“Temos disponibilidade para a convergência”, diz Jerónimo de Sousa

  • ECO
  • 5 Dezembro 2021

Líder comunista afirma que o partido "fará sempre parte das soluções" que promovam a defesa dos trabalhadores. "Estamos a falar de maiorias de PS, PSD com ou sem o CDS".

A menos de dois meses das eleições legislativas, ainda nada se sabe quanto às possíveis coligações. Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, Jerónimo de Sousa afirma que o PCP não tem compromissos com o PS ou qualquer outro partido, mas que está disponível “para a convergência em função dos conteúdos concretos”.

“Não temos compromissos com o PS ou com qualquer outro partido. Mas temos, naturalmente, uma disponibilidade para a convergência em função dos conteúdos concretos”, disse o presidente dos comunistas. “Estamos a falar de maiorias de PS, PSD com ou sem o CDS, enfim, uma maioria absoluta para o PS resolveria o problema. Deixaria o PS de mãos livres para fazer o que entendesse”, acrescenta.

Sobre os resultados do PCP nas legislativas, Jerónimo de Sousa diz que os comunistas estão “convictos” e “determinados a conseguir alcançar um bom resultado”. “Em relação a desfechos que possam existir no plano eleitoral, nunca eu me considerei um intocável”, afirma.

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Arábia Saudita diz que OMT é “fraca” e pede novo plano para reforçar o turismo

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Arábia Saudita vai liderar com Espanha grupo de trabalho da Organização Mundial do Turismo (OMT). Diz que organização é "fraca" e pede "plano claro" para ajudar na recuperação do turismo.

A Arábia Saudita, que com Espanha vai liderar um grupo de trabalho da Organização Mundial do Turismo (OMT), defendeu este domingo que esta organização é “fraca” e precisa de um plano para ser mais forte, resiliente e sustentável.

O ministro saudita do Turismo, Ahmed Al Khateeb, em entrevista à agência de notícias espanhola Efe, defendeu que a OMT “não é forte, não é como a Unesco”, outra das agências especializadas das Nações Unidas. “Se quisermos que o seja, sem um plano claro, não vamos conseguir”, defendeu.

O governante lembrou que o transporte aéreo e a hotelaria, do setor do turismo, foram em todo o mundo os mais afetados pela pandemia, defendendo haver necessidade de uma organização forte para liderar uma recuperação.

Fortalecer a organização vai exigir, segundo o ministro, uma grande coordenação e cooperação internacional que “esteve ausente durante grande parte dos últimos dois anos”, e tornar mais eficientes e transparentes os métodos de trabalho para garantir benefícios reais e mensuráveis ​aos Estados-membros.

Ahmed Al Khateeb disse que foi a iniciativa saudita de traçar um plano de fortalecimento da organização que levou Estados-membros a solicitar a transferência da sede da OMT de Madrid para Riad, capital da Arábia Saudita, e que se se reuniu nos últimos oito meses com os homólogos de mais de 100 países.

Mas a ideia da mudança da sede não partiu do governo saudita, garantiu, mas dos países que entenderam que tê-la em Riad facilitaria a supervisão do desenvolvimento do plano em causa. Quando o governo espanhol rejeitou a proposta de transferência da sede, os dois países concordaram em trabalhar juntos na proposta saudita, para apresentá-la à assembleia geral, que acaba de aprová-la.

O grupo, no qual todas as regiões estarão representadas, desenvolverá a estratégia da OMT para os próximos quatro anos, que apresentará ao seu conselho executivo dentro de três meses após o início dos trabalhos.

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Há 27 milhões em coimas por pagar ao Banco de Portugal

  • ECO
  • 5 Dezembro 2021

Ricardo Salgado e João Rendeiro são os maiores devedores. Máximo dos Santos admite que possa ser necessário mudar a legislação para evitar incumprimentos.

Desde 2017, o Banco de Portugal (BdP) aplicou 52 milhões de euros em coimas, num total de mais de 900 processos. Contudo, de acordo com o Expresso, contam-se 27 milhões de euros por saldar. Máximo dos Santos admite uma mudança na legislação para impedir a fuga a estas multas.

Dos 52 milhões de euros aplicados em coimas desde 2017, 14 milhões de euros foram suspensos na sua execução, sendo que apenas 38 milhões de euros são coimas efetivas, mas dos quais apenas 11 milhões de euros foram pagos. Ficam, assim, por saldar 27 milhões de euros, de acordo com a informação dada àquele jornal pelo vice-governador do BdP.

O maior montante em dívida diz respeito a Ricardo Salgado. O ex-banqueiro do Banco Espírito Santo (BES) deve 3,7 milhões de euros ao BdP, mas este valor poderá subir para oito milhões de euros pelos processos ainda por concluir. Outro devedor é João Rendeiro, do BPP, que tem uma dívida de 1,5 milhões de euros ao supervisor. Metade das coimas são contraordenações por problemas na comercialização de produtos.

Máximo dos Santos afirma, assim, que não é apenas o BdP que sai penalizado, mas todo o país. O responsável nota que “pode haver problemas legislativos que têm de ser vistos” para evitar estas multas em atraso. E, para isso, admite que possam ser necessário alterar a legislação.

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Presidente da República já dissolveu o Parlamento

Marcelo já assinou o decreto que oficializa a dissolução do Parlamento. Convoca eleições legislativas para 30 de janeiro e diz que são uma "oportunidade de pensar a sério como será a nossa vida".

Marcelo Rebelo de Sousa já dissolveu oficialmente a Assembleia da República, refere uma nota publicada este domingo no site da Presidência. O próximo passo são as eleições legislativas antecipadas, marcadas para 30 de janeiro.

“O Presidente da República assinou hoje o decreto que procede à dissolução da Assembleia da República e à convocação de eleições legislativas para o dia 30 de janeiro de 2022“, lê-se no documento. Esta dissolução foi assinada no último dia do prazo permitido por lei — 55 antes das eleições –, dado que as eleições têm de acontecer entre o 55.º e o 60.º dia após a publicação do decreto de dissolução.

Em declarações aos jornalistas este domingo, o Chefe de Estado afirmou: “Se há temas que exigem escolhas, o momento de escolha ideal é precisamente uma eleição”, disse, reforçando o que tinha dito esta semana, e referindo-se ao novo aeroporto de Lisboa, ao futuro da TAP, ao investimento na ferrovia, ao futuro do ordenamento do território, organização administrativa.

Questionado sobre as expectativas que tem quanto à taxa de abstenção, Marcelo respondeu que espera que esta “diminua e não aumente”, mas que isso vai “depender de os portugueses perceberem como estas eleições são muito importantes”. Além disso, estas eleições são uma “oportunidade de pensar a sério como será a nossa vida daqui por cinco ou dez anos”. “Perder a oportunidade de votar não votando acharia uma pena”, afirmou.

A dissolução do Parlamento acontece na sequência do chumbo da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2020). Marcelo já tinha avisado que, caso os partidos não viabilizassem este documento, iria avançar com a dissolução da Assembleia e convocar eleições antecipadas.

Esta é a 8.ª dissolução do Parlamento desde o 25 de abril, sendo que apenas uma delas não levou a uma mudança no partido mais votado.

António Costa afirmou este sábado que, caso o PS vença as eleições, dará aos portugueses um Governo “mais curto”. “Teremos uma equipa governativa mais curta, mais ágil, renovada”, disse o primeiro-ministro, prometendo um “novo modelo de Governo”, “com competências mais transversais” e “mais adequado aos tempos desafiantes” que o país vive.

(Notícia atualizada às 13h36 com declarações de Marcelo Rebelo de Sousa)

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Presidente da “holding” da família real do Dubai à procura de oportunidades de investimento em Portugal

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Portugal "é um país e um mercado estimulante e temos algumas oportunidades interessantes", diz o xeque Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum, presidente do Grupo MBM.

O xeque Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum inicia este domingo uma visita empresarial a Portugal à procura de novas oportunidades de investimento, sendo que está em processo de constituir a nova empresa Aquila no Porto.

“Estamos em processo de constituição da nossa nova empresa, a Aquila, que ficará sediada no Porto”, disse o presidente do grupo MBM, holding de investimento da família real do Dubai, em resposta por escrito à Lusa.

Este é também um momento para o membro da família real daquele emirado se encontrar com a sua parceira de negócios Carla Maia, disse. “Também estamos a constituir um escritório no Dubai para apoiar as oportunidades de crescimento e investimento que estamos a explorar”, acrescentou.

Questionado sobre se está à procura de novos investimentos em Portugal, Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum respondeu que “sim”. Portugal “é um país e um mercado estimulante e temos algumas oportunidades interessantes”, acrescentou, salientando esperar trazer negócios nos quais tem investido em todo o mundo.

E em que áreas? “Embora geralmente não nos concentremos num setor específico, temos uma série de projetos interessantes, incluindo, mas não se limitando a tecnologia verde, tecnologia de saúde e oportunidades imobiliárias residenciais, comerciais e industriais“.

Sobre se durante esta missão empresarial irá visitar empresas portuguesas, o xeque Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum confirmou, salientando que essa é a “razão principal” da visita, salientando ter uma “agenda muito ocupada”.

Questionado em que setores, o presidente da MBM destacou a saúde, transportes, moda e têxteis, “só para nomear alguns”. Já sobre se terá reuniões com representantes do Governo, o xeque escusou-se a comentar.

O Dubai é considerado um importante hub para Portugal e o país pretende reforçar os laços entre as duas regiões. Sobre o que pensa disso, o responsável afirmou: “Acredito que existe um enorme potencial para as empresas portuguesas nos Emirados Árabes Unidos e Médio Oriente”. Além disso, “Portugal é um país conhecido pela grande qualidade. Criámos a Aquila com o intuito de apoiar as empresas portuguesas no seu caminho de expansão no nosso mercado“, apontou.

À pergunta se considera que o mercado português é atrativo para investimentos do Dubai, Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum foi perentório: “Sim, absolutamente, esperamos que esta viagem seja a primeira de muitas”. E sobre se o grupo MBM poderá investir em Portugal a médio prazo, o presidente garantiu que “essa é a intenção”, pelo que irá estudar as oportunidades.

O xeque Mohammed bin Maktoum Bin Juma Al Maktoum inicia hoje uma visita a Portugal numa missão empresarial, que decorre até 09 de dezembro. Constituído em 2006, o grupo MBM é um escritório da família real com sede no Dubai e uma holding de investimentos com atividades em investimentos, consultoria estratégica e desenvolvimento social e comunitário, de acordo com informação no seu ‘site’. Educação, logística, saúde, consultoria em desportos, turismo e imobiliário são alguns dos negócios setoriais da MBM.

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Bial defende subida de preço de alguns medicamentos para se manterem no mercado

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

"Em alguns casos tem de ser feito [um aumento do preço] ou vamos ter medicamentos que não se pagam a si próprios", diz o CEO da Bial, que se queixa do aumento dos custos de matéria-prima e transporte.

O presidente executivo da farmacêutica Bial, António Portela, defendeu este domingo a subida do preço de alguns medicamentos, para fazer face ao aumento dos custos de matéria-prima e transporte.

“Percebemos que a pressão no orçamento da Saúde é grande, mas em alguns casos específicos tem de ser feito [um aumento do preço] ou vamos ter medicamentos que não se pagam a si próprios, em que o custo é mais caro do que o que está no mercado, se as coisas continuarem a subir”, afirmou António Portela, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.

António Portela considerou “preocupante” o aumento consecutivo do valor das matérias-primas, mas também a impossibilidade de as farmacêuticas poderem mexer no preço dos medicamentos. “Terá de haver casos específicos onde a tutela e a entidade regulamentar terão de olhar para os medicamentos e terão de fazer subida de preços ou não poderemos manter esses medicamentos no mercado”, avisou.

O responsável da farmacêutica alertou ainda que Portugal não tem uma política de criação de reservas de medicamentos, para fazer face a uma situação de crise. “Se acontecesse um desastre natural, uma catástrofe, não temos uma reserva. Temos o que existe nos armazéns. Se não tivéssemos capacidade de fornecer mais, é verdade, faltariam medicamentos”, disse.

E deu como exemplo os Estados Unidos, onde “os medicamentos estão na posse das empresas, mas é como se estivessem consignados ao uso do Estado. É uma política diferente para fazer face a uma catástrofe”. “Em Portugal, somos de brandos costumes e não temos grande política de fazer esse tipo de planeamento”, considerou.

Tudo o que é não Covid foi deixado para trás. Se falarmos com os profissionais de saúde, percebemos que há um défice importante de tudo o que é não Covid.

António Portela

Diretor-executivo da Bial

O CEO da Bial lamentou ainda que, por parte das políticas públicas, tenha havido uma preocupação excessiva com a pandemia: “Tudo o que é não Covid foi deixado para trás. Se falarmos com os profissionais de saúde, percebemos que há um défice importante de tudo o que é não Covid”.

António Portela revelou que no final de 2020 e no primeiro semestre deste ano houve uma redução do consumo de medicamento, em consequência de terem ocorrido menos consultas médicas e menos prescrições. “Nas áreas que não doem, como colesterol, diabetes, Parkinson, as pessoas deixaram de ir ao médico, de fazerem o seguimento, porque se protegeram [da covid-19]”, disse.

Sobre a Bial, António Portela referiu que este ano irá faturar cerca de 330 milhões euros, crescendo “ligeiramente” face a 2020, e que tem conseguido manter o investimento em investigação e desenvolvimento de novos medicamentos graças aos mercados externos, “europeu, americano e japonês”.

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Dívida a empresas portuguesas em Angola supera 500 milhões. 25% estão por pagar, diz AICEP

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Responsável da AICEP em Luanda nota, apesar de tudo, o "esforço sério" do Governo angolano no sentido de "ir desbastando esta dívida", com progressos "consideráveis".

A dívida às empresas portuguesas em Angola ultrapassa os 500 milhões de euros, dos quais cerca de 25% estão ainda por pagar, segundo o delegado da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) no país lusófono. O responsável assina, no entanto, os “progressos consideráveis” que têm sido feitos.

Em entrevista à Lusa, o representante da AICEP em Luanda, Miguel Fontoura, explica que não é possível determinar um montante exato para dívida certificada — ou seja a que é reconhecida pelo Estado angolano — devido aos efeitos cambiais, tendo em conta que uns contratos foram celebrados em dólares, outros em kwanzas e outros em euros, mas é “certamente superior a 500 milhões de euros”.

Do valor certificado, o montante que foi efetivamente pago, também é não fácil de contabilizar pois “há pagamentos em espécie, através de créditos fiscais e de obrigações do tesouro, mas andará à volta de 70 a 75%”, estimou. Miguel Fontoura destacou o “esforço sério” do executivo angolano no sentido de “ir desbastando esta dívida”, com progressos “consideráveis”, apesar das dificuldades causadas pela pandemia e pela crise económica, com Angola a viver o seu sexto ano de recessão consecutivo.

“Apesar de isto complicar a tesouraria das empresas portuguesas, essas empresas nunca puseram em causa o estar em Angola e compreendem que com dificuldade, mas com seriedade, as coisas vão ser resolvidas”, disse, apontando que “não é expectável que tudo se resolva da noite para o dia”.

Sobre os créditos que poderão ser recuperados no próximo ano, afirmou que é difícil antecipar pois vai depender do impacto de três variáveis: o facto de o país ir viver um ano eleitoral e o novo acordo que as autoridades angolanas poderão vir a celebrar com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas, sobretudo, o preço do petróleo, que poderá dar mais ou menos folga para que o Estado angolano vá regularizando as suas dívidas.

Assinalou ainda que o Estado angolano nunca pôs em causa o pagamento da dívida certificada. Quanto à não certificada, o problema é mais complexo, admite. Há dívidas contraídas por empresas públicas e órgãos da administração local, dívidas com contrato do Estado, mas ainda por certificar, num processo que Miguel Fontoura reconhece ser moroso, e “outra área mais cinzenta”, a da dívida que não está assente em contratos, mas sim em promessas de contratos ou manifestações de interesse, cujo valor total não é possível contabilizar.

“Houve um risco”, por parte das empresas, admite o delegado da AICEP, considerando que deve ser visto à luz do contexto e da altura em que foram assumidos esses riscos. “Era uma altura de crescimento económico de 15 e 20%, o Estado angolano tinha uma solidez financeira muito grande e havia uma grande necessidade de recuperar infraestruturas”, justificou.

O Estado angolano tinha pressa e as empresas portuguesas foram “neste caminho de confiança” que dificilmente voltarão a percorrer.

Miguel Fontoura sublinha que esta dívida, que não foi assente em contratos, “tem de ser objeto de análise muito cuidada”, mas acrescenta que se vivem “tempos novos” em que o próprio Estado angolano se mostra mais cauteloso e se apresenta como “bom pagador”. “São tempos novos, de abertura, de clarificação e isso é bom para as empresas portuguesas que sabem com o que podem contar”, declarou à Lusa.

Por isso, acredita que não se vai voltar ao que acontecia no passado: “As orientações do executivo são muito claras” no sentido de que os contratos sejam visados pelo Tribunal de Contas e não dependam de “boa vontade” ou “caprichos”, o que é “um excelente sinal para as empresas”, concluiu.

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Portugal já administrou mais de 1,5 milhões doses de reforço da vacina

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

Este domingo inicia-se o primeiro de quatro dias de vacinação para as pessoas com mais de 50 anos que foram vacinadas com a vacina da Janssen.

Portugal já administrou mais de 1,5 milhões de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 e mais de 2,06 milhões de doses contra a gripe, anunciou este domingo a Direção-Geral de Saúde (DGS).

Em comunicado, a DGS refere que a “intensificação do ritmo de vacinação continua a ser uma prioridade”, pelo que os Centros de Vacinação do país “estão empenhados em vacinar pessoas convocadas através de agendamento central e local, na sua capacidade máxima”.

Segundo a nota, este domingo inicia-se o primeiro de quatro dias de vacinação para as pessoas com mais de 50 anos que foram vacinadas com a vacina da Janssen. A vacinação deste grupo prossegue no feriado de 8 de dezembro e nos domingos seguintes, dias 12 e 19 de dezembro.

“Os centros de vacinação estão a trabalhar para que o processo seja fluído e célere, mesmo com grande afluência, apelando à melhor compreensão dos utentes face a eventuais constrangimentos pontuais que possam ocorrer”, prossegue a nota.

A DGS mantém o apelo à vacinação contra a gripe e contra a Covid-19 e à compreensão das pessoas, lembrando que “esta é a melhor forma de proteção dos mais vulneráveis, especialmente nesta altura do ano, em que as temperaturas são mais baixas”.

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PSD decide na terça-feira se há ou não coligação

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2021

A haver coligação, disse Rui Rio, esta poderá ser apenas extensiva ao CDS-PP e ao PPM. Decisão será tomada terça-feira, dia de Conselho Nacional do partido.

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou este sábado, em Barcelos, que o partido decide na terça-feira se concorre sozinho às eleições legislativas ou coligado com CDS e/ou PPM.

Admitindo que o partido está dividido em relação ao assunto, Rio disse que a decisão será tomada na terça-feira, dia em que se reunirão a Comissão Política Nacional e o Conselho Nacional. Questionado pelos jornalistas, escusou-se a adiantar qual a sua posição pessoal. “A minha opinião, se quero coligação ou não, dou-a na Comissão Nacional”, referiu.

Disse apenas que, a haver coligação, ela poderá ser apenas extensiva ao CDS-PP e ao PPM. Em relação aos nomes dos candidatos a deputados, afirmou que “não riscou nem desarriscou” ninguém.

Nesta deslocação a Barcelos, Rui Rio participou numa cerimónia de homenagem a Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD que morreu há 41 anos. Na freguesia de Manhente, inaugurou o arranjo urbanístico de um largo que tem um busto de Sá Carneiro. Uma ocasião que aproveitou para vincar a frase de Sá Carneiro “primeiro o país, depois o partido e só depois nós próprios”, que Rio considera continuar “a fazer todo o sentido” nos dias de hoje.

Rui Rio participou ainda no encerramento do congresso dos Autarcas Social-democratas, tendo, no seu discurso, manifestado a sua convicção de que o PSD tem todas as condições para ganhar as Legislativas de janeiro e as Autárquicas de 2025. No seu discurso, disse que, atualmente, tende a ser a favor da regionalização, mas desde que seja desenhado um modelo que, desde logo, garanta poupança a nível da despesa pública.

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Parlamento já foi dissolvido sete vezes. Qual foi o resultado?<span class='tag--premium'>premium</span>

O Presidente da República decidiu a dissolução do Parlamento, após o chumbo do Orçamento do Estado. Na grande maioria das vezes, mudou o partido mais votado. Como será nas eleições de 2022?

O chumbo do Orçamento do Estado para 2022 motivou o Presidente da República a avançar para a dissolução da Assembleia da República, levando assim à realização de eleições antecipadas a 30 de janeiro. Esta é a oitava dissolução do Parlamento desde o 25 de abril, sendo que apenas uma delas não levou a uma mudança no partido mais votado.As primeiras dissoluções em democracia ocorreram com pouco espaçamento: em setembro de 1979, em fevereiro de 1983 e em julho de 1985. Foram as três decretadas por António Ramalho Eanes, Presidente da República entre 1976 e 1986. Na primeira, era o PS que estava no poder, mas as eleições acabaram por dar a vitória à Aliança Democrática, formada pelos partidos PSD, CDS e PPM. Já em 1983, após a demissão do então primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão, o

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PRR

Os 7 projetos mais surpreendentes da bazuca portuguesa<span class='tag--premium'>premium</span>

Do consumo de insetos ao trânsito espacial, dos videojogos no meio do Atlântico às fábricas de vacinas e de unicórnios, conheça os investimentos mais originais das "agendas mobilizadoras" do PRR.

Mais de 1.500 empresas, associações, entidades públicas e do sistema científico e tecnológico nacional estão envolvidas nos projetos das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em que se propõem investir 9,7 mil milhões de eurospara aumentar a competitividade da economia portuguesa, com base em Investigação e Desenvolvimento (I&D), na inovação e na diversificação e especialização da estrutura produtiva. Dos 64 consórcios que passaram a primeira fase de seleção– e que estiveram a apresentar os projetos num evento de dois dias no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões (Matosinhos) –, o ECO selecionou os sete mais surpreendentes. Siza Vieira já “sinalizou” a Bruxelas que Portugal deve mobilizar mais recursos através da

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Portugal volta a superar os 100 mil testes num só dia

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2021

Cerca de 113 mil testes à covid-19 foram feitos em Portugal na quinta-feira, superando os cem mil num só dia pela segunda vez desde o início da pandemia.

Cerca de 113 mil testes à covid-19 foram feitos em Portugal na quinta-feira, superando os cem mil num só dia pela segunda vez desde o início da pandemia, revelou este sábado a task-force da testagem.

O maior número de testes num dia foi registado também esta semana, na terça-feira, dia 30 de novembro, quando foram feitos cerca de 117 mil, segundo as autoridades, que sublinharam que todos estes números excluem os autotestes. Antes desta semana, quando entraram em vigor novas regras de controlo da pandemia, com a exigência de testes para mais situações, incluindo a vacinados, o dia de maior número de testes tinha ocorrido em 21 de abril deste ano, com cerca de 98 mil.

A taxa de positividade dos 113 mil testes feitos em 2 de dezembro foi de 2,5%, segundo o comunicado divulgado este sábado pela task-force para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem para SARS-CoV-2 em Portugal.

Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, fizeram-se em Portugal cerca de 300 mil testes e, em 26 de novembro, foram atingidos os 21 milhões desde março de 2020, lê-se na mesma nota. “Em novembro realizaram-se cerca 1,5 milhões de testes de diagnóstico, com uma média diária de cerca de 50 mil testes”, revelou a task-force da testagem à covid-19.

Desde o início da pandemia, fizeram-se cerca de 15,2 milhões de testes TAAN/PCR e aproximadamente 6,4 milhões de TRAg de uso profissional (rápidos), num total de 21,6 milhões de testes. Os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação voltaram a ser gratuitos em 19 de novembro.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos e dos internamentos.

A medida, que abrange agora toda a população, “pretende reforçar a proteção da saúde pública e o controlo da pandemia e vigora até 31 de dezembro”, refere a task-force de testagem, coordenada por Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

No comunicado, o grupo de trabalho lembra que a reativação do regime excecional e temporário de comparticipação “visa contribuir para a deteção e isolamento precoce de casos, prevenir e mitigar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis, assim como reduzir e controlar a transmissão da infeção por SARS-CoV-2 e monitorizar a evolução epidemiológica da covid-19.

Desde 01 de dezembro que no acesso a lares, estabelecimentos de saúde, grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a covid.

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