Allianz estende por mais 3 anos RC e acidentes pessoais em trotinetes da Bolt

  • ECO Seguros
  • 5 Dezembro 2021

A seguradora alemã vai proteger, por mais 3 anos, os utilizadores de trotinetes Bolt em 26 países europeus, incluindo Portugal. Responsabilidade civil geral e acidentes pessoais são as coberturas.

A Allianz Partners, subsidiária de assistência do grupo Allianz, prolongou a colaboração com a Bolt para uma nova parceria de três anos. A app de mobilidade europeia e a seguradora estabeleceram em conjunto o programa que “fornece automaticamente a todos os utilizadores de trotinetes Bolt dois tipos de seguros incorporados na taxa de utilização”: seguro de Acidentes Pessoais e seguro de Responsabilidade Civil (RC) Geral.

Na eventualidade de um acidente, os utilizadores estão protegidos contra potenciais ferimentos graves (seguro de Acidentes Pessoais), assim como pelos danos que possam causar a terceiros (Responsabilidade Geral), explica um comunicado conjunto.

Na Allianz procuramos ser vanguardistas na promoção de um ambiente seguro para a mobilidade urbana do futuro e estamos extremamente orgulhosos por poder reforçar e alargar a nossa parceria com uma das empresas de mobilidade que mais rapidamente cresceu na Europa”, afirma Michael Maicher, Head of New Mobility for Global Strategic Partnerships na Allianz Partners.

O programa já foi lançado em Portugal, Noruega e Suécia e será implementado em todos os 26 mercados europeus onde a Bolt opera.

“Na Bolt estamos empenhados em garantir que as nossas trotinetes são o mais seguras possível e, atualmente, estamos a trabalhar em várias funcionalidades que contribuem tanto para a segurança dos utilizadores, como para a dos restantes ocupantes da via pública. No entanto e infelizmente, os acidentes acontecem e é aqui que a parceria com a Allianz Partners nos ajuda a garantir uma rede de segurança total para os nossos utilizadores“, complementou Dmitri Pivovarov, Director da micromobilidade da Bolt.

Michael Maicher acrescentou ainda: “não só estamos entusiasmados com o crescimento do futuro dos transportes, juntamente com a Bolt, como também estamos ansiosos por poder alargar a nossa oferta de seguros de micromobilidade a novos mercados como a Estónia, Lituânia e Malta”.

Super app europeia que quer “tornar a mobilidade urbana mais acessível, segura e sustentável”, a Bolt conta com 75 milhões de clientes em 45 países em toda a Europa e África, incluindo o transporte em automóveis e as scooters partilhadas, e a entrega de alimentos e mercearia.

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Seguradores desconfiam dos bons resultados do ramo automóvel

  • ECO Seguros
  • 5 Dezembro 2021

Números do setor até outubro mostram incremento de prémios emitidos, mas o aumento da sinistralidade com feridos graves nos últimos meses pode levar o seguro automóvel de volta ao vermelho.

O bom desempenho evidenciado no ramo do seguro automóvel ao longo dos primeiros meses de 2021, piorou nos últimos meses do ano em consequência do aumento da sinistralidade rodoviária com feridos graves.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) refere um “recrudescimento significativo da sinistralidade automóvel” depois do primeiro trimestre. José Galamba de Oliveira, aponta a ECOseguros quatro motivos para não estar certo de que o ramo automóvel repita os mais de 120 milhões de euros de lucros do ano pandémico de 2020:

  • A retoma da atividade económica, laboral e social que acompanhou a fase de desconfinamento da sociedade repercute-se, evidentemente, na circulação rodoviária e, consequentemente, na respetiva sinistralidade.
  • Os números mais recentes, seja da ANSR, seja das próprias seguradoras, descolaram claramente dos de 2020 e comparam já com os dos anos pré-covid, pontualmente até os superando.
  • Acresce que a gravidade média dos acidentes é agora substancialmente superior à destes anos anteriores ao período covid, com uma carga acrescida de feridos graves.
  • Por último também na área do custo de reparação, são já muito evidentes os efeitos inflacionários que estamos a assistir em muitas áreas da atividade económica nomeadamente nos custos dos sobressalentes e custos da mão-de-obra.

Até final de outubro, de acordo com números disponíveis no sítio eletrónico da APS, a taxa de sinistralidade – quociente entre os custos com sinistros e os prémios brutos emitidos – é estimada em 56,8%, um recuo de 0,9 pontos percentuais face ao período homólogo de 2020, beneficiando do efeito incremento de prémios emitidos e uma relativa estabilização dos custos com sinistros.

A taxa de sinistralidade no ramo automóvel tem descido, pelo menos desde 2018, quando se situou em 78,4%, sucedendo 76,9% em 2019, 66,2% em 2020 (ano marcado por menor circulação rodoviária devida à restrições da pandemia). Acresce que o montante de prémios emitidos no seguro automóvel atingiu 1 707 milhões de euros nos primeiros 10 meses do ano, enquanto os custos com sinistros se mantiveram praticamente inalterados em 963 milhões, segundo dados da associação.

Apesar da evolução no volume de prémios até outubro (mais 1,3% face ao período homólogo de 2020), do declínio nos custos de exploração nos últimos 3 anos (de 27,9% em 2018, para 25,8% em 2020) e da melhoria do rácio combinado, que passou de 106,3% em 2018, para 103,8% em 2019 e 92,1% em 2020, o setor desconfia da continuação da tendência no final de 2021.

Fonte: APS

Face aos indicadores dos seis meses até setembro deste ano, Galamba de Oliveira mostra-se prudente, sublinha o incremento de feridos graves e reitera que “pode ser prematuro assumir já que vamos encerrar 2021 com um rácio combinado abaixo dos 100.”

De acordo com o Panorama do Mercado Segurador 19/20, publicação da série “Seguros em Portugal,” os dados da associação relativamente ao ano passado permitem concluir que “o negócio Não Vida assistiu novamente a um crescimento do seu resultado global para cerca de 402 milhões de euros, ou seja, +71% quando comparado com os valores observados em 2019, consolidando a tendência de crescimento observada já desde 2017”.

“O principal responsável pela evolução positiva nos resultados do segmento Não Vida em 2020 foi, sem dúvida, o ramo Automóvel”, o maior dos ramos não Vida, prossegue o documento indicando que os indicadores do segmento “demonstram um crescimento homólogo absoluto de cerca de +103 milhões de euros (registando assim um resultado total de 122 milhões de euros, em 2020, contra um resultado de 19 milhões de euros, em 2019).” Na mesma publicação, a APS explica que “a quebra de -10,6 p.p. na taxa de sinistralidade do ramo está na génese desta evolução positiva dos resultados e fez com que o rácio combinado do ramo se situasse nos 92,1%, um valor abaixo dos 100% pela primeira vez desde 2008 (ano em registou o valor de 95,8%)”.

O Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões – 2020 (ASF) mostra três empresas de seguros a representarem conjuntamente cerca de 57% da produção (seguro direto) no ramo automóvel, na seguinte proporção: Fidelidade com 24,6%, Generali Seguros com 21,7% e Ageas Seguros 10,6%.

Acidentes rodoviários com menos vítimas mortais, mais mais feridos graves

Entre janeiro e setembro do ano em curso registaram-se 20.476 acidentes rodoviários com vítimas em Portugal continental, dos quais resultaram 284 vítimas mortais, 1.491 feridos graves e 23.938 feridos leves.

Confirmando os motivos apontados pelo presidente da APS, os dados da ANSR (até setembro) indicam uma redução no número de vítimas mortais, menos 18 (-6,0% face ao período homólogo de 2020), mas aumento no número de feridos: mais 120 feridos graves (+8,8%) e mais 1.109 feridos leves (+4,9%), verificando-se também incremento de 4,5% no número de acidentes rodoviários com vítimas (+878), lê-se no mais recente relatório estatístico da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Os dados da sinistralidade rodoviária até setembro (em território continental) permitem comparar as médias destes nove meses com as dos anteriores 5 anos (2016 a 2020). O relatório mostra reduções nos totais de todos os principais indicadores: -14,7% nos acidentes, -18,2% nas vítimas mortais, -6,3% nos feridos graves e -17,3% nos feridos leves.

A colisão foi a natureza de acidente mais frequente (53,3% dos acidentes) apesar de ter estado apenas na origem de 39,8% das vítimas mortais. Por sua vez, os despistes, que representaram 35,2% do total de acidentes, corresponderam a 48,2% das vítimas mortais e a 42,3% dos feridos graves. No que respeita à categoria de utente, considerando as vítimas mortais, 71,1% do total eram condutores, enquanto passageiros e peões corresponderam a 15,5% e 13,4%, respetivamente. Em termos de variação homóloga, verificaram-se reduções de 24,0% nas vítimas mortais com perfil de peão, de 6,4% nos passageiros e de 1,5% nos condutores, correspondendo, respetivamente, a -12 e -3 vítimas mortais (passageiros e condutores) que em 2020.

Ainda, em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, a ANSR refere que os automóveis ligeiros corresponderam a 70,6% do total, com um aumento de 6,3% relativamente ao período homólogo de 2020, sendo ainda referenciadas subidas verificadas nos velocípedes (+19,7%) e nos veículos pesados (+5,8%).

Considerando as vítimas por categoria de veículo, até setembro de 2021, verificou-se que 54,6% do total de vítimas deslocava-se num veículo ligeiro, enquanto 25,1% circulava em ciclomotores ou motociclos, outros 7,9% em velocípedes.

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Liberais alemães coligação para o governo

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Governo de coligação integra o SPD, que designa o chanceler, os Verdes e os liberais, que ficam com a pasta das Finanças.

Os liberais alemães aprovaram este domingo em congresso extraordinário o acordo de coligação com os sociais-democratas e os verdes, que deverá levar à investidura de um novo Governo na próxima quarta-feira. O Partido Liberal (FDP) é o segundo dos futuros parceiros de coligação a ratificar o acordo, depois da aprovação pelo Partido Social Democrata (SPD), do chanceler designado, Olaf Scholz.

O líder dos liberais, Christian Lindner, ministro das Finanças designado, defendeu durante o congresso que o acordo de coligação assenta as bases de um Governo de centro e que não haverá qualquer “viragem à esquerda”. “O acordo descreve uma nova política no nosso país, uma política da inovação, disposta a atrever-se a mais progresso”, afirmou, assegurando que o acordo reflete um grande número de aspirações do FDP, nomeadamente a manutenção de orçamentos equilibrados e a ativação da iniciativa privada na Alemanha.

A travagem da dívida pública deve ser mantida e será mantida, porque a sustentabilidade e a justiça intergeracional não são apenas conceitos da proteção do clima, mas também das finanças públicas“, disse Lindner.

Com a aprovação do pacto pelos liberais, fica apenas a faltar conhecer o resultado da consulta às bases dos Verdes, que será apresentado na segunda-feira, o que permitiria aos partidos assinar o acordo de coligação na terça-feira.

Além do influente Ministério das Finanças, o FDP deverá ficar com a pasta dos Transportes e Digitalização, que ficará nas mãos do secretário-geral do partido, Volker Wissing, assim como com a tutela da Justiça e da Educação, que irão respetivamente para Marco Buschmann e Bettina Stark-Watzinger.

O parlamento federal alemão elegerá em 8 de dezembro para o cargo de chanceler o social-democrata Olaf Scholz, sucedendo aos 16 anos de Angela Merkel no poder. Com o apoio dos três partidos da coligação, Olaf Scholz, de 63 anos, obterá os votos de 416 dos 736 deputados do Bundestag (câmara baixa).

O processo de eleição do chanceler, terceira figura do Estado alemão, a seguir ao Presidente da República Federal e à presidente do Bundestag, obedece a normas muito específicas.

Após a sua eleição pelos deputados, o futuro chanceler é recebido pelo Presidente, que lhe entrega, bem como aos seus ministros, a sua “ata de nomeação”, assinalando o início oficial do mandato de quatro anos.

O chanceler regressa, em seguida, ao Bundestag para aí prestar juramento, antes de se dirigir à chancelaria para a transferência de poder. Será, então, o líder da coligação formada pelos social-democratas, os verdes e os liberais.

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Advogados contra quebra de segredo profissional obrigados na lei

Ordem dos Advogados considera que o regime de prevenção e combate à atividade financeira não autorizada viola o segredo profissional a que os advogados estão obrigados a cumprir.

A partir de 1 de março de 2022, os advogados têm o dever de fazer uma comunicação eletrónica ao Banco de Portugal (BdP) no que toca a “informação sobre escrituras públicas, documentos particulares autenticados ou documentos com assinatura por si reconhecida em que intervenham” de que tenham conhecimento no decorrer da sua função profissional.

Em causa está o novo regime de prevenção e combate à atividade financeira não autorizada e proteção dos consumidores. Ou seja, “a tentativa ou a prática de atos e atividade regulada pela legislação do setor financeiro sem habilitação ou sem registo”.

E há um ponto em concreto que está já a provocar polémica nos advogados. O bastonário dos Advogados, Luís Menezes Leitão, faz o alerta no que toca ao artigo 4.º, que determina o “dever de consulta de conservadores, notários, solicitadores, advogados, oficiais de registo ou câmaras de comércio e indústria e reporte ao Banco de Portugal”.

Na sequência deste regime, a partir de 1 de março de 2022, os notários, solicitadores e advogados devem comunicar eletronicamente ao BdP a informação sobre as escrituras públicas, documentos particulares autenticados ou documentos com assinatura por si reconhecida em que intervenham.

Por tudo isto a Ordem dos Advogados (OA) considera que “os artigos 4.º e 5.º da presente Lei são um ataque direto a esta marca indelével do exercício da advocacia que é o segredo profissional, com o qual, obviamente não pode a Ordem dos Advogados compactuar”. Efetivamente, “não se compreende a que propósito o legislador pretende atribuir aos advogados o dever de colaborar com o BdP na fiscalização da atividade financeira não autorizada, quando não se vê qualquer colaboração de outras entidades com a Ordem dos Advogados no combate ao verdadeiro flagelo que constitui a procuradoria ilícita”, explica Luís Menezes Leitão, bastonário da OA.

Em qualquer caso, essa lei prevê que “o disposto nos n.ºs 1 e 3 não é aplicável sempre que advogados e solicitadores atuem no decurso da apreciação da situação jurídica de cliente ou no âmbito da defesa ou representação desse cliente em processos judiciais. Trata-se de uma norma que limita consideravelmente o alcance do dever de comunicação que surgia na versão inicial deste projeto e que deverá ser usada pelos colegas sempre que estejam em causa situações abrangidas pelo nosso segredo profissional”.

Contactado pelo ECO/Advocatus, João Massano, líder da Regional de Lisboa da OA, defende que se “compreende a necessidade de proteção da regularidade das atividades financeiras”. Mas, acrescenta: “Não podemos, no entanto, aceitar que do diploma resulte a imposição delatória aos advogados, no âmbito do exercício das suas atividades profissionais, resultando da sua aplicação o ‘dever’ de violação do segredo profissional e desconsiderando totalmente a proteção que merece a relação de confiança cliente-advogado, que é essência e imprescindível à atividade advocatícia, à sociedade em geral, e, em particular, ao Estado de Direito”.

Assim, o Conselho Regional da OA manifesta “a sua séria preocupação com a tendência geral do legislador de produção de sucessivos diplomas declaradamente lesivos do segredo profissional dos advogados. De facto, representa mais um ataque inadmissível aos advogados, enquanto classe e à sua Ordem. Ao exercício da advocacia é regido por regras próprias que o distingue de outras atividades, dentro e fora da esfera judicial. O modo indistinto como o legislador têm influído na atividade dos advogados é inaceitável e constitui uma séria ameaça ao Estado de Direito, violando, de modo expresso, direitos e deveres fundamentais”, concluiu.

E o que diz a lei em causa?

  • Um dever geral de abstenção para a difusão, aconselhamento ou recomendação de produtos, bens ou serviços financeiros que sejam publicitados, oferecidos, prestados, comercializados ou distribuídos por pessoas ou entidades que não estejam legalmente habilitadas para o efeito ou que não atuem por conta de pessoas ou entidades habilitadas;
  • Um dever de comunicação do facto acima referido à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, ao Banco de Portugal ou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, consoante a natureza da atividade não autorizada em causa;
  • Dever de consulta, abstenção e reporte ao Banco de Portugal por parte de conservadores, notários, solicitadores, advogados, oficiais de registo e câmaras de comércio e indústria;
    Dever de menção especial nos contratos de mútuo civil de valor superior a €2500;
  • Criação e disponibilização de canais de denúncias destinados à comunicação de factos relacionados com o conhecimento da tentativa ou do exercício de atividade financeira não autorizada;
  • O bloqueio do acesso a sítios eletrónicos (takedown), o bloqueio do protocolo de Internet (IP) ou do sistema de nomes de domínio (DNS) ou a remoção de determinado conteúdo específico ilícito, que tenham por objeto a tentativa ou a promoção ou comercialização de produtos e bens ou a prestação de serviços financeiros por entidades não habilitadas.

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Se adesão à vacinação continuar “não há nada para tornar obrigatório”, diz Lacerda Sales

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde considera que portugueses aderem “histórica e culturalmente” à vacinação.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde considerou este domingo que “não há nada para tornar obrigatório” se a adesão à vacinação contra a covid-19 se mantiver, destacando que os portugueses aderem “histórica e culturalmente” à vacinação.

“Na minha perspetiva, eu acho que se continuarmos com o exemplo de cidadania que hoje aqui estamos a ver, com o exemplo de cidadania que temos visto nos portugueses ao longo destes meses de vacinação, eu acho que não há nada para tornar obrigatório, porque os portugueses aderem por si só a estas mensagens de sensibilização”, afirmou Lacerda Sales.

O governante falava aos jornalistas após visitar o centro de vacinação contra a covid-19 em Leiria e depois de ser questionado sobre as declarações do Presidente da República, que hoje disse, face à adesão “tão grande” à vacinação, que “não se coloca em Portugal a questão” de ter de ser obrigatória. Escusando-se a comentar as palavras do chefe de Estado, António Lacerda Sales argumentou ainda não ser “jurista nem constitucionalista” para se pronunciar sobre essa matéria.

Contudo, destacou que “os portugueses têm uma cultura de sensibilização muito grande à vacinação e é histórica, não é de agora”. “Temos um plano de vacinação com uma cobertura superior a 97%, 98%. Portanto, os portugueses estão habituados a aderir à vacinação, aderem à vacinação histórica e culturalmente”, prosseguiu.

António Sales destacou ainda que se atingiu “a meta de um milhão e meio de pessoas vacinadas” com a dose de reforço contra o novo coronavírus “14 dias antes” da data com a qual o Governo se tinha comprometido.

“Isso deve-se, de facto, ao tal enorme esforço de planeamento e a um enorme esforço dos portugueses”, declarou, referindo que “esta almofada temporal” permite “vacinar, até ao Natal, mais gente dentro das faixas elegíveis”, para que “haja um menor impacto possível sobre a época do Natal nas famílias” e também “um menor impacto possível sobre os serviços de saúde”.

À pergunta se espera este grau de adesão, caso a Direção-Geral da Saúde entenda vacinar crianças com menos de 12 anos, o secretário de Estado respondeu que primeiro é necessário o parecer da Comissão Técnica de Vacinação. “Espero, também, que haja uma adesão grande por parte dos pais das crianças, porque estamos a falar de crianças ainda sem autonomia para poderem decidir”, assinalou, frisando que a vacinação “é feita com segurança e tem eficácia, isso é que é importante”.

Portugal já administrou mais de 1,5 milhões de doses de reforço da vacina contra a covid-19 e mais de 2,06 milhões de doses contra a gripe, anunciou hoje a Direção-Geral de Saúde.

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Mais de um terço dos europeus não poupa para idade da reforma

  • ECO Seguros
  • 5 Dezembro 2021

A lacuna de poupança para a reforma abrange cerca de 40% dos cidadãos europeus com idades entre 18 e os 70 anos. Junto com conclusões de inquérito em 16 países, a Insurance Europe lança recomendações.

Um inquérito realizado junto de mais 16 700 pessoas mostra que 38% dos cidadãos de 16 países europeus não realiza poupança para a idade da reforma. A diferença entre o número dos que efetivamente poupam para essa fase da vida e os que não o fazem alterou-se ligeiramente face ao primeiro inquérito, realizado em 2019 pela Insurance Europe (IE), o qual indicava – com base em amostra mais pequena – que o contingente dos que não poupavam correspondia a 42%.

O Pension Priorities in Europe, novo relatório da federação europeia de associações de seguros (IE) que sumariza resultados do inquérito realizado entre julho e agosto de 2021 apresenta algumas conclusões:

  • Do universo inquirido, 38% assume que não poupa. Destes, 30% afirma que não tem rendimento suficiente;
  • 55% dos que não poupam diz tem planos para o fazer ou precisa de mais informação;
  • Mulheres (44% vs 34% homens) e cidadãos com idades 18-35 anos (40%) estão em maioria entre os que não poupam;
  • Um quinto dos respondentes assume que a Covid-19 teve impacto negativo na poupança para reforma;
  • Entre os que poupam, a segurança do aforro/investimento é de longe a prioridade principal (para 49% dos inquiridos), mais do que o desempenho financeiro associado à poupança.
  • Os que poupam para a reforma 72% continuam a preferir receber informação em formato digital ao invés de papel, preferido pelos restantes 28%

Entre outros aspetos, o relatório da federação europeia de associações de seguros adianta ainda que para a generalidade das áreas abrangidas pelo inquérito, existem diferenças significativas entre países. Por outro lado, o documento conclui também que as respostas dos inquiridos são influenciadas por circunstâncias pessoais, como idade, género, estado civil, escolaridade e emprego.

Além da questão da segurança, principal prioridade para 49% dos inquiridos (percentagem que sobe aos 83% quando se fala especificamente de poupança para a reforma em seguros), 32% apontam a robustez da instituição fornecedora do plano de poupança/pensões é segunda maior preocupação dos inquiridos, seguida da flexibilidade de (poder aumentar ou diminuir, suspender ou retomar) contribuições, ideia defendida por 24% dos respondentes, o regime fiscal aplicado à poupança para a reforma é importante para 23% do universo do inquérito.

Menos importantes na escala de prioridades dos participantes do inquérito surgem tópicos como sustentabilidade (10% das respostas), desempenho financeiro do investimento (14%) e portabilidade (possibilidade de transferir as poupanças de um para outro país europeu) apontada por 9% das respostas.

Quanto à informação que lhes é fornecida antes e depois de decidirem aderir a um plano de reforma, os cidadãos preferem ser informados sobre custos (57% antes de assinarem um contrato e 43% mantêm a exigência quando o contrato entra em vigor). Depois dos custos e das garantias, e a completar as cinco prioridades em termos de requisitos de informação, os inquiridos exigem informação sobre coberturas de seguro, desempenho (rentabilidades) e riscos.

No fecho do resumo estatístico, a Insurance Europe lança desafios e recomendações (aos governos e reguladores) sobre necessidade de aumentar consciencialização das pessoas para necessidade de poupar; promoção de literacia financeira; necessidade de políticas de pensões de reforma consumer centric; prevenir que a regulamentação, em particular o regime Solvência II, não impeça as seguradoras de darem a sua contribuição para resolver a lacuna de poupança para reforma.

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Alexandre Camillo empossado Superintendente de seguros no Brasil

  • ECO Seguros
  • 5 Dezembro 2021

Até à nomeação para o cargo de superintendente, o novo responsável da Susep liderava a Sincor-SP, sindicato que representa empresas e profissionais de seguros da região de São Paulo.

Alexandre Camillo sucede a Solange Vieira na liderança da Susep, organismo regulador dos seguros no Brasil.

Alexandre Camillo, economista e corretor de seguros, foi nomeado a 12 de novembro e no dia 16 tomou posse como superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), organismo regulador para o setor de seguros do Brasil.

Até há poucas semanas presidente da Sincor-SP (Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de todos os ramos de Seguros, Resseguros e Capitalização do Estado de São Paulo), Camillo sucede a Solange Vieira que, em outubro, foi requisitada pelo Governo brasileiro para liderar um novo projeto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao assumir mandato de 3 anos na Susep, o novo superintendente disse que vai empenhar-se em consolidar o crescimento do mercado de seguros, focando o trabalho da superintendência nos consumidores e no aumento do acesso dos produtos de seguros a todas as classes económicas e sociais do Brasil. “Entendo que devemos ampliar a perceção e reconhecimento dos efeitos e ganhos do seguro junto ao poder público, poder político e especialmente junto a sociedade”, afirmou citado num comunicado do organismo regulador.

Economista de formação, Alexandre Camillo é corretor (presidente da Camillo – Corretora de Seguros), acumulando quatro décadas de experiência no mercado de seguros. Além da presidência do Sincor-SP, função que exerceu até 10 de novembro, Camillo esteve nos últimos cinco anos como vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e Resseguros (Fenacor) na região Sudeste.

Seguradoras faturam 35,8 mil milhões de euros até setembro

Dados recentes da CNseg -Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização indicam que o setor terminou o terceiro trimestre com crescimento de 13,4% desde o início do ano.Os dados dos nove primeiros meses de 2021 devem ser comparados com a mesma base do ano anterior, de 2020, que teve recuperação a partir de junho. Por esse motivo, a tendência doravante deve ser de taxas acumuladas progressivamente menores,” referiu Marcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, no editorial do boletim de Conjuntura CNseg (nº57).

A arrecadação acumulada até final de setembro ascendeu a 224,4 mil milhões de reais (35,82 mil milhões de euros), sem considerar o ramo Saúde e sem o DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). O DPVAT é um seguro de trânsito anual cobrado no Brasil junto com o imposto de propriedade automóvel.

Na comparação com os primeiros nove meses de 2020, o segmento de Danos & Responsabilidades registou aumento de 15,1%, Vida & Previdência 13,8% e os seguros de Capitalização 5,6%. Embora registando a terceira quebra mensal consecutiva, em termos sequenciais, o mercado brasileiro de seguros está, em termos absolutos, 14,1 mil milhões de reais acima da faturação de nove meses de 2019, antes da pandemia.

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Ótica dos famosos aposta no fabrico artesanal e na internet

Criada em 1981 pelo casal Plínio e Ana Leal, que batizou o negócio com o nome do filho, a André Opticas soma sete lojas na zona de Lisboa, abriu online e tem um atelier com produção manual de óculos.

A André Opticas nasceu em 1981 pelas mãos do jovem casal Plínio e Ana Leal, que começou a vida profissional como optometrista numa pequena ótica em Oeiras. Tinham 22 e 20 anos, respetivamente, quando decidiram ficar com a loja da irmã de Plínio e criar um negócio diferenciado com uma nova imagem.

O nome da loja foi inspirado no nome do filho do casal, André, que na altura só tinha três meses. “Depois de tanto pensar qual seria o nome que iríamos dar ao nosso negócio, achámos que nada melhor do que o nome do nosso descendente, filho único”, recorda Ana Leal, em entrevista ao ECO.

Quatro décadas depois, a André Opticas tem sete lojas na Grande Lisboa, emprega 60 pessoas e continua a ser um negócio familiar. Plínio e a nora, Rita Leal, são os atuais responsáveis pela gestão financeira. André e a mãe Ana Leal estão à frente da gestão de marcas e da formação das equipas.

Recuando 40 anos, o casal partiu para esta aventura com o objetivo de revolucionar o mundo da ótica em Portugal e acabar com o estigma de que os óculos servem apenas para ver. Começaram a vender artigos de marcas de luxo e a trazer para o mercado nacional o glamour do universo dos óculos.

“Revolucionámos o mercado dos óculos em Portugal. Há 18 anos conseguimos trazer uma série de marcas com que não se trabalhava em Portugal, como Oliver Peoples, Linda Farrow, entre muitas outras. Na questão das marcas fomos pioneiros”, conta Ana Leal, administradora da empresa.

A André Opticas trabalha com várias grandes marcas de luxo de óculos, como Gucci, Dior, Versace, Prada, Chanel, Dolce & Gabbana, Cartier ou Versace. “A única marca de luxo que não trabalhamos é a Louis Vuitton porque eles não vendem produtos fora das suas lojas”, explica André Leal, que faz parte da administração, juntamente com os pais.

O preço dos óculos pode variar entre 120 e os 25 mil euros. Estas últimas, detalha Ana Leal, “são peças com características muito específicas, ouro, pedras preciosas, e não é um produto que se vende todos os dias”.

Desde cantores a atores e apresentadores, a André Opticas tem como clientes algumas figuras públicas, como Pedro Abrunhosa, Manuel Luís Goucha, Rúben Rua, Mariza, Carolina Deslandes, Ana Bacalhau, Ana Moura ou Tim, vocalista dos Xutos & Pontapés.

André Leal conta ao ECO que o público-alvo são clientes de classe média alta, apesar de ter artigos para todos os bolsos. E que os melhores clientes são mesmo os homens. A justificação que dá é simples: “têm menos acessórios do que as mulheres e menos por onde se perder”.

Óculos personalizados e ao vivo

Além de distribuir as principais marcas de moda, a André Opticas dispõe também de produção própria com materiais premium, de forma a criar peças personalizadas e únicas, à medida do cliente. Os óculos são produzidos de forma artesanal e as máquinas que usam na produção são todas antigas, datadas dos anos 1920 aos anos 1940.

É na loja localizada na Rua Serpa Pinto, em Lisboa, que fica o ateliê da André Opticas. Neste espaço é possível produzir uma peça pensada e desenhada pelo cliente, até à reprodução de um modelo antigo, considerando sempre as medidas anatómicas.

E o cliente pode assistir à produção manual dos seus próprios óculos, com toda a mestria e savoir faire das técnicas artesanais do fabrico de óculos. “O cliente escolhe os materiais, pode desenhar os seus próprios óculos ou optar pelo nosso design. São peças únicas feitas à medida. Usamos vários materiais, entre eles, chifre, madeira, madrepérola e temos um artigo de peles vintage que usamos para forrar os óculos”, relata André Leal.

“Ficamos com as medidas anatómicas dos clientes, tiramos uma foto de frente e perfil e os óculos são desenhados em cima da foto do cliente. É uma peça feita à medida”, explica o gestor.

De acordo com o único descendente da primeira geração, “no mundo existem entre 20 a 30 ateliês que fazem este tipo de trabalho”. “No entanto, como o nosso, em que o cliente pode assistir à produção dos seus próprios óculos, não conhecemos nenhum”, acrescenta, com orgulho.

André cresceu no meio dos óculos e tornou-se um especialista no negócio. Tem dois filhos, com 10 e 13 anos, e embora queira manter a carreira profissional deles em aberto, conta que “seria um prazer ver a segunda geração a seguir as pisadas da família” no mundo da ótica.

Loja online aproxima de clientes estrangeiros

Foi há cerca de quatro meses que a André Opticas apostou numa loja online, além de vender também através de outras plataformas, como o Facebook, o Instagram ou marketplaces, como a Farfetch.

André Leal conta que as lojas da Avenida da Liberdade e do Chiado são “muito visitadas por turistas” e que “os clientes acabam por voltar a contactar” devido ao “portefólio de marcas muito particulares”. O gerente relata que a loja online, que tem clientes americanos, asiáticos e europeus, veio tornar as coisas mais fáceis para os clientes estrangeiros”.

Estas duas lojas no centro da capital portuguesa têm um peso bastante grande nos óculos de sol, enquanto as lojas dos centros comerciais representam vendas superiores nas armações e nas lentes. A nível de faturação, os centros comerciais são as locomotivas porque estão abertas mais horas por dia e só fecham dois dias por ano: no Natal e no dia de Ano Novo.

No ano passado, mesmo em plena pandemia, a André Opticas faturou o mesmo que 2019. Os administradores justificam a “faturação em linha” com o contributo do segmento online e com o facto de as óticas não terem sido obrigadas a fechar durante o confinamento. “As pessoas que usam óculos e lentes não podem viver sem isso”, remata Ana Leal.

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Volotea pede até 185 milhões em ajudas ao Governo espanhol

Companhia aérea low-cost reclama um empréstimo estatal depois das perdas de 2020 e para assegurar as rotas e slots que vai ganhar da fusão entre a Air Europa e a Iberia.

A companhia aérea Volotea está a pedir até 185 milhões de euros emprestados ao Fundo de Apoio à Solvência de Empresas Estratégicas (FASEA), criado em julho do ano passado, com o objetivo de ajudar as empresas que tenham sido prejudicadas pela pandemia. De acordo com o Cinco Días (conteúdo em espanhol), a empresa liderada por Carlos Muñoz precisa ainda de financiamento devido à fusão entre a Iberia e a Air Europa.

Com 1.350 colaboradores e uma frota de 40 aeronaves, também a Volotea foi prejudicada pela pandemia. Com fortes perdas em 2020 e ainda a sofrer o impacto da atual crise aérea, a companhia low-cost quer recorrer às ajudas do Governo espanhol. Para isso, pede até 185 milhões de euros ao FASEA, gerido pela Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI).

Um dos argumentos para este pedido de empréstimo tem a ver com a fusão entre a Iberia e a Air Europa, que ia permitir à Volotea receber rotas e slots. A empresa já se tinha financiado em 150 milhões de euros em julho de 2020 para assegurar essas rotas e slots, diz o jornal espanhol.

O Conselho de Gestão do FASEA vai analisar a situação económica e jurídica da Volotea, o impacto que esta sofreu com a pandemia, o plano de viabilidade e as perspetivas de negócio. O financiamento através do FASEA é uma intervenção de último recurso e acontece depois de ser comprovado que o beneficiário não pode continuar a sua atividade sem apoios públicos.

A companhia aérea afirma esperar um fim de 2021 “melhor que o esperado” e lembra que cresceu 26% desde que nasceu, em 2011. A Volotea diz ainda que não espera esgotar os 185 milhões se estes forem concedidos. Citado pelo jornal espanhol, o CEO e fundador da companhia, Carlos Muñoz, afirma que “este empréstimo participativo permitiria reequilibrar os capitais próprios e preparar a empresa para o seu crescimento saudável a longo prazo“.

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ASAE fecha três estabelecimentos e multa 33 por incumprimento de regras

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Estabelecimentos não controlavam apresentação do certificado digital por parte dos clientes. ASAE fechou um restaurante, um bar e uma discoteca.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fechou um restaurante, um bar e uma discoteca e multou mais 33 estabelecimentos, numa mega fiscalização centrada no incumprimento das regras para o atual contexto pandémico, anunciou este domingo aquele órgão de polícia criminal.

Na operação, denominada “Outbreak”, realizada na última noite em colaboração com a GNR e a PSP, foram fiscalizados 82 estabelecimentos de 13 localidades: Porto, Braga, Chaves, Coimbra, Viseu, Covilhã, Lisboa, Cascais, Estoril, Santarém, Almeirim, Évora e Faro.

Num comunicado em que faz o balanço da operação, a ASAE destaca como principais infrações “a falta de observância do dever de verificação, por parte dos responsáveis dos estabelecimentos, do certificado digital ou testes Covid e a falta de observância, por parte dos clientes, do dever de apresentação e detenção de certificado digital Covid da União Europeia”.

A ASAE vai continuar fiscalizações similares em todo o território nacional, “em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar bem como para garantia do cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela situação pandémica”.

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Portugal regista mais 23 mortes e 3.786 casos de Covid

  • ECO
  • 5 Dezembro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma mais de 1,16 milhões de casos. Até ao momento, contam-se 1,08 milhões de pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.786 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 1,16 milhões o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste domingo indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 23 pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.537 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país.

Há nove meses que o país não registava tantas mortes por Covid num dia. É preciso recuar até 9 de março para encontrar um número maior, dia em que se registaram 30 óbitos em 24 horas.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 911 (+32) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 134 (+4) estão nos cuidados intensivos. Há mais de 76 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 1.086.887, mais 1.233 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 61.363 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 5 de dezembro

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 3.786 novos casos registados em todo o país, 1.244 foram nesta região, seguindo-se o Norte com 1.068.

(Notícia atualizada às 14h20 com mais informação)

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📹 Sabe onde são usados os apoios do Portugal 2020?

O ECO preparou um vídeo com algumas das principais áreas apoiadas pelos fundos do Portugal 2020. Em causa estão os incentivos concedidos desde o início do quadro até ao terceiro trimestre de 2021.

São agora 26,8 mil milhões de euros que Portugal tem para apoiar os investimentos em Portugal. Um reforço de 1.000 milhões de euros para a agricultura explicado pela necessidade de garantir a continuidade do financiamento dos projetos em curso. No terceiro trimestre deste ano, o Portugal 2020 tinha uma taxa de compromisso de 111%, acima da dotação prevista para colmatar eventuais quebras ou desistências, e uma taxa de execução de 65%. E sabe onde o dinheiro está a ser usado?

Por exemplo, o Sistema de Incentivos apoiou mais de 20 mil empresas, num total de 13,04 mil milhões de euros de investimento elegível. Foram intervencionados 571 quilómetros de linhas férreas (um indicador que não sofreu qualquer alteração desde o primeiro trimestre de 2019) e mais de 65 mil trabalhadores em ações de formação em contexto empresarial. Os incentivos permitiram ainda apoiar a contratação de 101.447 pessoas, os estágios profissionais de mais de 144 mil e reabilitar mais de 726 mil edifícios públicos ou comerciais em áreas urbanas.

Mas há muito mais. À semelhança do que o ECO já fez, veja o novo vídeo atualizado da utilização dos fundos do Portugal 2020.

http://videos.sapo.pt/fD57FA72oh2TZCzuSRgZ

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