Medway investe 93 milhões para comprar 16 locomotivas elétricas e 113 vagões

  • Lusa
  • 19 Novembro 2021

O material vai “reforçar a frota ibérica” e será “capaz de percorrer a rede ferroviária portuguesa e espanhola”, sublinha o diretor-geral da antiga CP Carga.

A Medway assinou esta sexta-feira com a Stadler e a Tatravagonka o contrato para a aquisição de 16 locomotivas elétricas e 113 novos vagões, num investimento de 93 milhões de euros.

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da antiga CP Carga, Bruno Silva – uma vez que o presidente, Carlos Vasconcelos, não pôde estar presente por se encontrar em isolamento –, que explicou que o material vai “reforçar a frota ibérica” e será “capaz de percorrer a rede ferroviária portuguesa e espanhola”.

A cerimónia de assinatura do contrato teve lugar esta manhã, em Lisboa, e contou com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado.

As novas locomotivas deverão ser entregues entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024 e “serão elétricas bi-tensão, de última geração a nível de eficiência e com a maior capacidade de tração existente no mercado. As locomotivas serão também interoperáveis, ou seja, estão preparadas para circular em bitola (distância entre carris) europeia (também designada por bitola ‘standard’ ou bitola UIC), no futuro.

Segundo a empresa de transporte ferroviário de mercadorias, o novo material é “mais eficiente e menos poluente”, traduzindo o “compromisso da Medway no esforço de melhorar a sua atividade e eficiência”. Para a construção dos novos vagões, a Tatravagonka vai introduzir novas instalações de produção na parte ocidental da Eslováquia.

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Bruxelas propõe nova lista de projetos energéticos transfronteiriços que abrange Portugal

  • Lusa
  • 19 Novembro 2021

Portugal é abrangido num dos projetos que compõem a nova lista, o do corredor prioritário de interconexões de eletricidade Norte-Sul na Europa ocidental, que prevê “um conjunto de linhas internas”.

A Comissão Europeia propôs esta sexta-feira uma nova lista com 98 projetos de interesse comum para reforço do mercado energético na União Europeia (UE), um dos quais diz respeito a um corredor prioritário para interconexões elétricas que abrange Portugal.

“Esta sexta-feira, a Comissão Europeia adotou a quinta lista de Projetos de Interesse Comum [PIC] no domínio da energia, com […] projetos-chave de infraestruturas energéticas transfronteiriças para a construção de um mercado interno de energia da UE mais integrado e resiliente e para a prossecução dos nossos objetivos energéticos e climáticos”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Em concreto, segundo Bruxelas, “esta quinta lista de PIC inclui 98 projetos: 67 projetos de transporte e armazenamento de eletricidade, 20 de gás, seis de redes de CO2 [dióxido de carbono] e cinco de redes inteligentes”.

“Todos os projetos PIC estão sujeitos a procedimentos de licenciamento e regulamentação simplificados e elegíveis para apoio financeiro do Mecanismo Interligar a Europa”, acrescenta a instituição, numa alusão ao programa comunitário para investimento nas redes europeias de infraestruturas de transporte, energética e digital.

Portugal é então abrangido num dos projetos que compõem a nova lista, o do corredor prioritário de interconexões de eletricidade Norte-Sul na Europa ocidental, que prevê “um conjunto de linhas internas” no país, nomeadamente entre Pedralva e Sobrado e entre Vieira do Minho, Ribeira de Pena e Feira.

Neste projeto estão ainda definidas interligações entre Portugal e Espanha, nomeadamente entre Beariz e Fontefría, Fontefria e Ponte de Lima e Ponte de Lima e Vila Nova de Famalicão, incluindo subestações em Beariz, Fontefría e Ponte de Lima, de acordo com a informação disponibilizada pelo executivo comunitário à imprensa.

A Comissão Europeia observa que “os 67 projetos de transmissão e armazenamento de eletricidade da lista PIC darão um contributo importante para o aumento da ambição das energias renováveis no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, enquanto cinco projetos de redes inteligentes melhorarão a eficiência das redes, a coordenação transfronteiriça de dados e a gestão mais segura da rede”.

Além disso, “nenhum novo projeto de infraestrutura de gás é apoiado pela proposta”, destaca Bruxelas, explicando que “os poucos projetos de gás selecionados, que já constam da quarta lista PIC [a anterior] e são projetos que são necessários para garantir a segurança do aprovisionamento para todos os Estados-membros”.

A lista de hoje é estabelecida ao abrigo do regulamento relativo às redes transeuropeias de energia.

Em dezembro de 2020, a Comissão propôs uma revisão deste regulamento para pôr fim à elegibilidade de projetos de infraestruturas de petróleo e gás em futuras listas de PIC e para obrigar todos os projetos a cumprirem critérios obrigatórios de sustentabilidade, bem como seguirem o princípio de não causar danos significativos.

Após a adoção de hoje pela Comissão, o ato delegado com esta nova lista de PIC será submetido ao Parlamento e ao Conselho, tendo os colegisladores dois meses para aceitar ou rejeitar a lista.

O setor energético europeu enfrenta atualmente pressões devido à crise global da eletricidade, que fez disparar os preços da luz após incrementos no mercado do gás, devido à maior procura e à descida das temperaturas.

Esta situação ameaça exacerbar a pobreza energética na Europa e causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

Vários líderes europeus já vieram por isso salientar a necessidade de a UE avançar com interligações elétricas, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa, que na passada sexta-feira advogou “melhores interligações [elétricas] com Península Ibérica, especialmente com a França”. Esta é uma prioridade para Portugal há vários anos.

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Dívida externa cai para 84,4% e aproxima-se do valor pré-crise

O peso da dívida externa líquida de Portugal baixou para 84,4% no terceiro trimestre deste ano, aproximando-se dos valores registados antes da crise pandémica.

A dívida externa líquida de Portugal caiu de 87,5% no terceiro trimestre de 2020 para 84,5% no terceiro trimestre de 2021. Esta redução leva o rácio para perto dos 84% registados no quarto trimestre de 2019, antes do impacto da pandemia. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

Após uma subida até quase 88%, a dívida externa líquida da economia portuguesa começou a aliviar em 2021 e aproxima-se agora dos números pré-crise, os quais representam os valores mais baixos desde 2011, ano em que Portugal pediu assistência financeira à troika. O indicador calcula-se através da posição de investimento internacional, excluindo instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros.

“A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da subtração à PII dos instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, reduziu-se de 88,1% no final de 2020 (176,4 mil milhões de euros) para 84,5% (174,6 mil milhões de euros) no final do terceiro trimestre de 2021“, nota o banco central, mostrando que a redução também acontece em termos nominais nesta comparação.

Dívida externa líquida nos 84,5% do PIB

Fonte: Banco de Portugal.

Em setembro, a posição de investimentos internacional do país também se tornou menos negativa. “O saldo entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo passou de -106,4% do PIB (-212,8 mil milhões de euros) no final de 2020, para -100,4% do PIB (-207,4 mil milhões de euros) no final de setembro de 2021″, revela o Banco de Portugal.

Excedente externo melhora para 928 milhões de euros até setembro

Entre janeiro e setembro deste ano, a economia portuguesa demonstrou uma capacidade de financiamento de 928 milhões de euros, isto é, teve um excedente externo. Para este equilibrar da balança tem sido essencial o reembolso do empréstimo da troika no valor de 1,1 mil milhões de euros em julho.

Até setembro de 2021, a economia portuguesa registou um excedente externo de 928 milhões de euros, mais 1.203 milhões de euros do que em igual período do ano anterior“, revela também o Banco de Portugal esta sexta-feira. Há um ano o saldo era negativo (havia um défice externo) em 274 milhões de euros.

Excedente externo melhora face a 2020, mas ainda abaixo de 2019

Fonte: Banco de Portugal.

Apesar de melhorar significativamente face a 2020, o saldo acumulado das balanças corrente e de capital continua aquém dos valores de 2019, sendo menos de metade dos 2,2 mil milhões de euros de excedente externo registado até setembro desse ano. A principal diferença entre 2021 e 2019 é o contributo positivo do setor do turismo (exportações de serviços), o qual ainda não recuperou da Covid-19.

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É um profissional confiante? Seis dicas para desenvolver essa característica

A confiança afeta a forma como um profissional comunica, como se apresenta no trabalho e também como os outros o percecionam. Conheça as dicas da Adecco para trabalhá-la.

A confiança é uma qualidade poderosa. Afeta a forma como um profissional comunica, se apresenta no trabalho e também como os outros o percecionam. Em apresentações, reuniões com colegas e clientes ou entrevistas de emprego, por exemplo, estar confiante pode ajudá-lo a alcançar os seus objetivos de carreira. A boa notícia é que, se este não é um traço natural da sua personalidade, há técnicas que o podem ajudar a desenvolver e a melhor projetar a sua confiança.

“É necessário trabalhar para que (a confiança) floresça. A boa notícia é que soar mais confiante no trabalho é mais fácil do que se pensa”, diz a Adecco Portugal, em comunicado.

Estas são as seis dicas da empresa especializada em recrutamento para trabalhar no sentido de enfrentar eventuais medos e inseguranças, e ser um profissional confiante:

1. Fale mais devagar

Sabia que o ritmo a que fala pode ter um grande impacto na disposição de outras pessoas para o ouvirem? “Independentemente de a sua comunicação ser relevante e importante, a forma como o diz pode afetar a forma como os outros o interpretam ou lhe atribuem credibilidade”, alerta a Adecco Portugal.

Se falar mais devagar e escolher cuidadosamente as suas palavras, o que está a dizer parecerá mais importante e elaborado. Terá também tempo para pensar no que está a dizer. Por isso, se tiver tendência para falar rapidamente, abrande um pouco e fale com propósito, sugere a empresa de RH.

2. Escolha cuidadosamente as suas palavras

E, se falar mais devagar, vai também conseguir pensar e escolher com maior cuidado as suas palavras. “As palavras que utiliza terão um grande impacto na mensagem que está a tentar transmitir. Evite o uso de muletas de linguagem que tornam a comunicação menos assertiva. Evite expressões como: ‘Por vezes’, ‘Provavelmente’, ‘Normalmente’, ‘Poderia ser’, ‘Eu penso que’… e congéneres”, aconselha.

Tente manter as frases e declarações curtas e diretas e, sempre que possível, alicerçadas em convicções que demonstrem análise prévia ou factos. Evite divagações.

3. Mantenha uma linguagem corporal positiva

Além da linguagem oral, deve também ter em consideração a sua linguagem corporal, que pode comunicar muito sobre si aos outros. A dica da Adecco é falar com as mãos, algo que “pode ajudá-lo a comunicar entusiasmo sobre um tópico”, ao passo que “tocar constantemente no seu rosto ou cabelo, ajustar a sua roupa e mexer na sua cadeira pode ser uma distração e comunicar falta de confiança da sua parte”.

Faça um esforço consciente para se sentar direito, manter a cabeça erguida e minimizar os movimentos do corpo. “A manutenção de uma linguagem corporal positiva pode ser um desafio. Pode ser necessária alguma prática, pois pode até nem se aperceber que está a mexer-se. Peça a um colega de confiança que avalie a sua linguagem corporal para encontrar formas de a melhorar”, sugere.

4. Assuma a responsabilidade pelas suas ações

Entenda que o erro e o falhanço são normais, e fazem parte do percurso de todas as pessoas. O mais importante é tirar lições desses mesmos erros, fazendo deles uma fonte de aprendizagem. Além disso, é importante assumir o erro, “evite culpar os outros, queixar-se e não leve as coisas a peito”.

“Assumir as culpas quando há um deslize pessoal mostra, além de inteligência e confiança, uma postura de honestidade que os colegas reconhecem positivamente. Não só ganha o respeito dos seus pares e líderes, como irá experimentar interiormente o sentimento de confiança. Assumir a responsabilidade pelas suas ações e trabalhar numa solução para corrigir um erro, também o ajudará a provar a si próprio que é capaz de lidar com qualquer situação. Isto dar-lhe-á confiança em si próprio”, diz a Adecco Portugal.

5. Pare de pensar demasiado

Muitas pessoas pensam demais porque olham para todos os possíveis resultados negativos de uma decisão, e não para os resultados positivos ou prováveis. Este é um fator, segundo a empresa de recrutamento, de grande ansiedade e que pode mesmo comprometer a saúde mental de uma pessoa.

Lembre-se, por isso, de que tem as competências, experiência e formação necessárias para desempenhar o trabalho que lhe foi destinado. “Quando pensa demais e começa a evocar os cenários negativos que podem advir das suas decisões, não só está a afetar o seu nível de autoconfiança, como isso se projeta nos colegas de trabalho. (…) Concentre-se nos resultados positivos, esteja atento quando estiver a pensar demais, tome uma decisão e siga em frente.”

6. Seja você mesmo

A chave de ouro: seja você mesmo. A autenticidade projeta confiança no ambiente de trabalho. Por isso, “relaxe, seja e aceite quem é pessoalmente e como profissional”. “Terá mais confiança nas suas capacidades e outros terão confiança em si também. As ‘máscaras’ nunca são uma boa opção, pois desgastam muito e também colocam em risco a sua saúde mental”, finaliza a Adecco Portugal.

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Negociações para Governo nos Açores não estão fechadas. “Acordo tem de ser mais concreto”, diz Chega

Apesar de os representantes do Chega já estarem "mais confortáveis" com compromissos assumidos para os Açores, o acordo tem de "ser mais objetivo e ter metas temporais".

Depois de o Chega-Açores anunciar que queria rever o acordo escrito que celebrou com os três partidos que integram o Governo regional açoriano (PSD, CDS-PP, PPM), as negociações têm vindo a decorrer e já foram feitos avanços, mas “tudo está em aberto”, aponta o deputado único do Chega no parlamento açoriano, José Pacheco.

“O diálogo está a decorrer finalmente”, sinaliza José Pacheco, apontando que apesar de ainda não estar fechado um acordo, está a ser feita uma “caminhada positiva”, em declarações transmitidas pela RTP3. Tendo em conta os desenvolvimentos dos últimos dias, diz-se, em conjunto com o líder do partido, André Ventura, “mais confortável com garantias que foram dadas até ao momento”.

Entre os temas nos quais já foram feitos avanços encontra-se a “necessária remodelação governativa”, que “será para breve”, bem como a proposta de redução do endividamento da região. Há também compromissos no que diz respeito à proposta do Chega para uma maior fiscalização do RSI, bem como sobre a injeção de dinheiros públicos na SATA.

O Chega-Açores reitera então que o acordo “tem de ser mais objetivo e ter metas temporais”, sendo a expectativa que até ao final de quarta-feira seja tomada uma decisão.

José Pacheco defende que “mesmo não estando satisfeito com a realidade atual nos Açores”, sente o “dever de avaliar nova oportunidade a governo de direita”. Ainda assim avisa que “esta será a última oportunidade que o Chega pudera eventualmente dar ao Governo dos Açores”, lembrando que “as oportunidades implicam compromisso de ambas as partes”.

(Notícia atualizada às 12h15)

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Organizações sociais já podem candidatar-se ao programa social Leapfrog

O programa de reflexão e capacitação, que decorre na Nova SBE, destina-se a organizações sociais com sede em Portugal.

O programa social Leapfrog está de volta, dedicado a organizações sociais com sede em Portugal. As candidaturas para o programa de reflexão e capacitação, que decorre na Nova School of Business & Economics (Nova SBE), estão abertas até 13 de dezembro.

“O programa não tem custos e tem por objetivo ajudar as organizações sociais híbridas (simultaneamente com uma missão social e geração de receitas próprias através da venda de produtos e serviços) a ‘dar um salto’ a nível de impacto e sustentabilidade”, lê-se em comunicado.

Os participantes têm acesso à formação da escola, workshops customizados, apoio de professores e colaboradores, projetos de consultoria com alunos, teses de mestrado, estágios, mentoria de profissionais de gestão, entre outros recursos que envolvem toda a comunidade da Nova SBE.

“Depois de um diagnóstico dos principais desafios da gestão da organização, é definido um plano de ação de acordo com a sua necessidade, maturidade e estrutura em áreas como governance, estratégia, marketing, operações, entre outros”, detalha a Nova SBE Leadership for Impacto Knowledge Center, coordenadora do programa que faz parte da “Iniciativa para a Equidade Social”, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE.

As organizações sociais interessadas em participar devem candidatar-se através deste link. As propostas serão avaliadas pela equipa responsável do programa e um júri composto por seis membros que, posteriormente, selecionam as dez organizações finalistas.

Até à data, o programa nas suas duas edições contou com o envolvimento de mais de 750 pessoas, desde membros das organizações participantes, alunos, antigos alunos, professores, colaboradores e parceiros da Nova SBE.

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Bolt entrega 10.000€ em prémios aos melhores condutores

Campanha "Super Liga" vai premiar os melhores condutores com base no número de viagens realizadas, taxa de aceitação e classificações dos utilizadores.

A Bolt acaba de lançar a “Super Liga”, uma nova campanha que tem como objetivo premiar os melhores condutores, através de um sistema de pontos que pode resultar na atribuição de até 10 mil euros em prémios.

“Lançámos esta nova campanha com o objetivo de motivar os condutores da Bolt e de os desafiar a prestarem um serviço cada vez melhor. Por ganharem pontos consoante o número de viagens que aceitam e o classificação dada pelos utilizadores, são incentivados a prestar um serviço de qualidade acrescida”, começa por dizer Nuno Inácio, country manager da área de ride-hailing da Bolt em Portugal.

No entanto, “preocupamo-nos com o bem-estar dos nossos motoristas e, por isso, não queremos que trabalhem demais”, alerta. Qualquer vencedor, final ou semanal, com uma média diária de horas de condução superior a dez horas, ficará automaticamente com zero pontos e não receberá o respetivo prémio.

A “Super Liga” arrancou no início desta semana, dia 15, e decorre até ao 9 de janeiro de 2022. Os prémios vão ser atribuídos dependendo da pontuação de cada condutor e serão atribuídos numa base semanal, onde os três primeiros classificados recebem 100 euros de bónus na aplicação.

A atribuição de pontos baseia-se em três critérios que incluem o número de viagens finalizadas (num máximo de dez horas diárias), a taxa de aceitação de viagens e os ratings dados pelos utilizadores da aplicação.

Existem também os prémios finais, atribuídos aos três condutores que durante a campanha acumularem mais pontos. O prémio do primeiro classificado será o correspondente ao total dos seus ganhos líquidos durante a competição, com um valor máximo de dez mil euros, o do segundo classificado correspondente a 50% dos seus ganhos líquidos também durante a competição, com um valor máximo de cinco mil euros e, finalmente, o terceiro classificado receberá o correspondente a 30% dos ganhos líquidos, num máximo de três mil euros.

Mais informações e registo para novos condutores estão disponíveis aqui.

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Lidl investe 100 milhões para chegar à Madeira

O retalhista alimentar estima ainda um contributo para a economia local na ordem dos 20 milhões. Está prevista a abertura de três lojas em 2023 e a contratação de 150 colaboradores.

O Lidl vai investir 100 milhões de euros para expandir a operação para a ilha da Madeira. O objetivo é abrir as primeiras três lojas em 2023 e contratar 150 colaboradores.

Com este investimento, o retalhista estima um contributo para a economia local através de compras a fornecedores madeirenses, comerciais e de serviços, na ordem dos 20 milhões de euros, anuncia o Lidl em comunicado.

Segundo Miguel Albuquerque, presidente do Governo regional, “para a Madeira será muito importante este investimento de 100 milhões de euros e 150 postos de trabalho, em 2023, com a dinamização da economia e a perfeita articulação entre a sua atividade e os nossos produtores locais e empresários. O Lidl traz ainda a vantagem da possibilidade de introdução de produtos madeirenses na sua rede internacional”, destaca em comunicado.

Para Elena Aldana, diretora de assuntos públicos e comunicação corporativa do Lidl Portugal, a abertura de lojas na Região Autónoma é sinónimo de “proporcionar a melhor experiência de compra aos habitantes da ilha e trabalhar de forma próxima com parceiros e com a comunidade local, que são para nós fundamentais. Consideramos que estão agora reunidas as condições para darmos este passo, que consolida, uma vez mais, o nosso investimento em Portugal.”

A sustentabilidade mantém-se como um dos principais focos do retalhista. As lojas na Madeira serão dotadas de painéis fotovoltaicos e de postos de carregamento elétricos multi-standard e de carregamento rápido. A frota será também 100% elétrica.

O Lidl está há mais de 25 anos em Portugal e conta com mais de 8200 colaboradores, distribuídos por 265 lojas, de norte a sul do país. A empresa de retalho pertencente ao grupo alemão Schwarz, tem representação em 32 países e conta com cerca de 11.550 lojas e mais de 200 centros de distribuição em 30 países. A nível mundial, o Grupo Schwarz gerou uma faturação de 125,3 mil milhões de euros no ano fiscal de 2020.

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Autoridade da Concorrência já aplicou quase mil milhões de euros em multas desde 2017

Com a "multa" aos supermercados anunciada esta semana, o montante das coimas aplicadas por Margarida Matos Rosa desde que é presidente da Autoridade da Concorrência ascende a 906 milhões de euros.

A Autoridade da Concorrência (AdC) já aplicou quase 1.000 milhões de euros em “multas” desde que a economista Margarida Matos Rosa assumiu a presidência do regulador. O valor exato é de 906 milhões de euros em coimas desde 2017 — de longe, o mais elevado de sempre para qualquer presidente da história da AdC.

O número foi avançado ao ECO por fonte oficial da AdC, no rescaldo de mais uma multa milionária aplicada por esta entidade. Na quarta-feira, o regulador sancionou em quase 24,7 milhões de euros os supermercados Auchan, Modelo Continente e Pingo Doce e o fornecedor Bimbo Donuts, acusando-os de terem participado num esquema de fixação de preços de venda ao consumidor (as empresas vão recorrer da decisão).

O montante de 906 milhões de euros já inclui essa coima aplicada esta semana e 80% deste valor diz respeito a “práticas entre concorrentes”, vulgo cartéis. Em concreto, em 2021, com o ano perto de chegar ao fim, a AdC já registou 120 milhões de euros em coimas em oito decisões condenatórias e quatro notas de ilicitude em diversas áreas, da saúde aos contratos públicos.

Apesar de o número encher o olho, o valor final relativo a este ano deverá ficar aquém do recorde anual alcançado em 2020. No ano passado, a AdC aplicou “coimas no total de 393,2 milhões de euros, no quadro de uma política sancionatória que procura atender às exigências de prevenção geral e especial, garantindo a confiança dos agentes económicos e dissuadindo as empresas de se envolverem em comportamentos anticoncorrenciais”, lê-se no relatório de atividades da AdC.

Foi “o total anual mais elevado de coimas” alguma vez aplicado pela entidade, acrescenta o mesmo documento. Mas tal não teve reflexo nos rendimentos do regulador, ainda que este tenha direito, nos termos da lei, a ficar com 40% do valor das coimas que aplica, transferindo os restantes 60% para os cofres do Estado.

Segundo o referido relatório de atividades, “o total de rendimentos referentes a processos de contraordenação que resultaram na aplicação de coimas por parte da AdC registou, em 2020, um decréscimo significativo relativamente” a 2019. Designadamente, encolheu quase 90% no ano da pandemia, de 482,59 mil euros para apenas 62 mil euros.

A discrepância pode ser explicada com o facto de muitas das coimas aplicadas pela AdC acabarem por ser alvo de recurso, com os processos a arrastarem-se vários anos em tribunal, sem cobrança efetiva até haver uma decisão final. A AdC reconhece apenas o produto das coimas “no momento em que nasce o direito legal ao benefício económico”, ou seja, quando a decisão acaba por transitar em julgado ou quando a “multa” é efetivamente paga à AdC pelo infrator.

Por outras palavras, o regulador da concorrência multa muito, mas tem cobrado pouco. “Nos rendimentos com origem em processos de contraordenação, o decréscimo verificado [de quase 90%] resulta do reconhecimento, em 2020, de apenas uma decisão condenatória que cumpre as condições de reconhecimento do rédito”, secunda o documento.

No final de 2020, a AdC apontava ainda como “recebimentos pendentes” quase 1,18 milhões de euros em coimas. Este valor resulta de dois processos de contraordenação envolvendo empresas que foram declaradas insolventes antes do pagamento dessas “multas”, de acordo com a entidade.

Margarida Matos Rosa, presidente da Autoridade da ConcorrênciaANTÓNIO COTRIM/LUSA

Hipermercados na mira da AdC

Como referido, esta semana foi conhecida a mais recente sanção milionária da AdC, no valor de 24,7 milhões de euros, envolvendo vários supermercados e o fornecedor comum Bimbo Donuts. Só esta última empresa arrisca-se a pagar 7,35 milhões de euros se a decisão de Margarida Matos Rosa for confirmada pelos tribunais.

“Através de contactos estabelecidos através do fornecedor comum, sem necessidade de comunicar diretamente entre si, as empresas de distribuição participantes asseguram o alinhamento dos preços de retalho nos seus supermercados, numa conspiração equivalente a um cartel, conhecido na terminologia do direito da concorrência como hub-and-spoke“, explicou a AdC num comunicado.

Não é o único processo a “apanhar” grandes superfícies de retalho alimentar este ano. No início do mês, a AdC sancionou em 92,8 milhões de euros o Modelo Continente, o Pingo Doce, o Auchan, o E. Leclerc, a Super Bock e duas pessoas singulares por prática de hub-and-spoke.

Fora do setor do retalho, na “lista negra” da AdC entraram ainda este ano a Blueotter e a Egeo, sancionadas em 2,9 milhões de euros pela “implementação de um acordo de não concorrência no mercado da prestação de serviços aos sistemas de gestão de resíduos” no país; e a Natus Medical Inc., multada em 100 mil euros por restringir a concorrência na distribuição de dispositivos médicos essenciais em Portugal, de acordo com informação facultada pelo regulador.

Nem mesmo a Associação Nacional de Topógrafos (ANT) escapou ao regulador liderado por Margarida Matos Rosa, que sancionou a organização em 50 mil euros, acusando-a de “restringir a concorrência no mercado dos serviços de levantamento topográfico”, fixando preços para os mesmos. Em 2021, foram ainda emitidas três decisões sancionatórias por gun-jumping (aquisição do controlo de uma empresa antes da autorização da AdC), “levando a multas totais de 395 mil euros impostas à Fidelidade, SFI Group e AOC Health.

Segundo o balanço feito ao ECO, emanaram também do regulador quatro notas de ilicitude: na área da saúde, envolvendo cinco hospitais privados e a sua associação comercial, por acordo anticoncorrencial; nos serviços de segurança e vigilância, envolvendo sete empresas que estabeleceram um cartel; no mercado laboral, envolvendo a Liga Portuguesa de Futebol e 31 sociedades desportivas; e, novamente, na grande distribuição, envolvendo quatro insígnias de supermercados e um fornecedor de produtos alimentares, domésticos e de higiene pessoal. Ao longo de 2021, a AdC fez também quatro diligências de busca e apreensão.

No ano passado, também houve várias “multas” mediáticas. Um dos casos que fez manchetes nos jornais foi o da “multa” de 84 milhões de euros à Meo, detida pela Altice Portugal, por alegadamente ter estabelecido um cartel com a concorrente Nowo ao abrigo de um acordo que permitiu a esta última entrar no negócio móvel. “No âmbito deste cartel, a Nowo acordou ilegalmente com a Meo não disponibilizar ofertas móveis a cinco euros ou menos”, disse a AdC na altura. A aplicação dessa coima só terá sido possível porque a Nowo denunciou a infração por sua própria iniciativa, tendo beneficiado de clemência.

Margarida Matos Rosa assumiu a presidência da AdC em 28 de novembro de 2016, cargo que ocupa desde então. O seu mandato é de seis anos, pelo que deverá terminar no ano que vem.

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Pandemia encolhe despesas das famílias da UE em 8%

Mais de um quarto da despesa das famílias da UE foram destinadas a habitação, água, luz e outros combustíveis. Por outro lado, diminuíram os gastos com restaurantes, hotéis, vestuário e transportes.

A despesa das famílias na União Europeia (UE) caiu 8% em 2020, devido ao impacto da pandemia e das restrições impostas para travar a propagação da Covid-19 no consumo e na circulação das pessoas. Esta é a maior queda anual registada nesta série estatística, segundo revela o Eurostat esta sexta-feira.

Num ano marcado por confinamentos, atividades fechadas e limitações ao movimento, as maiores reduções nas despesas com o consumo das famílias foram registadas nos setores de restaurantes e hotéis (-38% em comparação com 2019), vestuário e calçado, transportes e recreação e cultura (todos -17%).

Gastos das famílias por tipo de consumo na UEEurostat

Por outro lado, alimentação e bebidas não alcoólicas (+ 3%) e comunicações (+ 2%) foram as categorias onde se observou um maior aumento no consumo das famílias da UE, com as pessoas a passarem mais tempo em casa.

As despesas com habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis também subiram em 2020. Na verdade, em 2020, mais de um quarto (26%) das despesas de consumo das famílias foi dedicado a esta categoria, “tornando-se o maior item de despesa doméstica da UE, à frente de alimentos e bebidas não alcoólicas (15%) e transporte (12%)”, sinaliza o Eurostat.

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Número de passageiros nos aeroportos nacionais duplica, mas continua longe de 2019

O número de passageiros a passar nos aeroportos nacionais duplicou em setembro face ao mesmo mês de 2020, mas continua significativamente abaixo dos valores de 2019.

O número médio diário de passageiros desembarcados em setembro nos aeroportos nacionais duplicou face ao registado no período homólogo de 2020, mas continua “distante” dos valores pré-pandemia, revelam as estatísticas divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

“Em setembro de 2021 aterraram nos aeroportos nacionais 15,8 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 3,6 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos) e ao movimento de 16,8 mil toneladas de carga e correio (registando crescimentos de 46,4%, 95,8% e 35,0%, face a setembro de 2020, respetivamente”, descreve o gabinete de estatísticas.

Apesar de duplicar face a setembro de 2020, o número de passageiros que passaram nos aeroportos nacionais em setembro deste ano fica 39,3% abaixo do movimento de passageiros registado em setembro de 2019, antes da pandemia. Estes dados mostram como, apesar da retoma da economia, o setor das viagens internacionais está a demorar a recuperar.

“No mês de setembro de 2021, verificou-se uma ligeira redução face ao mês anterior, tendo-se registado o desembarque médio diário de 59 mil passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais (60 mil em agosto), representando o dobro do registado no mês homólogo de 2020, mas ainda distante do verificado em setembro de 2019 (98 mil)”, esclarece o INE.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

No acumulando entre janeiro e setembro de 2021, verificava-se um aumento de 3,6% no número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais face ao período homólogo de 2020. Porém, também nesta ótica há uma queda quando a comparação é feita com 2019: houve menos 66,1% passageiros movimentados.

Entre janeiro e setembro de 2021, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, seguindo-se, com um volume de passageiros significativamente mais reduzido, o Reino Unido e a Alemanha“, revela o INE. Nesse período, no caso de França regista-se um crescimento face a 2020, enquanto no Reino Unido e na Alemanha ainda se registam quedas.

A maioria do tráfego aéreo nos aeroportos nacionais destina-se a voos internacionais, representando mais de 75% — o resto corresponde ao tráfego nacional. Dentro do tráfego internacional, a esmagadora maioria tem origem ou destino na Europa (cerca de 70%), seguindo-se a América, África e só depois Ásia.

No que toca à carga movimentada nos aeroportos nacionais, a recuperação é mais rápida: “Entre janeiro e setembro de 2021, registou-se um aumento de 29,1% de carga e correio movimentados nos aeroportos nacionais (-31,8% em 2020)”, nota o INE, notando que face a 2019 a queda só é de 12%. Juntando todos os aeroportos, exceto Lisboa, a carga e correio movimentado até já superou os valores de 2019.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)

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Presidente do BCE avisa que não se devem “retirar prematuramente” estímulos monetários

  • Lusa
  • 19 Novembro 2021

Restringir prematuramente a política monetária não só reduziria ainda mais o rendimento das famílias, como também não resolveria as causas da inflação, diz Lagarde.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, advertiu esta sexta-feira que não é aconselhável “retirar prematuramente os estímulos monetários na zona euro” porque a elevada inflação atual vai diminuir.

Na sua intervenção no 31.º Congresso Bancário Europeu, que decorre em Frankfurt, na Alemanha, Lagarde reiterou que “é altamente improvável que se deem as condições para aumentar as taxas de juro no próximo ano”.

Aliás, acrescentou, quando terminar a situação de emergência pandémica, “será importante que a política monetária, incluindo a compra de ativos, apoie a recuperação e o regresso sustentado da inflação” ao objetivo de 2%.

O BCE vai anunciar as suas decisões em relação às compras de dívida pública e privada após a reunião prevista para meados de dezembro.

Se formos pacientes e constantes agora, estou certa de que estas condições serão cumpridas”, acrescentou a presidente do BCE. Lagarde afirmou-se convencida de que as atuais pressões inflacionistas diminuirão com o tempo e de que, a médio prazo, será atingido o objetivo de uma inflação de 2%.

Esta inflação é inoportuna e dolorosa e há, naturalmente, preocupações sobre quanto tempo vai durar. Levamos essas preocupações muito a sério e acompanhamos os desenvolvimentos com atenção”, disse. A presidente do BCE reconheceu que “uma inflação mais alta reduz o rendimento real das pessoas, especialmente daquelas com rendimentos mais baixos”.

Contudo, sustentou, restringir prematuramente a política monetária não só reduziria ainda mais o rendimento das famílias, como também não resolveria as causas da inflação, porque os preços da energia são fixados globalmente e a política monetária do BCE não pode anular os constrangimentos na oferta.

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