Crédito à habitação e ao consumo volta a acelerar em outubro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2021

Os empréstimos aos particulares com as finalidades habitação e consumo continuaram a acelerar em outubro, com acréscimos de 4,4% e 1,7%, respetivamente, face ao período homólogo.

Os empréstimos aos particulares com as finalidades habitação e consumo continuaram a acelerar em outubro, com acréscimos de 4,4% e 1,7%, respetivamente, face ao período homólogo, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Segundo as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares do BdP, hoje divulgadas, em outubro de 2021, a concessão de empréstimos aos particulares continuou a acelerar, tendo os empréstimos para habitação subido para 96.300 milhões de euros, mais 4,4% em relação a outubro de 2020 (contra 4,3% em setembro) e os empréstimos ao consumo avançado para 19.200 milhões de euros, mais 1,7% face ao mesmo mês de 2020 (contra 1,5% em setembro).

Em relação aos depósitos que os particulares detinham em bancos residentes, o BdP afirma que mantiveram o ritmo de crescimento de 6,9% em outubro face ao mesmo mês de 2020, ao totalizarem 169.700 milhões de euros, sublinhando que este montante engloba depósitos a prazo e depósitos à ordem.

Os depósitos à ordem representavam 47% do total dos depósitos detidos por particulares quando, há cinco anos, correspondiam a 30%, refere o BdP, considerando que esta alteração reflete o contexto de taxas de juro baixas observadas nos últimos anos e a facilidade com que os bancos se têm financiado junto do Eurosistema.

No que toca ao montante total de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas, o BdP informa que este atingiu 76.000 milhões de euros em outubro, mais 4,9% do que em outubro de 2020 (contra 5,1% em setembro). O ritmo de crescimento destes empréstimos diminuiu pelo sexto mês consecutivo, sublinha o BdP.

Os empréstimos concedidos às empresas que pertencem aos setores mais atingidos pela pandemia — nomeadamente, comércio, alojamento e restauração, transportes e armazenagem e indústrias transformadoras — representavam, em outubro passado, 54% do total dos empréstimos às empresas. Após o fim das moratórias, estes são os setores considerados elegíveis para aceder à linha de apoio para reestruturação da dívida (“Retomar”).

Dívida cresce no alojamento e restauração

Uma análise por setor de atividade mostra que, desde o início da pandemia, os empréstimos concedidos às empresas de alojamento e restauração são os que têm crescido de forma mais expressiva, em resultado das linhas de apoio à economia, indica o BdP, adiantando que estas empresas também recorreram às moratórias, pelo que as amortizações regulares dos empréstimos estiveram suspensas, contribuindo para que o crescimento dos empréstimos fosse mais significativo desde essa data.

Os depósitos das empresas nos bancos residentes em Portugal subiram para 59.300 milhões de euros em outubro, mais 14,0% do que no mesmo mês de 2020 (contra 14,6% em setembro).

O BdP sublinha que a evolução dos empréstimos e dos depósitos é medida pela taxa de variação anual, o que significa que é calculada apenas com base no montante das transações (concessão e amortização/reembolso de empréstimos e depósitos), desconsiderando outros efeitos (por exemplo, cambiais).

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VIA Outlets cria “spoil lounge” para colaboradores. Há massagens, snacks e aulas de ioga

A medida pretende recompensar a dedicação dos colaboradores do Freeport Lisboa e do Vila do Conde Porto Fashion Outlets, numa época em que lhes é pedido um esforço adicional.

No final desta semana, já depois da Black Friday e da Super Week, os membros das equipas do Freeport Lisboa e do Vila do Conde Porto Fashion Outlets vão passar a usufruir dos “spoil lounge”. Neste espaço, haverá snacks, aulas de ioga e massagens.

“Sabemos que todas as nossas equipas trabalham de forma árdua o ano inteiro, mas há épocas em que lhes é pedido um esforço adicional e, inevitavelmente, o tempo até chegarmos ao natal é uma dessas alturas”, começa por dizer Mariana Carvalho, retail director da VIA Outlets, em comunicado.

“Estes espaços foram criados para podermos mimar as nossas equipas, e foram pensados com cantos e atividades especiais que sejam revitalizantes para todos, mas também demonstrativas da importância de cada colaborador na nossa atividade”, acrescenta, salientando que haverá salas de massagens, snacks, aulas de ioga e zonas de descanso e lazer, criadas a pensar no bem-estar das pessoas.

Os espaços estão disponíveis entre as 10h e as 19h e todos os colaboradores das lojas parceiras e dos centros poderão usufruir deles.

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Solução para a inflação? Partido de Erdogan diz aos turcos para comerem menos

  • ECO
  • 26 Novembro 2021

Deputado do partido do regime disse aos turcos que, face à elevada inflação, devem consumir menos alimentos: "Se compramos dois quilos de tomates, compremos apenas dois tomates", afirmou.

O partido do regime na Turquia apresentou aos cidadãos o que acredita ser uma solução para o problema da inflação: comer menos alimentos.

“Digamos que, em circunstâncias normais, comemos um ou dois quilos de carne por mês. Comamos apenas meio quilo. Se compramos dois quilos de tomates, compremos apenas dois tomates”, disse na terça-feira Zulfu Demirbag, deputado do mesmo partido do presidente Recep Tayyip Erdogan, citado pelo Financial Times, numa semana em que o valor da lira turca afundou face ao dólar e os turcos saíram às ruas em protesto.

No mês passado, a inflação no país rondou os 20% e a lira turca já desvalorizou também 20% face ao dólar desde o início de novembro. Comerciantes no país veem-se obrigados a alterar constantemente os preços dos bens.

O consenso entre os economistas aponta para que, face a um cenário de elevada inflação, a política monetária deve passar por uma subida dos juros. No entanto, internacionalmente, o presidente Recep Erdogan é conhecido por defender exatamente o oposto. O país encontra-se, assim, mergulhado numa severa crise económica e social.

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Energia e Clima: o setor no PRR

  • ECO + Millennium bcp
  • 26 Novembro 2021

Os setores da Energia e Clima têm um papel transversal em todo o PRR e a sua atuação está presente em múltiplas medidas dos mais variados setores de atividade.

A Energia é o setor que mais contribui para uma sociedade descarbonizada. O setor energético é um pilar fundamental da economia nacional, quer do ponto de vista do cidadão, quer do ponto de vista das empresas. É um sistema complexo que envolve diversas instituições e agentes, e que está em constante mudança para se adaptar aos desafios.

Apesar de todos os setores contribuírem para a descarbonização da economia, a maior transformação será na mobilidade, nos transportes, na produção e no consumo de energia, onde a concentração do investimento será mais relevante, e ainda na área dos edifícios, associada à reabilitação urbana e à incorporação de medidas de eficiência energética.

Os apoios previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terão metas e objetivos em matéria de emissões de gases com efeito de estufa, energias renováveis, eficiência energética, segurança energética, mercado interno e investigação, inovação e competitividade.

Energia e Clima no PRR

Da análise ao Plano de Recuperação e Resiliência (documento submetido a consulta pública) foi possível identificar quais as medidas com maior impacto potencial na atividade das empresas que atuam no âmbito da Energia e Clima, quer na qualidade de beneficiárias diretas, quer enquanto fornecedoras de competências, conhecimento e serviços.

É tempo de pôr a economia a andar. Vamos lá!

Se antecipa poder vir a beneficiar destas medidas, seja por via da candidatura a apoios diretos, seja pela oportunidade de fornecimento das necessidades públicas de investimento, o Millennium bcp presta apoio na candidatura com as soluções de que necessita e o aconselhamento especializado. Enquanto Banco do Plano de Recuperação e Resiliência, o Millennium bcp é o banco que está ao lado das empresas.

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Petróleo afunda mais de 10% com receios de novas restrições

Preços do barril de petróleo estão sob pressão esta sexta-feira, com os receios de mais restrições por causa da nova variante do vírus. Brent cai para o valor mais baixo desde setembro.

A nova variante da Covid-19 está a assustar os investidores em todo o mundo e, perante a ameaça de novas restrições que podem abrandar a economia mundial, os preços do petróleo estão a registar uma correção em baixa bastante acentuada, com o barril a registar quedas de mais de 10%.

Os futuros do Brent para entrega a 30 de novembro estão a cair 10,61%, para 73,53 dólares, e negoceiam no valor mais baixo desde setembro.

Em Nova Iorque, o contrato WTI para entrega a 20 de dezembro segue o mesmo caminho ao recuar 12,08%, para 69,94 dólares por barril.

Petróleo afunda

Estas quedas surgem numa sessão de intensa pressão vendedora nos mercados internacionais, sobretudo nos ativos de maior risco, como as ações. O Stoxx 600 cai mais de 2%, com o setor energético a perder mais de 4%.

“Se a nova variante é tão perigosa como se crê, parece ser apenas uma questão de tempo até que outros países decidam impor restrições. Como se viu durante as anteriores recaídas pandémicas, as viagens transfronteiriças tendem a ser o primeiro alvo de novas restrições”, diz explica Henrique Tomé, analista da XTB. “Este é um fator que pode colocar em risco a procura de petróleo e não nos devemos surpreender com a forte queda dos preços do crude durante esta sessão”, acrescentou o analista.

Os investidores também estão atentos à resposta da China depois de os EUA terem decidido libertar milhões de barris das suas reservas num esforço para aliviar os preços do petróleo no sentido de apoiar a retoma da economia.

(Atualizado às 17h00)

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Nas notícias lá fora: Coronavírus, Turquia e Evergrande

Regime turco pede aos cidadãos para comerem menos. Evergrande perde ativos no futebol. Nova variante do coronavírus assusta o mundo.

A atualidade internacional é marcada pelos receios em torno de uma nova variante do coronavírus. Também são notícia as declarações polémicas do partido do regime turco acerca da inflação elevada no país.

Reuters

Ásia e Europa apertam restrições por causa da nova variante de Covid-19

Vários países asiáticos e europeus estão a reforçar as restrições de viagens após ter sido detetada uma nova variante da Covid-19 na África Austral resistente à vacina. A Comissão Europeia vai propor a suspensão dos voos a viajantes vindos de países da região, enquanto a Índia recomendou a todos os seus estados a testar e examinar rigorosamente os viajantes internacionais da África do Sul e de outros países “em risco”. O Reino Unido, Israel e Singapura proibiram voos provenientes da região.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

OMS reúne-se esta sexta-feira para discutir nova variante da Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne-se esta sexta-feira para avaliar uma nova variante do coronavírus, denominada B.1.1.529, detetada esta semana na região da África do Sul, receando tratar-se da pior variante da Covid-19 já identificada. A reunião, que contará também com a participação dos cientistas sul-africanos que descobriram a B.1.1.529, determinará a designação de variante de “interesse” ou de “preocupação”. Segundo um dos porta-vozes da OMS, já foram reportadas mais de 100 sequências da nova variante.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Inflação? Partido de Erdogan diz aos turcos para comerem menos

Numa semana em que o valor da lira turca afundou face ao dólar e numa altura em que a inflação no país ronda os 20%, o partido de Recep Tayyip Erdogan apresentou a solução aos cidadãos que saíram à rua em protesto: comam menos. “Digamos que, em circunstâncias normais, comemos um ou dois quilos de carne por mês. Comamos apenas meio quilo. Se compramos dois quilos de tomates, compremos apenas dois tomates”, disse Zulfu Demirbag, representante do partido.

Leia a notícia completa no Financial Times (aceso pago).

Reuters

Governo chinês assume controlo de estádio da Evergrande

Uma entidade ligada ao governo chinês assumiu o controlo de um estádio de futebol detido pela Evergrande, a promotora imobiliária chinesa que está em risco de colapso por causa de uma dívida de 300 mil milhões de dólares. A gigante também está a ponderar vender o clube de futebol de Guangzhou, numa altura em que continua com dificuldades em cumprir com as suas responsabilidades.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

PayPal vai permitir pagar compras em três prestações

O serviço financeiro PayPal lançou em Espanha uma funcionalidade que permite aos utilizadores pagarem compras entre 30 e 2.000 euros em três prestações, sem comissões nem juros (se os prazos forem respeitados). A chegada ao país do “Paga em três prazos” acontece numa altura em que, deste lado da fronteira, a Klarna acaba de lançar um serviço equivalente no mercado português.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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Pontos nos is #10: Investimento imobiliário – o que deve ter em conta antes de comprar casa?

  • ECO + Proteste Investe
  • 26 Novembro 2021

Está a pensar investir na compra de um imóvel? Neste episódio dos Pontos nos Is, descubra os fatores que deve ter em conta antes de avançar.

Temos assistido nos últimos anos a um aumento nos preços das casas que parece não abrandar. Por esse motivo, e pelo peso que um imóvel pode representar no seu património enquanto ativo financeiro, é crucial ter em conta vários fatores antes de avançar para a compra de uma casa.

No episódio #10 da web series Pontos nos Is, Filipe Campos, analista financeiro da Proteste Investe, partilha, em jeito de checklist, tudo o que precisa de saber nas várias fases antes de comprar um imóvel. Se continuar com dúvidas, pode ainda espreitar estas dicas para investir em imobiliário.

Confuso com o jargão do mercado financeiro?

Envie-nos as suas dúvidas e sugestões de temas que precisem de pontos nos is para este email ou consulte o site da Proteste Investe.

 

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O futuro da banca é digital, mas não dispensa o fator humano

  • Conteúdo Patrocinado
  • 26 Novembro 2021

Perspetivas de mercado apontam para poupanças de 199 mil milhões de dólares em atividades de front office com recurso à utilização de ferramentas de banca conversacional.

A adaptação do setor da banca às novas exigências dos clientes, que estão em constante mutação, tem sido um caminho percorrido primeiro com a disponibilização das linhas telefónicas de apoio, depois com a possibilidade de realizar operações básicas através da Internet e, mais recentemente, com o surgimento das aplicações móveis. Atualmente, os bancos começam a desenvolver e a utilizar novas ferramentas que permitam melhorar a experiência do cliente, nomeadamente por via da introdução de assistentes virtuais.

“Do ponto de vista de um banco ou instituição, o mais importante é o serviço que presta aos clientes e a confiança com que esse serviço é feito”, aponta Manuel Domingues, um dos oradores do webinar “New Ways of Working Talk – O futuro da banca ‘é conversa’?”, realizado esta quinta-feira, 25 de novembro, pela NTT Data Portugal em parceria com o ECO. O CIO do novobanco acredita que, mais do que falar na adoção de uma só solução de interação, o foco deve estar no omnicanal.

O mais importante, sublinha, é que o cliente tenha, “à sua inteira disponibilidade, qualquer um destes meios e que possa escolher um em função daquilo que lhe convém em cada momento”. Carolina Bouvard, Head of Technology & Operations do Santander Totta Portugal, concorda que “o mais importante é sempre o serviço ao cliente”, que deve ser servido com “rapidez e celeridade”, mas fala também na “humanização da tecnologia” para que a interação entre consumidor e máquina seja mais fácil. “Há uns anos, para falarmos com as máquinas tínhamos de aprender a linguagem de programação, que não era acessível a todos, e agora são as máquinas que estão a aprender a linguagem das pessoas”, assinala.

Mas, afinal, que conceito é este de banca conversacional e de que forma impacta o setor? Trata-se da utilização de soluções tecnológicas assentes em inteligência artificial (IA) e machine learning, que através de chat bots – robôs de texto – ou de voice bots – robôs de voz – permitem ajudar a esclarecer dúvidas dos clientes ou até ajudá-los a realizar uma determinada operação. “Os assistentes conversacionais são um canal de comunicação que utiliza a IA para esclarecer questões, enviar ou receber informação e documentar ou realizar operações”, explica Marcos Cardeira, Senior Manager da NTT Data Portugal. O consultor destaca as vantagens destas ferramentas, que se baseiam sobretudo na disponibilidade a qualquer momento, na possibilidade de terem capacidade preditiva e na acessibilidade em vários meios – através de uma linha telefónica, na plataforma de internet banking, na aplicação móvel do banco, no WhatsApp ou até mesmo nas redes sociais.

Estes assistentes virtuais, com mais ou menos competências, podem ainda ser utilizados pelos colaboradores do banco “para consultar o saldo de dias de férias, solicitar uma declaração ou agendar uma licença sem vencimento”. A forma e o propósito podem, facilmente, ser ajustados às necessidades de cada setor. Na banca, as potencialidades são imensas e incluem a prestação de informação comercial, consulta de saldos e movimentos, realização de transferências bancárias e, eventualmente, operações financeiras mais complexas. “A maior facilidade e rapidez que podemos proporcionar”, diz Manuel Domingues, é um dos principais objetivos do novobanco na utilização destas soluções.

Carolina Bouvard confirma o interesse do Santander na expansão dos canais de comunicação com os seus clientes e admite que “a influência da pandemia é 100% clara” na maior disponibilidade da população para recorrer a este tipo de atendimento. “No caso do Santander, 58% dos nossos clientes são digitais e interagem connosco com frequência através dos canais digitais”, aponta a responsável, que diz mesmo que 60% das vendas têm origem no digital. Questionados sobre o surgimento das fintech e se consideram que estas startups vieram acelerar a necessidade de transformação digital na banca tradicional, os oradores concordam que incentivaram os bancos a adaptarem-se mais rapidamente. “As fintech são, simultaneamente, um fator de competição e um fator de complementaridade”, afirma Manuel Domingues. O CIO do novobanco acredita que os players tradicionais devem trabalhar de perto com estas startups, porque “cada vez mais vamos ser instituições que vivem de parceria e colaboração”.

"“A IA é uma grande oportunidade de gerar poupanças até 2023””

Fabio Distaso

Global Head of Conversational Banking da NTT Data

Ainda na balança que pesa as vantagens e os desafios da banca conversacional, Marcos Cardeira aponta que, de facto, a utilização de assistentes virtuais “permite reduzir o número de colaboradores”, que poderão ser reorientados para novas funções com maior valor acrescentado. “Por outro lado, os bancos podem reduzir custos com contact centers, uma vez que estão a reduzir o número de chamadas atendidas e o tempo médio de chamada”, observa.

O futuro é dos assistentes virtuais

As poupanças são, sem dúvida, um dos principais argumentos para a adoção das ferramentas de banca conversacional. De acordo com Fabio Distaso, Global Head of Conversational Banking da NTT Data, “a IA é uma grande oportunidade de gerar poupanças até 2023” no front office, middle office e back office. Aliás, o especialista apresentou, durante o webinar, o white papper “Let’s chat: Conversational Banking: the 7 trends transforming the sector”, que aponta para uma redução de gastos na ordem de 199 mil milhões de dólares em front office. Em middle office, a expectativa será evitar 217 mil milhões de dólares em gastos e cerca de 31 mil milhões de dólares em back office.

Para Fabio Distaso, o rápido aumento do número de dispositivos inteligentes com assistentes virtuais incluídos é um bom indicador do potencial deste mercado. “Em 2024, é expectável que o número de dispositivos cresça bastante e que atinja 8,4 mil milhões de dispositivos com assistentes virtuais”, perspetiva.

Já no próximo ano, contudo, o perito aponta que 80% das empresas vai interagir com os clientes desta forma e que, em 2023, as empresas gastarão “mais em bots do que em aplicações móveis”. Mas se estes números são animadores para o setor bancário, e não só, a verdade é que Distaso refere que a Europa está um pouco atrás do desenvolvimento deste mercado nos EUA. “Diria que na Europa estamos, neste momento, entre o bot conversacional e o bot transacional”, diz. Existem, para o responsável, quatro níveis de maturidade desta solução – o bot informativo, que responde a questões sem informação sobre o cliente; o bot conversacional, capaz de compreender contextos específicos; o assistente transacional, que compreende as operações solicitadas; e, por fim, o assistente preditivo, que pode antecipar as necessidades do cliente.

Que “os assistentes virtuais vieram para ficar” e que “são o futuro”, Fabio Distaso não tem dúvidas, mas recorda alguns dos pontos que os bancos devem ter em conta na altura de construir uma estratégia para este mercado. “Quando estamos a desenvolver uma estratégia de assistente digital devemos focar-nos em alguns pontos cruciais: desenvolver uma experiência diferenciada, construir uma relação com o cliente, e desenvolver uma conversa real. Temos de ser capazes de compreender os requisitos do cliente”, remata.

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Deco tentou comprar a SAD do Vitória de Guimarães

  • ECO
  • 26 Novembro 2021

Por duas vezes, em setembro de 2016 e em abril de 2019, o antigo futebolista do FC Porto tentou adquirir uma participação maioritária na SAD do Vitória de Guimarães.

O ex-futebolista Deco tentou adquirir uma posição maioritária no capital SAD do Vitória de Guimarães por duas vezes, em 2016 e de 2019, por via direta e indireta, revela o Público (acesso pago) esta sexta-feira.

A primeira tentativa, segundo o jornal, terá ocorrido em setembro de 2016. Deco, em parceria com outro investidor, Alejandro Etchebarria, manifestou interesse em adquirir a participação detida pelo empresário Mário Ferreira, de 56,84%, correspondentes a um investimento de 2,6 milhões de euros. O ex-atleta terá oferecido 8,5 milhões de euros pelas ações, oferta que terá sido recusada pelo acionista.

A segunda tentativa para a aquisição das ações terá sido formalizada em abril de 2019, por um valor de 8,1 milhões de euros. Porém, o empresário também terá declinado esta proposta, a 21 de maio de 2019.

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Comissão Europeia vai propor travão a voos com origem na África Austral devido à nova variante do coronavírus

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Novembro 2021

A Comissão Europeia vai propor a suspensão dos voos provenientes da África Austral, por causa da nova variante do coronavírus designada de B.1.1.529, cujos primeiros casos foram detetados no Botswana.

A Comissão Europeia vai propor a suspensão de viagens aéreas provenientes dos países da África Austral, devido a uma nova variante do coronavírus detetada no Botswana, que está a causar preocupação na comunidade científica e tem levado a um aumento dos casos em África do Sul. O anúncio foi feito pela presidente, Ursula von der Leyen, no Twitter.

“A Comissão Europeia irá propor, em estreita coordenação com os Estados-membros, ativar o travão de emergência para interromper as viagens aéreas da região da África Austral devido à preocupação com a variante B.1.1.529″, escreveu Von der Leyen.

Segundo algumas fontes, a B.1.1.529 foi identificada por um grupo de cientistas em África do Sul. Um deles disse tratar-se de uma nova variante com mutações que marcam “um grande salto na evolução” normal do vírus, sendo que um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou esta sexta-feira que já foram reportadas mais de 100 sequências da B.1.1.529.

Devido à preocupação provocada pela nova variante, Reino Unido, Israel e Singapura já anunciaram o encerramento das suas fronteiras a viajantes vindos da África do Sul e de países vizinhos.

Itália anunciou a proibição de entrada de pessoas que visitaram estados da África Austral, incluindo Moçambique, África do Sul e Zimbabué, nos últimos 14 dias, enquanto o Governo da República Checa optou por proibir a entrada no país, a partir de domingo, a cidadãos de países terceiros que tenham passado mais de 12 horas nas últimas duas semanas num dos países da sua “lista vermelha”.

(Notícia atualizada às 9h38)

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Discotecas vão ter acesso ao lay-off simplificado em janeiro

Na semana de 2 a 9 de janeiro, as discotecas não poderão abrir portas, de modo a mitigar o agravamento da pandemia pós quadra festiva. Voltarão a ter acesso, por isso, ao lay-off simplificado.

Os primeiros dias de janeiro serão de “contenção“. Para mitigar o agravamento da pandemia após a quadra festiva, o Governo decidiu endurecer, entre 2 e 9 de janeiro, as restrições, determinando, por exemplo, que os bares não poderão abrir portas.

Ao ECO, fonte do Ministério do Trabalho garante que esses estabelecimentos voltarão, por isso, a ter acesso ao lay-off simplificado, apoio extraordinário que permite aos empregadores reduzir os horários de trabalho ou suspender os contratos ao mesmo tempo que lhes assegura uma ajuda para o pagamento dos salários.

Com a pandemia em tendência crescente, o Executivo anunciou esta quinta-feira uma série de medidas para “controlar” a crise sanitária. Assim, a partir do início de dezembro, o teletrabalho volta a ser recomendado, o certificado digital volta a ser necessário para entrar em restaurantes e hotéis e os testes serão obrigatórios para entrar em bares e discotecas.

Além disso, e já a pensar no período após o Natal e o Ano Novo, o Governo desenhou uma “semana de contenção“, para o período compreendido entre 2 e 9 de janeiro, para evitar, disse o primeiro-ministro, que o cenário verificado no início de 2021 (uma escalada muito grave das infeções, que obrigou o país a um duro confinamento) se repita no arranque de 2022. Nesses dias, a adoção do teletrabalho passará de recomendada a obrigatória, não haverá aulas e as discotecas não poderão abrir portas.

Fonte do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu ao ECO que esses estabelecimentos voltarão, por isso, a ter à disposição o lay-off simplificado, apoio que permite aos empregadores encerrados por imposição legal ou administrativa reduzir o tempo de trabalho dos seus empregados ou até suspender os seus contratos de trabalho, sem os limites previstos, por exemplo, no apoio à retoma progressiva.

Esse regime assegura-lhes, além disso, um apoio para o pagamento dos salários, que corresponde a 70% de dois terços do salário relativo às horas não trabalhadas, subsídio que pode ser aumentado, adicionalmente, no “no estritamente necessário de modo a assegurar” o salário completo do trabalhador.

Isto já que os trabalhadores abrangidos por esta medida extraordinária têm direito a 100% da sua remuneração normal líquida, até 1.995 euros, ou seja, não há cortes nos salários.

Desde outubro que as discotecas não têm acesso ao lay-off simplificado, já que, entretanto, tiveram “luz verde” para retomar a sua atividade, face aos avanços na vacinação. Assim, de acordo com os dados da Segurança Social, o universo de empresas abrangidas por esta medida extraordinário passou de 317 entidades empregadoras em setembro para zero em outubro, uma vez que esses estabelecimentos foram os últimos a ver retirado o dever de encerramento.

Na referida “semana de contenção”, o Governo vai também reativar o apoio à família, já que o início das aulas foi adiado para 10 de janeiro. Esse subsídio garante aos trabalhadores que tenham de faltar ao trabalho para cuidar dos filhos (até 12 anos), por força do encerramento das escolas, uma parte do salário (66%), paga em partes iguais pela Segurança Social e pelo empregador.

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Nova variante do coronavírus derruba bolsas europeias. Galp e BCP caem 5%

Uma nova variante do coronavírus detetada no Botswana está a desencadear quedas superiores a 3% nas bolsas por toda a Europa. Lisboa não escapa à "maré vermelha".

As bolsas europeias estão sob forte pressão vendedora esta sexta-feira. Os investidores estão receosos quanto à nova variante do coronavírus detetada no Botswana, que está a resultar num novo aumento das infeções em alguns países africanos e já levou o Reino Unido a aplicar restrições nas viagens com origem nos mesmos.

Pela Europa, o Stoxx 600 recua 3%, assim como o britânico FTSE 100. O francês CAC-40 cede 3,86%, o alemão DAX recua 3,24% e o espanhol IBEX-35 desvaloriza 4,14%. Estas perdas bastante acentuadas acontecem num dia em que a sessão nos EUA vai ser mais curta do que o habitual no rescaldo do Thanksgiving e a liquidez é tendencialmente menor.

O PSI-20 não escapa a esta “maré vermelha” e arranca a última sessão da semana a cair 2,84%, para 5.408,87 pontos, com o setor da banca e da eletricidade a serem os mais penalizados.

O BCP recua 5,57%, para 14,07 cêntimos, enquanto a Galp Energia perde 5,06%, para 8,37 euros. A petrolífera portuguesa também está a ser penalizada pela queda das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, referência para as importações nacionais, desvaloriza 4,37%, para 78,59 dólares o barril, enquanto o WTI recua 5,5%, para 74,08 dólares.

Galp Energia sob forte pressão na bolsa:

Ainda pelo setor energético, a a EDP Renováveis desvaloriza 1,50% para 22,34 euros, enquanto a EDP cai 2,76%, para 4,787 euros. Já a REN cede 1,41%, para 2,45 euros.

Entre os “pesos pesados”, nota ainda para as desvalorizações da Jerónimo Martins e da Nos. Os títulos da retalhista que detém o Pingo Doce cedem 1,69%, para 19,21 euros, enquanto as ações da empresa de telecomunicações desvalorizam 2,35%, para 3,318 euros.

Nota ainda para o setor da pasta e do papel, bastante influenciados pelo contexto internacional. A Navigator recua 3,47%, para 3,114 euros; a Semapa cede 4,22%, para 11,34 euros; e a Altri desvaloriza 3,98% para 4,878 euros.

Estas quedas acompanham a pressão sentida nos mercados asiáticos. Em causa está uma nova variante do coronavírus que apresenta mais de três dezenas de mutações na proteína “spike”. A imprensa dá conta de indícios de que estará na base de aumentos de infeções em continentes no sul africano, incluindo África do Sul. A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira de manhã que vai propor restrições às viagens de e para alguns desses países.

A correção dá-se ainda num dia de, tipicamente, menor liquidez. No rescaldo do feriado do Dia de Ação de Gaças, os mecados em Wall Street vão encerrar três horas mais cedo, às 18h00 em Lisboa.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h59)

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