Cellnex quer 65 torres de telecomunicações detidas pela Oni

  • Lusa e ECO
  • 9 Abril 2021

Depois de ficar com as torres da Altice e da Nos, a Cellnex, através da Omtel, quer ficar com a exploração das torres e infraestruturas de apoio da Onitelecom.

A Autoridade da Concorrência (AdC) foi notificada da aquisição pela Omtel de um direito de exploração comercial do conjunto de 65 torres de telecomunicações detidas pela Onitelecom, segundo um aviso publicado no ‘site’ da entidade.

A AdC recebeu, no dia 1 de abril, “uma notificação de uma operação de concentração de empresas”, que “consiste na aquisição pela Omtel” de um direito de exploração comercial de um conjunto de ativos detidos pela Onitelecom, lê-se no aviso.

Os ativos em causa são “65 torres aptas ao alojamento de equipamentos de telecomunicações, bem como as respetivas infraestruturas de apoio, atualmente operadas pela Oni à luz de um contrato de cedência de utilização entre a Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. […] e a Oni […], válido até ao termo da Concessão Brisa (atualmente fixado em 31 de dezembro de 2035)”, refere a AdC no aviso, com data de quinta-feira.

A Omtel é uma sociedade detida pela Cellnex, operador europeu independente de infraestruturas de telecomunicações que suportam equipamentos de ligações sem fios. A AdC diz ainda que as observações sobre esta operação de concentração devem ser-lhe remetidas no prazo de dez dias úteis, contados da publicação do aviso.

Em abril de 2020, a Cellnex anunciou a compra à Nos da totalidade do capital social da Nos Towering, num acordo com um pagamento inicial de 375 milhões, mas cujo valor total pode ascender a 550 milhões de euros em seis anos.

Em 2020, os prejuízos da Cellnex agravaram-se para 133 milhões de euros, contra nove milhões um ano antes, devido a “elevadas amortizações” e custos financeiros associados a aquisições, enquanto as receitas atingiram os 1.608 milhões de euros, um aumento de 55% face a 2019.

Na altura da divulgação dos resultados, em fevereiro, o presidente executivo da Cellnex, Tobias Martinez, afirmou que 2020 foi “um ano excecional na história da Cellnex num momento igualmente excecional da nossa história”.

“Novas operações de crescimento na Áustria, Dinamarca, França, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Suécia e Reino Unido consolidaram e expandiram” a presença europeia da Cellnex, acrescentou, citado em comunicado, referindo que o grupo tinha compromissos de investimentos de 16 mil milhões de euros em 2020 e mais nove mil milhões de euros anunciados já no início deste ano.

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Banca empresta todo o dinheiro da injeção no Novo Banco

  • ECO
  • 9 Abril 2021

Governo já fez primeiro contacto com bancos por causa do empréstimo ao Fundo de Resolução para financiar a injeção do Novo Banco. Banca prepara financiamento de 500 milhões de euros.

O Governo pediu aos bancos para financiarem a totalidade da injeção do Fundo de Resolução no Novo Banco, estando a ser preparado um empréstimo de 500 milhões de euros, segundo avança esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago).

O banco liderado por António Ramalho pediu 598 milhões de euros ao Fundo de Resolução por contas das perdas de 2020 e do impacto no rácio de capital, ao abrigo do mecanismo de capital contingente, sendo que o fundo liderado por Máximo dos Santos tem dúvidas sobre 166 milhões de euros, pois dizem respeito a perdas relacionadas com a descontinuação da operação em Espanha. Nessa medida, estará em cima da mesa uma injeção de 432 milhões de euros.

O Jornal de Negócios (acesso pago) já tinha adiantado esta semana de que o Ministério das Finanças e os bancos estavam em conversações há algumas semanas por causa de um empréstimo ao Fundo de Resolução na ordem dos 400 milhões de euros, acima dos 275 milhões previstos inicialmente pelo ministro João Leão.

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Taxa de poupança das famílias da Zona Euro perto dos 20%

Segundo dados do Eurostat, também a taxa de investimento das famílias da Zona Euro subiu nos últimos três meses de 2020, para os 9,1%. Este é o valor mais elevado desde 2011.

A taxa de poupança das famílias da Zona Euro atingiu, no quarto trimestre do ano passado, os 19,8%. Trata-se do segundo valor mais alto já registado neste indicador, que tem vindo a ser contabilizado desde 1999. Nos últimos três meses de 2020, também a taxa de investimento destas famílias subiu, para o valor mais alto desde 2011.

De acordo com o Eurostat, entre outubro e dezembro de 2020 a taxa de poupança das famílias residentes na zona do Euro foi alvo de um aumento na ordem dos 2,5 pontos percentuais, face ao trimestre anterior, quando esta taxa estava fixada nos 17,3%.

Até ao momento, apenas a taxa registada no segundo trimestre de 2020 supera os valores agora conhecidos. Isto porque, entre abril e junho desse ano, foi registada uma taxa de poupança de 25,0% na Zona Euro, a percentagem mais elevada alguma vez identificada, reflexo dos efeitos do confinamento no consumo das famílias. Já em comparação com o período homólogo, a taxa de poupança registada no último trimestre de 2020 fica bem acima dos 13,0% registados nos últimos três meses de 2019.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, o “aumento da taxa de poupança” agora registado é essencialmente “explicado pela queda do consumo”, na ordem dos 3,7%. Ou seja, as restrições aplicadas a grande parte das populações europeias, no último ano, para conter a propagação da pandemia de Covid-19 tem tido um impacto positivo na poupança das famílias.

Por outro lado, os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat mostram que a taxa de investimento das famílias residentes na Zona Euro alcançou, no quarto trimestre do ano passado, o valor mais elevado desde 2011, tendo atingido os 9,1%. É um aumento de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior (8,7%).

Também no que toca às empresas, a taxa de investimento na Zona Euro cresceu face ao trimestre anterior (23,2%), para os 23,4%. Porém, está em causa uma quebra face ao último trimestre de 2019, onde este indicador estava nuns mais elevados 25,7%.

Por sua vez, a margem de lucro das empresas também registou um crescimento face ao terceiro trimestre de 2020. Se entre julho e setembro essa margem foi de 39,1%, nos três meses seguintes subiu 1,3 pontos percentuais, para os 40,4%. Aumento esse que também se verificou em comparação com o período homólogo (40,1%).

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Insolvências aumentaram 33% entre janeiro e março atingindo o valor mais alto em três anos

Só em março insolvências aumentaram mais de 66% face ao período homólogo. Já as constituições diminuíram no primeiro trimestre (-17,8%), mas aumentaram no mês de março (+36,5%).

Entre janeiro e março de 2021 foram registadas 1.579 insolvências, mais 33% que no mesmo período do ano passado, refere a Iberinform, filial da Crédito y Caución, em comunicado. Só em março insolvências aumentaram mais de 66% face ao período homólogo.

As 1.579 insolvências registadas no primeiro trimestre correspondem ao valor mais alto dos últimos três anos. Só em março foram registadas 560, mais 66,7% que no período homólogo. Segundo a Iberinform, este grande aumento deve-se, em parte, ao encerramento dos processos de insolvência. Porém, a empresa avisa que, em março do ano passado Portugal iniciava o seu primeiro confinamento devido à pandemia de Covid-19, “facto que condiciona a análise comparativa dos dados mensais”.

Foi em Lisboa e no Porto que se verificou o maior número de insolvências. Face ao primeiro trimestre de 2020 em Lisboa houve mais 359 insolvências (+52,8%) e no Porto mais 388 (+28,5%). No entanto, o maior valor percentual foi verificado em Vila Real (+ 325%).

Por outro lado, as insolvências decresceram em cinco distritos: Bragança (-57,1%), Faro (-23,2%), Évora (-16,7%), Santarém (-13,5%) e Leiria (-9,8%).

Quase todos os setores de atividade viram um maior número de insolvências nos primeiros três meses de 2021, face ao período homólogo, exceto agricultura, caça e eesca (-6,95%) e na indústria extrativa que se apresentou estável. Os outros setores registaram aumentos percentuais muito variados: “eletricidade, gás, água (+200%), telecomunicações (+200%), hotelaria e restauração (+124,4%), comércio de veículo (+74,2%), comércio por grosso (+29,8%), outros serviços (+28,5%), construção e obras públicas (+28,2%), comércio a retalho (+23,2%), indústria transformadora (+20,5%) e transportes (+12,7%)”.

Quanto às constituições, estas diminuíram no primeiro trimestre (-17,8%), mas aumentaram no mês de março (+36,5%).

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Balança de pagamentos europeia excedentária em 110,3 mil milhões

O excedente da balança comercial aumentou no quarto trimestre de 2020 relativamente ao trimestre anterior, enquanto a balança de rendimentos continua deficitária.

A balança de pagamentos da União Europeia (UE) registou um excedente de 110,3 mil milhões de euros no último trimestre do ano passado, uma subida relativamente ao trimestre anterior, quando tinha registado um excedente de 81,1 mil milhões, referem os dados do Eurostat.

Entre outubro e dezembro de 2020, a balança de pagamentos do bloco comunitário cresceu para o equivalente a 3,2% do PIB, o que mostra uma melhoria face aos 66 mil milhões de euros (1,9% do PIB) observados no mesmo trimestre de 2019.

Após ter sido feito um ajuste para retirar as variações sazonais, o excedente nas transações de bens aumentou, passando de 9,7 mil milhões de euros para 11,7 mil milhões de euros, enquanto o excedente da balança comercial dos serviços também cresceu, passando de 9,7 mil milhões de euros para 27,1 mil milhões de euros, refere o gabinete de estatísticas.

Evolução da balança de pagamentos da UE:

Fonte: Eurostat

O défice na balança de rendimentos primários, que se refere principalmente aos rendimentos vindos de empréstimos e investimentos, aumentou para 8,9 mil milhões de euros (tinha sido de 2,7 mil milhões no terceiro trimestre), enquanto o défice dos rendimentos secundários, que destaca as transferências de pagamentos, melhorou, passando de 17,9 mil milhões de euros para 15,6 milhões de euros.

Numa análise aos Estados-membros, e com base em dados não ajustados à sazonalidade, a UE observou excedentes externos em conta corrente com o Reino Unido (46,8 mil milhões de euros), Estados Unidos (31 mil milhões), Suíça (24,9 mil milhões), Brasil (9,3 mil milhões), Hong Kong (5,9 mil milhões), Rússia (4,7 mil milhões), Canadá (4,6 mil milhões), Japão (3,3 mil milhões) e Índia (2,5 mil milhões).

Com base em dados não ajustados à sazonalidade, os ativos de investimento direto da UE diminuíram no quarto trimestre 80 mil milhões de euros, enquanto os passivos de investimento direto caíram 19,5 mil milhões. Como resultado, o bloco comunitário foi um destinatário líquido de investimento direto do resto do mundo de 60,5 mil milhões de euros.

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Exportações começaram a recuperar em fevereiro ao crescer 2,8%. Importações recuaram 10,9%

Depois de quedas no início do ano, exportações de bens registaram um aumento em fevereiro. Já as importações voltaram a recuar.

Depois de arrancar o ano em queda, as exportações de bens começaram a recuperar em fevereiro, ao crescer 2,8% face ao mesmo período de 2020. Já as importações recuaram 10,9%, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Evoluções foram influenciadas pelo acréscimo das exportações de fornecimentos industriais e decréscimo das importações de material de transporte.

As exportações voltam assim a crescer, cinco meses depois. O INE destaca o acréscimo de fornecimentos industriais, que subiu 6,7% em fevereiro. Já olhando para os principais países de destino, “são de salientar nas exportações o aumento para Espanha (+4,9%), principalmente Máquinas e outros bens de capital e a diminuição para o Reino Unido (-15,3%)”.

Por outro lado, as importações continuaram a cair, destacando-se as diminuições de material de transporte (-35,0%), principalmente aviões que proveniente de França, bem como de bens de consumo (-15,8%) e de combustíveis e lubrificantes (-15,5%), de vários países fora da União Europeia.

Portugal recebeu também menos fornecimentos industriais do Reino Unido, e reduziu as compras de bens de consumo (maioritariamente vestuário) e material de transporte provenientes de Espanha.

Com o aumento nas exportações, o défice da balança comercial de bens “diminuiu 837 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020, atingindo 708 milhões de euros em fevereiro”, segundo nota o INE. Já excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice diminuiu 694 milhões de euros, atingindo 435 milhões de euros.

Durante pandemia, exportações caíram 11,1% e importações recuaram 17,5%

A pandemia de Covid-19 “afetou significativamente a atividade económica”, sinaliza o INE, adiantando que, de março de 2020 a fevereiro de 2021, as exportações e importações nominais de bens sofreram variações, respetivamente, de -11,1% e -17,5%, em comparação com os 12 meses anteriores.

A partir de março de 2020, quando a pandemia chegou a Portugal, as exportações começaram a cair. Foi a partir de junho de 2020 que se começou a verificar “alguma reanimação da atividade devido ao alívio das medidas de confinamento, que se refletiu com maior expressão nas exportações de bens”.

Foi em abril e maio que se sentiram os maiores decréscimos nas exportações, em todas as grandes categorias económicas. “Destacaram-se, em termos relativos, os decréscimos no material de transporte em abril (-80,2%), sobretudo para os três principais parceiros nacionais e nos combustíveis e lubrificantes em maio (-88,2%), principalmente para os Estados Unidos”, explica o INE.

Com as restrições às deslocações e viagens, as exportações de combustíveis e lubrificantes “apresentaram diminuições em todos os meses do período, exceto em fevereiro de 2021”.

Já “nas importações de bens, desde que começou a pandemia, têm-se sempre registado taxas de variação homóloga mensais negativas“, nota o INE. No que diz respeito às compras ao exterior, importações, todas as grandes categorias viram quedas entre abril e agosto de 2020.

“Destacam-se, tal como nas exportações, os decréscimos relativos no material de transporte em abril (-79,2%), proveniente sobretudo dos três principais parceiros nacionais e nos combustíveis e lubrificantes em maio (-79,3%), principalmente da Rússia”, diz o INE.

(Notícia atualizada às 11h48)

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REN paga juro superior a 0,7% em emissão de 300 milhões de dívida verde

  • ECO
  • 9 Abril 2021

REN deverá pagar um juro superior a 0,7% naquela que é a primeira emissão de obrigações verdes. Gestora da rede elétrica liderada por Rodrigo Costa procura financiamento de 300 milhões.

A REN está esta sexta-feira no mercado com uma operação de financiamento de 300 milhões de euros através da emissão de obrigações verdes a oito anos e deverá pagar um juro superior a 0,7% por estes títulos que visam financiar projetos “amigos do ambiente”.

De acordo com a Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios (acesso livre), o prémio de risco do initial price talk foi fixado entre os 85 e 90 pontos base, acrescido da taxa mid swap do euro que está a negociar atualmente nos -0,1%. Ou seja, tudo aponta para que a taxa de juro final venha a situar-se acima dos 0,7%.

Esta é a primeira emissão de dívida verde por parte da gestora da rede elétrica nacional liderada por Rodrigo Costa. Em causa estão green bonds com maturidade em 16 de abril de 2029.

A empresa tinha mandatado o ING, BBVA, CaixaBI, JP Morgan, Millennium BCP, Santander e SMBC para trabalharem a colocação destes títulos.

O objetivo da REN, que ainda recentemente tinha feito um road show para testar o apetite dos investidores pelas green bonds que poderia vir a emitir, passa pela obtenção de até 300 milhões de euros com este financiamento. Os títulos terão uma maturidade de oito anos.

A empresa recebeu, em fevereiro, o certificado internacional por parte da ISS para realizar emissões de green bonds. A classificação atribuída à empresa foi de “B Prime”. À data, Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, salientou que a empresa estava “finalmente em condições de diversificar a nossa base de investidores, atraindo quem já via a REN como uma empresa verde, mas que agora poderá investir numa futura emissão de obrigações verdes”.

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Austrália duplica encomenda de vacinas da Pfizer com preocupações sobre AstraZeneca

A Austrália recomendou que a vacina da AstraZeneca não fosse administrada às pessoas com menos de 50 anos. Perante mudanças no plano de vacinação, aumentou encomenda à Pfizer.

A Austrália decidiu duplicar a encomenda que tinha feito de vacinas da Pfizer contra a Covid-19, numa altura em que se levantam preocupações sobre o impacto das dúvidas que rodeiam o fármaco da AstraZeneca no processo de vacinação. Vários países já decidiram limitar o uso da vacina da AstraZeneca a certos grupos etários.

O país baseava o plano de vacinação nacional em grande parte nas vacinas da AstraZeneca, com uma encomenda de 50 milhões de doses para serem feitas internamente pela farmacêutica CSL, segundo adianta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). No entanto, a Austrália decidiu restringir o uso da vacina devido à possível ligação a coágulos sanguíneos.

Com as limitações à AstraZeneca, as autoridades de saúde australianas mudaram as recomendações para dizer que quase 12 milhões de pessoas com menos de 50 anos no país deveriam tomar a vacina da Pfizer. Para fazer face a esta mudança, a Austrália reviu a encomenda que tinha feito à Pfizer para o dobro, 40 milhões de doses, que seriam entregues até o final do ano, segundo o primeiro-ministro australiano.

Quanto à decisão sobre a AstraZeneca, o secretário de Estado da Saúde, Brendan Murphy, reiterou que a mudança era “altamente preventiva”, devido às baixas taxas de possíveis efeitos adversos associados à injeção.

Estas mudanças no plano de vacinação travam as previsões de vacinar toda a população até ao final de outubro, já que não estava prevista uma encomenda da Pfizer desta dimensão. De sinalizar que a Austrália começou a vacinação mais tarde do que alguns outros países, devido ao baixo número de infeções.

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França altera segunda dose da Astrazeneca para pessoas com menos de 55 anos

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

As pessoas com menos de 55 anos que receberam em França a primeira dose da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19 devem receber a segunda dose de outra vacina.

As pessoas com menos de 55 anos que receberam em França a primeira dose da vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19 devem receber a segunda dose de outra vacina, afirmou o ministro da Saúde francês.

As declarações de Olivier Véran surgem antes do anúncio oficial sobre esta matéria, previsto para esta sexta-feira.

“Vai ser confirmado esta sexta-feira, é absolutamente lógico”, declarou Véran, frisando, porém, que o anúncio oficial caberá à Alta Autoridade da Saúde (HAS) francesa, que fará uma conferência de imprensa às 08:00 GMT (09:00 em Lisboa)

A HAS tinha suspendido o uso desta vacina em menores de 55 anos no dia 19 de março, devido aos raros casos de trombose detetados na Europa.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reconheceu na quarta-feira uma ligação entre a administração da vacina e os casos raros de “coágulos de sangue incomuns associados a plaquetas”, agora listados como “efeitos secundários muito raros”.

Contudo, o regulador europeu sublinhou que os benefícios do uso da vacina ainda superam os riscos.

Na mesma conferência de imprensa, a EMA comparou o risco de formação de coágulos sanguíneos após a toma da vacina da contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca ao da toma de contracetivos hormonais como a pílula.

“Um exemplo em que gostaria de atentar é [a relação entre] o uso do contracetivo oral combinado hormonal e os coágulos sanguíneos que ocorrem após a toma desses contracetivos, que são dados às mulheres que normalmente são saudáveis”, afirmou o Chefe do Departamento de Farmacovigilância e Epidemiologia da EMA, Peter Arlett.

Depois da polémica com os casos de trombose detetados em quem já tinha tomado a vacina da AstraZeneca, vários países decidiram traçar limites e não administrar a vacina da AstraZeneca abaixo de certas idades, por uma questão de segurança: 30 anos no Reino Unido, 55 anos em França, na Bélgica e no Canadá, 60 anos em Portugal, na Alemanha, em Itália e nos Países Baixos e 65 anos na Suécia e na Finlândia.

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Nas notícias lá fora: Jack Ma, Pfizer e Hyundai

Austrália duplica encomenda da vacina Pfizer enquanto a coagulação da AstraZeneca preocupa distribuição final e Pequim obriga a academia de elite Jack Ma a suspender as novas inscrições.

A vacina da AstraZeneca continua a dar que falar. A Austrália duplicou a encomenda da vacina da Pfizer para 40 milhões de doses, enquanto o país vai rever os riscos de coagulação sanguínea da vacina da AstraZeneca. Na China, Pequim obriga a academia de elite de Jack Ma a suspender novas inscrições. Ainda no continente asiático, a Hyundai Motor suspendem produção da fábrica Asan por falta de chips. No Reino Unido, o CEO da Virgin Atlantic critica os planos do Reino Unido para o reinício das viagens. Por fim, a ACS oferece à Atlantia dez milhões para o negócio de autoestradas em Itália.

U.S.News

Austrália duplica encomenda da vacina Pfizer enquanto a coagulação da Astra preocupa distribuição final

A Austrália duplicou a encomenda da vacina da da Pfizer para 40 milhões de doses, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro Scott Morrison, enquanto o país se prepara para rever o plano de inoculação em relação às preocupações sobre os riscos de coagulação sanguínea da vacina da AstraZeneca. A Austrália está na lista dos países que restringiram o uso da vacina da AstraZeneca devido a preocupações com a coagulação. As autoridades de saúde locais recomendaram na quinta-feira o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em vez da produzida pela AstraZeneca, para pessoas com menos de 50 anos. A mudança para a Pfizer acaba com os planos de vacinar toda a população até ao final de outubro.

Leia a notícia completa no U.S.News (acesso livre, conteúdo em inglês)

Nikkei

Hyundai Motor suspendem produção da fábrica Asan por falta de chips

A Hyundai Motor Co da Coreia do Sul disse esta sexta-feira que vai suspender a produção por dois dias a partir de 12 de abril na fábrica de Asan devido a uma escassez de chips. “Estamos a acompanhar de perto a situação para tomar medidas rápidas e necessárias para otimizar a produção em conformidade com as condições de fornecimento”, disse Hyundai numa declaração. A fábrica Asan produz 300 mil veículos por ano. A Hyundai anunciou na semana passada que iria suspender a produção em Ulsan, a sua principal fábrica sul-coreana, de 7 a 14 de abril, devido a problemas de fornecimento de chips e componentes.

Leia a notícia completa em NikkeiAsia (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Pequim obriga a academia de elite Jack Ma a suspender as novas inscrições

As autoridades chinesas estão a pressionar a business school de Jack Ma a suspender as novas inscrições, em mais uma tentativa de apertar o cerco ao império do bilionário chinês. Fruto desta pressão de Pequim, a Universidade de Hupan, um programa de formação de executivos que é alegadamente tão difícil de entrar como Harvard, suspendeu uma turma do primeiro ano que estava marcada para começar no final de março. Não ficou claro quando é que os novos alunos podem voltar a inscrever-se.

Leia a notícia completa em Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

CEO da Virgin Atlantic critica planos do Reino Unido para o reinício das viagens

O CEO da Virgin Atlantic, uma das maiores companhias aéreas do Reino Unido, criticou as propostas do Governo britânico para o reinício das viagens. Shai Weiss diz que as viagens de países de baixo risco não deveriam envolver testes PCR para a Covid-19 tendo em conta que são dispendiosos. “Para viagens entre países verdes deveria estar ausente a quarentena e os testes”, disse o presidente executivo da Virgin Atlantic à BBC Radio. “Há melhores formas de fazer o que o governo se propôs a fazer”.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

ACS oferece à Atlantia dez milhões para o negócio de autoestradas em Itália

A empresa espanhola ACS apresentou uma oferta de dez milhões de euros para o negócio de autoestradas da Atlantia em Itália, agrupadas na empresa Autostrade per l’Italia. Este é o maior concessionário em Itália, com 3.000 quilómetros de estradas com portagem. A ACS enviou uma carta com a oferta formal ao conselho de administração da Atlantia, que detém 88% da Autostrade (também conhecida como ASPI). “A ACS tem acompanhado a situação da ASPI nos últimos meses e acreditamos que a ASPI é um ativo muito interessante que se enquadra perfeitamente na estratégia a longo prazo da ACS”, disse o presidente do grupo espanhol, Florentino Perez.

Leia a notícia completa no CincoDías (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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EDP Renováveis vende 55% de dois parques eólicos nos EUA

EDP Renováveis chegou a acordo para a venda de uma participação de 55% num portfólio eólico, que "pode potencialmente ser incrementada para uma participação acionista de 80%".

A EDP Renováveis chegou a acordo para vender uma participação acionista de 55% num portfólio eólico nos Estados Unidos, uma transação que se insere no programa de rotação de ativos anunciado pela empresa. A operação compreende dois parques eólicos em operação nos Estados Unidos, cujo valor é avaliado em 720 milhões de dólares.

Esta transação, que está sujeita a condições regulatórias e outras condições precedentes habituais, “pode potencialmente ser incrementada para uma participação acionista de 80% entre a assinatura do acordo e a sua conclusão, sujeito a acordo entre as partes”, adianta a EDP Renováveis, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O valor total da transação corresponde a um Enterprise Value (100%) de 720 milhões de dólares, que se traduz num Enterprise Value de 1,8 milhões de dólares/MW (equivalente a 2,1 milhões de dólares/MW à data de início de operação dos projetos)”, explica a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.

Em causa estão dois parques localizados em Illinois: Bright Stalk, com 205 MW e em operação desde 2019, e Harvest Ridge com 200 MW, em operação desde 2020.

A operação, que contempla um acordo de compra e venda com fundos geridos pela Greencoat Capital e está “inserida no contexto do programa de rotação de ativos de oito mil milhões de euros anunciado no Capital Markets Day“, permite à empresa “acelerar a criação de valor e reciclar capital para reinvestir em crescimento rentável“.

Stilwell d’Andrade explicou, na apresentação do plano estratégico, que a estratégia de rotação de ativos irá manter-se, “porque permite cristalizar valor antecipadamente”. Ainda assim irá desacelerar, sendo que se nos últimos anos se tratavam de cerca de 50% dos ativos gerados, a expectativa é que passe para apenas um terço. No total deverão ser oito mil milhões de euros.

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Dia volátil nas bolsas trava ciclo de ganhos de Lisboa. EDP pesa

A praça lisboeta oscila entre ganhos e perdas nesta sessão, num dia sem tendência definida na Europa.

Depois de oito sessões consecutivas em alta, a bolsa nacional parece travar o ciclo de ganhos, arrancando a última sessão da semana em “terreno” negativo. Isto num dia sem tendência muito definida nas congéneres europeias, que negoceiam junto da linha d’água. Quedas da EDP penalizam o desempenho da praça lisboeta.

O PSI-20 cai 0,08% para os 5.026,04 pontos, oscilando entre o verde e o vermelho. As 18 cotadas dividem-se entre ganhos e perdas, sendo que as desvalorizações estão a pesar mais no índice de referência nacional.

O grupo liderado por Miguel Stilwell d’Andrade impulsionou os ganhos da bolsa nacional na última sessão, mas inverteu a tendência esta sexta-feira. A casa-mãe EDP perde 0,35% para os 5,184 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis segue com alguma volatilidade.

Já a Altri também inverte os ganhos da última sessão, recuando 0,78% para os 6,39 euros. A empresa anunciou que os acionistas vão votar, em assembleia-geral no dia 30 de abril, o pagamento de um dividendo de 25 cêntimos por ação. Para além disso, o ECO noticiou esta quinta-feira que a Altri fez um aumento de capital da Greenvolt de 69,95 milhões de euros.

Por outro lado, nos ganhos, destaque para o BCP, que sobe 0,08% para os 0,1196 euros, e para a Galp Energia, que valoriza 0,10% para os 9,854 euros. Já os CTT ganham 1,14% para os 3,555 euros, enquanto a Corticeira Amorim avança 0,39% para os 10,28 euros.

Pela Europa, o dia está também volátil, com a generalidade das praças a rondar a linha d’água. O Stoxx 600, que reúne as 600 principais cotadas do Velho Continente, arrancou a sessão inalterado, bem como o espanhol IBEX 35. Já o britânico FTSE 100 e o alemão DAX perdem 0,1%, enquanto o francês CAC 40 avança 0,1%.

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