Ações da Visa afundam 5% e pressionam Dow Jones

Bolsas de Nova Iorque caíram esta quarta-feira com investidores a anteciparem uma subida dos juros pela Fed. Visa cedeu 5% depois de Amazon deixar de aceitar os seus cartões no Reino Unido.

Os principais índices acionistas de Wall Street fecharam a sessão desta quarta-feira em baixa, com os investidores a anteciparem uma subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana.

O S&P 500 perdeu 0,26% para 4.688,71 pontos e o Dow Jones caiu 0,58%, tendo sido penalizado pelas ações da Visa (-4,70%) depois de a Amazon ter anunciado que vai deixar de aceitar os seus cartões no Reino Unido devido às elevadas comissões que cobra nas transações. O tecnológico Nasdaq cedeu 0,33%.

A Target também caiu em força: as ações cederam 4,73% com os investidores a penalizarem a retalhista por causa da margem do terceiro trimestre, impactada pelos problemas nas cadeias de distribuição. Ainda assim, a empresa reviu em alta as perspetivas para as vendas deste ano.

Ainda no setor do retalho, a Lowe’s avançou 0,4% perante a melhoria das previsões para a faturação este ano, devido à procura dos construtores e empreiteiros e à alta do mercado imobiliário.

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Petróleo cai mais de 2% perante sinais de excesso de oferta

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Barril de petróleo desvaloriza para mínimos do início de outubro perante os sinais de iminência de excesso de oferta no mercado e o agravamento da pandemia na Europa.

Os preços do petróleo estão sob pressão, estando a recuar mais de 2% para mínimos desde o início de outubro, depois de a OPEP e a Agência Internacional de Energia (EIA, sigla em inglês) terem alertado para a iminência de excesso de oferta de barris no mercado e perante o agravamento da pandemia na Europa, que pode baixar a procura.

O barril de Brent para entrega a 30 de novembro desvaloriza 2,18% para 80,28 dólares, em Londres. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o contrato de crude que expira a 19 de novembro cai 2,7% para 80,28 dólares.

Para os analistas, esta evolução sugere que os fundos estão já a preparar-se para um cenário em que a oferta vai começar a superar a procura nos próximos meses, depois da alta dos preços que foi provocada pela incapacidade dos produtores para responder ao aumento do consumo, após a pandemia.

Petróleo sob pressão

A OPEP e a EIA disseram recentemente que poderá haver um reforço da oferta nos próximos meses. A OPEP e os seus aliados (OPEP +) mantêm em vigor o acordo para aumentar a produção em 400 mil barris diários por mês, para não sobrecarregar o mercado de um momento para o outro.

O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, adiantou esta terça-feira que o cartel já vislumbra sinais de um excesso de petróleo no próximo mês e alertou os membros e aliados a serem “muito, muito prudentes”.

Além disso, a administração Biden também também pediu aos maiores consumidores mundiais de petróleo para libertarem reservas num esforço coordenado para aliviar os preços e estimular a recuperação da economia, de acordo com a agência Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). Entre os países abordados pelos EUA estão o Japão, Coreia do Sul, Índia e também a China.

Por outro lado, a Europa assiste a novas ondas de casos de Covid-19, obrigando alguns governos a voltar a impor restrições, como a Áustria, que ordenou o confinamento para os cidadãos que não foram vacinados. São medidas que poderão condicionar a procura, pressionando assim os preços em baixa.

(Notícia atualizada às 21h49)

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Rio diz que atitude do Chega prova importância de “voto útil” no PSD

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A nível nacional, o presidente do PSD diz que “há uma incompatibilidade” com o Chega. "À primeira oportunidade, criam logo instabilidade”, criticou.

O presidente do PSD recusou esta quarta-feira interferir numa eventual crise no Governo Regional dos Açores causada pela retirada do apoio do Chega, mas salientou que esta atitude mostra a necessidade do “voto útil” no PSD nas legislativas.

No final da apresentação de um livro organizado pelo Conselho Estratégico Nacional do PSD sobre reforma fiscal, Rio foi questionado sobre o anúncio feito pela direção nacional do Chega de que pediu ao Chega Açores para retirar o apoio ao Governo regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar, em resposta à rejeição pelo presidente do PSD de acordos pós-eleitorais a nível nacional com o partido.

O que existe nos Açores é um acordo regional, não tem nada a ver com a escala nacional. Eu não me misturo nisso, é uma matéria que vai ser decidida pelas autoridades regionais”, afirmou.

Rui Rio afirmou não ter falado com o líder do Chega, André Ventura, mas apenas com o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, que disse estar “apesar de tudo confiante” na resolução da crise.

O presidente do PSD reiterou que, a nível nacional, tem rejeitado quaisquer coligações com o Chega pré ou pós-eleitorais e, uma vez que André Ventura só admite acordos com o partido no Governo, “há uma incompatibilidade”.

“A conclusão que posso tirar é que isto vai ter de se resolver nas eleições de 30 de janeiro: ou há uma concentração de voto no PSD, que é útil para a estabilidade do país, ou se houver uma grande fragmentação o país fica em situação de governabilidade difícil”, alertou.

“À primeira oportunidade, criam logo instabilidade”, afirmou. Questionado se se está perto de uma queda do Governo Regional dos Açores, Rio respondeu: “A informação que tenho é que não”.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados: 25 do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

No arquipélago, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.

A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL. O deputado não inscrito Carlos Furtado manteve o apoio ao Governo dos Açores.

Se o deputado único do Chega, José Pacheco, deixar de apoiar o executivo, este passa a contar com o apoio de 28 deputados, insuficiente para garantir maioria absoluta no hemiciclo (29).

Além disso, o deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, revelou em 5 de novembro que o seu sentido de voto não está fechado, mesmo depois de o Governo Regional ter reduzido o nível de endividamento previsto no Orçamento e no Plano para 2022, tal como tinha exigido o parlamentar.

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Google Portugal ensina como conquistar e reter clientes nesta Black Friday

Da utilidade à transparência, a Google Portugal dá uma série de dicas e recomendações aos retalhistas para aproveitarem esta época de compras da melhor forma, conquistando e retendo clientes.

Com a temporada das compras do Natal a aproximar-se e as campanhas da Black Friday a dilatarem-se por todo o mês de novembro, milhões de portugueses vão percorrer as lojas físicas e virtuais à procura dos melhores descontos. Por isso, proporcionar uma experiência de compra agradável e sem fricções é essencial para conquistar e reter clientes. A Black Friday acontece este ano a 26 de novembro.

Depois de um 2020 marcado pelas restrições da Covid-19, a peak season de 2021 promete trazer novos e complexos desafios aos retalhistas — desde a escassez de matérias-primas e semicondutores, ao estrangulamento das cadeias de distribuição e de abastecimento.

“Ainda há muita incerteza sobre a próxima temporada de compras, desde possíveis atrasos nas entregas à escassez de stocks, até preocupações sobre a possibilidade de introdução de novas restrições”, diz ao ECO fonte oficial da Google Portugal, que deixou um conjunto de dicas para os retalhistas se prepararem melhor para o que aí vem: “Tudo isto torna mais importante do que nunca que os retalhistas proporcionem uma experiência clara e sem fricção durante todo o processo de compra, para que os clientes saibam o que esperar”, acrescenta a multinacional.

A primeira sugestão da empresa foca-se na “consistência”. A Google nota que “as pessoas estão a usar os canais digitais nesta época de compras”, mas “não compram apenas online. “As lojas físicas continuam a proporcionar valor, pois oferecem conveniência, rapidez, experiência pessoal e testes de produtos”, nota a mesma fonte.

Assim, recordando que “as compras convencionais não morreram”, a Google explica que “as pessoas querem, cada vez mais, as opções de compra online, em loja ou de forma híbrida”. “Os retalhistas precisam de disponibilizar consistência de marca e de produto entre o seu website, lojas e outros canais, para criarem uma experiência omnicanal contínua”, explica.

As compras convencionais não morreram. (…) Os retalhistas precisam de disponibilizar consistência de marca e de produto entre o seu website, lojas e outros canais, para criarem uma experiência omnicanal contínua.

Google Portugal

O segundo pilar é o da “utilidade”. A Google indica que “os retalhistas devem colocar-se no lugar dos seus clientes e pensar quais são as incertezas que podem levar ao abandono de uma compra”. “Se, por exemplo, um produto não estiver disponível devido à falta de stock, proponha recomendações e substituições relevantes que irão satisfazer os clientes”, recomenda.

Por fim, fonte oficial da Google aponta para a “transparência”. “Os retalhistas devem ser claros e diretos sobre uma possível escassez iminente de produtos ou de atrasos na entrega. Quando as pessoas sabem o que esperar, podem tomar uma decisão de compra informada. No entanto, se um produto atrasar ou ficar sem stock depois de o cliente já o ter comprado e pago, isso causará atrito e prejudicará a satisfação do cliente e a fidelidade à marca a longo prazo”, nota a empresa, salientando que isso “não estará certamente na lista de desejos de ninguém”.

A Black Friday acontece este ano a 26 de novembro, cerca de duas semanas depois do Dia dos Solteiros, a campanha de promoções e descontos da Ali Express. Devido às pressões inflacionárias que estão a ser observadas em todo o mundo, alguns retalhistas admitem que, este ano, as promoções poderão não ser tão apelativas.

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Governo diz que linha circular do metro de Lisboa “é para fazer até ao fim”

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Na sequência da aprovação da moção que trava a Linha Circular do Metro de Lisboa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática sublinha que o projeto "é para fazer até ao fim".

Em resposta à aprovação, na manhã desta quarta-feira, de uma moção que visa pressionar o Governo a travar o projeto da Linha Circular do Metro de Lisboa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática avisa a Câmara Municipal da capital que “tudo correu como tem de correr, e por isso, a Linha Circular é para fazer até ao fim“.

Surpreendido, João Pedro Matos Fernandes apontou ao Expresso as prioridades propostas pelo PCP – aprovadas com os votos a favor da vereação de Carlos Moedas (PSD e CDS) e do BE -, que ora estão em andamento, ora são “um topete”. O ministro lembrou que, para cada proposta, foram feitos “estudos claríssimos, apresentados, discutidos, [com uma] avaliação de impacte ambiental posterior”.

“O atraso [da CML a dar parecer sobre o projeto] é de poucos dias, mas é mesmo importante que a Câmara diga que concorda com aquilo que diz querer“, disse ainda Matos Fernandes, sublinhando que a obra, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, deverá estar pronta no final de 2025, “assim a Câmara de Lisboa a queira”.

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Rui Rio considera que IVAucher “não é eficaz” e tem “burocracia a mais”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2021

O líder do PSD considera o IVAucher, sobretudo no caso dos combustíveis, um "esquema burocrático", e garante que, sob Governo do PSD, a redução da carga fiscal do ISP será um objetivo.

O líder do PSD, Rui Rio, criticou esta quarta-feira o IVAucher, considerando-o ineficaz, burocrático e confuso, o que é “mais flagrante” no caso dos combustíveis, com o denominado Autovoucher.

Acho que não é eficaz. Acho que há burocracia a mais e, no caso dos combustíveis, então, isso é mais flagrante“, afirmou Rui Rio, em declarações transmitidas pela RTP3.

Abordando o caso do IVAucher para os restaurantes, o presidente do PSD disse que, dada a pandemia, ainda se compreende, mas, no caso dos combustíveis, “aí ninguém entende nada”. “Quer dizer, pagamos o imposto e depois o imposto é devolvido através de um esquema burocrático?“, apontou.

Nesse sentido, sugeriu uma solução “muito simples”, que não envolve os contribuintes: “Pura e simplesmente reduz-se o ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] relativamente àquilo que é o preço do petróleo neste momento. Quando o preço do petróleo baixar, pode o ISP subir outra vez”.

Rui Rio deixou ainda críticas diretamente ao Governo, considerando que o executivo implementou a medida em causa “justamente para ser tão confuso que os contribuintes acabam por não fazer e pagar o imposto”. E garantiu que, se o PSD for Governo, os portugueses vão contar “com o objetivo da redução da carga fiscal dos impostos sobre o produto”.

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Ajuste direto facilitado durante um ano no Hospital de Loures

Após o fim da parceria público-privada, o Hospital de Loures vai passar a ser gerido pelo setor público. Durante o primeiro ano haverá maior flexibilidade para ajustes diretos.

A nova gestão pública do Hospital de Loures, que arranca a 19 de janeiro de 2022, vai ter maior flexibilidade para fazer contratos por ajuste direto durante um ano. Esta facilitação aplica-se aos contratos que sejam “indispensáveis” à continuidade ao funcionamento da atividade hospitalar.

O Hospital de Loures, E. P. E., fica autorizado a proceder à contratação por ajuste direto, até aos limiares previstos no artigo 4.º da Diretiva 2014/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, no seu valor vigente em cada momento”, lê-se no decreto-lei que cria o Hospital de Loures, E. P. E., a nova entidade pública que vai gerir o hospital. Os limiares vão de 134 mil euros a 5,18 milhões de euros, consoante o tipo de contrato.

A gestão do Hospital de Loures fica também isenta de cumprir algumas limitações que constam do Código dos Contratos Públicos. O artigo referido é relativo à escolha das entidades convidadas a apresentar proposta nos procedimentos de consulta prévia ou de ajuste direto. Neste caso, o Hospital poderá, nomeadamente, convidar a mesma empresa para celebrar contratos além dos limites que constam nesse código (mas dentro dos limites da diretiva europeia).

O decreto-lei limita o uso do ajuste direto apenas a casos em que “esteja em causa a realização de atividades, a prestação de serviços ou a aquisição de bens indispensáveis à continuidade do regular funcionamento do hospital”. A mesma flexibilidade foi dada ao Hospital de Braga, o qual também deixou de ser uma PPP e passou a ser gerido pelo setor público.

Acresce que “o regime excecional previsto no número anterior vigora pelo período de um ano a contar da data de entrada em vigor do presente decreto-lei“. Após este período, se não for prorrogado, voltam a aplicar-se as regras normais da contratação pública.

O Governo considera que é necessário este “regime excecional e transitório de celebração de contratos públicos, para o período temporal estritamente necessário, até que seja possível permitir a contratação de acordo com as regras legais aplicáveis em matéria de contratação pública”. “Este regime visa permitir que o órgão de gestão promova, em tempo útil, a celebração dos contratos necessários à realização de atividades essenciais para a continuidade da gestão do estabelecimento, sem perturbações no funcionamento do Hospital de Loures e garantindo a assistência à população da respetiva área de influência“, acrescenta.

Em causa está a transmissão de posições contratuais da atual PPP “nos subcontratos celebrados com terceiras entidades”. Sem prejuízo dessa possibilidade, o Governo quer garantir que o hospital funciona “sem quaisquer perturbações” e que isso “depende da manutenção da possibilidade de recurso a estas entidades terceiras nos casos em que se tenha por indispensável a externalização, designadamente para a realização de prestações em áreas instrumentais à atividade clínica ou a serviços de apoio cruciais ao funcionamento de qualquer estabelecimento hospitalar”.

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AGCS nomeia substituto de Nuno Antunes na chefia da região Ibero-LatAm

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2021

Nomeado no verão de 2020 para liderar a unidade regional que unificou as operações Espanha, Portugal e América Latina (Ibero/LatAm), Nuno Antunes cede o lugar a Gianluca Piscopo.

Da esquerda para a direita: Gianluca Piscopo e Nuno Antunes

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), braço do grupo Allianz para grandes riscos industriais, anunciou um conjunto de nomeações para postos de gestão, subscrição e consultoria de risco com objetivo de “reforçar” liderança comercial em várias frentes regionais.

Entre as alterações, Gianluca Piscopo foi nomeado Diretor Executivo para a região Ibero-LatAm, com efeitos a partir de maio de 2022. Piscopo vai suceder a Nuno Antunes, que continua à frente da unidade regional até à sua substituição no próximo ano.

Piscopo, atualmente CEO de WR Berkley Espanha e Portugal, ficará sediado em Madrid. Quanto a Antunes – que ocupava o posto há cerca de ano e meio – fica a aguardar pelo que será decidido em tempo oportuno, refere a AGCS em comunicado.

No âmbito da série de nomeações, a AGCS destaca a indicação de Alfredo Alonso, que atualmente chefia a unidade regional London & Nordics. Alonso ficará com responsabilidade de Global Head of Liability (chefe Responsabilidade Civil a nível global) e assume funções com efeito imediato. Representando 20% do volume global de prémios da AGCS em 2020, a linha de negócio de Responsabilidade Civil é a maior unidade de subscrição da subsidiária de grandes riscos do grupo Allianz.

A direção geral da unidade regional London & Nordics será assumida por Nadia Côté, a partir de maio de 2022. Coté transita da Chubb, onde exerce atualmente como Head of Major Accounts Europe and International Broking Distribution.

Alonso continuará baseado em Londres e acumula as novas funções com a responsabilidade pela unidade London & Nordics que, em maio do próximo ano será entregue a Nadia Coté.

Ainda, segundo a comunicação da companhia, AGCS nomeou Max Benz para chefiar as linhas de Construção e Energia (Global Head of Energy & Construction). Benz, que transita da AXA XL, junta-se à AGCS em fevereiro de 2022. A linha de negócios Energia e Construção gerou cerca de 13% do prémio bruto da AGCS em 2020, complementa a companhia.

Dias antes das remodelações de âmbito regional e áreas funcionais, a AGCS divulgou 7,42 mil milhões de euros de prémios brutos subscritos até final de setembro de 2021, em decréscimo de 125 milhões de euros face a igual período de 2020, embora apontando incrementos de taxas nas linhas Entertainment, Financial e Property.

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Supermercados e Bimbo vão recorrer de decisão da AdC sobre fixação de preços

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

As empresas envolvidas foram unânimes em repudiar a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) em aplicar multas no valor de 24,6 milhões de euros às empresas por fixação de preços.

A Sonae MC, a Auchan e a Jerónimo Martins e a Bimbo Donuts discordam da decisão da Concorrência em aplicar multas no valor de 24,6 milhões de euros às empresas por fixação de preços, garantido que vão recorrer.

Contactadas pela Lusa, a Sonae MC, que detém a Modelo Continente, a Auchan, a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, bem como a Bimbo foram unânimes em repudiar a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) que condenou os grupos e a sociedade Bimbo Donuts por fixação de preços em alguns produtos ao longo de vários anos.

“A Sonae MC repudia, em absoluto, esta decisão de condenação, manifestamente errada e infundada, e rejeita a acusação de envolvimento da sua participada em qualquer acordo ou concertação de preços, em prejuízo dos consumidores, bem como a aplicação de qualquer coima, cujo valor é, aliás, inexplicável a todos os títulos”, indicou a empresa.

A Sonae MC vai recorrer desta decisão da AdC para os Tribunais e utilizará todos os meios ao seu alcance para o cabal esclarecimento dos factos de que é acusada, a defesa da sua reputação e a afirmação dos seus valores”, acrescentou, sublinhando que “tem sempre o claro propósito de apresentar aos seus clientes a melhor oferta de produtos e serviços, em termos de preço e de qualidade e, para isso, concorre com confiança, determinação, absoluta integridade e com base no seu próprio mérito”.

Por sua vez, a “Auchan refuta totalmente as práticas que lhe são imputadas pela Autoridade da Concorrência na Decisão Final no âmbito de processos contraordenacionais e irá recorrer judicialmente da decisão adotada, exercendo naturalmente os direitos previstos na Lei da Concorrência”, indicou a empresa.

“A Auchan reitera que são assegurados internamente todos os processos de formação e controlo dos seus colaboradores a fim de evitar qualquer tipo de comportamentos que possam resultar na violação das regras de concorrência”, garantiu.

A Jerónimo Martins afirmou “que o Pingo Doce confirma ter recebido da Autoridade da Concorrência mais uma decisão de aplicação de coima, no enquadramento das anteriores. Também esta decisão é injusta e imerecida e, por isso, à semelhança das anteriores, será impugnada nos tribunais a fim de ser reposta a verdade dos factos”, indicou o grupo.

Por sua vez, a Bimbo reconheceu que “a Panrico Donuts Portugal, adquirida em 2016 pelo grupo Bimbo, faz parte do grupo de empresas incluídas na investigação da indústria por parte da Autoridade da Concorrência em Portugal, referente a uma alegada fixação de preços”, sublinhando que esta prática “teria ocorrido quando a empresa ainda pertencia aos anteriores proprietários”.

“Em relação à resolução proferida pela Autoridade da Concorrência (AdC), a Bimbo Donuts discorda [da] resolução e declara que irá recorrer contra a mesma“, salientou, garantindo que o “grupo Bimbo e todas as suas subsidiárias são muito rigorosas no cumprimento da legislação dos países onde estão presentes”.

Numa nota, divulgada esta quarta-feira pelo regulador, a AdC explica que “sancionou três cadeias de supermercados – Auchan, Modelo Continente e Pingo Doce -, bem como o fornecedor comum Bimbo Donuts por terem participado num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor”.

A Concorrência indica que “através de contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicar diretamente entre si, as empresas de distribuição participantes asseguram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, conhecido na terminologia do direito da concorrência como ‘hub-and-spoke'”.

Esta prática, alerta a AdC, “elimina a concorrência, privando os consumidores da opção de melhores preços, assegurando melhores níveis de rentabilidade para toda a cadeia de distribuição, incluindo as cadeias de fornecedores e supermercados”.

Assim, a decisão da sanção resultou numa multa total de 24,6 milhões de euros, sendo que à Auchan caberá uma coima de 2,9 milhões de euros e à Modelo Continente e ao Pingo Doce de 7,1 milhões de euros, cada. A Bimbo Donuts foi multada em 7,3 milhões de euros.

“As coimas impostas pela AdC são determinadas pelo volume de negócios das empresas sancionadas nos mercados afetados nos anos da prática. Além disso, de acordo com a Lei da Concorrência, as multas não podem exceder 10% do volume de negócios da empresa no ano anterior à decisão da sanção”, explica a Concorrência.

A AdC dá conta, no seu comunicado, de uma série de ‘emails’, alegadamente trocados entre os visados, que mostram alinhamento de preços.

“Em dezembro de 2020 e recentemente, em 02 de novembro de 2021, a AdC já tinha condenado estas e três outras cadeias de supermercados e três fornecedores de bebidas – Sociedade Central de Cervejas, Primedrinks e Super Bock -, pelo mesmo tipo de prática”, recordou a Concorrência.

No caso atual, “a investigação da AdC determinou que a prática durou pelo menos 11 anos – entre 2005 e 2016, e visou vários produtos Bimbo Donuts, tais como pão de forma, Donuts, Bollycao ou Manhãzitos”, referiu a Concorrência que, na decisão agora adotada “impôs a cessação imediata da prática, uma vez que não se pode excluir que o comportamento investigado ainda esteja em curso”.

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Lista B ao Montepio quer abrir capital do banco a parceiro de “longo prazo”

Pedro Corte Real defende a abertura do capital do Banco Montepio a um parceiro que olhe para o longo prazo, com a Associação Mutualista a manter o controlo. E lançou críticas às outras listas.

A Lista B candidata aos órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) defende “alguma abertura do capital” do banco a um parceiro que olhe para o “longo prazo”, seja ou não da economia social, e admite negociar com o Governo um apoio igual aos que os bancos tiveram durante a troika, através das chamadas obrigações de capital contingente (os Cocos).

Pedro Corte Real, que encabeça a lista que tem como objetivo “Reconstruir o Montepio”, apresentou a sua equipa e programa esta quarta-feira em Lisboa para as eleições para a AMMG que se realizam a 17 de dezembro, as quais terão uma “importância decisiva para a instituição, quiçá para garantir a sua própria existência”.

Perante uma plateia de algumas dezenas de associados, Corte Real considerou que o Banco Montepio está sólido e robusto, mas “precisa de capital para a sua atividade que não tem neste momento e, em cima disso, a Associação Mutualista também não pode acudir ao banco”.

“Temos aqui um problema que terá de ser resolvido e nós, sem qualquer medo de o dizer, iremos, assim que vencermos as eleições, sentarmo-nos com as administrações e perceber como podemos começar a preparar uma solução para o banco que muito dificilmente não passe por alguma abertura do capital, com controlo da Associação Mutualista”, afirmou o candidato da lista B.

Segundo Pedro Corte Real, “terá de ser um parceiro que olhe para estas parcerias no longo prazo e que perceba que está a fazer uma parceria com um banco que é detido por uma associação mutualista”. “Estabelecendo as condições que exigimos para o parceiro, de certeza que iremos encontrar um parceiro para associar à marca Montepio, que tem sido muito maltratada”, disse.

Aos jornalistas, esclareceu que irá chamar para este processo os reguladores e o Governo “que, com certeza, estarão disponíveis para se sentarem à mesa para desenharem um plano que permita a entrada de um parceiro, seja ou não seja da economia social”.

Corte Real afastou uma “solução de mercado pura e direta”, pois seria o “golpe de morte” para o banco e “uma traição” para os 600 mil associados. Pretende antes que a solução defenda “os interesses dos mutualistas” e que o parceiro respeite os princípios do mutualismo, e “com o banco a tornar-se num instrumento para servir a Associação Mutualista e não o contrário”.

Em relação ao apoio do Governo, Pedro Corte Real admitiu olhar “para um conjunto de soluções que ajudaram bastante a banca nacional, com grande sofrimento dos bancos, mas que tiveram de ser naquele período da troika”, os chamados Cocos. “Hoje em dia, esses bancos recuperaram, já voltaram aos lucros e pagaram aqueles empréstimos e é uma banca que recuperou, não é uma banca doente”, precisou.

Corte Real assumiu-se ainda como a única lista capaz de “reconstruir o Montepio”, descomprometida com o passado e sem qualquer ligações políticas ou religiosas, lançando críticas à concorrência.

“A lista A reúne a atual administração que teve como presidente — até ser afastado — Tomás Correia, e uma herança de contas desastrosas”, começou por dizer.

“Quanto à lista incumbente numero 2, a Lista D, intitula-se a lista dos quadros. Mas que quadros? Quadros de Tomás Correia, que deixou a Associação Mutualista no estado em que está e está a ser investigado judicialmente e pelos reguladores”, atirou. “O candidato a presidente desta lista D é um quadro do Montepio, mas do Montepio de Tomás Correia, e foi um dos seus homens em operações ruinosas com a compra do Finibanco, por exemplo, que deixou prejuízos de centenas de milhões de euros para o Montepio”, disse.

Sobre a lista C, de Eugénio Rosa, disse que está conotada com um partido político e não reúne por isso condições para liderar a AMMG.

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Enriquecimento ilícito. À terceira será de vez?

A Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados aprovou a proposta única de diploma que vai a votação final global esta sexta-feira, depois do 'não' do TC em 2012 e 2015.

À terceira, será de vez? Estávamos em abril deste ano e Marcelo Rebelo de Sousa insistia no tema. Considerada inconstitucional por duas vezes — em 2012 e 2015 —, o Presidente da República voltava à carga e pedia ao Parlamento que criasse uma nova lei do já tão popular enriquecimento ilícito. Ou seja: uma lei que puna os titulares de cargos públicos que recebam dinheiro ilegalmente.

Durante os meses seguintes, o Parlamento multiplicou-se em propostas e projetos e, esta terça-feira, a Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados aprovou uma proposta única de diploma sobre esta matéria que vai finalmente a votação final global esta sexta-feira.

O texto – que além de ter que ser validado em plenário da Assembleia da República – terá que depois promulgado pelo presidente da República. A proposta de diploma foi aprovada por unanimidade com exceção de dois pontos. Um em que o PSD acredita que serão bloqueadas pelo Tribunal Constitucional. E outro por parte da bancada comunista – que tem um projeto de lei mais abrangente e que está dependente de outras comissões parlamentares: ambos os partidos mantêm as propostas originais, apesar de terem viabilizado o texto comum que vai agora a votação final global.

E o que diz o diploma que será aprovado?

  • O texto – consensualizado na Comissão após PS, PSD, BE, PCP, CDS-PP, PAN, PEV, IL e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues terem apresentado projetos de lei próprios – baseia-se numa proposta da Associação Sindical dos Juízes Portugueses e altera as regras para a apresentação por parte de titulares de cargos políticos da sua declaração de rendimentos e património.
  • Os titulares dos cargos públicos passam a ser obrigados a justificar aumentos patrimoniais superiores a 50 vezes o salário mínimo nacional.
  • Quem não o fizer, incorrerá numa pena de prisão de um a cinco anos de prisão.
  • Já quem não declarar determinadas ofertas incorrerá num crime de recebimento indevido de vantagem, punível igualmente com pena de até cinco anos de cadeia.
  • Nas declarações dos titulares dos cargos públicos deve constar também a indicação dos factos geradores das alterações que deram origem ao aumento dos rendimentos ou do activo patrimonial, à redução do passivo ou à promessa de vantagens patrimoniais futuras.
  • Em 2012 e 2015, a inversão do ónus da prova (ou seja, ter de ser o arguido a demonstrar que não praticou qualquer crime e não o Ministério Público a provar que o fez) foi uma dos obstáculos apontados pelo Tribunal Constitucional. Que nesta proposta já não está previsto.
  • O voto contra do PSD referiu-se à alínea que criminaliza quem não explicitar “os factos que originaram” o aumento patrimonial. Segundo a deputada social-democrata Mónica Quintela, esta formulação teria de ser acompanhada de uma disposição que determinasse a comunicação dos factos ao Ministério Público.
  • A lei aplicar-se-á aos titulares de cargos políticos – desdes os autarcas do poder local à presidência da República – gestores de entidades públicas e juízes do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça, entre outros.

Os chumbos do passado pelo Palácio Ratton

Primeiro em 2012 e depois em 2015. O Tribunal Constitucional já chumbou, por duas vezes, leis aprovadas na Assembleia da República que puniam o enriquecimento injustificado.

Da última vez, os juízes do Palácio Ratton decidiram em unanimidade – depois do então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ter pedido a fiscalização preventiva da lei proposta pelo PSD e CDS – que o diploma violava os princípios da legalidade penal, da necessidade de pena e contrariava o princípio da presunção da inocência.

Mas os deputados acreditam que, ao contrário do que aconteceu nas duas ocasiões anteriores, o diploma não será chumbado pelo Tribunal Constitucional.

PS defende constitucionalidade do diploma

Esta quarta-feira, o PS defendeu que o diploma sobre a criminalização do enriquecimento injustificado está “em conformidade com a Constituição” e acusou o PSD de não querer “verdadeiramente uma legislação cabal sobre a concretização do princípio da transparência”.

Numa conferência de imprensa na Assembleia da Republica, em Lisboa, a deputada Constança Urbano de Sousa, do PS, afirmou que a questão do enriquecimento injustificado fica “de uma vez por todas resolvida” na ordem jurídica portuguesa, graças à “boa vontade e ao grande espírito de compromisso que existiu entre as várias forças políticas que nesta assembleia quiseram de uma vez por todas decidir esta questão”. E, “naturalmente em conformidade com a Constituição da República portuguesa”.

Em declarações aos jornalistas na mesma ocasião, o deputado socialista Jorge Lacão, que é também presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, rejeitou as críticas do PSD e defendeu que “não tem qualquer cabimento” o argumento de que “o desejável seria que se aprovasse uma norma que, em função de uma suspeita da prática de algum crime, se participasse ao Ministério Público”.

Jorge Lacão salientou que esta proposta defendida pelo PSD “é completamente redundante e, como tal, inútil” porque “já está na lei”, argumentando que a Entidade para a Transparência tem “competência para participar ao Ministério Público as suspeitas da prática de infrações penais que decorram justamente da violação das regras das declarações únicas”.

“Enquanto o PSD está a querer propor alguma coisa que a lei já contém, o PSD está a atirar uma espécie de nuvem para ocultar a verdadeira razão pela qual não vota favoravelmente esta norma”, criticou o deputado do PS.

E criticou que “a verdadeira razão é que, desde o princípio como agora, o PSD nunca quis verdadeiramente uma legislação cabal sobre a concretização do princípio da transparência”.

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Hannah Gurga vai liderar associação de seguradores do Reino Unido

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2021

O quadro em que as seguradoras operam "está a mudar rapidamente e é vital que a ABI apresente trabalho," afirma a nova diretora geral da setorial britânica de seguros.

Hannah Gurga assume Direção Geral da Association of British Insurers (ABI) em janeiro de 2022.

Hannah Gurga foi escolhida para liderar a associação britânica de seguradores a partir do primeiro dia de 2022, sucedendo a Huw Evans, que cessa funções na Association of British Insurers (ABI) em dezembro de 2021 para iniciar um contrato como partner da KPMG.

Junto com Gurga, nomeada ‘Director General’, a principal organização do setor no Reino Unido anunciou mais nomeações para cargos seniores: A baronesa Nicky Morgan foi indicada para Presidente independente, um novo cargo na liderança da patronal britânica de seguros em substituição de Jon Dye, enquanto a baronesa Dianne Hayter junta-se à organização como Diretora não-executiva independente para exercer como membro independente no conselho da ABI, detalha um comunicado da associação.

Estas duas novas funções do Conselho foram criadas no seguimento das reformas anunciadas já em 2021 com vista a renovar a visão da ABI, enriquecer a diversidade (de género) e de experiências ao mesmo tempo que fortalece a confiança no governance da organização.

Assumindo o novo compromisso, Hannah Gurga afirmou: “ABI é globalmente reconhecida como um dos pilares principais da indústria de seguros e poupanças a longo prazo. Estou empenhada em reforçar a sua reputação para garantir que ajudamos os associados a obter os melhores resultados para os seus clientes.”

A nova diretora geral da ABI transita das Finanças (UK Finance) onde lidera áreas de governança e afiliação, com responsabilidades específicas pelos bancos estrangeiros. Antes de se juntar ao ministério das Finanças, em 2018, onde também é diretora geral nas áreas de Digital, Tech & Cyber, Hannah Gurga acumulou experiência no grupo LCH (grupo que opera na área de liquidação e compensação para mercados de futuros e outros ativos financeiros) e exerceu cargos públicos no Tesouro (como responsável pelas relações com a bolsa – LSE) e no ministério da Defesa do Reino Unido, detalha o comunicado da ABI.

“O ambiente externo em que operamos está a mudar rapidamente e é vital que a ABI apresente trabalho em questões tão variadas como as alterações climáticas, diversidade e inclusão, resiliência e a revolução digital e de dados,” complementou Hannah Gurga.

Entidade signatária da Women in Finance Charter, compromisso lançado no setor financeiro em 2016, a ABI assumiu como meta um rácio de 50/50, entre homens e mulheres, nos cargos de topo da organização até final de 2022. Em setembro de 2020, já apresentava 47,4% neste indicador de diversidade de género e, em setembro de 2021, conquistou os 50%.

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