EDP espera que contribuição extraordinária do setor baixe nos próximos anos

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

"Sempre dissemos que a CESE devia ser uma coisa extraordinária, como o próprio nome indica", disse o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade.

A EDP espera que a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), incluída na proposta do Orçamento de Estado de 2022, venha a baixar “nos próximos anos”, afirmou o presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade.

“Sempre dissemos que a CESE devia ser uma coisa extraordinária, como o próprio nome indica”, disse à Lusa, à margem da inauguração do centro de operações e manutenção do parque eólico Moray East, no norte da Escócia.

O dirigente da empresa lembrou que foi referido ao longo dos últimos dois anos, que a taxa deveria evoluir em linha com a dívida do sistema, que tem estado a descer. “A nossa expectativa seria que [a CESE] venha a baixar ao longo dos próximos anos, como estava previsto”, vincou.

A proposta de Orçamento do Estado entregue pelo Governo mantém a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), em aplicação desde 2014, mantém-se em vigor em 2022.

Aquela taxa extraordinária que incide sobre os ativos das empresas entrou em vigor em 2014 e tem sido mantida desde então, apesar da contestação das empresas do setor. O Governo prevê arrecadar com a medida 125 milhões de euros em 2022, o mesmo valor previsto no orçamento anterior.

No orçamento para 2021, o executivo admitia uma alteração ao regime da CESE, “quer por via da alteração das regras de incidência, quer por via da redução das respetivas taxas, atendendo ao contexto de redução sustentada da dívida tarifária do Sistema Elétrico Nacional e da concretização de formas alternativas de financiamento de políticas sociais e ambientais do setor energético”.

De acordo com o documento de 2021, o objetivo era “estabilizar o quadro legal desta contribuição e reduzir o contencioso em torno da mesma”.

A intenção de avaliar as regras de comparticipação extraordinária das energéticas já tinha sido expressa no Orçamento do Estado de 2020, depois de ouvidas a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ESRE) e a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Medidas para atenuar preços da eletricidade “positivas”

O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, considera também que as medidas tomadas pelo Governo para atenuar a subida dos preços da energia como “positivas”, ao contrário daquelas tomadas por outros países.

“Estamos a viver um ambiente do ponto de vista energético bastante volátil, mas acho que as medidas foram positivas porque permitiram mitigar o impacto nas famílias portuguesas, e isso é no interesse de todos”, disse.

O dirigente da EDP elogiou o Governo por ter seguido as recomendações da União Europeia, mas sem se alinhar com soluções adotadas por outros países. “Não concordamos com as medidas que foram tomadas noutros países. Neste caso, acho que as coisas foram bem feitas”, defendeu.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou em setembro um conjunto de medidas para atenuar a subida do preço da eletricidade junto dos consumidores, como a eliminação do sobrecusto da Produção em Regime Especial Renovável (PRE), que passará a ser um sobreganho, num valor que ascende a 250 milhões de euros, e a eliminação do sobrecusto com o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) da central termoelétrica a carvão do Pego, gerando uma poupança anual de 100 milhões de euros.

Adicionalmente, a revogação do mecanismo de interruptibilidade gera uma poupança anual de 100 milhões de euros e a consignação das receitas decorrentes da venda de licenças de dióxido de carbono (CO2), no valor estimado de 270 milhões, resulta numa receita adicional de 120 milhões, face à receita inicialmente orçamentada no Fundo Ambiental, de 150 milhões de euros.

Por fim, há ainda a “almofada” da consignação das receitas decorrentes da contribuição extraordinária sobre o setor energético, no valor estimado de 110 milhões de euros, ascendendo o montante total a 680 milhões, o que garante uma redução das tarifas de acesso às redes de 13%.

A escalada dos preços que afeta grande parte da Europa deve-se, entre outros fatores, ao aumento do custo do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais elétricas de ciclo combinado para a produção de eletricidade.

O presidente executivo da EDP considera que a atual conjuntura é mais uma razão para apostar mais nas energias renováveis, porque “têm um custo previsível” e podem ser desenvolvidas na Europa, seja como energia eólica ou solar, ajudando a baixar o custo global das energias”.

A crise energética já fez duas baixas em Portugal: a HEN foi a primeira a fechar operação, passando os seus cerca de 3.900 clientes para o mercado regulado, seguindo-se empresa Energia Simples, que enviou 5.300 clientes para o comercializador de último recurso, a EDP.

No entanto, Stilwell d’Andrade não vê esta situação como vantajosa para ganhar mais clientes e mercado.

“A EDP trabalha em 22 países. Queremos ambientes competitivos, de concorrência sã, saudável. Estamos a pensar no médio e longo-prazo. Pode haver sempre empresas que aparecem e desaparecem, e isso faz parte do mercado, mas não somos nem beneficiados nem prejudicados”, afirmou.

Parque eólico da EDP na Escócia avança “a tempo e horas”

O parque eólico ‘offshore’ Moray East, um dos maiores investimentos da EDP no Reino Unido, está a avançar “a tempo e horas” para estar completo este ano, apesar da pandemia covid-19, afirmou esta quinta-feira o presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade.

O projeto começou a produzir energia em junho e hoje foi inaugurado o centro de operações e manutenção, no porto de Fraserburgh, norte da Escócia, estando previsto que entre em pleno funcionamento no final do ano, como estava planeado. Moray East, que começou a ser construído em 2018, terá 100 turbinas eólicas com uma capacidade instalada de 950 megawatts (MW).

“O facto de termos conseguido entregar o projeto a tempo e horas, apesar da pandemia, deve-se muito ao esforço das equipas”, afirmou o responsável à Agência Lusa, elogiando o “trabalho fantástico” porque, “em condições muito difíceis, entregaram a tempo um projeto muito complexo”. “A cadeia de valor não quebrou, houve vários percalços pelo caminho, mas no final do dia foram capazes de encontrar soluções e dar a volta às situações”, afirmou.

O centro de operações será responsável pela gestão diária do parque eólico ‘offshore’ (no mar), nomeadamente pelo controlo da embarcação ‘Alba’, que passa períodos de duas semanas em alto mar com uma tripulação para executar trabalhos de manutenção da infraestrutura.

A infraestrutura vai criar cerca de 100 postos de trabalho locais e na inauguração esteve o ministro da Energia escocês, Michael Matheson, que reiterou o objetivo de a Escócia atingir a neutralidade carbónica em 2045, cinco anos do total do Reino Unido. “Tal como estivemos no centro da Revolução Industrial, queremos também estar na frente da Revolução Verde“, afirmou o governante escocês.

O parque eólico situa-se no estuário de Moray, no Mar do Norte, a 22 quilómetros da costa, cuja área de exploração foi dividida em duas parcelas. A secção Este começou a ser construída primeiro por questões técnicas, em 2018. Vai produzir eletricidade para responder às necessidades energéticas de 40% da população escocesa, poupando ao mesmo tempo 1,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), comparando com a geração de eletricidade a partir de gás natural.

O contrato de fornecimento fechado em 2017 com o Governo britânico é válido por 15 anos e pressupõe uma tarifa de 57,5 libras (68 euros) por megawatt/hora, menos de metade do custo oferecido por outros parques eólicos no Reino Unido, em geral acima das 140 libras por megawatt/hora. A secção Oeste, designada por Moray West, encontra-se em construção e vai ter uma capacidade instalada de 850 MW.

O projeto está a ser desenvolvido pela Moray Offshore Windfarm East Ltd (MOWEL), controlada pela Ocean Winds (56,6%), uma ‘joint venture’ detida a 50/50 pela EDP Renováveis e pelo grupo energético francês Engie. No capital da MOWEL estão também a Diamond Green Limited (33,4%), uma subsidiária da japonesa Mitsubishi Corp, e grupo estatal chinês China Three Gorges (CTG) detém os restantes 10%.

Segundo a EDP, a Ocean Winds já investiu 3,1 mil milhões de euros nestes dois projetos e planeia injetar mais 2,6 mil milhões de euros em Moray West ao longo dos próximos três a quatro anos. A EDP Renováveis é uma subsidiária da elétrica portuguesa EDP – Energias de Portugal, da qual a CTG é a maior acionista, com uma participação de 19,03%.

(Notícia atualizada às 18h21 com mais informação)

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Governo pode demitir administração da Anacom, como exigiu Paulo Rangel? Pode, mas…

Depois de António Costa ter atacado a Anacom no Parlamento, Paulo Rangel exigiu que o Governo tire consequências dessas declarações. E os ministros até podem demitir o regulador. Só que não é fácil.

Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, exigiu que António Costa seja consequente e demita o Conselho de Administração da Anacom, depois de o primeiro-ministro ter dado um puxão de orelhas ao regulador no Parlamento, acusando-o de ser responsável pelo atraso “enorme” no lançamento do 5G em Portugal. Mas pode um Governo demitir a administração da Anacom? Poder, até pode. Só que não é fácil.

“Penso que agora não há outra hipótese, julgo eu, especialmente depois do que [o primeiro-ministro] disse. Se ontem [quarta-feira] praticamente atacou e responsabilizou exclusivamente o Conselho de Administração da Anacom por tudo o que se passou (…) e mudou 180 graus de posição, então que tire consequências disso”, sugeriu Paulo Rangel.

É comum afirmar-se que os administradores de uma entidade reguladora são figuras inamovíveis, de forma a promover a independência dos reguladores face às vontades dos governos. Nos termos da lei, “a Anacom é orgânica, funcional e tecnicamente independente no exercício das suas funções e não se encontra sujeita a superintendência ou tutela governamental no âmbito desse exercício”.

Mas estão previstas exceções. Aliás, nos estatutos da Anacom, publicados no decreto-lei n.º 39/2017 de 16 de março, existe todo um artigo que versa sobre a possibilidade de o Governo demitir o conselho de administração da Anacom.

Como demitir a administração da Anacom?

Para esse efeito, se António Costa entender que a administração liderada por João Cadete de Matos deve mesmo ser demitida, o procedimento deve começar numa reunião do Conselho de Ministros.

“O conselho de administração só pode ser dissolvido e a destituição de qualquer dos seus membros só pode ocorrer por resolução do Conselho de Ministros fundamentada em motivo justificado”, dita a lei.

E que motivo pode ser esse? “Existe motivo justificado sempre que se verifique falta grave, responsabilidade individual ou coletiva, apurada em inquérito por entidade independente do Governo, e procedendo audição da comissão parlamentar competente”, a Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, lê-se no diploma.

Os três casos previstos na lei que poderiam levar à demissão do presidente da Anacom ou de todo o conselho são os seguintes:

  1. “Desrespeito grave ou reiterado das normas legais e dos presentes estatutos, designadamente o não cumprimento das obrigações de transparência e informação no que respeita à atividade da entidade reguladora, bem como dos regulamentos e orientações da Anacom”;
  2. “Incumprimento do dever de exercício de funções” — por exemplo, se existirem incompatibilidades como deter ações de uma empresa regulada pela Anacom — “ou violação grave e reiterada” do dever de reserva;
  3. “Incumprimento substancial e injustificado do plano de atividades ou do orçamento da Anacom.”

Desta forma, se o Governo quiser demitir a liderança da Anacom, depois das críticas que o primeiro-ministro fez na quarta-feira, António Costa e os restantes ministros teriam de provar, por exemplo, que Portugal está a incorrer numa grave perda por ainda não ter a quinta geração. Essa conclusão teria de ser subscrita por uma entidade independente, após uma investigação aprofundada. Ou seja, não bastaria dizer que sim: é preciso fundamentar.

E o que disse o primeiro-ministro em concreto? “Estamos todos de acordo: o modelo de leilão que a Anacom inventou é, obviamente, o pior modelo de leilão possível, nunca mais termina e está a provocar um atraso imenso no desenvolvimento do 5G em Portugal”, acusou António Costa. O primeiro-ministro teria, por isso, de detalhar as consequências concretas desse atraso para o país.

Na intervenção, o chefe do Governo foi ainda mais longe, criticando o atual modelo de regulação do setor das comunicações: “Quem construiu essa doutrina absolutamente extraordinária de que é preciso limitar os poderes dos governos para dar poder às entidades reguladoras, deve bem refletir sobre este exemplo do leilão do 5G, para ver se é este o bom modelo de governação económica do futuro.”

Face à posição assumida por Costa no Parlamento, também a operadora Nos aproveitou a deixa e veio pedir a demissão “imediata” do presidente da Anacom, João Cadete de Matos. Já o que pensa a Anacom de tudo isto? Não se sabe. Na quarta-feira, o ECO instou fonte oficial da Anacom a comentar, mas ainda não obteve resposta.

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Tranquilidade patrocina Natação até 2022

  • ECO Seguros
  • 21 Outubro 2021

A seguradora é patrocinadora oficial da Federação Portuguesa de Natação para a época 2021/22. Parceria assegura presença da marca nas provas nacionais, vertentes competitiva, organizativa e formativa.

A Tranquilidade, marca do grupo Generali, é a patrocinadora oficial da Federação Portuguesa de Natação (FPN) na época de 2021/22, uma iniciativa que terá o nome da marca nas provas nacionais nas vertentes competitiva, organizativa e de formação.

Decorrendo de norte a sul de Portugal, as provas têm início já este mês e envolvem aproximadamente 6.500 nadadores nas diversas categorias e escalões de Natação Pura, Águas Abertas, Polo Aquático, Natação Adaptada, Masters e Natação Artística.

Para a seguradora, o patrocínio representa mais uma aposta estratégica no desporto e, segundo Maria João Silva, diretora de marketing da Tranquilidade, “esta parceria insere-se na nossa estratégia de apoio ao desporto, sendo relevante tanto para a marca, como para o desenvolvimento da natação portuguesa e sustentabilidade da atividade, que serão certamente consolidados com esta parceria”.

A FPN, entidade que coordena e certifica as atividades ligadas à prática da Natação, tem atualmente mais de 100 mil praticantes filiados, distribuídos pelos vários escalões das diversas vertentes da modalidade.

O desenvolvimento da modalidade em Portugal, tanto no número de filiados, como nos resultados obtidos pelos nadadores nas grandes competições internacionais, nomeadamente na última edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos colocam a FPN como uma das principais organizações desportivas em Portugal.

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Há mais oito mortes e 865 casos de Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Outubro 2021

Os 865 novos casos das últimas 24 horas fazem elevar o total de infetados desde o início da pandemia para 1.082.721. Os casos ativos continuam a subir, para 30.561, mais 193 que no balanço anterior.

A Direção-Geral da Saúde identificou 865 novos casos de Covid-19, num total de 1.082.721 pessoas infetadas desde o início da pandemia. O boletim diário desta quinta-feira revela ainda mais oito mortes nas últimas 24 horas, num total de 18.117 óbitos desde o início da crise sanitária.

288 doentes necessitam de cuidados hospitalares, mais dois em relação ao anterior balanço, mantendo-se 58 infetados internados em unidades de cuidados intensivos.

Os casos ativos continuam a subir, registando-se mais 193 nas últimas 24 horas. Atualmente, o número de infetados com Covid-19 é de 30.561 pessoas.

No seguimento do que se tem observado, a maioria das novas infeções registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Foram identificados 334 novos casos nesta região, o que representa quase 39% do total nacional.

Boletim epidemiológico de 21 de outubro de 2021:

Depois de LVT, foi a zona Norte a registar o maior número de novos casos das últimas 24 horas, com mais 224 infetados. Seguem-se a região Centro (152 novos casos), Algarve (65 novos casos) e o Alentejo (35 novos casos). Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira foram confirmadas, respetivamente, 33 e 22 novas infeções.

Os oito óbitos registaram-se apenas em Portugal continental: três na região Centro, dois em LVT, um no Norte, um no Alentejo e um no Algarve.

Os valores do risco de transmissibilidade (Rt) e da incidência foram atualizados pela última vez no boletim de quarta-feira. O Rt, que indica quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,02 quer a nível nacional, quer no continente. A incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) está em 84,4 casos por 100 mil habitantes no território nacional e em 84,8 por 100 mil habitantes no continente. Desta forma, Portugal encontra-se na “zona amarela” da matriz de risco do Governo.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h10)

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“Whistleblower” do Facebook e Black Lives Matter no arranque da Web Summit

De 1 a 4 de novembro, espera-se a chegada de 40 mil participantes ao Parque das Nações para mais uma edição da Web Summit em Lisboa, novamente presencial, depois das restrições da pandemia.

É o nome que tem marcado a discussão em torno do papel das redes sociais e vai marcar o arranque da Web Summit: Frances Haugen, a whistleblower do Facebook, vai estar presente na Altice Arena no dia 1 de novembro, para a cerimónia de inauguração da cimeira tecnológica deste ano. De 1 a 4 de novembro, espera-se a chegada de 40 mil participantes ao Parque das Nações.

Na primeira Web Summit de Carlos Moedas como presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o foco da cimeira tecnológica assenta em temas com impacto social. Além de Frances Haugen, os participantes da cimeira vão ouvir também Ayọ (fka Opal) Tometi, cofundadora do movimento Black Lives Matter, que ganhou visibilidade mundial após a morte de George Floyd nos EUA.

Pedro Siza Vieira, o ministro da Economia, irá igualmente participar na cerimónia de abertura, que conta, como é habitual, com Paddy Cosgrove, o fundador da cimeira mundial.

Os nomes que dão o pontapé de saída à cimeira são conhecidos no mesmo dia em que Marcelo Rebelo de Sousa recebe as 75 startups que vão participar no Road 2 Web Summit.

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Juiz diz que Alzheimer não afeta capacidade de defesa de Salgado

Alegações finais de Salgado estão paradas até marcação da data para ouvir Jean-Luc Schneider sobre a possibilidade de prestação de depoimento por videoconferência. Alzheimer não foi aceite.

O juiz não aceitou o pedido da defesa de Ricardo Salgado para suspender o julgamento, atendendo ao relatório médico que concluía por um diagnóstico de Alzheimer que os advogados apresentaram no dia 12 de outubro ao tribunal. E admitem que esta doença não é razão suficiente para que “as capacidades de defesa do arguido estejam limitadas de tal forma que o impeçam de se defender de forma plena. Não parece decorrer do teor do atestado médico que o arguido esteja mental ou fisicamente ausente”, explica o despacho do juiz Francisco Henriques, a que o ECO teve acesso.

“A deficiência cognitiva, ou seja, a capacidade de reproduzir memórias, não é de todo impeditiva do exercício do direito de apresentar pessoalmente em julgamento a versão dos factos passados”, argumenta o juiz.

Para esta sexta-feira estavam marcadas as alegações finais mas que acabaram adiadas até ser marcado o testemunho de Jean-Luc Schneider por videoconferência. “Haverá que aguardar pela data designada para continuação da audiência de julgamento e, simultaneamente, averiguar da existência no Tribunal de possibilidades técnicas de realizar uma videoconferência para a Suíça”, lê-se no despacho.

Na passada semana, a defesa de Ricardo Salgado enviou um relatório médico ao tribunal que confirma os “sintomas de declínio cognitivo progressivo”, segundo o médico neurologista Joaquim Ferreira, que assume ainda que “após toda a investigação realizada, podemos agora concluir pelo diagnóstico de doença de Alzheimer”, segundo o relatório do médico. Um diagnóstico que se tem vindo a agravar nos últimos três meses e que o médico considera irreversível. Porém, o juiz não rejeita este relatório como meio de prova: “os atestados médicos constituem meios de prova e como tal devem ser valorados pelo Tribunal”, tal como não põe em causa a qualificação da doença de Alzheimer como uma doença neurológica. “Trata-se de matéria factual”, diz o tribunal.

O médico que seguiu o ex-presidente do Grupo Espírito Santo sustenta ainda que “Ricardo Salgado tem apresentado um agravamento progressivo das limitações cognitivas e motoras descritas” desde julho de 2021 e que “o quadro clínico de defeito cognitivo que apresenta atualmente, nomeadamente o defeito de memória, limita a sua capacidade para prestar declarações em pleno uso das suas faculdades cognitivas”. E, por isso, pediram a suspensão ou arquivamento determinados pelo tribunal. Caso não seja possível, os advogados do ex-presidente do GES defendem que “no limite, a execução de qualquer pena de prisão que viesse, eventualmente, a ser determinada (…) teria de ser imediatamente suspensa” perante o diagnóstico de doença de Alzheimer.

Mas os argumentos — mesmo os médicos — não convenceram o juiz Francisco Henriques que defendeu, no despacho desta quinta-feira, que “a degradação das faculdades cognitivas são consequência natural da longevidade humana. Em regra, o ser humano na faixa etária do arguido sofre de natural decréscimo das capacidades cognitivas”.

Por outro lado, o tribunal considera que a prestação de depoimento ou de declarações em Tribunal não constitui uma atividade “similar à prestação de provas académicas. Não é isso que se exige a um arguido, assistente, demandante ou testemunha. A prestação de declarações ou de depoimento constituem os meios de prova avaliados mais falíveis, precisamente devido à variável humana e à imprecisão da formação de memórias”.

O magistrado vai ainda mais longe ao assumir que “a limitação cognitiva do arguido não é algo que lhe seja coercivamente imposto, mas, apenas, uma limitação da natureza do ser humano, potenciado por uma doença neurológica degenerativa. Ou seja, não é o Tribunal que impõe qualquer limite ao direito de defesa do arguido, é o próprio arguido que autolimita as suas capacidades de defesa ao optar por não prestar declarações em Tribunal”.

Em julho, a defesa de Ricardo Salgado tinha pedido uma perícia médica à saúde mental do ex-banqueiro mas o tribunal recusou o pedido. Os advogados de Salgado alegaram logo na altura que os exames já realizados apontavam para “um quadro clínico de demência, nomeadamente doença de Alzheimer”. Mas o coletivo de juízes que está a julgar o ex-banqueiro, no processo separado da Operação Marquês, considerou que a perícia médico-legal pedida é desproporcional e que bastaria um atestado médico.

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PCP questiona se vale a pena viabilizar Orçamento na especialidade e diz que faltam sinais

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

À falta de um “ponto de partida”, o PCP respondeu com o anúncio de um voto contra a proposta de OE2022 que foi apresentada, justificou o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira.

O líder parlamentar comunista sustentou esta quinta-feira que “não serve de nada” viabilizar a discussão na especialidade de uma proposta orçamental que “não responde aos problemas do país” e indicou que faltam “sinais” quanto às pensões e salários.

“A questão que se coloca é saber se vale a pena abrir a fase de especialidade”, disse à agência Lusa João Oliveira, questionado sobre a possibilidade de viabilizar na generalidade a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e prosseguir com as alterações ao documento na especialidade.

João Oliveira apontou ao Governo uma mudança de comportamento nas negociações do Orçamento do Estado para 2022, que começaram em julho, face às discussões nos anos anteriores e disse que desta vez o PCP foi confrontado “com os nãos todos”.

Nos orçamentos dialogados anteriormente entre o Governo e o PCP, disse, poderia não haver um entendimento total até à discussão na generalidade, mas havia um compromisso de “arrumar” os assuntos na especialidade.

Este ano, no que respeita ao OE2022, João Oliveira disse que o partido foi confrontado com os “nãos todos” previamente, o que levou, nas últimas semanas, os comunistas a declararem que houve sempre uma “resistência” e uma “recusa” por parte do executivo socialista.

À falta de um “ponto de partida”, justificou, o PCP respondeu com o anúncio de um voto contra a proposta de OE2022 que foi apresentada.

Interpelado sobre o que seria necessário para viabilizar a proposta orçamental, o membro do Comité Central comunista disse que são precisos “sinais” de que o Governo está interessado em “melhorar as condições de vida dos portugueses”, por exemplo, através do aumento das pensões e dos salários.

João Oliveira referiu a discussão sobre as pensões para exemplificar o que aponta como uma resistência ‘a priori’ por parte do Governo PS: O PCP apresentou a necessidade de encontrar uma solução para as pensões de 658 euros, mas o executivo respondeu que já havia um aumento de 220 milhões da despesa com as pensões e que não podia ir mais longe, disse.

Em relação às pensões, o PCP tem defendido uma valorização geral e não apenas das mais baixas.

O líder parlamentar do PCP questionou para que serve viabilizar a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano “se tudo o resto fica pelo caminho”, e que como está, “sem resposta” a problemas que se avolumam a cada dia, “não serve de nada”.

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Tancos: Julgamento vai ser reaberto para ouvir arguidos após alterações não substanciais

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

O julgamento de Tancos vai ser reaberto para tomada de declarações dos arguidos que o requereram na sequência da comunicação da alteração não substancial de factos de que vinham pronunciados.

O julgamento do processo do furto e recuperação das armas do paiol de Tancos vai ser reaberto para tomada de declarações dos arguidos que o requereram na sequência da comunicação da alteração não substancial de factos de que vinham pronunciados.

Num despacho proferido na passada segunda-feira, consultado pela Lusa, o coletivo de juízes determinou que o julgamento, iniciado em 2 de novembro de 2020 no Tribunal Judicial de Santarém, seja reaberto para a tomada de declarações complementares dos arguidos que o requereram, na sequência da comunicação, no passado dia 6, da alteração não substancial de factos descritos no despacho de pronúncia.

Com esta decisão, fica sem efeito a leitura do acórdão, inicialmente agendada para 11 de outubro e, depois, fruto da comunicação da alteração não substancial de factos e alteração da qualificação jurídica dos factos descritos no despacho de pronúncia, para o próximo dia 28.

O coletivo deverá indicar no início da próxima semana as novas datas para tomada de declarações dos arguidos Pinto da Costa, Laje de Carvalho, Bruno Ataíde, José Gonçalves, Vasco Brazão e Taciano Correia, tendo ainda admitido o recurso interposto por João Paulino, que poderá igualmente vir a prestar declarações.

Do despacho proferido a 6 de outubro, Fernando Santos, que poderá também pedir para prestar declarações adicionais, fez chegar ao Tribunal a sua discordância quanto à alteração não substancial dos factos, enquanto Jaime Oliveira manifestou a sua “não oposição quanto à alteração não substancial dos factos e da qualificação jurídica”.

No julgamento, com 23 arguidos, está em causa está um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Além do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, estão também em julgamento o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira e o ex-porta-voz desta instituição militar Vasco Brazão, além de elementos da GNR de Loulé.

Alguns arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais, enquanto outros, entre os quais Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo ministerial no seguimento do processo, e os dois elementos da PJM da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

Dos 23 arguidos, apenas um não prestou declarações, Jaime Oliveira, com alegadas responsabilidades no furto. Está acusado de dois crimes em coautoria, associação criminosa e tráfico e outras atividades ilícitas.

Em alegações finais, o Ministério Público pediu a absolvição de 11 dos 23 arguidos, incluindo de Azeredo Lopes, considerando que a conduta do ex-governante se pautou apenas por uma “omissão do ponto de vista ético”, ao não diligenciar no sentido de ser levantado um processo disciplinar aos elementos da Polícia PJM.

Já a pena mais grave – entre os nove e os dez anos de prisão – foi pedida para João Paulino, autor confesso do furto.

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Empresário norte-americano John Textor reuniu-se com dois ‘vices’ do Benfica

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

O empresário John Textor ficou de enviar informação adicional sobre as intenções que tem para o Benfica, para posteriormente serem objeto de avaliação e análise por parte da direção do Benfica.

O empresário norte-americano John Textor, interessado em investir na SAD de futebol do Benfica, reuniu-se esta quinta-feira com dois vice-presidentes do clube, anunciaram os “encarnados” no seu sítio oficial na Internet.

“O encontro decorreu de forma cordial e o sr. John Textor ficou de enviar informação adicional sobre as intenções que tem para o Benfica, para posteriormente serem objeto de avaliação e análise por parte da direção. Não está prevista, por agora, qualquer nova reunião com o sr. John Textor”, lê-se.

No breve comunicado, que não explicita quais os dirigentes presentes no encontro, o Benfica informa que o seu presidente, Rui Costa, esteve presente no início da reunião, no Estádio da Luz, para dar “as boas-vindas” a Textor.

O empresário norte-americano celebrou um acordo com o português José António dos Santos, conhecido como “rei dos frangos”, para aquisição de 25% do capital social da SAD do Benfica, facto comunicado então à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

José António dos Santos “outorgou com John C. Textor, dois acordos para venda de um total de 5.750.000 ações ordinárias, escriturais e nominativas, representativas de 25% do capital social da Benfica SAD, condicionado ao pagamento” até 15 de setembro “do preço total acordado”, tendo sido adiantada a quantia de um milhão de euros, salientou na ocasião o comunicado.

A direção do clube assegurou que não tinha conhecimento das negociações para a aquisição de 25% das ações da SAD pelo norte-americano John Textor e prometeu opor-se caso essa operação fosse analisada em assembleia geral de acionistas.

Já em setembro, o Benfica revelou que prazo de validade do acordo entre o investidor norte-americano John Textor e José António dos Santos para a aquisição das ações da SAD do Benfica tinha sido estendido até 31 de dezembro.

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Facebook acorda com parte da imprensa diária francesa pagar “direitos conexos”

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

O acordo gerar um financiamento significativo para os editores da imprensa de informação geral francesa (Apig) - que representa os diários nacionais e regionais -, especialmente os mais pequenos.

O Facebook chegou a um acordo com parte da imprensa diária francesa para lhes pagar “direitos conexos”, anunciou esta quinta-feira a rede social norte-americana, algumas semanas depois de assinar acordos semelhantes com o Le Monde e o Le Figaro.

Este “acordo de licenciamento” assinado com a aliança para a imprensa de informação geral francesa (Apig), que representa os diários nacionais e regionais, “prevê que o Facebook obtenha e remunere licenças para direitos vizinhos”, afirma o comunicado.

“Além disso, dará aos editores da Apig que o desejarem a oportunidade de participar no Facebook News“, um novo serviço dedicado à informação que deverá ser lançado em França em janeiro de 2022, precisou a rede social.

Os termos a que chegámos permitirão ao Facebook aplicar a diretiva e a lei francesa, gerando ao mesmo tempo um financiamento significativo para os editores da Apig, especialmente os mais pequenos“, disse Pierre Louette, presidente da Apig e CEO do Groupe Les Echos – Le Parisien, citado no comunicado.

Não foi divulgado o montante da remuneração nem o método de cálculo.

Os direitos conexos estão explicitamente previstos numa nova legislação europeia adotada em 2019, imediatamente transposta em França, e abrem o caminho para a remuneração dos autores de conteúdos de imprensa extraídos de artigos, fotografias, vídeos, infografias – apresentadas nas páginas de resultados das principais plataformas da Internet.

Mas estes últimos há muito que contestam o princípio, e as negociações com a imprensa têm sido muito laboriosas.

Um acordo-quadro sobre a remuneração dos “direitos conexos” foi anunciado em janeiro entre a Apig e a Google, mas tem de ser revisto para ter em conta uma multa de 500 milhões de euros imposta ao motor de busca em julho pela Autoridade da Concorrência francesa por não ter negociado “de boa-fé” com os editores de imprensa.

A Autoridade pediu ao gigante americano para retomar as negociações com os editores, para lhes propor uma nova oferta de remuneração.

Há menos de um mês, os grupos do Le Monde e do Le Figaro anunciaram ambos acordos separados com o Facebook, tal como tinham feito anteriormente com o Google, relativamente à remuneração e à promoção dos seus conteúdos.

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Wall Street no vermelho após recorde

Índices estão a corrigir do recorde registado pelo Dow Jones na última sessão. Lucros da Tesla também pesam nos mercados.

Os principais índices de Nova Iorque abriram esta sessão no vermelho, penalizados pelos resultados trimestrais da Tesla, que acabaram por ficar abaixo das expectativas. Além disso, é também dia de correção, depois de o Dow Jones ter batido um recorde intradiário.

O S&P 500 está a cair 0,15% para 4.529,53 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que desvaloriza 0,24% para 35.522,51 pontos. Pelo mesmo caminho segue o tecnológico Nasdaq ao perder 0,1% para 15.106,8 pontos. Antes da abertura dos mercados, alguns analistas já apontavam para estes resultados, depois de o Dow Jones ter atingido um recorde intradiário na sessão anterior e de o S&P 500 ter estado perto do recorde batido no início de setembro.

“As ações estão a subir para novos máximos e sempre que o mercado está a ser negociado ao nível de todos os tempos ou perto disso, não é incomum ver um pouco mais de volatilidade intradiária. E isso não deve preocupar os investidores“, diz Tom Mantione, diretor administrativo da UBS Private Wealth Management, citado pela Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês).

Entre as empresas que se estão a destacar hoje está a Tesla, cujas ações caem 0,56% para 860,98 dólares. Este desempenho acontece depois de a fabricante de carros elétricos ter reportado lucros de 1,62 mil milhões de dólares (1,39 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, mas de ter revelado que as fábricas e os obstáculos na cadeia de fornecimento pressionaram as margens de receitas.

Outra red flag é a IBM, que segue a desvalorizar 0,06% para 141,90 dólares, depois de as receitas trimestrais terem ficado abaixo das previsões dos analistas. Isto depois de a empresa ter sofrido uma diminuição nos pedidos de serviços contratados.

Destaque ainda para o Facebook que desvaloriza 0,16% para 340,24 dólares, enquanto a Apple avança 0,1% para 149,41 dólares e a Amazon perde 0,21% para 3.407,91 dólares.

Esta quinta-feira está também a ser marcada — pela positiva — pelo número semanal de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que baixou para 290.000 na semana passada, um novo mínimo desde o início da pandemia. Dados do Departamento do Trabalho norte-americano indicam que o número desta semana é o mais baixo desde 14 de março de 2020.

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BCP e FEI têm mais 1.650 milhões para apoiar PME portuguesas

  • Lusa
  • 21 Outubro 2021

Os acordos entre o Millenium bcp e o Fundo Europeu de Investimento têm como objetivo “proporcionar liquidez adicional às PME portuguesas afetadas economicamente pela pandemia”.

O Millenium bcp e o Fundo Europeu de Investimento (FEI) vão apoiar as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas com um financiamento adicional de 1.650 milhões de euros, que se junta aos 1.200 milhões já anunciados em abril.

Em comunicado, o BCP refere que “a renovação da parceria com o FEI tem por base os acordos assinados em abril, o que significa que – no total – Millennium bcp e FEI disponibilizarão cerca de 2.850 milhões de euros em novos financiamentos às PME portuguesas”, o maior valor de sempre concedido pelo fundo a um banco comercial europeu.

Destinados a “proporcionar liquidez adicional às PME portuguesas afetadas economicamente pela pandemia”, os dois novos acordos agora assinados entre o BCP e o FEI são apoiados pelo Fundo Europeu de Garantia, que faz parte do pacote de 540 mil milhões de euros da União Europeia para fazer face ao impacto económico da covid-19.

Os acordos preveem a concessão pelo FEI ao Millennium bcp de uma garantia de até 1.155 milhões de euros, com o objetivo de canalizar 1.650 milhões de euros para a economia, e “baseiam-se no sucesso das garantias assinadas em abril, onde ambas as instituições se comprometeram a mobilizar cerca de 1.200 milhões de euros em apoio às PME portuguesas”.

Com o FEI a assumir até 70% do risco dos empréstimos que o Millennium bcp concede às PME, o banco português afirma que “concederá financiamento em condições mais favoráveis, assegurando que as PME portuguesas dispõem de liquidez suficiente e continuando a apoiar o seu crescimento e desenvolvimento a médio e longo prazo”.

Citado no comunicado, o presidente executivo (CEO) do FEI congratula-se com o “renovar [d]a parceria com o Millennium bcp para apoiar PME portuguesas”: “Graças ao Fundo Europeu de Garantia, seremos capazes de fornecer o financiamento tão necessário às empresas portuguesas, permitindo-lhes resistir à tempestade da covid e crescer a médio e longo prazo”, refere Alain Godard.

Já o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix, recorda que “as PME empregam mais de 70% da mão-de-obra de Portugal”, permitindo a parceria entre o FEI e o Millennium bcp proporcionar-lhes “a liquidez necessária para aumentar e investir num futuro sustentável”. “Este acordo reafirma a posição do Millennium bcp enquanto banco de referência para o tecido empresarial português, conferindo-lhe um papel de destaque no apoio à recuperação da economia e à modernização das empresas”, sustenta, por sua vez, o CEO do BCP.

Salientando que “o Millennium bcp, durante o período mais critico da pandemia (2020 e 2021), financiou mais de 40 mil empresas, com um total na ordem dos 6.000 milhões de euros”, Miguel Maia considera que, “com o acordo agora estabelecido, o banco reforça fortemente as capacidades para apoiar o crescimento, contribuindo para que o tecido empresarial se torne mais competitivo e possa efetuar os investimentos e beneficiar das oportunidades que resultam da transição para uma economia mais resiliente, verde e digital”.

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