Portugal com mais 8.937 casos de Covid em vésperas do Natal
Mais 8.937 casos de Covid-19, como tinha revelado a ministra da Saúde, e 11 mortos. Incidência continua a subir. Temido diz que país vai chegar a “um recorde de número de casos nos próximos dias”.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 8.937 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.242.545. O boletim desta quarta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 11 pessoas com a doença, para um total de 18.823 óbitos.
A incidência média no território nacional subiu para 579,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) estabilizou em 1,07.
A ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha adiantado, em entrevista à TVI, que esta quarta-feira se confirmariam cerca de 9.000 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, estimando que Portugal atingirá “um recorde de número de casos nos próximos dias”.
“É um facto que o número de óbitos continua relativamente controlado, estando embora o país já com excesso de mortalidade face ao valor de referência”, disse também a governante.
No boletim desta quarta-feira confirmam-se 78.059 casos ativos em Portugal, mais 5.172 face ao balanço anterior. A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas o número de internamentos voltou a aumentar. Há, atualmente, 909 doentes internados em unidades hospitalares (mais cinco nas últimas 24 horas), dos quais 155 em unidades de cuidados intensivos (mais dois).
Verifica-se, ainda, um total de 1.145.663 recuperados desde o início da pandemia, mais 3.754 comparativamente a terça-feira. Há 107.232 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 3.687 nas últimas 24 horas.
Boletim epidemiológico de 22 de dezembro de 2021:
Só a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registou quase metade do total de infeções das últimas 24 horas, tendo confirmado 4.221 novos casos. O Norte teve mais 2.541 casos de Covid-19, seguindo-se a região Centro, com 1.272 novos casos, o Algarve, que contabilizou mais 353 infeções, e o Alentejo, com 183 novos casos. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 85 e 282 novos casos.
As regiões Centro e LVT confirmaram, cada uma, mais três óbitos face ao balanço anterior. No Algarve, morreram mais duas pessoas infetadas com Covid-19, tal como na zona Norte. A Madeira contabilizou mais uma morte por coronavírus.
R(t) mantém-se estável enquanto incidência continua a subir
Os dados da DGS revelam ainda que o valor do R(t), que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, mantém-se em 1,07 a nível nacional e subiu para 1,07 no continente, quando o balanço anterior indicava o R(t) em 1,07 a nível nacional e a 1,06 no continente. Estes valores colocam Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.
Por sua vez, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua a aumentar, estando agora em 579,3 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 582,3 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização, estes valores eram 558,5 casos por 100 mil habitantes e 562,3 casos por 100 mil habitantes, respetivamente).
Novas restrições para época de Natal e do Ano Novo
Desde finais de novembro que os números da pandemia têm disparado, altura em que foi detetada uma nova variante na África do Sul, a B.1.529, também designada por Ómicron. O elevado número de mutações desta estirpe, que lhe confere uma maior transmissibilidade, fez “soar” os alarmes da comunidade científica, estimando-se que, em Portugal, esta estirpe representa já quase metade dos novos casos identificados e que pode vir a ser dominante já no final do ano.
Face ao agravamento da pandemia, o Governo decidiu antecipar em uma semana as medidas que estavam previstas arrancar para a semana de contenção, pelo que o teletrabalho vai passar a ser obrigatório e as discotecas e bares vão encerrar já a partir das 00h00 de 25 de dezembro. O comércio vai voltar também a ter restrições de lotação, tendo sido estabelecido uma pessoa por cada cinco metros quadrados em loja.
Além disso, o Executivo vai alargar a exigência de apresentação de um teste negativo à Covid-19 (PCR ou teste rápido de antigénio) para entrar “nos estabelecimentos turísticos ou de alojamento local, nas cerimónias familiares, como batizados e casamentos”, e também para eventos empresariais, revelou o primeiro-ministro, António Costa, após o Conselho de Ministros extraordinário de terça-feira. Esta exigência funciona também para os espetáculos culturais e para todos os eventos desportivos (salvo indicação em contrário da DGS). Por isso, o Governo vai passar a pagar seis testes rápidos por mês por utente, ao invés dos atuais quatro.
Foi ainda anunciado um conjunto de regras específicas para o período de Natal (24 e 25 de dezembro) e de Ano Novo (30, 31 de dezembro e 1 de janeiro), que incluem a exigência de apresentação de teste à Covid-19 para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano, a proibição de ajuntamentos na via pública de mais de dez pessoas na passagem de ano e a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na rua.
(Notícia atualizada às 16h)
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