Luís Marques, da EY. “OE2022 para as empresas é pobre”

  • ECO
  • 16 Outubro 2021

O que é que muda com a proposta de Orçamento para 2022. Luís Marques, partner fiscal da EY, faz uma análise (em vídeo) das mudanças fiscais para famílias e empresas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 traz algum desagravamento fiscal para as famílias em sede de IRS, mas é “pobre” no que diz respeito às empresas, considera o partner fiscal da EY, Luís Marques. Veja o vídeo. A EY é parceira do ECO na análise ao Orçamento de 2022.

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Vitamina E-Tech dá mais energia ao Clio

É híbrido, mas não tem cabo. É pequeno, mas cheio de genica. Traz um motor elétrico que juntamente com o 1.6 a gasolina oferece 140 cv de diversão (com baixos consumos).

A eletrificação dos automóveis veio para ficar. Por isso, marca a marca, segmento a segmento e modelo a modelo, a ordem é para equipar tudo com motores elétricos. Se não são puros elétricos como é o caso do Zoe ou do Twingo, são híbridos a gasolina. A fórmula já está a ser aplicada nos Mégane, Captur, isto depois de ter sido estreada naquele que é o best seller da marca francesa, o Clio.

O Clio híbrido é igual às demais versões, a gasolina ou a gasóleo. Não se nota qualquer diferença estética, nem mesmo a tradicional portinhola extra que estas versões costumam ostentar a apelar aos benefícios fiscais para empresas. Nada. Este é um full hybrid, ou seja, e um hibrido sem a opção de carregamento que, honestamente, praticamente ninguém usa.

Só um olhar atento consegue perceber que é um Clio diferente. É que este traz E-Tech inscrito na traseira, designação que a marca francesa dá a estes modelos híbridos. Um olhar atento ou um ouvido apurado, isto porque tantas vezes andamos em modo elétrico que não há barulho nem para o interior nem no exterior.

Potência compacta

O Clio rola muitas vezes em modo totalmente elétrico naquele que é o seu palco: a cidade. E é agradável que assim seja, principalmente no tradicional para arranca nas horas de ponta. Torna tudo mais fácil. Torna tudo mais suave ao mesmo tempo que sabemos que estamos a poupar litros de combustível (e a ajudar a conter as emissões de gases poluentes para a atmosfera).

Os consumos são dignos de nota quando se faz uma gestão correta entre elétrico e a gasolina, contando com a ajuda tanto do modo Eco como da posição B da caixa automática, que permite conduzir praticamente apenas com um pé. Quando se retira o pé do acelerador, é aproveitada a energia da desaceleração para carregar a bateria que praticamente nunca está cheia, mas também não fica a zeros (o motor a gasolina encarrega-se de a recarregar).

É possível fazer médias em torno dos 4 litros/100 km, mas o mais normal será ao nível dos 5 litros. Mas quando se quer mais deste utilitário, os valores sobem para a casa dos 6 litros. Ainda assim é um resultado comedido tendo em conta que estamos a falar de um modelo compacto, mas que além do motor elétrico tem um a combustão de 1.6 litros. É que no total temos à disposição 140 cv.

Espírito desportivo

Tem alma este Clio híbrido. A caixa de velocidades está mais adaptada a um estilo de condução a pensar nos consumos, fazendo passagens suaves nas voltas do dia-a-dia, mas quando se lhe exige andamentos mais vigorosos nota-se alguma confusão, ao início. Depois aprende que se o espírito de quem está ao volante é outro: quer dar uso ao lado mais desportivo de um modelo que podemos chamar de pocket rocket.

Com andamentos mais acelerados, o motor a combustão assume o controlo. É despachado quanto baste é bastante ágil, contando para isso com um chassis bastante competente. E toda a suspensão responde de forma correta, garantindo o equilíbrio necessário para evitar quaisquer sustos ao volante — que as ajudas eletrónicas ajudam a evitar. Mesmo em estradas de curva e contracurva, onde “piloto” e “copiloto” desta versão RS Line contam com o bom apoio lombar dos bancos dianteiros para evitarem andar aos chocalhos.

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Novo Banco apresenta nova imagem na próxima semana

Banco liderado por António Ramalho vai apresentar a nova imagem aos trabalhadores na próxima sexta-feira. Mudanças serão conhecidas publicamente na segunda seguinte.

O Novo Banco está renovar a sua imagem, como o ECO avançou em primeira mão, e vai apresentar a sua nova identidade aos trabalhadores na próxima sexta-feira. Depois, na segunda-feira seguinte, as mudanças vão ser reveladas publicamente.

O banco liderado por António Ramalho enviou uma mensagem aos clientes a avisar que os balcões irão ter um horário de funcionamento reduzido no dia 22 de outubro.

Porquê? “É um dia muito importante para o Novo Banco”, adianta a nota enviada esta semana aos clientes. “É o dia em que todos os colaboradores vão conhecer em primeira mão a nova imagem do banco. Uma imagem que resultou da participação de todos os colaboradores através da voz de cada um”, acrescenta.

Nesse dia, os balcões dos distritos de Lisboa e Setúbal vão encerrar o atendimento das caixas às 12h00 e o atendimento aos clientes encerra às 15h00.

Quanto aos restantes balcões do país, o atendimento das caixas encerra às 12h00 e o atendimento a clientes às 13h00.

na segunda-feira seguinte é que a nova imagem será revelada aos clientes, através de todos os canais do banco, sendo que a rede de balcões retomará o horário normal de funcionamento, de acordo com a instituição.

A nova imagem surge no ano em que o Novo Banco se prepara para ter finalmente lucros, naquilo que o CEO pretende que seja o virar de página da instituição, depois de anos a fio de prejuízos (e pedidos de dinheiro polémicos ao Fundo de Resolução) e de multiplicação de casos que beliscaram a perceção pública do banco.

"Queremos voltar a ser um banco novo: queremos consolidar a nossa trajetória de rentabilidade, queremos voltar a uma rota de crescimento, queremos assumir plenamente esta nova fase de renascimento.”

António Ramalho

CEO do Novo Banco

No início de setembro, António Ramalho enviou uma mensagem aos trabalhadores a dar conta do processo de renovação de imagem para a nova fase do “renascimento” do banco que nasceu da resolução o BES, em agosto de 2014. “Queremos voltar a ser um banco novo: queremos consolidar a nossa trajetória de rentabilidade, queremos voltar a uma rota de crescimento, queremos assumir plenamente esta nova fase de renascimento”, disse aos trabalhadores.

As contas do semestre já mostram lucros de 138 milhões de euros (contra prejuízos de mais de 500 milhões na primeira metade do ano passado) e António Ramalho conta fechar o ano no verde.

Além da renovação da imagem, o banco prepara-se para deixar a sede na Avenida da Liberdade e mudar-se para o Tagus Park, em Oeiras, onde já tem os serviços de informática.

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Ex-governador do Banco Central do Irão condenado a 10 anos de prisão

  • Lusa
  • 16 Outubro 2021

O número dois do antigo governador, Ahmad Araghchi, foi igualmente condenado, mas a oito anos de prisão.

O ex-governador do Banco Central do Irão Valliollah Seif foi condenado a dez anos de prisão por violação do sistema monetário daquele país, sentença da qual pode ainda recorrer, anunciou o Ministério da Justiça iraniano este sábado.

Segundo a agência de notícias Associated Press, Valliollah Seif esteve também implicado em contrabando de moeda estrangeira.

O número dois do antigo governador, Ahmad Araghchi, foi igualmente condenado, mas a oito anos de prisão, pelos mesmos crimes, havendo mais oito envolvidos no processo, também punidos com penas de prisão.

Seif foi governador do Banco Central do Irão durante cinco anos, de 2013 a 2018, e Araghchi o número dois da instituição entre 2017 e 2018.

Segundo a televisão estatal iraniana, Valliollah Seif esteve envolvido em violações do mercado monetário em 2016, altura em que a moeda iraniana (Rial) sofreu perdas consideráveis de valor em relação às principais moedas estrangeiras.

O tribunal acredita que os arguidos injetaram ilegalmente 160 milhões de dólares e 20 milhões de euros no mercado.

Em 2017, quando Araghchi assumiu o cargo, a taxa de câmbio do Rial era de 39.000 face ao dólar norte-americano, mas atingiu mais de 110.000 em 2018.

A alteração cambial coincidiu com as severas sanções impostas pelos Estados Unidos da América a Teerão, depois de o então Presidente norte-americano Donald Trump ter retirado os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015.

As sanções fizeram com que as exportações de petróleo do Irão, a principal fonte de rendimento do país, caíssem drasticamente.

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Indústria dos casamentos vive lua-de-mel depois da pandemia

As empresas ligadas a casamentos vivem uma "retoma galopante" depois dos cancelamentos no início da pandemia. Confira a agenda preenchida nas quintas, cabeleireiros, estilistas ou agências de viagens.

Em 2020, devido à pandemia, o dia de sonho transformou-se num pesadelo e a indústria dos casamentos ficou totalmente paralisada, sem perspetivas de retomar e com prejuízos avultados. Passados 18 meses, os empresários do setor dizem que os portugueses “voltaram a ganhar confiança para casar” e há quem fale mesmo numa “retoma galopante”. O cluster está a viver uma lua-de-mel após períodos conturbados.

Depois do Governo dar luz verde à realização dos casamentos, os telefones que não tocaram durante meses voltaram a ouvir-se com pedidos de reagendamento. A passadeira vermelha voltou a ser estendida e as agendas começaram a ficar lotadas porque o desejo de casar era maior do que o medo provocado pela pandemia. A indústria começou a ver a luz ao fundo do túnel e a época alta foi um sucesso, com o número de casamentos a duplicar este ano, mesmo ficando ainda aquém dos valores pré-pandemia.

Depois de sofrer uma quebra de 95% no volume de negócios, a Quinta do Roseiral, na Ericeira, já tem cerca de 60 casamentos agendados para o próximo ano. “Houve um boom na procura. Temos a agenda bastante preenchida e a perspetiva é boa. No entanto, temos de ter em conta que adiámos casamentos deste ano para o próximo”, realça a proprietária, Ana Batalha.

A líder da Quinta do Roseiral destaca que “já existe uma grande procura e, de repente, toda a gente começou a remarcar casamentos”. Ana Batalha brinca e diz que “foi como cair em cima uma bomba atómica”. “As pessoas perceberam que a pandemia não vai passar e decidiram avançar com o casamento”, adianta.

Apesar de fazer um balanço positivo, a proprietária da Quinta do Roseiral conta que, com o aumento da procura, “os preços dos fornecedores ficaram mais caros”. “Estamos a assistir a um aumento de tudo: ingredientes, energia, flores, mão-de-obra”. Apesar deste aumento, a Quinta do Roseiral não aumentou os preços, que rondam os 125 euros por pessoa.

O vestido de noiva é outro ponto alto nos preparativos. O estilista Gio Rodrigues conta ao ECO que estão a assistir a uma “retoma galopante” e que “nunca [fez] tantos vestidos de noiva em cima da hora como este ano”. Se do lado das noivas não tem mãos a medir e teve de recusar pedidos, do lado dos noivos a procura duplicou, quando comparado com os anos anteriores à pandemia.

“Estamos a assistir a uma retoma galopante e já começámos com essa retoma neste verão. Tenho noivas que querem casar para o próximo ano e já não conseguem porque as quintas estão lotadas”, conta o estilista, que é uma referência na moda e já vestiu famosos como Cláudia Jacques, Cuca Roseta, Ângelo Rodrigues, Luciana Abreu, Marina Monteiro, entre muitos outros.

 

A equipa de Gio Rodrigues já está a fazer vestidos para setembro do próximo ano. O estilista produz, em média, 150 vestidos de noiva por ano. Apesar da “retoma galopante”, diz que ainda não conseguiu chegar aos níveis de faturação que tinha antes da pandemia. Mas queixa-se da falta de capacidade e tempo: “Tivemos de recusar muitos clientes porque foi tudo muito em cima da hora”.

No dia do enlace, o fotógrafo e o videógrafo são essenciais para registar essas memórias para a posteridade. Na empresa de produção de vídeo NativeBirds, localizada em Vila Nova de Gaia,a retoma já é uma realidade, mas ainda está a filmar casamentos que foram adiados no ano passado devido à pandemia de Covid-19.

“Este ano, a nível de volume de trabalho já foi normal e correspondeu a um ano pré-pandemia. No entanto, em 2022 ainda estamos a fazer trabalho de 2020, vamos ganhar dinheiro que já devia ter sido ganho o ano passado. Os casamentos funcionam, maioritariamente, aos fins de semana e as datas são contadas. Se tivermos as datas preenchidas com casamentos de 2020, ficamos com menos abertura para aceitar novos trabalhos”, constata Edgar Félix, cofundador da Native Birds Films.

Em 2020 filmaram apenas dois casamentos. Este ano foram 25 e a agenda para o próximo ano está cheia. Já têm agendados 20 casamentos, embora metade seja de eventos adiados no ano passado. Edgar Félix considera que “os noivos ganharam confiança para voltar a casar”, o que é positivo para o negócio. Num ano normal faz entre 25 a 30 casamentos. Na Native Birds, o serviço de vídeo pode começar nos 1.800 euros.

Além da quinta e do vestido, o cabelo e a maquilhagem é outro serviço obrigatório para as noivas. Ao contrário da Quinta do Roseiral e da Native Birds Films, no salão Make Up N´ Hair, em Braga, a retoma ainda não está a ser sentida em larga escala. A proprietária, Ana Paula Antunes, teve uma “procura repentina” até outubro, mas ainda “não está a ser aquela procura a 100%, como era habitual”. Apesar de ter algumas reservas, só a partir de janeiro e fevereiro é que a o negócio “voltará à normalidade”.

Os noivos também estão cada vez mais vaidosos e não descartam um penteado especial. Na icónica barbearia Bigorna, no centro do Porto, estão a “voltar em força” e na época alta atendeu entre dez a 15 clientes destes por mês. Carlos Silva, conta que estão a ter uma procura no segmento dos casamentos igual a 2019. “Além dos noivos, temos muita procura dos amigos e familiares do noivo”, sublinha o proprietário.

“Os noivos de hoje em dia são muito vaidosos e não dispensam esse cuidado. A grande maioria faz a marcação antecipada, pensa bem no look que quer para o casamento. São muito preocupado com a sua imagem”, aponta Carlos Silva.

É neste contexto de retoma que regressa a Exponoivos, a maior feira de casamentos, em Lisboa e em Matosinhos. O evento arranca na capital este sábado, no Parque das Nações, e segue para a Exponor nos dias 30 e 31 de outubro. Do espaço para a festa até às flores e animação, vão estar presentes no evento cerca de 300 expositores, inseridos em 40 subsetores. É o caso da Quinta do Roseiral ou da Agência Viagens a La Carte. Nos dois fins de semana, a organização espera 50 mil visitantes.

O embaixador da Exponoivos, António Brito, conta ao ECO que “depois da angústia vivida pela indústria dos casamentos e pelos noivos, passados 18 meses de paragem absoluta, o cluster está a retomar”. António Brito está confiante com a edição da Exponoivos e adianta que existe “um grande interesse” por parte das empresas em participar na feira e uma “grande certeza que a retoma está de volta”.

Seguindo o mote #lovemustgoon, o embaixador da Exponoivos calcula que entre 60% a 70% dos casamentos não se realizaram em 2020 e muitos também não aconteceram este ano. “Em 2022 vai existir uma enorme procura porque vai acumular todos os casamentos que foram adiados”, perspetiva.

António Brito destaca que a indústria dos casamentos movimentou cerca de 900 milhões de euros em 2019. “Estamos a falar de cerca de 35 mil casamentos por ano e, em média, um casamento para 100 pessoas custa cerca de 25 mil euros”, resume o embaixador da Exponoivos. No ano de pandemia houve menos de 15 mil casamentos.

Agências otimistas. Maldivas é o destino

As viagens ficaram suspensas devido à pandemia e as agências sofreram um impacto brutal com todas as restrições e lockdowns. A Agência Viagens a La Carte, localizada em Tavira, não escapou à crise que assombrou vários setores de atividade. Depois de registar no ano passado uma quebra de 90% no volume de negócios, os dias felizes estão de volta à agência.

Sofia Santos, proprietária da Agência Viagens a La Carte, diz ao ECO que este ano já houve bastantes luas-de-mel e, quando comparado com 2019, a “diferença não é significativa”. A proprietária indica que “os noivos estavam desejados de conseguir dar esse passo na vida e voltar a viajar”. E já tem várias marcações para 2022.

MaldivasRomaneau por Pixabay

Maldivas e Bayahíbe, na República Dominicana, são os destinos mais procurados pelos casados de fresco. Depois de quase dois anos limitados, os noivos abriram os cordões à bolsa e até “alterarem os destinos de lua-de-mel para locais mais dispendiosos“. Uma lua-de-mel nas Maldivas, em regime de tudo incluído, pode custar, em média, 2.000 euros por pessoa. Para Byahibe, os preços variam entre 1.000 e 1.500 euros.

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Mais 10 mortes e 612 casos de Covid-19 em Portugal

Autoridades de saúde reportaram mais 612 casos de infeção pelo coronavírus, registando mais 10 mortes nas últimas 24 horas.

Portugal registou mais 612 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, tendo morrido ainda mais dez pessoas com a doença, de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS) deste sábado.

Feitas as contas, desde o início da pandemia, em março do ano passado, o país contabiliza um total de 1.079.341 infeções e 18.088 óbitos.

Os números reforçam a tendência de estabilização da atividade pandémica em Portugal nas últimas semanas, numa altura em que 85% das pessoas estão totalmente vacinadas e o país se prepara para reforçar a vacinação junto das populações mais idosas.

O boletim deste sábado dá ainda conta de 703 pessoas recuperadas nesta sexta-feira, somando-se já 1.031.142 recuperações. Isto significa que o número de infeções ativas no país recuou em 101 casos em relação ao dia anterior para 30.111.

Também desceu o número de internamentos: menos 16 para 285. Ainda assim, há mais quatro doentes em cuidados intensivos, encontrando-se 59 casos em UCI, mostram os dados da DGS.

Lisboa e Vale do Tejo não registou qualquer morte, tendo, ainda assim, confirmado mais 240 novos casos. Foi a região com mais casos diários esta sexta-feira.

Os óbitos foram registados nas regiões do Centro (3), Alentejo (3), Norte (2), Algarve (1) e Madeira (1).

(Notícia atualizada às 14h42)

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Motociclistas unem-se em várias cidades do país para protestar contra inspeções

  • Lusa
  • 16 Outubro 2021

Motociclistas vão manifestar-se este sábado em várias cidades contra a imposição de inspeções obrigatórias nos motociclos a partir de janeiro de 2022.

Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Funchal e Porto Santo são este sábado palco de manifestações de motociclistas contra a imposição de inspeções obrigatórias nos motociclos a partir de janeiro de 2022, alegando interesses económicos na base desta medida.

Em declarações à Lusa, António Manuel Francisco, do Grupo de Ação Motociclista (GAM) – que coordena as iniciativas de protesto nos diferentes pontos do país -, considerou que o Governo está “simplesmente a prestar um serviço a um setor privado, que é o das inspeções” e a obrigar os motociclistas a “suportar um negócio”, refutando a argumentação de uma promoção da segurança rodoviária e do combate à sinistralidade.

“Qualquer medida referente a veículos terá de ter como prioridade a segurança rodoviária e a prevenção do risco de acidentes. E o que nos dizem todos os estudos feitos até agora é que as falhas mecânicas praticamente não significam nada em termos de causas de acidentes. Significam nas motos 0,3%”, afirmou, destacando como principais riscos para a sinistralidade nas motos o fator humano e as infraestruturas.

Na origem desta questão está uma diretiva europeia de 2014 cujo prazo de transposição para a legislação nacional acaba no final de 2021, estando em causa a inspeção periódica obrigatória (IPO) para os veículos com uma cilindrada superior a 125 cm3.

No entanto, seria possível evitar a sua implementação se os estados-membros demonstrassem (por via das estatísticas de segurança rodoviária) que o mesmo nível de segurança pudesse ser obtido com medidas alternativas. Essa exclusão foi alcançada por Irlanda, Holanda e Finlândia, sendo que Dinamarca e França anunciaram recentemente um “travão” na aplicação da diretiva, algo que António Manuel Francisco defendeu ser igualmente viável para Portugal.

“Aqui não há países privilegiados. Se eles disseram que não, nós também temos condições, desde que haja vontade de assumir”, referiu, continuando: “Se França fez isso recentemente, Portugal vai muito a tempo. E o que não falta são alternativas para implementar segurança rodoviária nas motas em relação às IPO, que não vão acrescentar nada. Qualquer ação na estrada por parte das autoridades, PSP ou GNR, consegue controlar o estado dos veículos”.

Nesse sentido, o representante do GAM, que manifestou a expectativa de uma “adesão grande” aos protestos devido à “indignação” relativamente a esta matéria, rotulou a realização de IPO como “irrelevante” para a segurança rodoviária e lembrou que os motociclistas são predominantemente “vítimas e não culpados” nas estradas.

As ações de protesto decorrem hoje a partir das 16h00 e estão marcadas para a avenida dos Aliados, no Porto, o Parque do Choupalinho (junto ao Exploratório – Centro de Ciência Viva), em Coimbra, a zona norte do Parque das Nações (estacionamento junto à foz do Rio Trancão), em Lisboa, o estacionamento junto ao Estádio do Algarve, em Faro, a avenida Sá Carneiro, no Funchal, e a praça de táxis da avenida Manuel Gregório Pestana Júnior, no Porto Santo.

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Deputados britânicos pedem mais segurança após morte do conservador David Amess

  • Lusa
  • 16 Outubro 2021

O deputado conservador David Amess morreu na sexta-feira na sequência de um ataque com uma faca em Leigh-on-Sea por um homem de 25 anos .

Vários deputados britânicos pediram este sábado uma revisão das medidas de segurança na sequência da morte, na sexta-feira, do conservador David Amess num ataque com uma faca em Leigh-on-Sea, leste de Inglaterra.

A deputada trabalhista Harriet Harman, de 71 anos, disse à BBC que vai escrever ao primeiro-ministro Boris Johnson a pedir que apoie uma conferência especial para debater o assunto.

Harman explicou que a chamada Conferência do Presidente da Câmara dos Comuns realiza-se excecionalmente quando há “uma questão grave que diga respeito ao Parlamento ou à democracia”, sob a liderança do presidente da Câmara, atualmente Lindsay Hoyle.

Não acho que ninguém queira uma situação em que a polícia tenha de registar todos os eleitores, mas com certeza há uma maneira mais segura de realizar as nossas atividades”, disse.

Harman explicou que desde o assassínio da parlamentar trabalhista Jo Cox em 2016 por um militante de extrema-direita houve mudanças na segurança, nas residências e no Parlamento, mas não se abordou a questão das visitas semanais com os membros do eleitorado.

A ministra do Interior, Priti Patel, ordenou uma revisão da atual estratégia de segurança e deve fazer uma declaração ao Parlamento na segunda-feira.

O parlamentar conservador Tobias Ellwood pediu que os “encontros pessoais temporários” com os cidadãos sejam suspensos até que Patel conclua a sua análise, já que a morte de Amess causou “grande ansiedade” entre os parlamentares.

O primeiro-ministro britânico, o conservador Boris Johnson, depositou este sábado uma coroa de flores nas portas da igreja de Leigh-on-Sea (leste da Inglaterra) onde David Amess foi assassinado.

Johnson chegou à cidade do condado de Essex, nos arredores de Londres, acompanhado da ministra do Interior, Priti Patel, e também do líder do Partido Trabalhista de oposição, Keir Starmer.

O deputado conservador David Amess morreu na sexta-feira na sequência de um ataque com uma faca em Leigh-on-Sea por um homem de 25 anos que se encontra detido e a polícia está a tratar como um ataque terrorista.

O incidente aconteceu durante audiências com eleitores na Igreja Metodista de Belfairs, em Leigh-on-Sea.

Estas audiências são realizadas regularmente por todos deputados britânicos para conhecer problemas que os cidadãos queiram apresentar, sendo abertas a qualquer pessoa.

David Amess, de 69 anos, casado e pai de cinco filhos, representava a circunscrição de Southend West no condado de Essex.

Era deputado desde 1983, católico, opositor ao aborto e defensor dos direitos dos animais, tendo também feito campanha pelo ‘Brexit’.

Em 2016, a deputada do Partido Trabalhista Jo Cox foi assassinada por um militante de extrema-direita uma semana antes do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Dois outros deputados, o Liberal Democrata Nigel Jones, em 2000, e o trabalhista Stephen Timms, em 2010, foram vítimas de ataques com facas, tendo ambos sobrevivido, embora um assessor de Jones tenha morrido ao tentar protegê-lo.

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Bitcoin supera os 60 mil dólares à espera do primeiro ETF

  • ECO
  • 16 Outubro 2021

Regulador americano prepara-se para dar luz verde ao primeiro ETF de futuros da bitcoin, notícia que está a impulsionar a mais popular criptomoeda do mundo.

A bitcoin superou a fasquia dos 60 mil dólares pela primeira vez em seis meses, negociando perto de máximos históricos, impulsionada pelas notícias de que os reguladores norte-americanos vão permitir a transação de ETF (Exchange Traded Fund) de futuros de bitcoin na próxima semana.

A mais popular criptomoeda subiu para os 61.869,05 dólares esta sexta-feira, o valor mais elevado desde abril.

Desde 20 de setembro que a bitcoin já quase duplicou o seu valor e aproxima da cotação mais alta de sempre de 64.895 dólares que alcançou em abril.

Bitcoin em máximos de abril

A Securities and Exchange Comission (SEC) americana prepara-se para dar luz verde ao primeiro ETF de futuros de bitcoin na próxima semana, segundo avançou a Bloomberg, numa decisão que irá permitir aos investidores uma nova forma de ganharem exposição à maior moeda digital do mundo, segundo os analistas.

“Os ETF de cripto são inevitáveis. Um produto como este acabará por se concretizar uma vez que existe procura”, referiu Chris Kline, analista da Bitcoin IRA, citado pela agência Reuters.

“Parece claro que os reguladores irão aprovar alguma versão de um ETF criptográfico em breve, provavelmente na segunda-feira. À medida que os reguladores se tornam mais familiarizados com o tema, a SEC começa a entender como os ativos são armazenados, protegidos e reconciliados para que faça sentido nas finanças tradicionais”, acrescentou Kline.

A bitcoin começou a ganhar força na sexta-feira depois de o gabinete de educação do investidor da SEC ter partilhado um tweet em que explica os riscos e benefícios de investir em fundos que apostam em contratos de futuro da bitcoin.

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Escalada dos combustíveis gera preocupação e protestos transversais a vários setores

  • Lusa
  • 16 Outubro 2021

Da metalurgia e metalomecânica ao transporte de passageiros e de mercadorias, passando pela agricultura, são vários os setores económicos preocupados com a escalada dos combustíveis.

A escalada do preço dos combustíveis tem motivado preocupação, alertas e protestos nos mais diversos setores da economia portuguesa, da metalurgia e metalomecânica ao transporte de passageiros e de mercadorias e da agricultura à distribuição, pedreiras, madeira e mobiliário.

Atualmente a viver o período com preço de gasóleo e gasolina mais caros dos últimos três anos, Portugal viu esta semana, pela primeira vez, o preço de venda ao público de um combustível ultrapassar a barreira dos dois euros por litro, em alguns postos de abastecimento das áreas de serviço nas autoestradas.

Uma situação que resulta de uma conjugação de fatores, desde restrições por parte dos grandes exportadores de petróleo, à explosão da procura após a contenção durante a pandemia e à pressão sentida em toda a cadeia logística, onde se têm registado subidas de preços não só nos transportes, mas também nas operações portuárias e nos seguros.

Segundo dados do último boletim da Comissão Europeia, Portugal terá atualmente a sexta gasolina e o sétimo gasóleo mais caros entre os Estados-membros e, face aos sucessivos aumentos semanais dos preços dos combustíveis, surgiram nas redes sociais apelos a um boicote ao abastecimento e os camionistas admitem também protestar.

Neste contexto, o Governo, pela voz do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, anunciou na sexta-feira à tarde que vai devolver, pela subida dos combustíveis, um montante que atinge os 90 milhões de euros (63 milhões pelo IVA arrecadado e 27 milhões de euros pelo arredondamento do alívio do ISP).

“O Governo tomou hoje a decisão de reinstituir um modelo de devolução de receita de imposto que obtém por via do preço dos combustíveis. Em face do aumento do preço médio de venda ao público dos combustíveis, o Estado arrecada um valor superior a 60 milhões de euros de IVA e, por isso, vai repercutir na diminuição das taxas de ISP este valor de acréscimo que aufere”, avançou o governante na sexta-feira, acrescentando que a medida se iria traduzir “numa descida de dois cêntimos no ISP da gasolina e um cêntimo no ISP do gasóleo”, a partir de hoje.

Antes, na semana passada, o parlamento aprovou, na especialidade, uma proposta de lei do executivo que lhe permitirá fixar, por portaria, limites às margens de comercialização dos combustíveis quando se considerar que estão demasiado altas “sem justificação”.

Esta semana, antes do anúncio do Governo, a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) reclamou a imediata descida das taxas e impostos sobre os combustíveis e a energia, avisando que a laboração das empresas do setor está a tornar-se “insustentável”.

“Neste momento, estamos a chegar a um ponto em que se está a tornar insustentável manter as empresas a laborar. O custo das matérias-primas, o aumento do custo de transportes e o aumento brutal dos custos do combustível e da energia afetam diretamente as nossas empresas e urge o Governo tomar uma posição para que torne sustentável um dos maiores setores da economia portuguesa”, afirmou o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, em comunicado.

Salientando que “uma parcela muito significativa dos preços dos combustíveis e da energia são referentes a taxas e impostos”, a associação reclama que a “situação deve ser resolvida e invertida imediatamente”.

"Estamos a chegar a um ponto em que se está a tornar insustentável manter as empresas a laborar. O custo das matérias-primas, o aumento do custo de transportes e o aumento brutal dos custos do combustível e da energia afetam diretamente as nossas empresas e urge o Governo tomar uma posição para que torne sustentável um dos maiores setores da economia portuguesa.”

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da AIMMAP

Também o presidente da Associação das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Portugal (AIMMP), Vítor Poças, afirmou esta semana que o aumento de combustíveis é uma “chaga” para o setor, penalizando os custos de transporte e das operações de corte e transformação da madeira.

“A madeira tem um custo de transporte muito elevado, para o transportar a 100 ou 200 quilómetros fica muito caro, porque o custo de transporte aumenta o preço. Com subidas de 50% dos combustíveis, obviamente vamos repercutir isso em viagens de longa distância”, avisou Vítor Poças.

Adicionalmente, disse, as serrações trabalham muito com tratores, empilhadores e outras máquinas, “tudo movido a gasóleo, o que ainda prejudica mais” a atividade.

Na mesma linha, a Associação dos Industriais do Granito (AIGRA), sediada em Vila Pouca de Aguiar, reclamou na quinta-feira a criação, com “extrema urgência”, do “gasóleo profissional”, para ajudar as empresas a enfrentar a escalada do preço dos combustíveis em Portugal.

Se assim não for, alertou, as “empresas vão ter que parar”.

No setor dos transportes, os transportadores de mercadorias estão a preparar-se para definir medidas para responder à escalada dos preços dos combustíveis.

“Em resposta aos apelos das empresas associadas da ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] foi decidido alterar o tema do congresso anual – que se realizará nos próximos dias 29 e 30 de outubro –, de forma que o mesmo seja centrado na análise e discussão do aumento dos custos com os combustíveis, e, desta forma, dar voz ao universo associativo e, em conjunto, definir as medidas necessárias para responder a esta crise”, anunciou a associação na quarta-feira, após uma reunião de emergência.

Dois dias antes, tinha sido a Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros (ARP) a pedir a intervenção do Governo e a alertar que o setor pode entrar em falência ou passar a abastecer em Espanha face ao aumento do preço do gasóleo.

“O aumento exponencial do preço do combustível, que atinge hoje valores à volta de 1,60 euros (gasóleo), limita as empresas na sua atividade, uma vez que esse aumento não poderá ser repercutido no preço dos serviços prestados, pois, por um lado, existem já contratos celebrados que não poderão ser alterados e, por outro, o aumento do preço dos serviços levaria a um afastamento dos turistas”, apontou, em comunicado, a associação.

Para a ARP, é também “incompreensível o tratamento diferenciado” dado ao transporte pesado de passageiros face ao de mercadorias, tendo em conta que para os autocarros tem vindo a ser “sucessivamente recusado” o benefício do gasóleo profissional.

Os alertas vieram também já das empresas de serviço de pronto-socorro, que a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) diz correrem risco de encerramento perante o aumento dos custos, sem atualização de preços pelas empresas de assistência em viagem.

Segundo a associação, os rebocadores vivem “dias dramáticos” face ao aumento “exponencial” dos custos desta atividade, designadamente dos combustíveis, que pesam pelo menos 50% nos custos gerais destas empresas.

No setor agrícola, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, avisou que a subida dos combustíveis está a provocar “um descalabro na economia” portuguesa.

“Com todos os produtos que estejam agora no setor agrícola a ser recolhidos e que foram lançados à terra há três meses, com preços que foram fixados há três meses, como é que é possível amortecer os custos de aumento da energia da forma como aconteceram?”, questiona.

"Com todos os produtos que estejam agora no setor agrícola a ser recolhidos e que foram lançados à terra há três meses, com preços que foram fixados há três meses, como é que é possível amortecer os custos de aumento da energia da forma como aconteceram?”

Eduardo Oliveira e Sousa

Presidente da CAP

Segundo a CAP, entre maio e setembro, período em que os agricultores mais produziram, o preço do combustível agrícola subiu 60%, pelo que o Governo deveria ter baixado o seu preço na época de maior produção.

Por sua vez, o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, refere que os consumidores já começaram a sentir o impacto na subida dos preços, nomeadamente quando compram alimentos, e garante que não há como evitar a escalada se o Governo não mexer nos impostos sobre os combustíveis.

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Baixa do ISP deste sábado anulada pela subida dos combustíveis na segunda-feira

Governo anunciou uma baixa do ISP em um cêntimo no gasóleo e de dois cêntimos na gasolina. Descida entra já em vigor, antes de uma nova subida dos preços no arranque da semana.

Depois de subidas consecutivas, os preços dos combustíveis descem com o dinheiro arrecadado a mais em impostos. O Governo, que diz prestar a “máxima atenção” aos máximos que têm sido atingidos pelo gasóleo e a gasolina nos postos de abastecimento nacionais, decidiu devolver o IVA adicional que está a arrecadar através de um alívio no ISP. Uma “borla” de pouco mais de um cêntimo no diesel e de quase 2,5 cêntimos na gasolina, no preço final, que vai ser praticamente anulada no arranque da semana com o novo aumento dos preços por causa da escalada do petróleo.

O Governo recuperou um modelo já utilizado no passado, altura em que os combustíveis também estavam em mínimos, mas agora em sentido inverso. Tendo em conta a receita adicional de IVA que está a arrecadar com os valores atuais da gasolina e do gasóleo, António Mendonça Mendes decidiu devolver os milhões de euros adicionais em IVA através de uma baixa do ISP. Resultado: o ISP do gasóleo desce um cêntimo, o da gasolina recua em dois cêntimos.

Atualmente, segundo dados da DGEG, o valor do ISP ascende a 34,3 cêntimos no caso do gasóleo, sendo de 52,6 cêntimos na gasolina. Associado ao ISP estão outras taxas, como a Contribuição para o Setor Rodoviário e a Taxa de Carbono, o que faz com que o valor global em taxas ascenda a 51,3 cêntimos no diesel e 66,8 cêntimos na gasolina. Com a “borla” do Governo, o valor do ISP e outras taxas recuará para 50,3 cêntimos e 64,8 cêntimos, respetivamente. Nas “bombas”, os valores recuam mais.

O preço médio do diesel simples está, segundo a DGEG, nos 1,513 euros e o da gasolina simples nos 1,71 euros, após quase quatro dezenas de subidas desde o início do ano. Com o desconto no ISP, o diesel deverá baixar para 1,501 euros e o da gasolina para 1,685 euros, menos 1,2 cêntimos e 2,5 cêntimos, respetivamente.

Este é um ligeiro alívio, em preços de venda ao público que estão, atualmente, em máximos de 2012, acompanhando a alta das cotações do petróleo que está acima dos 80 dólares em Londres. E deverá ser “sol de pouca dura”, no sentido em que a baixa deste sábado deverá ser praticamente anulada com o novo aumento previsto dos preços no arranque da semana.

Tendo em conta o aumento das cotações do petróleo nos mercados internacionais, na próxima segunda-feira haverá novos aumentos dos valores de venda que podem ascender a dois cêntimos tanto no diesel como na gasolina. Ou seja, os valores deverão voltar ao nível a que estavam no dia em que Mendonça Mendes anunciou a “borla” que deverá representar um valor de cerca de 90 milhões de euros.

Ainda assim, sem esta medida, a situação seria pior para os consumidores, que estariam a suportar valores ainda mais altos. Máximos que têm feito aumentar os alertas por parte das famílias, que veem os encargos mensais com os combustíveis a disparem, mas também por parte das empresas, nomeadamente das de transportes para quem o combustível representa um custo elevado. E esse custo ameaça refletir-se nos vários bens que todas as pessoas compram, desde os alimentares ao vestuário, mas também a produtos tecnológicas.

Esta “medida vigora até ao dia 31 de janeiro de 2022, independentemente de os preços voltarem a descer”, salientou Mendonça Mendes, sinalizando que caso se assista a uma inversão da tendência de subida do petróleo nos mercados internacionais os consumidores vão manter este desconto no imposto.

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Mulher de Rendeiro tem cinco dias para entregar obras de arte em falta

  • Lusa
  • 16 Outubro 2021

Maria de Jesus da Silva de Matos Rendeiro tem cinco dias para entregar à Polícia Judiciária 15 objetos [obras de arte] apreendidos em novembro de 2010.

A mulher do ex-banqueiro João Rendeiro será interrogada na próxima sexta-feira pelo tribunal e tem até quarta-feira para entregar à PJ 15 obras de arte apreendidas em 2010 e que em recente diligência não foram encontradas.

Segundo um despacho da juíza, a que a agência Lusa teve acesso, Maria de Jesus da Silva de Matos Rendeiro tem cinco dias para entregar à Polícia Judiciária 15 objetos [obras de arte] apreendidos em novembro de 2010 e que em diligência realizada no início desta esta semana à sua casa, na quinta patinõ, “não foram localizados”.

A entrega dos bens justifica-se de forma premente, alega a juíza, sobretudo “pelo risco que constitui para a manutenção das garantias subjacentes à apreensão a recente indiciação de que três dos objetos apreendidos foram, entretanto, falsificados”.

O tribunal entende que, sendo Maria de Jesus Rendeiro a fiel depositária dos bens penhorados, deverá esclarecer a situação, estando o seu interrogatório marcado para a próxima sexta-feira.

Nesta diligência vai participar o Ministério Público e o assistente [credores do BPP].

João Rendeiro, que em 28 de setembro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada, está em parte incerta, fugido à justiça.

Num requerimento entregue ao tribunal na passada segunda-feira a mulher de João Rendeiro informou já ter localizado “cerca de metade das obras não encontradas” pela PJ quando esta polícia se deslocou à sua residência no dia 11 para recolher as obras penhoradas.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como um outro processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.

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