões pendentes com a farmacêutica Moderna para dar “luz verde” à vacina contra a Covid-19 na quarta-feira, informou esta terça-feira o regulador europeu.

Em nota de imprensa, a agência europeia informa que “a discussão do Comité de Medicamentos para Uso Humano da EMA sobre a vacina [da Moderna] não foi concluída [na segunda-feira] e continuará na quarta-feira”, notando que os seus “especialistas estão a trabalhar arduamente para esclarecer questões pendentes com a empresa”.

“Caso o Comité de Medicamentos para Uso Humano chegue a um parecer na reunião de amanhã [quarta-feira], a EMA enviará um comunicado de imprensa logo que possível após a reunião”, adianta o regulador europeu numa curta mensagem, aludindo à esperada aprovação.

A informação foi divulgada depois de, na segunda-feira, a EMA ter informado que só iria pronunciar-se sobre a vacina da farmacêutica Moderna para a covid-19 depois de mais consultas à empresa.

Isto depois de, também na segunda-feira, o Comité de Medicamentos para Uso Humano da EMA ter realizado uma reunião extraordinária na qual não houve condições para a conclusão das discussões em torno da vacina da farmacêutica norte-americana.

Isto significa que os contactos com a Moderna continuam por mais umas horas, esperando-se que na quarta-feira haja “luz verde” para a autorização da vacina no território europeu.

A continuação das discussões prosseguirá quarta-feira para que os especialistas tenham mais tempo para analisar os dados clínicos e de laboratórios postos à sua disposição pela farmacêutica norte-americana.

Se se chegar a uma conclusão positiva, a vacina da Moderna será a segunda a receber “luz verde” dos investigadores da União Europeia (UE), depois da aprovação, a 21 de dezembro passado, do fármaco desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que está a ser utilizada no espaço europeu desde a semana passada.

O comité tem também aberto desde 01 de dezembro do ano passado dois processos de revisão em tempo real das vacinas desenvolvidas pela farmacêutica Janssen, filial da norte-americana Johnson & Johnson e da Universidade de Oxford, e da Astrazeneca, embora nenhuma delas tenha solicitado uma autorização condicional para uso do medicamento na UE.

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Governo dá parecer favorável ao estado de emergência entre 8 e 15 de janeiro proposto por Marcelo

O Governo deu um parecer favorável ao estado de emergência de oito dias proposto pelo Presidente da República. O Parlamento deverá aprovar a renovação esta quarta-feira com os votos do PS e do PSD.

O Governo deu um parecer favorável ao estado de emergência proposto pelo Presidente da República esta segunda-feira, após uma maratona de audições aos partidos com assento parlamentar. A informação foi avançada pela RTP3 e confirmada pela assessoria da presidência do Conselho de Ministros ao ECO, o qual reuniu por via eletrónica esta terça-feira.

Tal como já tinha revelado, Marcelo Rebelo de Sousa pretende prolongar o estado de emergência por apenas oito dias, entre 8 e 15 de janeiro, para que na próxima renovação já seja possível ter em conta o impacto das festividades do Natal e do fim de ano nas medidas a tomar para controlar a pandemia em Portugal. No dia 12 de janeiro haverá a reunião do Infarmed com os epidemiologistas para avaliar a situação.

O Presidente da República deverá divulgar o decreto presidencial de renovação do estado de emergência ainda esta terça-feira. Esta quarta-feira, às 15h, o Parlamento vai discutir o relatório sobre a aplicação da Declaração do Estado de Emergência no período de 9 a 23 de dezembro de 2020. Posteriormente, os deputados vão discutir e votar o pedido de autorização da renovação do estado de emergência, sendo expectável que PS e PSD continuem a viabilizá-lo.

Esta renovação por oito dias deverá manter as mesmas medidas que estiveram em vigor nas últimas semanas, com a exceção do período de Natal e de fim de ano em que houve maior e menor flexibilidade, respetivamente. Na prática, há recolher obrigatório para todas as regiões, mas é mais alargado nos concelhos com risco muito elevado e extremamente elevado. Aí a proibição de circulação na via pública aplica-se entre as 23h e as 5h durante a semana e, a partir das 13h, aos sábados e domingos.

No debate com Marisa Matias, o agora recandidato à Presidência da República Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que “não há dados suficientes relativamente ao período de Natal”, havendo mesmo “dados que são contraditórios”, justificando que “houve pontes consecutivas e não houve testes”, pelo que defendeu que o atual estado de emergência seja prolongado por mais oito dias, ao invés dos habituais 15 dias, dando tempo para “encontrar uma solução que aponte para um mês”.

O próximo estado de emergência irá incluir o fim de semana das eleições presidenciais. Após a audiência com o Presidente da República, o deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, admitiu que esse seja “um fim de semana especial relativamente às medidas de contenção que poderão estar em vigor”. Ou seja, nos concelhos em que há limitação à circulação às 13h durante o fim de semana deverá ser criada uma exceção para exercer o direito de voto no domingo, 24 de janeiro.

Além do voto favorável do PS e do PSD, a renovação do estado de emergência deverá contar com a abstenção do Bloco, do CDS e do PAN. Os restantes partidos têm votado contra.

(Notícia atualizada às 15h52 com mais informação)

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Quase todos os partidos querem ouvir estes 15 nomes no inquérito ao Novo Banco

Deputados propuseram mais de 160 nomes para ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco, mas lista vai ser cortada drasticamente. Estas 15 personalidades reúnem maior consenso e deverão ser chamadas.

Os partidos propuseram uma lista interminável de personalidades a ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco. Porém, a lista de nomes terá de ser reduzida de forma drástica pelos deputados pois não haverá tempo para ouvi-los a todos. Há nomes menos consensuais que deverão ficar de fora. Mas há, pelo menos, 15 que foram pedidos por quatro ou mais partidos e que deverão constar a lista final de audições.

A mesa da comissão de inquérito presidida por Fernando Negrão reúne-se esta tarde, pelas 16h00. Há dois pontos na ordem dos trabalhos: organização dos trabalhos da comissão e outros assuntos. Os deputados deverão começar a definir a lista final de personalidades que vão ser ouvidas nas próximas semanas. “É preciso a bater muita pedra”, disse ao ECO o deputado do PSD Duarte Pacheco sobre a tarefa de chegar a um consenso sobre os nomes a ouvir pela comissão, depois de os partidos terem apresentado requerimentos para audições a mais de 160 responsáveis.

Tendo em conta a última comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, onde tiveram lugar 36 audições (em 13 semanas de trabalhos), a lista final de personalidades a ouvir no inquérito que visa apurar as perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução terá de ser encurtada significativamente. Assim, procura-se consenso.

Alguns dos nomes são bastantes consensuais e não deverão ser levantados problemas por nenhum dos deputados. Nomes como os do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, do ex-ministro das Finanças Mário Centeno e do presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, foram solicitados por todos os grupos parlamentares (PS, PSD, Bloco, PCP, CDS e PAN) e pelo deputado da Iniciativa Liberal.

Além desses, estes cinco nomes também foram indicados por seis partidos: Maria Luís Albuquerque (ex-ministra das Finanças de Passos Coelho), Luís Máximo dos Santos (presidente do Fundo de Resolução), Vítor Bento (CEO do BES aquando da resolução e primeiro presidente do Novo Banco), José Bracinha Vieira (comissão de acompanhamento do Novo Banco), Ricardo Mourinho Félix (ex-secretário de Estado Adjunto, Tesouro e Finanças).

O presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco, Byron Haynes também deverá ser chamado a depor, tendo sido um nome requerido por cinco partidos. Também o nome de José Rodrigues de Jesus, ex-presidente da comissão de acompanhamento, foi pedido por grupos parlamentares e deverá regressar ao Parlamento onde já deixou declarações polémicas no passado.

A pedido de quatro partidos, a comissão de inquérito ao Novo Banco também não deverá deixar de chamar o atual ministro das Finanças, João Leão, o ex-presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal João Costa Pinto, o secretário-geral Fundo de Resolução e diretor do Departamento de Resolução do Banco de Portugal, João Freitas, o administrador responsável pela área de Risco do Novo Banco, Rui Fontes, e a responsável da Alantra Portugal e ex-funcionária do BES Ana Rita Barosa.

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Portugal retira Andorra da lista de paraísos fiscais

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2021

A decisão do Governo português surgiu depois de ter recebido um pedido formal do Principado a solicitar a revisão do seu enquadramento na referida lista.

Andorra deixou, no início deste ano, de integrar a lista de países e territórios que Portugal classifica como paraísos fiscais, segundo indica uma portaria publicada em Diário da República no último dia de 2020.

A decisão do Governo português surgiu depois de ter recebido um pedido formal do Principado a solicitar a revisão do seu enquadramento na referida lista e de este ter sido objeto de parecer positivo por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) – entidade que, desde 2017, passou a ter de ser ouvida perante este tipo de alterações.

Para este desfecho contribuiu o facto Portugal e o Principado de Andorra terem celebrado um Acordo sobre Troca de Informações em Matéria Fiscal (ATI), em vigência desde dezembro de 2016, e uma Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal (CDT), em vigência desde abril de 2017.

Em resposta à Lusa sobre os motivos que levaram à retirada de Andorra daquela lista, fonte oficial do Ministério das Finanças referiu também “a adesão plena do Principado de Andorra ao Acordo Multilateral das Autoridades Competentes para a Troca Automática de Informações de Contas Financeiras, celebrado ao abrigo da Convenção relativa à Assistência Mútua em Matéria Fiscal da OCDE”, o qual permite o controlo da deslocação de patrimónios ou rendimentos que configure uma erosão da base tributária portuguesa.

A mesma fonte oficial indicou ainda que Andorra é membro do Fórum Global sobre Transparência e Troca de Informações para efeitos Fiscais “e que, de acordo com a avaliação realizada por esse organismo da OCDE, foi considerado ‘largely compliant’, não constando igualmente da lista da União Europeia de jurisdições não cooperantes em matéria fiscal, adotada pelo Conselho, na sua versão mais recente, em 06 de outubro de 2020”.

A taxa de IRC é em Andorra de 10%, sendo que o critério dos 60% previstos na Lei Geral Tributária aponta para uma taxa de 12,6%, tendo em conta a taxa de 21% em vigor em Portugal.

Com a saída de Andorra, passam a ser 80 os países, territórios e regiões que Portugal classifica como tendo regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, e relativamente aos quais são aplicadas em variadas movimentações financeiras taxas de impostos agravadas.

De acordo com a Lei Geral Tributária (LGT) cabe ao membro do Governo responsável pela área das finanças aprovar, por portaria, e após parecer prévio da Autoridade Tributária e Aduaneira, a lista dos países, territórios ou regiões com regime claramente mais favorável, tendo em conta os critérios que devem ser considerados na elaboração da lista.

Na portaria publicada em 31 de dezembro de 2020 e em que se procede à retirada de Andorra da lista, é referido que a mesma LGT prevê também que “os países, territórios ou regiões que constem da lista podem solicitar ao membro do Governo responsável pela área das finanças um pedido de revisão do respetivo enquadramento na lista, com base, nomeadamente, no não preenchimento dos critérios” que a lei elenca.

“Neste âmbito, o Governo do Principado de Andorra endereçou um pedido formal ao abrigo do n.º 3 do artigo 63.º- D da LGT para revisão do seu enquadramento na referida lista, o qual foi objeto de parecer positivo elaborado pela Autoridade Tributária e Aduaneira, considerando-se assim verificadas as condições para, nos termos legalmente estabelecidos, excluir o Principado de Andorra da lista dos países, territórios ou regiões com regime claramente mais favorável”, refere o diploma, que produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2021.

Além do IRC, a LGT indica que é considerado critério para a classificação como paraíso fiscal a existência de regimes especiais ou de benefícios fiscais, designadamente isenções, deduções ou créditos fiscais, mais favoráveis do que os estabelecidos na legislação nacional, dos quais resulte uma redução substancial da tributação ou quando as regras de determinação da matéria coletável sobre a qual incide o imposto sobre o rendimento “divirjam significativamente dos padrões internacionalmente aceites ou praticados, nomeadamente pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)”.

A existência, no país, território ou região de “legislação ou a prática administrativa que não permita o acesso e a troca efetiva de informações relevantes para efeitos fiscais, nomeadamente informações de natureza fiscal, contabilística, societária, bancária ou outras que identifiquem os respetivos sócios ou outras pessoas relevantes, os titulares de rendimentos, bens ou direitos e a realização de operações económicas” é outro dos critérios observados por Portugal na elaboração da lista de paraísos fiscais.

A legislação prevê um conjunto de normas anti-abuso e várias taxas de imposto agravadas (em sede de IMI, IMT ou IRS, por exemplo) para operações que envolvam entidades sedeadas em paraísos fiscais.

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Wall Street em queda ligeira e de olhos postos nas eleições na Geórgia

Principais índices de Nova Iorque cedem ligeiramente no arranque da segunda sessão de 2021, com investidores atentos à segunda volta das eleições no estado da Geórgia para o Senado.

Depois de um arranque de ano em falso, Wall Street abriu a segunda sessão do ano ligeiramente abaixo da linha de água, com os investidores atentos à segunda volta das eleições no estado da Geórgia para o Senado, que deverá determinar o equilíbrio de poderes em Washington.

Na primeira sessão de de 2021, os principais índices de Nova Iorque cederam mais de 1%. No início da sessão desta terça-feira, o S&P 500 cede ligeiros 0,03% e o tecnológico Nasdaq recua 0,15%. Em sentido contrário, o industrial Dow Jones soma 0,05%.

Embora um Congresso americano controlado pelos democratas possa permitir um maior pacote de estímulos para ajudar a economia fragilizada pela pandemia, também poderia dar maior margem para que o Presidente eleito Joe Biden promova um maior aperto na regulação das empresas e um aumento dos impostos, o que penalizaria alguns setores.

“Os investidores estão numa atitude de esperar para ver. Há muitas preocupações, não apenas nos EUA com as eleições mas também por causa das diferentes estirpes dos vírus que estão a ser reportadas em todo o mundo”, explica Sam Stovall, da CFRA, citado pela Reuters.

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Portugal com mais 90 mortos e 4.956 novos casos de Covid-19

Um total de 436.579 pessoas foram infetadas desde o início da pandemia, das quais 7.286 morreram. Desde 14 de dezembro que não morriam tantas pessoas em 24 horas com a doença.

Há mais 4.956 casos de infeção pelo novo coronavírus em território nacional, elevando para 436.579 o número total de pessoas infetadas. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde divulgado esta terça-feira dá também conta de 90 vítimas mortais nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia já faleceram 7.286 pessoas com a doença.

Desde que a pandemia apareceu no país, no início de março, já 349.110 pessoas recuperaram da doença provocada pelo SARS-Cov-2, 4.691 das quais nas últimas 24 horas. Atualmente contam-se 80.183 casos ativos, mais 175 do que esta segunda-feira. A maioria encontra-se a recuperar em casa, havendo 3.260 pessoas internadas (mais 89), das quais 512 encontram-se nos cuidados intensivo (mais duas).

De acordo com o boletim epidemiológico, 96.577 pessoas estão sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. São mais 1.828 que no dia anterior. De acordo com a diretora-geral de Saúde, há 170.000 pessoas em isolamento profilático ou por doença, que estão a ser acompanhadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Analisando o país, o Norte continua a liderar no número de novos casos (1.945), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (1.552), Centro (845), Alentejo (310), Algarve (193), Madeira (72) e Açores (39).

Foi também no Norte que se registou o maior número de mortes (33), de acordo com o boletim da DGS. Em Lisboa morreram 24 pessoas nas últimas 24 horas, no Centro 17, no Alentejo 14, no Algarve e na Madeira uma pessoa em cada. Apenas a região dos Açores não registou mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.

“Só sabemos que estivemos num pico quando começamos a descer”

Na conferência de imprensa desta terça-feira, Graça Freitas referiu ainda que já foram administradas 32.000 doses de vacina, mas sublinhou que isso não quer dizer que tenham sido vacinadas 32.000 pessoas, dado que são sempre necessárias duas doses da vacina.

“Ontem [esta segunda-feira] iniciou-se a vacinação nos lares de idosos. Vão ser vacinadas cerca de 150 instituições, abrangendo cerca de 11.000 pessoas”, disse a diretora-geral de Saúde, referindo que “obviamente” está a ser considerado o critério idade. Graças Freitas reiterou que os “objetivos da vacinação não são apenas evitar a mortalidade, mas também a doença e o sofrimento e a pressão sobre os serviços de saúde”.

Sobre as 90 mortes que ocorreram nas últimas 24 horas, a responsável reconheceu que “a mortalidade está elevada”, mas que “não acompanha em simultâneo as flutuações do número de casos”. E, voltando a sublinhar a importância da vacina, não deixou de alertar: “a vacina ainda não é 100% eficaz e não temos imunidade de grupo”.

Quando questionada pelos jornalistas se o país estava a atravessar um terceiro pico da pandemia, Graça Freitas afirmou não saber responder. “Costumo dizer que só sabemos que estivemos num pico quando começamos a descer. Enquanto não iniciarmos movimentos de descida não sabemos se estamos num pico“, explicou.

(Notícia atualizada às 15h45 com mais informação)

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Formação: regime sancionatório no setor dos seguros

  • Conteúdo Patrocinado
  • 5 Janeiro 2021

A B.Law, em parceria com o ECO, promovem no próximo dia 13 de janeiro uma formação online sobre o regime das contraordenações no setor dos seguros. Inscreva-se já!

Esta formação vai-lhe permitir aprofundar o regime sancionatório aplicável no setor dos seguros, dando-lhe as ferramentas necessárias para mitigar os riscos subjacentes. Ademais, será ainda abordado o crime de burla, branqueamento de capitais e fraude no setor.

Patrícia Assunção Soares, Legal Counsel na Una Seguros e doutoranda em direito na Nova School of Law, será a formadora responsável pela sessão.

Programa

  1. Enquadramento do setor segurador em contexto da pandemia COVID-19;
  2. Abordagem geral do regime sancionatório nos seguros;
  3. Regime Jurídico de Acesso e Exercício da Atividade Seguradora e Resseguradora (Lei n.º 147/2015, 09 de setembro): regime contraordenacional e aspetos processuais;
  4. Competências da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões;
  5. O crime de burla relativa a seguros;
  6. O branqueamento de capitais nos seguros;
  7. Fraude no setor segurador;
  8. Debate e questões.

Quando?

13 de janeiro, das 14:00 às 17:00, via Zoom.

Preço

100€

Faça aqui a sua inscrição na formação Regime Sancionatório no setor dos Seguros.

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Renováveis abastecem 59% do consumo nacional de eletricidade em 2020

  • Lusa e ECO
  • 5 Janeiro 2021

Consumo de eletricidade atingiu em 2020 o valor mais baixo desde 2005, para 48.800 GWh, uma queda de 3,1% face a 2019 ou de 3,7% considerando correções de temperatura e dias úteis.

Mais de metade (59%) da energia elétrica consumida em 2020 resultou de produção renovável, com destaque para a hidroelétrica e eólica, ambas com cerca de 25%, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

Em comunicado, a REN, empresa responsável pela gestão global dos sistemas nacionais elétrico e de gás natural, acrescenta que a biomassa esteve na origem de 7% da energia elétrica consumida no ano passado e a produção fotovoltaica representou 2,6%.

Os dados da REN apontam ainda que, em 2020, a produção não renovável abasteceu 38% do consumo elétrico, fundamentalmente com gás natural, representando o carvão cerca de 4% do consumo.

Já o saldo de trocas com o estrangeiro forneceu os restantes 3% do consumo nacional.

Segundo a REN, no final de 2020 o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,97 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,94 (média histórica igual a 1).

Consumo de eletricidade atingiu valor mais baixo desde 2005

O consumo de eletricidade atingiu em 2020 o valor mais baixo desde 2005, para 48.800 GWh, uma queda de 3,1% face a 2019 ou de 3,7% considerando correções de temperatura e dias úteis.

No mesmo comunicado, a REN precisa que, em dezembro, o consumo de energia apresentou, contudo, uma tendência positiva, com uma variação homóloga de 1,4%, numa variação “influenciada pelas temperaturas mais baixas que se fizeram sentir este ano [de 2020]”. Segundo a REN, no mês de dezembro o índice de produtibilidade hidroelétrica “manteve-se próximo do regime médio”, registando 0,95 (média histórica igual a 1).

Já na produção eólica “as condições foram mais favoráveis”, com o índice respetivo a registar 1,15 (média histórica igual a 1). No último mês do ano, a produção renovável abasteceu 72% do consumo, enquanto a não renovável foi responsável pelo abastecimento de 26% e o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 2%.

No que se refere ao mercado de gás natural, registou em dezembro uma queda homóloga de 4,3%, com o segmento convencional a crescer 0,3% e o segmento de produção de energia elétrica a recuar 16%.

Em 2020, o consumo de gás natural totalizou cerca de 66.900 GWh (Gigawatt-hora), uma variação negativa de 1,6% face ao ano anterior, tendo o segmento convencional registado uma quebra de 4,5% e o segmento de produção de energia elétrica crescido 3,8%.

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Supremo recusa ação de Ventura para obrigar Ferro a decidir sobre suspensão de mandato

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2021

Ventura pretende suspender o mandato de deputado para se dedicar à campanha eleitoral para Presidente da República, o que a comissão parlamentar da transparência recusou numa primeira apreciação.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) recusou a ação interposta pelo líder do Chega, André Ventura, para obrigar o presidente da Assembleia da República a decidir sobre a suspensão do seu mandato de deputado.

Ventura pretende suspender o mandato de deputado para se dedicar à campanha eleitoral para Presidente da República, o que a comissão parlamentar da transparência recusou numa primeira apreciação.

“Em face do exposto, nos termos do número 1 do artigo 110.º do CPTA, e ao abrigo dos poderes conferidos pelas alíneas f) e i) do número 1 do artigo 27.º do mesmo código, decide-se não admitir os pedidos formulados no requerimento inicial e rejeitar liminarmente a presente ação, com as consequências legais”, lê-se no despacho a que a agência Lusa teve acesso.

Segundo o documento, “mesmo admitindo que os direitos, liberdades e garantias de participação política do requerente possam estar em perigo – e a questão suscitada não é, em si mesma, impertinente – o STA não é uma instância de controlo jurídico-político dos atos do Governo ou do Parlamento”.

“Assim, e sem necessidade de mais considerações, considera-se que este STA é absolutamente incompetente para conhecer dos pedidos que o requerente formula na presente ação de intimação”, sentenciou o juiz Cláudio Monteiro.

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Nova SBE desafia startups portuguesas a apoiar turismo com o programa “Check-in”

A Nova SBE quer encontrar soluções nas áreas da digitalização, saúde e higiene e sustentabilidade, para ajudar as empresas do setor turístico a ultrapassar a crise causada pela pandemia.

A Nova SBE lançou o programa Check In – Tourism Innovation on Campus, através do Entrepreneurship Hub e do Westmont Institute of Hospitality e com o patrocínio do Turismo de Portugal, para colocar as melhores soluções desenvolvidas por startups nacionais e internacionais ao dispor das PME do setor do turismo e ajudá-las a ultrapassar a crise. Na primeira edição, o programa quer encontrar as melhores soluções nas áreas da digitalização e contactless, saúde e higiene e sustentabilidade. Serão selecionadas 20 startups finalistas e o demo day para apresentação dos projetos está marcado para junho.

“O turismo tem sido dos setores mais afetados pela crise pandémica, enfrentando hoje e no futuro grandes desafios que exigem respostas urgentes para descobrir novos caminhos de atratividade, sustentabilidade e experiências seguras. Desta forma, a inovação e a tecnologia tomam um papel principal na reconstrução, e preparação do setor para aquela que se prevê ser uma nova forma de viajar, mais responsável, mais sustentável e mais digital, respondendo às necessidades de turistas mais conscientes e mais exigentes não só nas experiências, mas também na saúde e segurança”, refere a Nova SBE em comunicado.

O programa conta com a participação de 14 parceiros PMEs e institucionais representativos da hotelaria, alojamento local, animação turística e agências de viagens, entre eles a Amazing Evolution, APECATE, Boost, Campigir, Cosmos Active, FeelsLikeHome, Go4Travel, GuestCentric, HotelShop, Nonius Hospitality Technlogy, Osiris, Portugal Trails, Selina Hotels e TravelStore.

O processo de seleção das startups mais inovadoras já arrancou e vai decorrer ao longo de três meses. Os projetos interessados podem inscrever-se no site oficial e as candidaturas estão abertas até 23 de janeiro.

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União Europeia quer mais 300 milhões de doses de vacina da Pfizer/BioNTech

  • ECO
  • 5 Janeiro 2021

Com os 300 milhões, União Europeia duplicava o valor acordado inicialmente, ficando com um total de 600 milhões de doses.

A União Europeia (UE) está a negociar mais 300 milhões de doses de vacina com a Pfizer/BioNTech, o que duplicaria o valor atual, avança a Bloomberg esta terça-feira.

Há menos de uma semana o executivo europeu aumentou a sua encomenda original de 200 para 300 milhões. Na segunda-feira, já o porta-voz de Saúde da Comissão Europeia, Stefan De Keersmaecker, tinha referido que o contrato estava a ser analisado para ver se seria possível aumentar o número de doses na Europa.

O contrato, agora em cima da mesa, inclui mais 100 milhões de doses, com opção de compra de mais 200 milhões, indicou uma fonte não identificada à agência noticiosa. A ser concretizado, o novo contrato aumentaria o número total de doses da UE para 600 milhões. Stefan De Keersmaecker não confirmou o novo número de doses referidas.

“Estamos em conversações sobre se e como podemos fornecer mais doses de vacinas da Europa para a Europa ainda este ano”, disse o diretor executivo da BioNTech, Ugur Sahin, por e-mail à Bloomberg, sem referir quantidades. Da parte da Pfizer não houve qualquer resposta.

Os estados-membros da UE enfrentam um lento ritmo de chegada de vacinas, como por exemplo a da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, que apesar de ter sido aprovada no Reino Unido, a Agência Europeia do Medicamento disse precisar de mais informações.

Os países têm pressionado a UE a assegurar mais doses numa altura em que os mortos e os casos não cessam e a nova estirpe surgiu no Reino Unido. Certo que a UE já assinou sete acordos com diversas farmacêuticas, mas ainda só a vacina da Pfizer foi aprovada pelo regulador europeu. A vacina da Moderna aguarda aprovação em breve.

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Depósitos atingem recorde de 160 mil milhões de euros antes do Natal

A pandemia trouxe uma nova dinâmica no comportamento financeiro dos portugueses. Com as medidas de restrição a travarem o consumo, 2020 trouxe um reforço das poupanças para níveis históricos.

A pandemia levou as famílias a “engordarem” as poupanças nos bancos, uma tendência que foi reforçada em novembro. No mês em muitos trabalhadores receberam já o subsídio de Natal, o montante em depósitos nos bancos, de clientes particulares em Portugal, manteve-se acima dos 160 mil milhões de euros.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 160,2 mil milhões de euros no final de novembro”, diz o Banco de Portugal (BdP), num comunicado divulgado esta terça-feira. Em relação ao mês anterior, representa um aumento de 1,6 mil milhões de euros (ou 1%). Já face ao mesmo período do ano passado, a taxa de variação anual foi de 7,3%, não apresentando alterações face ao ritmo de crescimento em outubro.

A pandemia trouxe uma nova dinâmica no comportamento financeiro dos portugueses. Com as medidas de restrição a travarem o consumo, 2020 trouxe um reforço das poupanças para níveis históricos. O anterior máximo histórico (que é agora batido) tinha sido registado também este ano, em julho, quando o dinheiro depositado nos bancos atingiu os 159,2 mil milhões. Em agosto, com as férias, o valor caiu, mas retomou a tendência de subida logo em setembro, que manteve nos dois meses seguintes.

Dinheiro nos bancos aumenta há três meses

Fonte: Banco de Portugal

Empréstimos em máximos de 2015

Além dos depósitos também os empréstimos a famílias e empresas aumentaram. “Em novembro de 2020, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 8,7%, mais 0,5 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às pequenas e às médias empresas, cujas tva aumentaram 1,6 pp e 0,7 pp, para 13,5% e 5,9%, respetivamente”, explica o BdP.

Já o crescimento dos empréstimos a particulares para habitação foi de 2%, “refletindo um aumento de 0,2 pp face a outubro”. A exceção foi o crédito ao consumo, que recuou 0,3 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para uma taxa de variação anual de 2%.

O total de empréstimos às famílias atingiu assim o valor mais alto desde setembro de 2015. O stock dos empréstimos concedidos pelos bancos aos particulares ascendia no final de novembro de 2020 a 120.415,5 milhões de euros, mais 374 milhões de euros que no mês anterior. A maior parte — 94.749,7 milhões de euros — diz respeito a crédito à habitação, enquanto 19.059 milhões de euros são para consumo e outros fins representam 6.606,8 milhões de euros.

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