Patrões, sindicatos e Deco defendem prolongamento das moratórias bancárias

  • Lusa
  • 28 Março 2021

Agentes económicos defendem que o "balão de oxigénio" de famílias e empresas deve ser prolongado face ao impacto da crise provocada pela pandemia.

Associações empresariais, sindicatos e a associação de defesa dos consumidores Deco defendem o alargamento do prazo para acesso às moratórias bancárias e o prolongamento das mesmas, avisando que têm sido o “balão de oxigénio” de famílias e empresas.

“Decorrido um ano desde o início da pandemia, o tecido empresarial enfrenta agora aquele que será o pior momento em termos de fragilidade económica e financeira acumulada, com o enorme risco que tal representa. Por isso, a AEP [Associação Empresarial de Portugal] considera que o período [de novas adesões às moratórias] deve ser prolongado, atendendo à premência da liquidez dos agentes económicos”, afirmou o presidente daquela associação em declarações à agência Lusa.

Salientando que “a falta de liquidez, agravada pela crise pandémica, constitui um constrangimento muito sério para as empresas”, Luís Miguel Ribeiro alerta para o previsível aumento do “nível de incidência do crédito malparado se não houver o prolongamento da medida”.

Também para a Deco, “permitir novas adesões e por mais tempo poderá ser uma medida positiva para algumas famílias confrontadas com a diminuição drástica dos seus rendimentos e para aquelas que ainda não os recuperaram”.

“Para muitas famílias as moratórias têm vindo a constituir um importante ‘balão de oxigénio’ e serão determinantes para evitar situações de incumprimento, nomeadamente se no final do período da moratória a família tiver conseguido recuperar o seu rendimento”, salientou à Lusa a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) daquela associação, Natália Nunes.

A UGT – União Geral de Trabalhadores avisou já, por sua vez, num comunicado emitido na passada terça-feira, que irá lutar pelo alargamento dos prazos de acesso às moratórias dos créditos à habitação, considerando este apoio determinante para trabalhadores que viram os rendimentos do trabalho reduzidos como consequência da crise pandémica.

“Apesar de o regime de alargamento dos prazos das moratórias públicas ter sido alargado até ao final de setembro de 2021, a verdade é que algumas moratórias privadas, que implicam a negociação direta com a banca, já venceram ou estão prestes a vencer e muitas famílias começam a ser chamadas a pagar as respetivas prestações, sem que para isso tenham condições por terem visto os seus rendimentos reduzidos”, sustenta a central sindical.

Para a UGT, é “inadmissível” a desigualdade de tratamento dada pelo Governo na questão das moratórias, quando se trata das empresas: “Se para as empresas há prolongamento, redução, isenção das moratórias de capital e juros, porque é que o executivo não age de igual forma com os trabalhadores? Se as empresas são afetadas por problemas de tesouraria, claramente milhares de trabalhadores, ao não terem rendimentos incorrem no risco de perder a sua habitação própria permanente”, questiona.

O período para particulares e empresas aderirem ao regime das moratórias bancárias – que permitem o adiamento temporário do pagamento das prestações de um empréstimo mediante o prolongamento, pelo mesmo período, do respetivo prazo – termina no final do corrente mês de março.

Para quem já está a beneficiar de moratórias (disponibilizadas desde em março de 2020), no caso da moratória pública os juros começam a ser pagos a partir de abril e o capital em outubro, com exceção das empresas de setores mais impactados pela pandemia e dos particulares, que beneficiam de moratória total crédito e juros até final de setembro.

Já no caso da moratória privada – criada pela Associação Portuguesa de Bancos (APB) como complemento à moratória do Estado, abrangendo apenas particulares e contemplando também créditos pessoais e automóvel – o pagamento do crédito hipotecário (juros e capital) começa já em abril, enquanto o dos créditos não hipotecários é retomado em julho.

Ouvido pela agência Lusa, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) disse que “algumas empresas conseguiram aguentar durante o último ano sem recorrer a moratórias, porque ainda lhes foi possível combinar meios próprios e alguns apoios ao emprego ou à atividade”.

“Todavia, as empresas esgotaram as suas reservas e os apoios, para além dos habituais atrasos, começam a escassear”, salientou João Vieira Lopes.

“Muitas empresas só conseguirão retomar atividade de uma forma efetiva se recorrerem a crédito em condições compatíveis com a atual conjuntura, nomeadamente em termos dos seus rácios financeiros que serão, com toda a certeza, maus”, sustenta.

Para o dirigente empresarial, “o fim do prazo para acesso a moratórias é preocupante”, sobretudo porque “não há muitas alternativas no momento presente”: “As empresas ou acreditam que conseguem recuperar e para isso vão precisar de liquidez, ou encerram portas nos próximos meses, cenário muito provável para 20% ou 30% do tecido empresarial do comércio e muitos serviços”, afirma.

Defendendo que a “consolidação e restruturação das dívidas, com aumento de maturidade, também devem ser encaradas”, Vieira Lopes considera ainda “fundamental encontrar alternativas para este financiamento”, admitindo “que uma parcela desse crédito possa ser convertida em subsídio a fundo perdido”.

Segundo alerta a Deco, “o fim do prazo da moratória, seja ela pública ou privada, poderá ser um grande problema, sobretudo para as famílias que não conseguem recuperar os seus rendimentos antes do fim das moratórias”.

De acordo com a associação, as famílias com dificuldades financeiras que pediram ajuda à instituição no ano passado “têm em média cinco créditos: um crédito à habitação, dois créditos pessoais e dois cartões de crédito”.

“Muitas vezes, o crédito à habitação já está a beneficiar da moratória legal ou pode vir a aceder à mesma até 31 de março. Contudo, os dois cartões de crédito e os créditos pessoais nunca beneficiaram de uma moratória legal, ou, tendo beneficiado de uma moratória privada, esta já terminou ou está na iminência de terminar”, destaca Natália Nunes.

Também para a CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, “a questão da resposta aos problemas imediatos com que centenas de milhares de famílias estão confrontadas tem de passar pelo alargamento das moratórias, sem quaisquer encargos acrescidos”.

“Por outro lado, exigem-se respostas que assegurem o emprego e as retribuições por inteiro dos trabalhadores, pois esta é a forma mais eficaz de garantir que as empresas (as que recorreram às moratórias e as restantes) consigam retomar a sua atividade e o volume de vendas que lhes permita fazer face aos diferentes encargos que têm”, disse à Lusa a secretária-geral da intersindical, Isabel Camarinha.

O presidente da AEP considera ser fundamental “o reforço e prolongamento das medidas de apoio à economia pelo menos enquanto perdurarem os efeitos da pandemia, sob pena de uma escalada de insolvências de empresas que são viáveis, mas que atravessam agora uma situação muito difícil”.

Entre as medidas a prolongar, Luís Miguel Ribeiro destaca as moratórias de crédito, cuja manutenção diz ser “crucial para as empresas, sem necessidade de reclassificação desses créditos pela banca como ‘créditos reestruturados, pelas limitações que tal situação implicaria”.

“Defendemos também a necessidade do alargamento muito significativo da maturidade dos empréstimos bancários contraídos em contexto covid-19, na medida em que as empresas não têm possibilidade de gerar ‘cash-flows’ para procederem aos reembolsos ao ritmo a que estavam previstos, salvaguardando que tal prolongamento não vai implicar penalizações para a empresa”, acrescenta.

“Com tudo isto – adverte – pretende evitar-se que à crise económica e social se junte uma crise financeira, que ninguém deseja”.

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“Erro humano” pode ter encalhado navio no Canal do Suez

  • Lusa
  • 28 Março 2021

O Ever Given, um navio porta-contentores com mais de 220.000 toneladas e 400 metros de comprimento, está encalhado na parte sul do canal e pode ter resultado de erro humano.

Um “erro humano” pode ter causado a imobilização do navio porta-contentores Ever Given no Canal do Suez, bloqueando desde terça-feira a rota de navegação mais movimentada do mundo, afirmou o chefe da autoridade egípcia do canal.

O Ever Given, um navio porta-contentores com mais de 220.000 toneladas e 400 metros de comprimento, está encalhado na parte sul do canal, a poucos quilómetros da cidade de Suez, desde terça-feira, e está a bloquear a rota estratégica, por onde passa cerca de 10% do comércio marítimo internacional.

Os ventos fortes, combinados com uma tempestade de areia, foram inicialmente avançados como fatores principais na explicação do incidente, mas o chefe da Autoridade do Canal de Suez, almirante Osama Rabie, sublinhou hoje que as condições meteorológicas não serão a única razão. “Outros erros, humanos ou técnicos, poderão ter entrado em jogo”, afirmou o almirante numa conferência de imprensa em Suez.

Cerca de 300 navios estão parados em ambas as extremidades do canal, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, segundo Osama Rabie.

A noite hoje é auspiciosa para tentar desencalhar o navio, devido à lua cheia e maré cheia, segundo disse o capitão de um dos rebocadores envolvidos na operação, em declarações à agência de notícias EFE.

Mohamed Hafez, capitão do “Batal 2”, está otimista quanto à possibilidade de esta noite os rebocadores poderem desobstruir o Ever Given, cuja proa foi já movida cerca de 17 metros na direção norte, para onde navegava quando atingiu uma das margens e encalhou na areia e nas rochas.

Mohamed Qasem, assistente de Hafez, também a bordo do “Batal 2”, disse à EFE que tem “90% de expectativas” de que o Ever Given “se mova hoje”, até porque a maior parte da areia e lama à volta da proa do navio foi já removida por dragas. Os navios rebocadores irão agora utilizar grandes cordas de aço para puxar o navio.

O Ever Given não está, no entanto, “apenas encalhado na areia à superfície, também ficou preso no banco”, explicou um especialista, Plamen Natzkoff, da VesselsValue, uma consultora na área da navegação, em declarações à AFP.

Uma grande maré alta esperada no “domingo à noite” pode vir a “ser uma grande ajuda”, disse Natzkoff.

O bloqueio está a causar grandes atrasos nas entregas de petróleo e outros produtos, com um efeito de arrastamento nos preços do ouro negro, que subiram na sexta-feira.

Osama Rabie estimou na conferência de imprensa deste sábado que o Egito está a perder entre 12 e 14 milhões de dólares por cada dia de encerramento do canal.

Onze cargueiros romenos que transportam gado vivo estão à espera do desbloqueamento do Canal de Suez e uma organização não-governamental (ONG) está preocupada com o destino de 130.000 ovelhas. “Os representantes dos transportadores foram contactados e receberam a garantia de que há comida e água suficientes a bordo dos navios para os próximos dias”, informou hoje a agência romena de Saúde Veterinária (ANSVSA). Para a Animals International, no entanto, as ovelhas estão em perigo de vida.

“A situação é crítica e corre o risco de se tornar uma tragédia marítima sem precedentes, envolvendo animais vivos”, avisou o principal responsável da ONG na Europa, Gabriel Paun, numa declaração enviada à AFP.

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“Bomba-relógio” das moratórias em sete grandes números<span class='tag--premium'>premium</span>

As moratórias do crédito ascendiam, no final de janeiro, a um valor de 45,6 mil milhões de euros. 17,1 mil milhões são créditos de famílias, sendo que algumas destas moratórias estão a chegar ao fim.

As moratórias bancárias estão em queda em Portugal. Ainda assim, o saldo de crédito que tem as prestações "suspensas" ascende a 45,6 mil milhões de euros, o que tem sido motivo de preocupação por poderem vir a representar uma "bomba-relógio". O peso destas moratórias é maior nas empresas, onde um euro por cada três emprestados pela banca está em moratória. Mas é também avultado junto das famílias: mais de 400 mil particulares tinham pelo menos um contrato em moratória no final de janeiro. Veja estes e outros grandes números das moratórias em Portugal:45,6 mil milhões Era o saldo em euros de empréstimos em moratória em Portugal no final de janeiro. O montante corresponde a mais de 20% de todo o crédito concedido pela banca às famílias e empresas. Portugal é o terceiro país europeu com

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Pedido de nova injeção do Novo Banco “é inaceitável” e “absoluta violência”, diz Bloco

  • Lusa
  • 27 Março 2021

Catarina Martins defendeu que o pedido de uma nova injeção no Novo Banco de quase 600 milhões de euros “é inaceitável” e uma “absoluta violência” no atual contexto.

O pedido de uma nova injeção no Novo Banco “é inaceitável” e uma “absoluta violência” face à crise que o país atravessa, considerou este sábado a coordenadora do BE, que entende que o primeiro-ministro veio dar razão ao Bloco.

“O Novo Banco, em ano de crise, vem pedir uma nova injeção de 598 milhões de euros. São quase 600 milhões de euros que ninguém sabe de onde vêm. O primeiro-ministro diz que quer analisar as contas. Parece que agora já não considera, como disse ao Bloco no debate do Orçamento do Estado, que não se podiam analisar as contas, porque isso provocaria uma crise financeira terrível no país. Parece que agora já estamos todos de acordo que o Bloco tinha razão, é mesmo preciso analisar as contas antes de pôr sequer um tostão mais no Novo Banco”, disse Catarina Martins.

A líder do Bloco de Esquerda (BE) falava no encerramento do Encontro Nacional de Trabalho, que decorreu em teleconferência ao longo do dia, e que Catarina Martins concluiu com uma intervenção presencial na sede dos bloquistas, em Lisboa.

Catarina Martins defendeu que o pedido de uma nova injeção no Novo Banco de quase 600 milhões de euros “é inaceitável” e uma “absoluta violência” no atual contexto.

É uma absoluta violência num país que se debate com uma crise que será muitas coisas, mas não é bancária e os bancos têm de assumir a sua responsabilidade. Nos próximos dias faremos as contas, porque queremos respostas justas à crise, porque não desistimos de encontrar o equilíbrio e a justiça de responder com dignidade a quem trabalha e a quem ficou sem trabalho por causa da pandemia. É essa a nossa responsabilidade”, disse.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o pedido de capital do Novo Banco ao Fundo de Resolução “será apreciado”, mas considerou que “manifestamente ultrapassa” aquilo que se avalia ser devido.

A transferência de 476 milhões de euros prevista na proposta de Orçamento do Estado para o Fundo de Resolução, destinada a financiar o Novo Banco, acabou por ser chumbada no parlamento, mas o Governo já indicou que irá cumprir o contrato estabelecido aquando da venda da instituição financeira à Lone Star.

Na sexta-feira, em comunicado do Ministério das Finanças, o Governo disse estar “plenamente convicto” de que o valor final do Fundo Resolução a transferir para o Novo Banco, “após a verificação das entidades competentes, ficará abaixo do previsto na proposta de OE2021”.

As Finanças dizem que “o Governo ficará a aguardar pela informação que lhe seja transmitida pelo Fundo de Resolução sobre esta matéria”.

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Marcelo decide até segunda-feira se veta ou promulga reforço de apoios sociais

  • Lusa
  • 27 Março 2021

“Entre amanhã e depois de amanhã eu tomarei uma decisão”, afirmou, fazendo questão de distinguir entre os diplomas em causa.

O Presidente da República afirmou este sábado que ainda não se debruçou sobre os diplomas aprovados pelo parlamento de reforço dos apoios sociais, mas assegurou que tomará uma decisão entre domingo e segunda-feira.

No final de uma iniciativa no Palácio de Belém para assinalar o Dia Mundial do Teatro, que se comemora este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre o destino de três diplomas que reforçam apoios sociais devido à pandemia e que o Governo considera violarem a lei-travão.

Entre amanhã e depois de amanhã eu tomarei uma decisão”, afirmou, fazendo questão de distinguir entre os diplomas.

“São diplomas diferentes entre si, há um diploma que não teve nenhum voto contra, só houve votos a favor ou abstenções, sobre matéria escolar de apoio ao teletrabalho dos pais. E outros dois, que respeitam a medidas sociais várias e em que o partido do Governo votou contra e todos [os outros] a favor”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa não quis adiantar se concorda ou não com o argumento do executivo de que os diplomas violam a lei-travão consagrada na Constituição, que proíbe o aumento da despesa ou diminuição da receita pelo parlamento durante o ano de execução de um Orçamento.

“O que posso dizer neste momento é: eu não me debrucei sobre esses diplomas até agora, porque tinha outros que eram prioritários, agora vou debruçar-me e decidir entre amanhã e depois. O Presidente da República faz isso todos os dias, perante leis da Assembleia ou decretos do Governo (…) não é um drama, é tão natural como respirar”, afirmou.

O Presidente da República disse ainda que, no momento em que comunicar a sua decisão, explicará “de forma pormenorizada” o que entende sobre os diplomas, voltando a repetir que “são diferentes entre si”.

Em causa estão diplomas que alargam os apoios sociais a sócios-gerentes e trabalhadores independentes, aos profissionais de saúde e ainda de apoios a 100% aos pais em teletrabalho com filhos em casa, e que foram aprovados no parlamento a 03 de março com os votos favoráveis de toda a oposição.

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Pessoas Award na categoria “Master em comunicação” vai para Fidelidade

A Fidelidade está a transformar um setor "menos sexy", renovando a sua imagem e fazendo-o, em 2020, altura em que as atenções estavam, sobretudo, na saúde.

Distinguida com o prémio Pessoas na categoria “Master em comunicação”, a Fidelidade tem vindo a apostar por um rebranding dos seguros, o que faz com que seja entendida cada vez menos como uma seguradora e cada vez mais “como uma empresa que está ao lado das pessoas”.

Para o júri dos Pessoas Awards, a Fidelidade merece ser a vencedora desta categoria “pela forma como comunica”. “Soube transformar um negócio num setor menos sexy – o dos seguros – e renovar-lhe a imagem, fazendo-o, em 2020, num contexto específico em que os olhos estavam muito colocados na saúde”, refere. Juntamente com a seguradora, estavam nomeados a EY e a IKEA.

Mário São Vicente é diretor de relações institucionais na Fidelidade

“Somos cada vez menos entendidos como uma seguradora e mais como uma empresa que está ao lado das pessoas”

Aqui, a comunicação vem sempre depois da realidade. É o “resultado de uma consciência empresarial e de uma consciência de responsabilidade social que nos move”. “Não somos uma empresa de espalhafato, somos uma empresa muito low profile. Os nossos valores e a maneira como nos comportamos são a força rebocadora da nossa ação”, afirma Mário São Vicente, diretor de relações institucionais na Fidelidade.

A Fidelidade está, hoje, mais próxima de outros setores “tradicionalmente mais bem vistos pela população” do que propriamente o dos seguros. “Somos cada vez menos entendidos como uma seguradora e mais como uma empresa que está ao lado das pessoas”, refere Mário São Vicente.

Essa perceção deve-se, em grande parte, às medidas que a organização tem vindo a implementar, colocando as pessoas no centro das prioridades, seja, por exemplo, com a decisão de pagar os testes, tratamento e internamento por Covid-19 ou de alargar o prazo para o pagamento do seguro automóvel. “Temos uma forma de estar na responsabilidade social que se baseia no programa ‘We care’, tentamos ir mais além e perceber o que podemos dar adicionalmente. Nesta altura da pandemia fizemos muito mais do que aquilo que era expectável para uma seguradora”, diz, acrescentando que este tipo de ações têm resultados, quer a nível externo como interno.

"Não somos uma empresa de espalhafato, somos uma empresa muito low profile. Os nossos valores e a maneira como nos comportamos são a força rebocadora da nossa ação.”

Mário São Vicente

Diretor de relações institucionais na Fidelidade

O maior desafio de 2020 foi, para o diretor de relações institucionais, manter a coesão cultural, a proximidade com as pessoas e o sentido de propósito. “A tecnologia dá-nos muitas coisas positivas, mas a distância física é a distância física. Tivemos de trabalhar muito ao nível da comunicação interna para mantermos a coesão cultural”, remata.

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Apoios sociais superiores a 3,3 mil milhões abrangeram 2,8 milhões de pessoas

  • Lusa
  • 27 Março 2021

A ministra Ana Mendes Godinho explicou que tratam de “apoios não reembolsáveis, na lógica de um subsídio extraordinário”.

O Governo avançou este sábado que desde março de 2020 foram abrangidas 2,8 milhões de pessoas pelos apoios da Segurança Social atribuídos no âmbito da pandemia, num total de 3.341 milhões de euros, incluindo isenções e dispensas contributivas.

Em declarações à agência Lusa, a ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, explicou que estes apoios são “mecanismos extraordinários no âmbito da Segurança Social”, ou seja, “apoios não reembolsáveis, na lógica de um subsídio extraordinário”.

A governante lembrou que no Orçamento do Estado para 2021 foi aprovado um reforço destes mecanismos, nomeadamente com a prorrogação do subsídio de desemprego por mais seis meses para quem este apoio terminava no ano passado, o pagamento a 100 % do lay-off simplificado e também o aumento do valor mínimo do subsídio de desemprego.

Segundo Ana Mendes Godinho, “logo em janeiro”, aquando do novo confinamento por razoes sanitárias, o ministério “reativou extraordinariamente ainda mais os apoios” que tinham sido disponibilizados aos sócios-gerentes e aos trabalhadores independentes.

Só nestes dois meses e meio temos 202 mil pessoas abrangidas, com pagamentos de 122 milhões de euros, praticamente um terço do total de apoios pagos a este universo em 2020”, indicou.

De acordo com a ministra, existe até ao momento “uma aceleração e aumento da execução destes apoios na ordem dos 40%, ou seja, os apoios pagos em 2021 representam 40% face ao que foi pago em 2020”.

Nesta mobilização de recursos públicos o executivo pretender garantir “a eficácia e a rapidez de pagamentos” dos apoios em questão pela Segurança Social, que estão na “ordem dos 10 dias”.

O valor médio dos apoios extraordinários aos trabalhadores independentes devido à redução da sua atividade este ano é de “316 euros, contra os 288 de 2020, enquanto em relação aos sócios-gerentes em 2020 o valor médio foi de 432 euros, tendo aumentado em 2021 para 555 euros”.

Em relação aos diplomas aprovados pelo parlamento sobre o reforço de apoios sociais, que aguardam eventual promulgação pelo Presidente da República, Ana Mendes Godinho salientou estar a “aguardar naturalmente” pela resposta de Belém, lembrando a existência do mecanismo da lei-travão.

“O nosso compromisso tem sido permanente, de acompanhar, implementar e tentar operacionalizar as medidas o mais rápido possível. Avaliá-las e adaptá-las ao momento”, disse.

“Não podemos estar permanentemente com medidas avulsas que estão sempre a ser alteradas sob pena de não conseguir executar e chegar às pessoas”, acrescentou.

Estes diplomas, que alargam os apoios sociais a sócios-gerentes, trabalhadores independentes, profissionais de saúde e ainda a pais que têm de ficar em casa por causa do encerramento das escolas foram aprovados no parlamento há cerca de três semanas com os votos favoráveis de toda a oposição.

O Governo minoritário do PS considera que os diplomas apresentam “uma violação ostensiva” da lei-travão inscrita na Constituição, desvirtuando o Orçamento em vigor.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que existiu uma “informação” ao Presidente da República e “não pressão” sobre o assunto.

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PCP quer patrões a pagar 11 euros por dia em ajudas de custo no teletrabalho

  • ECO
  • 27 Março 2021

Comunistas propõem valor de 2,5% do IAS por dia de ajudas de custo para compensar os trabalhadores pelo aumento dos encargos domésticos por causa do teletrabalho.

O PCP defende que os trabalhadores em teletrabalho devem ser compensados pelos “gastos acrescidos” com comunicações, eletricidade e água, entre outro. Os comunistas avançaram com uma proposta para que os patrões assumam um valor de ajudas de custo de 2,5% do IAS por dia, que dá cerca de 11 euros por dia ou mais 200 euros por mês.

O Governo aprovou esta semana em Conselho de Ministros o prolongamento até 31 de dezembro de 2021 do diploma que impõe a adoção obrigatória do teletrabalho, sem necessidade de acordo entre as partes.

Sem defender o “teletrabalho como solução nem como panaceia para todos os males”, o PCP entregou uma iniciativa legislativa que visa “defendem os trabalhadores em situação de teletrabalho, os seus direitos laborais e sindicais, rendimentos e assegurando a privacidade”.

Além de proporem um valor de ajudas de custo de 2,5% do IAS por dia, os comunistas pretendem que os “instrumentos de trabalho (incluindo economato, cadeira, secretária e demais mobiliário necessário para a atividade laboral), a sua instalação e acomodação” sejam fornecidos pela entidade patronal.

No projeto de lei que “Regula o regime de trabalho em teletrabalho”, os comunistas propõem ainda limites nos horários do teletrabalho, entre as 8 horas e as 19 horas. E que “qualquer trabalho suplementar a realizar pelo trabalhador em teletrabalho seja solicitado por escrito pela entidade patronal”.

Para o PCP, deve existir a possibilidade de, a qualquer momento, o trabalhador poder regressar ao posto de trabalho na empresa. E deve ser dada a opção ao trabalhador para “rejeitar a proposta de teletrabalho quando considere que não estão reunidas as condições para que preste a sua atividade com dignidade, privacidade e respeito pelas condições de segurança e saúde no trabalho”.

Outros partidos também apresentaram propostas face à massificação do teletrabalho devido à pandemia. Por exemplo, o Bloco de Esquerda quer que os trabalhadores com filhos menores de 12 anos possam optar por exercer as suas funções em teletrabalho ou em regime de trabalho à distância, mesmo contra a vontade do empregador, isto é, sem que este possa opor-se ao pedido.

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Canal de Suez admite não saber quando será desbloqueado

  • Lusa
  • 27 Março 2021

"É difícil avançar uma data para resolver o problema", disse o presidente da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie. Porta-contentores “Ever Given” está a bloquear canal desde terça-feira.

O presidente da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, disse não poder dizer quando este importante canal marítimo, bloqueado desde terça-feira pelo porta-contentores “Ever Given”, será desbloqueado.

“É difícil avançar uma data para resolver o problema”, disse Rabie numa conferência de imprensa na sede daquela Autoridade, na cidade de Ismailia, naquela que foi a sua primeira aparição pública perante os jornalistas.

Osama Rabie afirmou-se, ainda assim, otimista quanto à possibilidade de o enorme navio ser desencalhado pelos 14 rebocadores que desde sexta-feira o tentam mover, embora tal esteja dependente de uma maré favorável.

O responsável da Autoridade egípcia do Canal de Suez avançou ainda que as fortes rajadas de vento não foram a principal razão para que a embarcação tenha encalhado: “Fortes rajadas de vento e fatores meteorológicos não são as únicas razões principais para o encalhe do navio. Outros erros, humanos ou técnicos, também podem ter acontecido“, disse.

Desde terça-feira que está encalhado no Canal de Suez um barco porta-contentores, o “Ever Given”, com 400 metros de comprimento e uma capacidade superior a 200 mil toneladas, que bloqueou esta rota entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, deixando mais de 230 navios à espera para poderem avançar.

Um relatório da seguradora francesa Euler Hermes, filial da alemã Allianz, estima que o encerramento do canal pode custar ao comércio internacional, por dia, entre seis mil milhões e dez mil milhões de dólares (entre 5.100 milhões e 8.500 milhões de euros).

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Portugal com mais 344 casos e 8 mortes com Covid-19

Boletim diário da DGS dá conta de mais 344 novas infeções e 8 óbitos com Covid-19 nas últimas 24 horas. Portugal soma já 820.042 casos e 16.827 mortes com a pandemia.

Portugal registou mais 8 mortes e 344 casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas. O balanço deste sábado da Direção-Geral de Saúde eleva assim para um total de 16.827 óbitos e 820.042 infetados desde o início da pandemia, há mais de um ano.

Estes números cimentam a tendência de desagravamento da pandemia no país, depois da situação preocupante observada nos dois primeiros meses do ano e que levaram a novo confinamento.

Os internamentos e os casos graves em unidades de cuidados intensivos continuam em queda: há agora 618 doentes internados (-51 internamentos face ao anterior balanço), o valor mais baixo desde setembro, dos quais 148 encontram-se em cuidados intensivos (-7).

Por outro lado, com os 3.668 recuperados, o número de casos ativos caiu para 28.208.

Boletim epidemiológico de 27 de março de 2021.DGS

Por regiões, Lisboa registou mais 152 casos e uma morte nas últimas 24 horas e mantém-se como principal foco do surto no país. O Norte contabilizou mais 68 casos e duas mortes e o Centro teve 51 novos casos e um óbito. A Madeira registou mais três dezenas casos e uma vítima mortal. Sem mortes a lamentar, o Alentejo teve mais 32 casos. Nota ainda para os Açores (14 casos e 1 morte) e o Algarve: a região algarvia teve mais 35 casos, ainda que o número total tenha recuado em três devido a uma correção dos dados.

(Notícia atualizada às 15h15)

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Certificado de vacinação pode ser inconstitucional, alertam especialistas

O "passaporte de vacinação" suscita algumas reservas constitucionais pelos especialistas e bastonário contactados pelo ECO. Discriminação, igualdade e livre circulação são alguns dos referidos.

O passaporte de vacinação — que entretanto a Comissão Europeia mudou o nome para “Certificado Verde Digital” —, do qual se conhecem agora algumas das suas características, suscita algumas reservas junto dos advogados contactados pelo ECO/Advocatus, em concreto a nível da sua constitucionalidade. Segundo os especialistas contactados pelo ECO, a reserva da vida privada e a proteção contra a discriminação ou igualdade poderão estar em causa.

Em causa está, segundo José Moreira da Silva, sócio da SRS, “a proteção da pessoa, nas suas vertentes de integridade da pessoa humana e da reserva da sua vida privada e a proteção contra formas de discriminação”. Princípios consagrados constitucionalmente. “Ou seja discriminar pessoas em razão de estarem vacinadas ou não”, explica o mesmo especialista.

“Sendo que as pessoas que não foram vacinadas não é uma opção sua (nalguns casos até pode ser, de recusa de vacinação) mas sim de politicas publicas e de disponibilidade da vacina. Assim, algumas pessoas teriam acesso a alguns direitos que outros não teriam, apenas por não terem a idade ou a morbilidade necessárias para serem vacinadas ou por terem nascido num país que não tem capacidades para disponibilizar vacinas à sua população”.

O regulamento relativo a este passaporte de vacinas afirma claramente no seu texto preliminar que o certificado “não deve constituir uma condição para o exercício da liberdade de circulação”. E especifica que “este regulamento não pode ser interpretado como uma obrigação ou direito de ser vacinado”.

José Matos Correia, consultor da CMS Rui Pena & Arnaut faz uma análise distinta do seu colega: antes da Constituição, “há que recordar que as instituições europeias estão vinculadas ao respeito pelos preceitos da Carta Europeia dos Direitos Fundamentais. E esta consagra direitos e liberdades como a inviolabilidade da dignidade humana, a igualdade perante a lei ou a liberdade de circulação”, explica o advogado e ex-deputado do PSD. Mas, caso falte esse discernimento legislativo europeu, “nunca poderia aceitar-se que o passaporte de vacinação fizesse uma espécie de diferenciação entre cidadãos de primeira – os vacinados – e cidadãos de segunda – os não vacinados -, discriminando negativamente estes, aos quais tem de ser permitido, por recurso a outras soluções (por exemplo, a apresentação de testes à Covid-19), a demonstração de que não padecem da doença e, consequentemente, a sua liberdade de circulação. A não ser assim, a medida violaria o princípio da igualdade e seria manifestamente excessiva, desrespeitando regras essenciais da nossa lei fundamental”, concluiu o consultor da CMS, Rui Pena & Arnaut.

O bastonário da Ordem dos Advogados é claro:” a questão não me parece residir tanto na obrigação de transportar um boletim de vacinas, que já ocorre em relação a outras doenças”. Mas sim no facto de estas vacinas não estarem disponíveis para todos e “portanto as pessoas não poderem proceder à sua própria vacinação, se quiserem viajar. É nessa medida que a exigência pode violar o princípio da igualdade, ao discriminar os não vacinados, e a liberdade de circulação, ao exigir para a mesma um requisito que os cidadãos não estão em condições de obter”, concluiu Luís Menezes Leitão.

O que é o Certificado verde digital?

A Comissão Europeia apresentou no dia 17 de março uma proposta para a criação de um livre-trânsito digital. A proposta foi, entretanto, aprovada e em vez da denominação “Passaporte digital”, a Comissão Europeia acabou a chamar este documento de “Certificado Verde Digital”.

O Certificado Verde Digital abrangerá três tipos de certificados: o de vacinação, os de teste (teste NAAT / RT-PCR ou teste rápido de antígeno) e os para pessoas que se recuperaram da Covid-19.
Os certificados serão emitidos em formato digital ou em papel. Ambos terão um código QR que contém as informações essenciais necessárias, bem como uma assinatura digital para garantir que o certificado é autêntico.

Os certificados serão emitidos em formato digital ou em papel. Ambos terão um código QR que contém as informações essenciais necessárias, bem como uma assinatura digital para garantir que o certificado é autêntico.

A União Europeia diz ainda que todas as pessoas – vacinadas e não vacinadas – devem se beneficiar de um Certificado Verde Digital quando viajam na UE.

 

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Costa diz que em abril Portugal vai “triplicar” administração de vacinas

  • Lusa
  • 27 Março 2021

António Costa referiu que em abril o país vai receber 1,8 milhões de vacinas, “tantas quantas recebemos em janeiro, fevereiro e março”.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou este sábado que em abril Portugal vai “triplicar o esforço de administração de vacinas” e considerou que essa logística será “o bom problema” para o país.

No final de uma visita ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, em Lisboa, um dos locais onde começou hoje a vacinação de docentes e não docentes, António Costa explicou que este exercício de vacinação massiva tem uma dupla função.

“Este exercício é não só importante para dar segurança a todos os que trabalham nas escolas, mas para testar estes postos de vacinação rápida”, defendeu o primeiro-ministro.

Tal como já tinha sido anunciado pela task-force da vacinação, Costa referiu que em abril o país vai receber 1,8 milhões de vacinas, “tantas quantas recebemos em janeiro, fevereiro e março”.

“Vamos ter de triplicar o esforço de administração de vacinas, todo o processo que tem decorrido em centros de saúde vai ter de ser complementado por 150 postos de vacinação rápida”, afirmou.

O primeiro-ministro garantiu ainda que haverá recursos humanos para a administração de todas estas vacinas, entre “recursos do Serviço Nacional de Saúde e outros que possam ter de ser contratados fora do SNS”.

“Já estão identificados os 150 postos, alguns já estão montados como este de Odivelas, outros estão a sê-lo (…) Vamos ter uma operação sete dias por semana, não digo 24 horas, mas sete dias por semana para assegurar todo o esforço de vacinação”, assegurou.

Questionado se esta será uma nova fase da vacinação em Portugal, Costa respondeu que o será “em termos de escala”, mas garantiu tratar-se, neste caso, de um “bom problema”.

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