BEI estuda usar blockchain para emitir “obrigações digitais”

O Banco Europeu de Investimento (BEI) contratou três grandes bancos, incluindo o Santander, para estudar formas de emitir "obrigações digitais" através da blockchain.

Longe vão os tempos em que as obrigações eram em papel e tinham vários cupões que representavam os juros. Mas se o sistema financeiro já é bastante digital, o Banco Europeu de Investimento (BEI) quer dar mais um novo passo em frente.

A instituição está a estudar formas de usar a tecnologia blockchain para emitir “obrigações digitais” em euros. Para isso, contratou o Goldman Sachs, o Santander e a Société Générale, que se encontram a explorar formas de fazer esta ideia… sair do papel.

A notícia foi avançada pela Bloomberg (acesso condicionado). A agência destaca que, a avançarem as emissões de dívida digitais na blockchain, isso iria acelerar fortemente a adoção desta tecnologia nos mercados de dívida. As reuniões com potenciais investidores estão já marcadas para 15 de abril.

Historicamente, o BEI costuma estar na linha da frente da inovação nesta área, tendo sido das primeiras instituições a emitirem dívida verde e obrigações sustentáveis.

A blockchain é uma tecnologia de criptografia que ganhou popularidade com o crescimento das criptomoedas. Sem ela, moedas virtuais como a bitcoin não teriam como existir. É muitas vezes comparada a um livro de registos digital, imutável e inviolável, registando todas as transações.

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EDP Renováveis trava bolsa. Lisboa contraria Europa

Enquanto a Europa ganha com bons indicadores económicos, a bolsa nacional perde valor. A EDP Renováveis condiciona o índice com uma queda de mais de 1%.

Depois da queda na primeira sessão da semana, as bolsas europeias estão de regresso aos ganhos. Lisboa contraria a tendência das restantes praças do Velho Continente, penalizada pela desvalorização dos títulos da EDP Renováveis.

Na Europa, o Stoxx 600 soma 0,1%, sendo que a tendência da generalidade dos índices da região é de ganhos, com os investidores animados pelos bons indicadores económicos. O aumento de 30% das exportações chinesas está a puxar pelo sentimento.

Em Lisboa, o PSI-20 segue a perder ligeiros 0,07% para 5.000,31 pontos, depois de já ter caído 0,21% na sessão anterior. Das 18 cotadas, seis estão a negociar em “terreno” positivo, três inalteradas e as restantes em queda.

A EDP Renováveis destaca-se nas quedas, cedendo 1%. A descida dos títulos da empresa de energias “verdes”, depois da assembleia geral que validou o novo presidente e o CEO, está a ser suficiente para o comportamento negativo da bolsa, numa sessão em que a maior queda cabe à Ibersol: perde mais de 6%.

A EDP, por seu lado, sobe 0,31%, mas a Galp Energia recua apesar da valorização de cerca de 0,5% do petróleo nos mercados internacionais. Também o BCP perde valor, ainda que ligeiramente, colocando pressão no PSI-20.

A manter o índice perto da linha de água, além da EDP, estão as empresas do setor do papel, caso da Altri e da Navigator, com subidas de 0,5% e 0,2%, respetivamente.

A Semapa segue a inalterada, a cotar nos 12,20 euros, isto depois de o conselho de administração ter reiterado que a oferta pública de aquisição (OPA) lançada em fevereiro pela Sodim é “oportuna” e que a contrapartida de 12,17 euros continua a ser “adequada”, isto após revisão em alta face aos 11,40 euros iniciais.

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Investimento em energia eólica aumentou 70% em 2020 na Europa

  • Capital Verde
  • 13 Abril 2021

A WindEurope avisa que os 43 mil milhões investidos são "muito menos do que aquilo que a Europa precisa para cumprir seus objetivos climáticos e energéticos para 2030".

Em 2020 a União Europeia investiu 43 mil milhões em novos parques eólicos, mais 70% do que em 2019 e o segundo maior valor anual registado desde sempre. Este envelope financeiro inclui os 20 GW de nova capacidade instalada que será construída nos próximos anos, mais de metade dos dos quais (13 GW) na UE, de acordo com o relatório anual da WindEurope “Wind Energy Financing and Investment Trends”, divulgado esta terça-feira.

Destes, apenas 17 mil milhões foram para a energia eólica onshore (13 GW de nova capacidade) e a maioria do investimento, de 26 mil milhões, foi para a energia eólica offshore, cobrindo 7 GW de nova capacidade. No que diz respeito à geração de energia a partir do vento no mar, foi a construção de grandes projetos que impulsionou os números offshore, incluindo parque Dogger Bank no Reino Unido, que será o maior parque eólico da Europa quando estiver concluído, e também o Hollandse Kust Zuid na Holanda.

Ainda que seja um enorme salto no investimento, a associação que promove o uso da energia eólica na Europa, sediada em Bruxelas, avisa que estes 43 mil milhões são “muito menos do que aquilo que a Europa precisa para cumprir seus objetivos climáticos e energéticos para 2030″.

“A UE precisa de gerar 27 GW de nova energia eólica por ano para cumprir sua nova meta de redução de emissões de 55%. O principal problema é a taxa de licenciamento de novos parques eólicos demasiado lenta. O dinheiro está lá, mas não estão a surgir novos projetos em número suficiente”, refere a WindEurope em comunicado.

Peninsula Ibérica pode atrair investimento até 60 mil milhões no eólico offshore até 2030

Por seu lado, um outro estudo do EIT InnoEnergy revela que a indústria eólica offshore flutuante tem o potencial de gerar na Península Ibérica um volume de negócios que poderá atingir os 5.000 milhões de euros em 2030. Mas até lá, quanto investimento terá de ser feito, pelos governos e pelo setor privado, para que a região alcance 3GW de energia eólica offshore flutuante instalada em 2030 e 22 GW em 2050? Ao Capital Verde, Javier Sanz, da área das energias renováveis da EIT InnoEnergy disse que o projeto será implementado de forma progressiva e será mais eficiente a nível de custos à medida que ganhe mais maturidade.

O investimento a ser realizado está dependente de vários fatores, como a tecnologia da plataforma flutuante, a dimensão da turbina eólica, da distância até à rede e das restrições do local. No entanto, a expectativa será de um investimento na ordem dos 40 a 60 mil milhões”, disse Sanz, acrescentando: “A nível público os Fundos Europeus de Recuperação poderão ser uma forma de ajudar a consolidar esta indústria, mas isso depende muito de cada país em particular e das suas prioridades”.

“A energia eólica continuou a ser um investimento atraente, apesar da pandemia. Dado que os mecanismos corretos de estabilização de receita estão em vigor, há muito capital disponível para financiar a energia eólica. Isso confirma que a energia eólica pode apoiar a recuperação económica da Europa pós-Covid-19. Cada nova turbina gera 10 milhões de euros de atividade económica na Europa. E a expansão da energia eólica prevista nos Planos Nacionais de Energia e Clima pode criar 150.000 novos empregos até 2030”, afirmou por seu lado Giles Dickson, CEO da WindEurope.

Reino Unido é o que mais investe em energia produzida a partir do vento

Olhando em pormenor para cada país, o Reino Unido foi responsável em 2020 pela maior fatia do investimento em energia eólica na União Europeia: 13 dos 43 mil milhões, seguindo-se a Holanda com 8 mil milhões, depois, a França (6,5 mil milhões) e a Alemanha (4,3 mil milhões). Já a Alemanha e a França foram as que mais investiram em energia eólica onshore. No entanto, a França também financiou o seu segundo e terceiro parque eólico offshore. A Turquia foi o 5º maior investidor, com 1,6 mil milhões de euros e a Polónia em 6º também com 1,6 mil milhões.

“A Europa quer mais energia eólica para cumprir os seus objetivos. A tecnologia está disponível. O dinheiro também. Mas faltam as políticas certas, principalmente quanto ao licenciamento de novos parques onde as regras e procedimentos são muito complexos. A revisão da Diretiva de Energias Renováveis ​​da UE no pacote ‘Fit for 55’ tem de ultrapassar isso. Os governos têm de simplificar o processo de licenciamento e garantir que há pessoas para processar todos os pedidos de licença. Caso contrário, não adianta ter uma meta mais elevada de energias renováveis ​​”, diz Giles Dickson.

A opinião é partilhada por Javier Sanz; “A nível tecnológico ou de produção, a indústria está preparada para dar resposta. O principal desafio é desenvolver os regulamentos para esta área. Atualmente existe um grande esforço em toda a Europa para definir os Planos Espaciais Marítimos, e este é apenas o primeiro de uma série de regulamentos diferentes a serem implementados, uma vez que não existe uma tradução direta dos existentes para a indústria em terra. O Projeto WindFloat em Portugal foi um exemplo muito agradável de como um piloto pode ajudar na maturação das tecnologias, mas também no desenvolvimento paralelo do quadro legal”.

Por enquanto, revela o relatório da WindEurope, os parques eólicos continuam a ser financiados com 60-80% de dívida e 20-40% de capital. O financiamento bancário continua a ser crucial, especialmente em energia eólica offshore. Em 2020, os bancos emprestaram um valor recorde de 21 mil milhões de euros de dívida sem recurso a novos parques eólicos em 2020.

“Como uma das tecnologias renováveis ​​mais maduras e comprovadas que podem ser entregues em larga escala, os projetos eólicos apresentam uma oportunidade extremamente atraente para os investidores. O desafio atualmente enfrentado pelo setor não está no acesso ao capital, mas no acesso a uma carteira de projetos que podem ser investidos. Os investidores estão a trabalhar para preencher essa lacuna, oferecendo soluções inovadoras de estruturação de capital que ajudam a fazer novos projetos acontecerem”, disse Edward Northam, chefe do Green Investment Group Europe.

Na Península Ibérica, diz o responsável da EIT InnoEnergy, “a profundidade do mar é uma vantagem, uma vez que o potencial eólico offshore global em águas profundas é quatro vezes maior do que as zonas de águas pouco profundas. A perspetiva de mercado é que se formos capazes de desenvolver um forte hub de indústria eólica flutuante na região ibérica, será muito mais atrativo do que o fundo fixo do vento”.

Ainda assim, neste preciso momento a energia eólica flutuante está a proporcionar um custo de energia mais elevado do que a energia eólica fixa.

Até agora, cerca de 30 tecnologias diferentes offshore foram testadas ou estão em vias de provar a sua viabilidade. Destas, oito estão a ser desenvolvidas na região ibérica, incluindo o projeto WindFloat Atlantic. O que é mais relevante é que, utilizando as tecnologias acima mencionadas, existe um pipeline de 52 projetos que representam mais de 11 GW que estão identificados e alguns deles estão a iniciar o processo de autorização, refere Sanz.

Outra tendência importante identificada pela WindEurope é o papel crescente dos Contratos de Compra de Energia Renovável (PPA) empresariais no apoio ao financiamento de parques eólicos, refere a WindEurope em comunicado, confirmando que os consumidores empresariais e industriais de energia estão cada vez mais interessados ​​em obtê-la diretamente de parques eólicos.

O relatório dá conta que 2020 viu 24 novos PPA de energia eólica cobrir mais de 2 GW de capacidade, assinados numa variedade de setores, incluindo produtos químicos, farmacêuticos, telecomunicações e TIC. Na prática, os PPAs fornecem receitas estáveis ​​de longo prazo para a energia eólica. Eles tornam mais fácil aumentar a dívida com juros baixos. O mesmo se aplica aos Contratos por Diferença (CfDs) que os governos oferecem cada vez mais em seus leilões de energia eólica: como mecanismos de estabilização de receita, os CfDs reduzem os custos de financiamento e, portanto, reduzem os custos totais da energia eólica.

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Esforço da ADSE é 5,5 vezes superior a cada euro gasto numa consulta

  • ECO
  • 13 Abril 2021

Em entrevista ao Público, a líder da ADSE calculou que, por cada euro de esforço de um beneficiário, o subsistema tem um esforço 5,5 vezes superior.

A ADSE faz um “esforço” 5,5 vezes superior a cada euro que um beneficiário gaste numa consulta. O número foi avançado pela presidente do conselho diretivo do subsistema de saúde, Maria Manuela Faria, numa entrevista ao Público (acesso condicionado).

A responsável mostrou-se ainda certa de que a nova tabela de preços do regime convencionado entre em vigor no segundo semestre, afirmando que teve “grandes melhorias”. “Os benefícios são muitos. Trata-se de uma correção geral da tabela que tinha vinte e tal anos, tem atos médicos novos, tem possibilidade de recurso a técnicas de ponta, há uma maior previsibilidade de custos para os beneficiários, continuamos a financiar a 100% a quimioterapia e radioterapia e este é um fator diferenciador”, explicou.

Maria Manuela Faria afirmou também que, em 2020, a ADSE melhorou o seu saldo significativamente, tendo gastado menos 25% a 30% por causa da pandemia. Este ano, contudo, a atividade regressou a um nível próximo do normal.

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Exportações da China aumentaram mais de 30% em março

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

Empresas exportadoras da China beneficiaram com a reabertura precoce da sua economia, enquanto outros governos continuam a adotar medidas de contenção contra a Covid-19.

As exportações da China aumentaram em março 30,6%, face ao ano anterior, devido ao aumento da procura global, numa altura em que o país asiático é a única grande economia a funcionar sem restrições.

Segundo a Administração Geral das Alfândegas da China, as exportações subiram para 241,1 mil milhões de dólares (quase 203 mil milhões de euros). As importações aumentaram 38,1%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 227,3 mil milhões de dólares (cerca de 191 mil milhões de euros).

“É um sinal positivo de que a atividade económica e comercial global está a recuperar e que a confiança do mercado está a aumentar”, apontou o porta-voz das alfândegas, Li Kuiwen, em conferência de imprensa.

Li alertou que a situação “económica mundial ainda é complicada e severa”.

Os exportadores da China beneficiaram com a reabertura precoce da sua economia, enquanto outros governos continuam a adotar medidas de contenção contra a Covid-19, que limitam os negócios e o comércio.

Nos primeiros três meses de 2021, as exportações dispararam 49%, em relação ao ano anterior, para 710 mil milhões de dólares (597 mil milhões de euros). As importações cresceram 28%, para 593,6 mil milhões de dólares (499 mil milhões de euros).

As comparações homólogas do comércio chinês, no primeiro trimestre do ano, produzem números particularmente sonantes, já que no início de 2020 a China encerrou fábricas e isolou cidades inteiras devido ao novo coronavírus, resultando numa queda acentuada do comércio externo.

As exportações para os 27 países da União Europeia ascenderam aos 36,6 mil milhões de dólares (30,7 mil milhões de euros), enquanto as importações chinesas de produtos europeus fixaram-se nos 27,5 mil milhões de dólares (23,1 mil milhões de euros).

As exportações para os Estados Unidos subiram 53,6%, em março, para 38,7 mil milhões de dólares (32,5 mil milhões de euros), apesar de as taxas alfandegárias punitivas que continuam a vigorar sobre vários bens produzidos na China, na sequência da guerra comercial lançada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.

As importações de produtos norte-americanos pela China, que também foram punidos com um aumento das taxas alfandegárias, em retaliação, aumentaram 74,7%, para 17,3 mil milhões de dólares (14,5 mil milhões de euros).

Biden, que assumiu o cargo em janeiro passado, não deu ainda indicação de que pode retirar as taxas punitivas que deflagraram o maior conflito comercial global de sempre.

Também não existe data para um encontro entre os principais representantes do comércio dos dois países.

O superavit comercial da China diminuiu 30,6%, em março, em relação ao ano anterior, para 13,8 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões de euros).

O superavit com os Estados Unidos cresceu 39%, para 21,4 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros).

O Partido Comunista China estabeleceu uma meta de crescimento económico para este ano acima dos 6%, o que deve impulsionar a procura por petróleo, minério de ferro, alimentos, bens de consumo e outras importações.

A China é o maior cliente do petróleo angolano. Em 2020, o país asiático foi o destino de mais de 27% dos produtos exportados pelo Brasil, segundo dados oficiais.

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Hoje nas notícias: ADSE, IRS e raspadinhas

  • ECO
  • 13 Abril 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ADSE acabou por ter menos despesas em 2020 e viu o seu saldo melhorar. A entrevista à presidente do conselho diretivo, Maria Manuela Faria, destaca-se esta terça-feira na imprensa nacional. Foco ainda no vício das raspadinhas, um problema que tem crescido em Portugal: há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda aos hospitais, centros de apoio a toxicodependentes e até a clínicas privadas.

Esforço da ADSE é 5,5 vezes superior a cada euro gasto numa consulta

A presidente do conselho diretivo da ADSE garante que cada euro gasto por um beneficiário numa consulta representa um esforço 5,5 vezes superior por parte do subsistema de saúde. Numa entrevista ao Público, Maria Manuela Faria considera ainda que a nova tabela de preços do regime convencionado teve “grandes melhorias” e deverá entrar em vigor no segundo semestre deste ano. A responsável disse ainda que, em 2020, a ADSE melhorou o seu saldo significativamente, tendo gastado menos 25% a 30% por causa da pandemia.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado).

Assistentes sociais vão ser vacinados com professores no fim de semana

No fim de semana vão ser vacinadas cerca de 190 mil professores e funcionários das escolas, o primeiro “teste” às estruturas de vacinação em massa. Entre este número encontram-se 32 mil trabalhadores das “respostas sociais”, como serviços de apoio domiciliário, creches e amas. Serão 120 os centros de vacinação, ao invés dos 150 primeiramente anunciados. Nestes centros serão vacinadas cerca de 600 pessoas diariamente.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Primeiros reembolsos de IRS chegam já esta quarta-feira

Na quarta-feira, 14 dias depois do início da campanha de IRS, vão começar a chegar os primeiros reembolsos aos portugueses. O valor a distribuir pelos contribuintes ronda os quatro milhões de euros. A partir de sexta-feira, as Finanças poderão começar a processar maiores reembolsos de uma só vez.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Aumentam pedidos de ajuda para tratar vício das raspadinhas

Há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda para tratar o vício de jogar nas raspadinhas. A maioria dos pedidos é feita junto de hospitais e Centros de Apoio a Toxicodependentes, que têm experiência no tratamento de comportamentos aditivos. Mas as clínicas privadas também já registam um crescimento do flagelo. Segundo um estudo feito há um ano, em média, cada português gasta 160 euros por ano em raspadinhas, 10 vezes mais do que o verificado em Espanha.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Camiões da Fuso chegam à Oceania

A fábrica da Fuso, no Tramagal (Ribatejo), vai exportar para dois novos mercados a uma grande distância: Austrália e Nova Zelândia. Em causa está o modelo eCanter, que já chegou à Austrália com as suas primeiras unidades num projeto-piloto. Nos próximos meses serão entregues mais unidades neste país os primeiros veículos na Nova Zelândia. Este modelo é produzido em Portugal e no Japão, mas foi escolhida a fábrica portuguesa pela semelhança que estes veículos têm com os britânicos, para os quais já exporta.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Operadoras vão informar de “melhores preços” uma vez por ano

Proposta de transposição de lei europeia, apresentada pelo Governo, prevê que as operadoras informem os consumidores dos "melhores preços" que praticam, uma vez por ano.

Todos os anos, as operadoras de telecomunicações vão ter de informar os clientes sobre “os melhores preços” praticados. A medida está na proposta do Governo para transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE).

“Pelo menos uma vez por ano, as empresas [que prestam serviços de comunicações eletrónicas] prestam informações sobre os melhores preços aos utilizadores finais”, lê-se na proposta de lei enviada na sexta-feira à Assembleia da República (AR).

A proposta de lei não é clara quanto à forma como será prestada a informação anual, sendo que ainda pode sofrer alterações no Parlamento. No entanto, a medida deverá servir para manter os consumidores informados das melhores ofertas por parte da respetiva operadora, até porque surge na sequência de outros pontos que versam sobre a prorrogação automática de contratos.

“Antes da prorrogação automática do contrato, as empresas informam os utilizadores finais, de forma clara, atempada e num suporte duradouro sobre a data do fim do período de fidelização e sobre os meios disponíveis para denunciar o contrato [sic] sobre os melhores preços aplicáveis aos seus serviços”, versa também a proposta de transposição apresentada pelo Executivo.

A transposição do CECE, que está atrasada desde 21 de dezembro de 2020, inclui ainda outras medidas em benefício dos consumidores. Entre elas está a implementação de uma espécie de ficha de informação normalizada para o setor das telecomunicações e a criação de um serviço universal de internet de banda larga.

Pelo menos uma vez por ano, as empresas [que prestam serviços de comunicações eletrónicas] prestam informações sobre os melhores preços aos utilizadores finais.

Proposta de lei que transpõe o CECE

Fidelização máxima mantêm-se nos 24 meses

Se há muita coisa que muda, há também artigos que prevalecem. A proposta de transposição do Governo, agora conhecida, não prevê alterações no prazo máximo de fidelização, que se manterá nos 24 meses (dois anos), salvo alterações que venham a ser introduzidas pelo Parlamento.

A preverem-se quaisquer alterações, este seria o momento, pois a Lei das Comunicações Eletrónicas tem vindo a sofrer várias alterações ao longo dos últimos anos. Uma delas visou, precisamente, obrigar as operadoras a disponibilizarem ofertas com outros prazos de fidelização, mas as empresas foram posteriormente acusadas de violarem o espírito da lei, ao cobrarem centenas de euros pela instalação numa oferta sem fidelização.

Em de fevereiro deste ano, Pedro Mota Soares, secretário-geral da Apritel, a associação setorial, defendeu no ECO a manutenção das atuais regras das fidelizações. O responsável considerou as regras “totalmente justificadas e equilibradas” e assumiu não estar “à espera de mudanças nesta matéria”.

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Lei vai prever travão para evitar surpresa na fatura das telecomunicações

A Anacom pode vir a ter poder para impor travões financeiros (ou de volume) nos tarifários de telecomunicações, para que os clientes mais distraídos não tenham surpresas na fatura ao final do mês.

A proposta de transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE) prevê que a Anacom possa definir limites de consumo para evitar que os clientes tenham surpresas na fatura ao final do mês. Estes poderão ser de volume, mas também financeiros.

“As autoridades competentes em coordenação, quando pertinente, com a ARN [entidade reguladora nacional, isto é, a Anacom] podem definir limites de consumo, financeiros ou de volume, a incluir pelas empresas […] nas condições dos respetivos tarifários”, lê-se na proposta de lei entregue pelo Governo à Assembleia da República (AR).

Atualmente, um cliente mais distraído, que não conheça exatamente as condições do serviço que contratou, pode ser surpreendido com faturas de largas centenas de euros ao final do mês, se tiver realizado consumos extraordinários ou fora das condições do contrato. A medida poderia servir para aplicar um travão quando a utilização superasse um determinado montante, como já acontece com os limites de tráfego (os clientes são avisados pela operadora quando estão a aproximar-se do fim do plafond de dados).

Além disso, a proposta de lei também determina que, “caso os serviços” de telecomunicações “sejam faturados com base no tempo ou nos volumes de consumo, as empresas que os oferecem disponibilizam aos consumidores um mecanismo para acompanhar e controlar a utilização de cada um desses serviços, permitindo o acesso a informações atempadas sobre o nível de consumo dos serviços incluídos no plano tarifário do utilizador final”. Isto já acontece com a generalidade das operadoras.

Portugal é um dos Estados-membros da União Europeia que ainda não transpôs o CECE. O prazo terminou a 21 de dezembro de 2020 e o país foi alvo de um processo de infração da Comissão Europeia. A transposição do CECE proposta pelo Governo, cujo teor é agora conhecido, prevê ainda a instituição de uma ficha de informação normalizada para as comunicações eletrónicas e um novo serviço universal de internet de banda larga.

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Com Rt acima de 1, desconfinamento fica sem efeito? Especialistas dizem que deve avançar, mas lutas serão “muito mais locais do que nacionais”

Travagem do desconfinamento poderá ser feita a nível local, dizem especialistas. Mas critérios deveriam ser adaptados, principalmente para pequenos concelhos.

Depois de dois meses de confinamento, as restrições para travar a pandemia têm vindo a ser levantadas, sendo que o Governo desenhou uma matriz de risco para acompanhar o desconfinamento, definindo “zonas” consoante a situação. Com o índice de transmissibilidade (Rt) acima de 1, o país entra no quadradinho que diz que devemos parar e analisar. O que quer isto dizer para as próximas fases do plano? Especialistas ouvidos pelo ECO dizem que o desconfinamento nacional deve avançar, pelo menos em parte, mas deverão ser aplicadas medidas a nível local.

A incidência tem tido uma tendência decrescente, sendo que esteve sempre a cair até ao final de março, tanto na média nacional como do continente. No início deste mês, com o efeito do desconfinamento, o indicador já oscilou para rondar os 70 casos por 100 mil habitantes. Esta segunda-feira, situava-se em 70 casos de infeção por 100 mil habitantes a nível nacional, e 67,4 casos por 100 mil habitantes no Continente.

Já o Rt, que mede quantas pessoas um infetado contagia, em média, tem vindo consistentemente a aumentar, sendo que atingiu a fasquia de 1 no Continente a 5 de abril, enquanto em Portugal se fixava nos 0,98. Dois dias depois, o índice de transmissibilidade era de 1,01 em Portugal e 1,02 no Continente. Já na sexta-feira, dia 9 de abril, era de 1,02 em ambos, subindo mais uma vez esta segunda-feira, para 1,04 nacionalmente e 1,03 no Continente.

Bernardo Gomes explica ao ECO que, “com incidências baixas da doença, o Rt flutua com mais facilidade”. O que acontece quando há menos casos, exemplifica, é que se um caso dá origem a 10, é que “rapidamente o Rt sobe com muita facilidade”. “Mas assim como sobe, se houver controlo efetivo dos surtos também tem tendência a estabilizar ou descer”, aponta.

Desta forma, “com incidência baixa e Rt pouco acima de 1 temos ainda janela de oportunidade para controlar as coisas sem que ganhem proporções”, diz o médico de saúde pública. A “matriz anunciada acaba por dar expressão visual em que há zona de transição verde amarelada, há circunstância em que temos que observar progressão antes de tomar decisões, sobretudo de foro nacional”, sinaliza.

Matriz de risco a 12 de abril:

De facto, é possível verificar que, apesar de entrar no quadrado da “zona laranja”, o país situa-se ainda na zona de transição. O próprio primeiro-ministro admitiu que o Rt passar o 1 não é necessariamente sinal para travar. “Se passarmos o 1, como sempre dissemos, as medidas serão progressivas. Uma coisa é chegarmos a 1,01, outra coisa é termos 1,5 ou 1,2. Temos de graduar devidamente as medidas, agora o esforço que temos de fazer é mantermo-nos no quadrante verde”, indicou António Costa, após a reunião do Conselho de Ministros, a 1 de abril.

O primeiro-ministro adiantou, ainda assim, que existiam concelhos em risco de verem o desconfinamento congelado. Isto se se verificar uma incidência acima de 120 casos por 100 mil habitantes em duas avaliações consecutivas, sinalizando que existiam 19 concelhos (no Continente) em risco de tal acontecer.

Estamos com lutas muito mais locais do que nacionais.

Bernardo Gomes

Médico de saúde pública

Bernardo Gomes aponta assim que “estamos com lutas muito mais locais do que nacionais”, ou seja, para a próxima decisão para o plano de desconfinamento, em 19 abril, “é quase certo que possam ter que haver ajustes a nível local ou sub-regional”. “É possível que o Rt também traduza fenómenos a nível localizado que possam pedir prudência”, admite o especialista.

Outra alternativa é “mediante o cardápio e menu de medidas previstas, possa-se cooptar coisas para mais tarde”, sugere o especialista. Para o médico de saúde pública, é assim provável que o Governo decida, para a próxima fase de desconfinamento, adiar parte das medidas nacionais ou então considerar a hipótese de “congelar desconfinamento a nível parcelar”.

Ricardo Mexia também aponta, ao ECO, que “a disseminação da doença não é a mesma em todas regiões, por isso poderá haver decisão em função das áreas em que esteja menos controlada”. Os especialistas têm vindo a dizer que as “medidas podem e devem ser ajustadas” ao contexto regional, recorda o médico de saúde pública.

Já o infecciologista António Silva Graça admite que “decidir localmente poderá ser forma de tentar controlar situação”, mas alerta que as medidas deverão ter uma maior abrangência, em declarações ao ECO. O “país não é grande e continente e regiões autónomas são mais de 300 concelhos”, recorda, pelo que “se analisarmos cirurgicamente” há alguns problemas.

Por um lado, pela aplicação do critério nos concelhos mais pequenos. Como falamos na incidência por 100 mil habitantes, com poucos casos um concelho com população pouco elevada pode ter níveis de incidência muito elevados sem que a situação seja preocupante, exemplifica. “O critério tem alguns problemas”, reitera.

Tem existido alguma discórdia sobre a aplicação dos critérios aos concelhos mais pequenos, com autarcas destes locais a sinalizar a necessidade de adaptações. Bernardo Gomes também apontou que, nestes municípios, é “importante a questão qualitativa”, ou seja, “perceber se é um surto em que se conhece ligações e está controlado ou transmissão comunitária” em que não se conhecem as origens. A nível concelhio temos que ter uma vertente qualitativa para tomar decisões, defende o médico de saúde pública.

Noutra perspetiva, como há um número de concelhos muito elevado, e alguns são reduzidos não só em população mas também em área, “qualquer intervenção não poderá ser só num concelho, mas numa região maior do ponto vista geográfico e populacional”, sublinha o infecciologista Silva Graça. Defende por isso que a “atuação cirúrgica a nível do concelho não parece prática”, pelo que para que possa ser eficaz, “terá de ter abrangência maior”, até possivelmente indo para regiões.

No ano passado, por exemplo, com o avançar do desconfinamento surgiu um número de casos elevado na capital, o que motivou regras diferentes para a Área Metropolitana de Lisboa. Houve a “possibilidade de circunscrever área metropolitana”, sendo esta uma das formas de “juntar vários concelhos difíceis de separar uns dos outros”, aponta.

Não há razão para pensar neste momento em alterar planeamento de desconfinamento

António Silva Graça

Infeciologista

Apesar de admitir que tal possa acontecer, António Silva Graça aponta que “não há razão para pensar neste momento em alterar planeamento de desconfinamento”. “Sempre que se alivia as medidas que reduzem os contactos entre as pessoas, vírus circula na comunidade e aumenta-se probabilidade de transmissão”, nota, pelo que o Rt “vai acompanhando dinâmica de transmissão”. “Este aumento, desde que seja controlado, é expectável”, concede o especialista.

“Se verificarmos a evolução, este aumento do Rt não tem ultrapassado os 10% ou 12% em relação aos sete dias anteriores: é controlado”, salienta o especialista.

Já no final de março, a ministra da Presidência sinalizou que “há zonas verdes, para lá do 1 [Rt], quando as incidências estão muito baixas, e há zonas verdes acima de 120 [casos por 100 mil habitantes], quando o Rt é menor do que 1″. Assim, com incidências muito baixas, “temos mais margem de viver com pequenas alterações ao Rt do que se tivéssemos incidências grandes”, disse Mariana Vieira da Silva.

António Costa também apontou que “há um efeito puramente matemático em que quanto mais o número de casos vai diminuindo, o ritmo de transmissão vai naturalmente ficando maior. Por isso é que os dois critérios têm de ser sempre lidos em conjunto”, disse, no início do mês.

É assim ainda incerto o que irá avançar, já que dependerá do conjunto de dados. “Se passarmos para o lado da parte laranja de risco, temos que fazer reflexão sobre condições para progredir”, em função dos indicadores, aponta Ricardo Mexia.

Esta semana discute-se também a renovação do estado de emergência, que termina a 15 de abril e, se renovado, irá até ao final do mês. Marcelo Rebelo de Sousa já sinalizou que desejaria que fosse o último, mas é ainda incerto já que a última fase do plano está prevista arrancar a 3 de maio, e o estado de exceção dá cobertura a algumas restrições.

Recordando as fases previstas no plano de desconfinamento, para 19 de abril está planeada a reabertura e o regresso de:

  • Ensino secundário e ensino superior;
  • Cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos;
  • Todas as lojas e centros comerciais, e lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação;
  • Restaurantes, cafés e pastelarias (máximo 4 pessoas ou 6, por mesa, em esplanadas) até às 22h ou 13h ao fim-de-semana e feriados;
  • Modalidades desportivas de médio risco, atividade física ao ar livre até 6 pessoas e ginásios sem aulas de grupo;
  • Eventos exteriores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 25% de lotação.

Já para 3 de maio, a última fase delineada no plano do Governo, prevê-se:

  • Restaurantes, cafés e pastelarias (máximo 6 pessoas ou 10, por mesa, em esplanadas) sem limite de horários;
  • Todas as modalidades desportivas, atividade física ao ar livre e ginásios;
  • Grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 50% de lotação.

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Prova dos 9: Rendimentos ilícitos têm de pagar IRS?<span class='tag--premium'>premium</span>

Afinal, os rendimentos obtidos de forma ilícita têm ou não de ser declarados em sede de IRS? Sócrates não será pronunciado pelo crimes de fraude fiscal. O que dizem os especialistas em direito fiscal?

José Sócrates não será pronunciadopelos três crimes de fraude fiscalde que estava acusado, uma vez que, segundo explicou o juiz Ivo Rosa, não existe qualquer norma legal no ordenamento jurídico português que imponha a um cidadão a obrigação de "declarar em sede de IRS ganhos provenientes da prática de um crime". Os especialistas em direito fiscal ouvidos pelo ECO sublinham, contudo, que não há dúvida de que mesmo os rendimentos obtidos de forma ilícita devem ser sujeitos a tributação.Nas 118 páginas da sua decisão, o juiz Ivo Rosa começa por questionar porque foram apontados três e não dez crimes de fraude fiscal, um por cada ano em que o arguido não declarou esses rendimentos ilícitos, entre 2006 e 2015. Sócrates terá recebido esse dinheiro, em luvas, do Grupo Espírito Santo, do

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Número de estudantes com bolsas de estudo aumenta para 75 mil

  • Lusa
  • 13 Abril 2021

Já foram atribuídas 74.809 bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, o que representa um aumento de mais cerca de 2.600 bolsas do que no último ano.

O número de estudantes de universidades e politécnicos que beneficiam de bolsas da ação social aumentou 4%, face ao total de 2020, atingindo perto de 75 mil alunos, anunciou hoje a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Segundo um comunicado da DGES, até 09 de março foram atribuídas 74.809 bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, o que representa um aumento de mais cerca de 2.600 bolsas do que no último ano.

Depois de garantir que a implementação das medidas para compensar os estudantes dos efeitos da Covid-19 tem sido “prosseguida de forma sistemática”, a direção-geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) avançou que estão ainda contratualizadas 5.225 bolsas ao abrigo do programa +Superior, o que significa um aumento de 18% em relação a 2020.

Este programa pretende incentivar e apoiar a frequência de instituições de ensino superior por estudantes economicamente carenciados que residem noutras regiões, com o objetivo de contribuir para a coesão territorial.

De acordo com a DGES, foram também atribuídos 24 auxílios de emergência a alunos durante este ano letivo, no âmbito das medidas de minimização dos efeitos da pandemia.

Até ao final de março, a DGES tinha efetuado o pagamento de 73.185 bolsas, mais 08% que no mesmo mês do ano anterior.

Relativamente, às bolsas de frequência destinadas a estudantes com necessidades educativas especiais, a DGES assegurou que estavam pagas 1.025 bolsas a alunos com incapacidade igual ou superior a 60%.

Até ao dia 09 de abril, encontram-se submetidas 1.102 candidaturas às Bolsas de Estudo para Frequência no Ensino Superior de Estudantes com incapacidade igual ou superior a 60%.

“Considerando que a atual crise pandémica veio aprofundar dificuldades de ordem social, pedagógica e de saúde existentes, especialmente na comunidade estudantil, o MCTES recomendou que as instituições de ensino superior desenvolvam programas próprios de mitigação e compensação dos efeitos da Covid-19 nos seus estudantes”, refere ainda o comunicado.

Nesse sentido, as atividades letivas à distância e a retoma das atividades presenciais previstas para 19 de abril “devem ser acompanhadas por uma particular atenção aos estudantes, devendo ser garantido, sempre que necessário, o apoio psicológico e o acompanhamento do estado da saúde mental da comunidade académica, em estreita articulação com as associações e federações de estudantes”, adiantou a direção-geral.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o Presidente da República ouve os partidos quanto a um prolongamento do estado de emergência, o Conselho de Finanças Públicas publica previsões macroeconómicas.

Esta terça-feira é dia de o Presidente da República ouvir os partidos com assento parlamentar sobre uma eventual renovação do atual estado de emergência, momentos depois de uma nova reunião do Infarmed. Destaque ainda para as estatísticas que serão publicadas pelo Conselho de Finanças Públicas.

Marcelo reúne com partidos para discutir estado de emergência

O Presidente da República vai reunir-se esta terça-feira com os partidos com assento parlamentar para os ouvir sobre uma eventual renovação do atual estado de emergência, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica nos últimos dias. Recorde-se que o país está em estado de emergência até dia 15 (quinta-feira), mas Marcelo Rebelo de Sousa deverá renová-lo por mais 15 dias, ou seja, até ao final de abril.

Decorre nova reunião do Infarmed

Vai decorrer esta terça-feira de manhã mais uma reunião do Infarmed, que será relevante para decidir o que fazer com a terceira fase do plano de desconfinamento, que vai arrancar a 19 de abril. Dependendo das conclusões que saiam desta reunião, e depois de ouvir todos os partidos, o Presidente da República vai decidir se renova, ou não, o estado de emergência. A decisão final será tomada no dia seguinte no Parlamento.

Ministro da Economia de visita à Efacec

O ministro da Economia vai visitar esta terça-feira à tarde a Efacec, em Matosinhos. Recorde-se que a reprivatização dos 71,73% da Efacec era para acontecer no ano passado, tendo acabado por ser adiada para o primeiro semestre deste ano. Contudo, de acordo com o Expresso, o processo poderá voltar a derrapar para depois do verão. A lista dos candidatos finais deveria estar fechada até 23 de março, mas isso não aconteceu.

Ex-secretário de Estado ouvido na comissão de inquérito ao Novo Banco

Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações (durante o mandato de Pedro Passos Coelho) vai ser ouvido esta manhã na comissão de inquérito ao Novo Banco, depois de ter trabalhado com o Banco de Portugal no processo de venda do Banco Espírito Santo. Este ex-governante é um dos muitos que estão e vão ser chamados ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre este tema.

Conselho de Finanças Públicas publica previsões macroeconómicas

O Conselho de Finanças Públicas vai divulgar esta terça-feira um conjunto de pareceres, entre os quais previsões macroeconómicas subjacentes ao Programa de Estabilidade 2021-2025. Além disso, será ainda conhecida a evolução orçamental das Administrações Públicas em 2020, num ano que foi marcado pela pandemia.

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