Carlos Alexandre e Ivo Rosa deixam de estar sozinhos no Ticão em janeiro

A partir do dia 4 de janeiro, Carlos Alexandre e Ivo Rosa deixam de ter a exclusividade no Tribunal Central de Instrução Criminal. Mais sete juízes e oficiais de justiça juntam-se à dupla.

Foi publicada em Diário da República a lei que vai tirar a exclusividade da dupla Carlos Alexandre e Ivo Rosa no “Ticão” – o Tribunal Central de Instrução Criminal — que trata dos megaprocessos de criminalidade económico-financeira. A lei entra em vigor a 4 de janeiro e determina que este Tribunal passe a ter uma composição com mais sete juízes, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa.

Para além de sete novos juízes, o “Ticão” vai receber também os oficiais de justiça em funções e as competências próprias do JIC de Lisboa, que será extinto, passando para o Campus da Justiça. As competências do Tribunal Central de Instrução Criminal foram também alargadas. A partir de janeiro passam a incluir os crimes de recebimento indevido de vantagem e tráfico de influência, bem como de prevaricação punível com pena superior a dois anos.

Os processos que se encontrem pendentes no Tribunal Central de Instrução Criminal, à data de entrada em vigor da lei, mantêm-se na titularidade dos juízes que naquela data se mostrem colocados nesse tribunal, sem que haja lugar à redistribuição dos processos que lhes estejam atribuídos.

No “Ticão” existiam, até esta mudança, dois juízes em funções, Carlos Alexandre, há mais de 10 anos, e Ivo Rosa, desde 2015, e que leva a que todos os processos “mediáticos” transitem para as suas mãos. Para este tribunal — na fase de instrução — foram parar os processos mais mediáticos da Justiça portuguesa como a Operação Marquês, caso GES/BES, BPP/João Rendeiro, Face Oculta, Operação Furacão, entre outros.

Já a Estratégia Anticorrupção sublinhava que a perceção das decisões do ‘Ticão’ “é agravada pela circunstância de os processos que ali correm terem um grau de mediatização acrescido, pela gravidade dos factos”. O aumento do número de magistrados afetos à realização das missões do Tribunal Central de Instrução Criminal “é a solução consensualmente apontada. Impõe-se, pois, reponderar a composição do Tribunal”, diz o documento.

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Nas notícias lá fora: Pegasus, Samsung e Mario Draghi

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Novembro 2021

A Apple processou o grupo israelita NSO por alegada espionagem aos seus produtos e clientes. A Samsung prepara-se para fazer o seu maior investimento de sempre nos EUA.

A Apple processou a NSO, a empresa que criou o software de espionagem Pegasus. Em Itália, é notícia o terceiro veto de Mario Draghi a uma aquisição chinesa. Em Bruxelas, desenha-se legislação para dar mais independência aos reguladores bancários. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional desta quarta-feira.

The Wall Street Journal

Apple processa empresa israelita NSO por alegada espionagem

A Apple processou judicialmente a empresa israelita de software de vigilância NSO, conhecida por ter desenvolvido o spyware Pegasus, usado para espiar os telemóveis de jornalistas, ativistas de direitos humanos e políticos. A tecnológica acusa a NSO de se ter envolvido em “esforços concertados” para atingir e atacar clientes, produtos e servidores da Apple.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

Cinco Días

Espanha prolonga alívio fiscal sobre a luz para 2022

O alívio fiscal que tem sido aplicado ao consumo doméstico de eletricidade iria expirar no final deste ano, mas o Governo espanhol decidiu prorrogá-lo até, pelo menos, março de 2022. A medida visa evitar que a fatura das famílias suba 42% em janeiro do próximo ano, uma vez que os preços da eletricidade continuam em forte alta no mercado grossista.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Financial Times

Bruxelas quer dar mais independência aos reguladores bancários

A Comissão Europeia entende que o escândalo da Wirecard mostrou que os reguladores bancários devem ser mais independentes. Como tal, Bruxelas está a propor que o alemão BaFin corte os laços com grupos de lóbi e não responda diretamente ao ministro das Finanças. A legislação que está a ser desenhada também deverá apertar as regras sobre a possibilidade de membros dos reguladores deterem ações de empresas que supervisionam.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Draghi trava terceira aquisição chinesa este ano em Itália

O primeiro-ministro italiano vetou a terceira aquisição chinesa no país desde que tomou posse em fevereiro. Determinado a impedir que ativos estratégicos de Itália acabem sob o controlo de empresas chinesas, Mario Draghi impediu a Zhejiang Jingsheng Mechanical de formar uma joint venture com o ramo da Applied Materials em Hong Kong, que passaria a controlar o negócio de serigrafia desta última em Itália. Em outubro, Roma travou a venda de um produtor de sementes de vegetais aos chineses da Syngenta e bloqueou em abril a tomada de controlo de uma produtora de equipamento para semicondutores por parte da chinesa Shenzhen Invenland Holdings.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Samsung vai construir fábrica de chips no Texas

A Samsung escolheu a cidade de Taylor, no Texas, para construir uma fábrica de chips, um investimento de 17 mil milhões de dólares que é o maior de sempre do grupo tecnológico sul-coreano nos EUA. A nova fábrica será a mais avançada instalação de produção de semicondutores da Samsung e tem como objetivo ajudar a empresa a alcançar a concorrente TSMC, de Taiwan.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

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IEFP é o maior beneficiário de fundos do PT2020: 1,7 mil milhões para 384 projetos

  • Lusa
  • 24 Novembro 2021

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é o beneficiário do Portugal 2020 com maior financiamento, somando 1.700 milhões de euros para 384 projetos.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é o beneficiário do Portugal 2020 com maior financiamento, somando 1.700 milhões de euros para 384 projetos, numa lista que também inclui empresas e universidades.

Segundo dados do portal Mais Transparência, entre os projetos realizados pelo IEFP, com apoio do Portugal 2020, incluem-se estágios da Iniciativa Emprego Jovem, com 71,9 milhões de euros, seguidos pela Iniciativa Emprego Jovem (47,6 milhões de euros), estágios para jovens (47,5 milhões de euros) e apoios à contratação para adultos (45,9 milhões de euros).

Entre os beneficiários com maiores financiamentos estão ainda a Direção-Geral do Ensino Superior (660 milhões de euros), a IP-Infraestruturas de Portugal (599 milhões de euros), a Instituição Financeira de Desenvolvimento (355 milhões de euros), a Fundação para a Ciência e Tecnologia (332 milhões de euros), o Fundo Regional do Emprego (210 milhões de euros), a Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas (189 milhões de euros) e a Secretaria-Geral da Educação e Ciência (189 milhões de euros).

Segue-se a Universidade do Minho (171 milhões de euros), Metro do Porto (137 milhões de euros), Universidade de Aveiro (137 milhões de euros), Universidade do Porto (131 milhões de euros), Universidade de Coimbra (114 milhões de euros), Portos dos Açores (107 milhões de euros), Agência para o Desenvolvimento e Coesão (104 milhões de euros) e o Metropolitano de Lisboa (103 milhões de euros).

Abaixo dos 100 milhões de euros de financiamento destacam-se a Agência Portuguesa do Ambiente (94,1 milhões de euros), a estrutura de missão do IFRRU 2020 – Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas Administração Central (86,9 milhões de euros), Instituto de Emprego da Madeira (78 milhões de euros) e a AGDA – Águas Públicas do Alentejo (70,5 milhões de euros).

A lista inclui ainda, entre outros, a Secretaria Regional das Obras Públicas e Comunicações (69,2 milhões de euros), Bosch Car Multimédia Portugal (66,3 milhões de euros), MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente (66 milhões de euros), Turismo de Portugal (55,7 milhões de euros), Município do Porto (52,2 milhões de euros), IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação (51,2 milhões de euros), Navigator Tissue de Aveiro (42,3 milhões de euros), IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera (36 milhões de euros) e a AEP – Associação Empresarial de Portugal (32,9 milhões de euros).

No sentido oposto, com os financiamentos mais baixos encontram-se Armando Aresta Caro (0,9 euros), Maria Alzira Pinto Ribeiro Leitão (2,8 euros), Paulo César Cândido Maiato (12,4 euros), Maria Margarida Pacheco da Silva Lima (24,6 euros), Maria Eduarda de Carvalho Teixeira da Luz (24,7 euros), Bruno Roberto Sousa Silveira (31 euros), CPA – Cooperativa de Pesca Açoriana (33,9 euros), Mirtivale (34,7 euros), Pedro Sacadura Teixeira Cabral Duarte da Silveira (40,3 euros), José Laurindo Sousa Brasil (41,6 euros) e José Machado Gonçalves (45,8 euros).

O portal inclui ainda listadas algumas empresas e entidades que apresentaram projetos, mas não receberam qualquer financiamento, nomeadamente, a Bravirop, Biblioteca Nacional, ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano, Capitólio, Associação Regional dos Municípios do Vale do Távora, Centro Sócio-Cultural do Vimioso, ARDAL – Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima, WRC – Web para a Região Centro, Wemob e a Freguesia de Carregosa.

Também sem qualquer financiamento estão a Freguesia de Marco, AMARTES – Associação de Desenvolvimento Artístico, Cultural e Desportivo, Hotel Rosa Mística, Águas do Alto Alentejo, Maria Lúcia de Carvalho, José António Campos Lopes, Carlos Miguel Gorgulho Barriguinha, M3agro e a EPADRV – Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos.

Já no que se refere ao número de projetos, a Universidade do Porto aparece a liderar com 664, como, por exemplo, a Safe Cities (4,2 milhões de euros), a Cidadesust (3,5 milhões de euros) e Health4all (2,8 milhões de euros).

Com o maior número de projetos seguem-se a Universidade de Aveiro (620), Universidade do Minho (589), Universidade de Coimbra (482), IEFP (384), Universidade Nova de Lisboa (217), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (215), Universidade de Évora (214), Instituto Politécnico de Leiria (210), Instituto Superior Técnico (182), Universidade de Trás os Montes de Alto Douro (175), Universidade do Algarve (163), Universidade da Beira Interior (141) e Universidade Católica Portuguesa (135).

Com apenas um projeto aparecem a Central da Borracha, A Electrica, Caves da Montanha, A Industrial Farense, A. Nogueira da Costa, A. Ventura Rego, Abranfinas, Abrigada e as adegas cooperativas de Almeirim, Amarante, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Mesão Frio, Moncorvo. Monção, São Mamede da Ventosa, Sabrosa e Vale da Teja, entre outros.

Norte com montante mais elevado

Por região, o Norte soma 10.600 milhões de euros de investimentos aprovados, seguido pelo Centro (7.500 milhões de euros), Alentejo (3.200 milhões de euros) Área Metropolitana de Lisboa (1.800 milhões de euros), Açores (1.800 milhões de euros), Madeira (929 milhões de euros) e Algarve (616 milhões de euros).

Com uma dotação global de cerca de 26.000 milhões de euros, o programa Portugal 2020 (PT 2020) consiste num acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.

Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.

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SPD, Verdes e liberais chegam a acordo de coligação para formar Governo na Alemanha

Os líderes do SPD, dos Verdes e do FDP chegaram a acordo para formar Governo na Alemanha. Termos ainda terão de receber aprovação final dos três partidos. Olaf Scholz mais perto de ser chanceler.

Os líderes do Partido Social-Democrata (SPD), dos Verdes e dos liberais (FDP) chegaram a um acordo de coligação para formar Governo na Alemanha, avança o Politico Europe. Se receber aprovação final dos três partidos, o acordo abrirá caminho para que Olaf Scholz, atual ministro das Finanças, suceda Angela Merkel no cargo de chanceler já no início de dezembro.

As eleições ocorridas em setembro deram a vitória ao SPD, com 25,7% dos votos e 206 deputados eleitos, mas deixaram a Alemanha num impasse. Desde essa altura que os sociais-democratas estão em negociações com os ambientalistas e com os liberais, na tentativa de formar o próximo Governo de coligação.

A última reunião nesse sentido aconteceu na manhã desta quarta-feira, tendo sido possível fechar um acordo de coligação, indica o Politico Europe. Os partidos deverão apresentar pelas 15h00 (hora de Lisboa) os termos acordados.

O acordo ainda terá de ser posto à consideração geral dos três partidos: os Verdes planeiam consultar todos os seus membros, o SPD já agendou uma reunião interna extraordinária para 4 de dezembro e o FDP marcou para 5 de dezembro uma conferência.

Se receber a aprovação final de todas as partes, o acordo abrirá caminho para que Olaf Scholz chegue ao cargo de chanceler, na segunda semana de dezembro, sucedendo a Angela Merkel.

(Notícia atualizada às 9h56)

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SEF tenta promover 50 chefias antes da extinção

  • ECO
  • 24 Novembro 2021

Desde janeiro, o SEF lançou um total de 12 concursos, três para promover 50 chefias e os restantes nove para admitir 67 novos funcionários.

Depois da notícia de que iria ser extinto, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) abriu três concursos internos para promover 50 chefias, sendo que ninguém era promovido desde 2017, pelo menos, avança a CNN Portugal esta quarta-feira. Os elementos promovidos transitarão para a Polícia Judiciária, GNR e PSP com um nível de carreira superior, segundo o canal.

Os concursos foram lançados em março e abril deste ano e ainda estão por finalizar, mas já admitiram dois presidentes de sindicatos, de acordo com a notícia. O último concurso foi assinado pelo diretor nacional do SEF, Luís Francisco Botelho Miguel, um dia antes de o Conselho de Ministros aprovar formalmente a extinção do serviço, em 8 de abril.

Além disso, o SEF abriu nove concursos externos para contratar 67 funcionários, também já depois da notícia da sua extinção. Ou seja, entre janeiro e outubro de 2021, o SEF lançou um total de 12 concursos, um número muito superior ao verificado no período de 2017 a 2020, no qual se realizaram apenas cinco concursos, todos para admissão de pessoal.

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Mota-Engil alarga emissão de obrigações de 75 milhões para até 110 milhões de euros

A construtora decidiu aumentar o montante máximo a colocar na emissão de dívida em curso de 75 milhões para 110 milhões de euros. Adenda ao prospeto foi enviada à CMVM.

A Mota-Engil decidiu aumentar o montante máximo da emissão de obrigações em curso de 75 milhões para 110 milhões de euros. A decisão foi tomada na terça-feira e anunciada pela construtora aos mercados, num comunicado onde recorda que o aumento era uma possibilidade prevista no prospeto.

A 10 de novembro, a Mota-Engil publicou na CMVM o prospeto da operação, dando conta da intenção de colocar até 75 milhões de euros por via da emissão de 150 mil títulos de dívida ligados a critérios de “sustentabilidade”. A empresa paga um juro fixo bruto de 4,25% (ou 3,06% líquidos, subtraindo a taxa liberatória de 28%).

Na terça-feira à noite, a empresa enviou ao regulador dos mercados de capitais uma “adenda” ao prospeto, dando conta de que foi decidido “aumentar o número máximo de obrigações” a emitir para 220 mil, “e, por conseguinte, aumentar o respetivo valor nominal global para até 110 milhões de euros”.

A decisão é tomada mais de uma semana depois de ter arrancado as subscrições das novas obrigações, que vencem em cinco anos. Cada título tem um valor nominal de 500 euros e a subscrição mínima é de cinco obrigações, isto é, 2.500 euros. O período de subscrições termina a 26 de novembro, sendo que a operação abrange também a troca voluntária de obrigações que vencem em 2022 e 2023, sujeita a um prémio adicional.

Esta emissão está ligada a critérios de “sustentabilidade”. A empresa compromete-se a “promover a melhoria de um indicador-chave de desempenho”, designadamente o índice dos acidentes de trabalho não mortais com baixa, que estava em 5,51 no final de 2020 e tem de descer para 3,30 até ao final de 2025.

Se isso não acontecer, a construtora entrega aos obrigacionistas uma remuneração adicional de 1,25 euros por título na data do reembolso final.

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Miguel Frasquilho vai liderar CI&T no sul da Europa

  • ECO
  • 24 Novembro 2021

O antigo chairman da TAP e ex-presidente da AICEP foi escolhido pela CI&T para liderar as operações da tecnológica brasileira no sul da Europa. Inicia funções a 1 de janeiro de 2022.

Miguel Frasquilho, antigo chairman da TAP e ex-presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), vai ser o diretor executivo da CI&T para o mercado do sul da Europa, avança esta quarta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

O gestor iniciará funções na consultora tecnológica brasileira em 1 de janeiro de 2022, coordenando a operação em Portugal, Espanha e Itália. Porém, Frasquilho já estará a inteirar-se do trabalho que vai ter pela frente, e terá marcado presença na Web Summit este mês já como funcionário da CI&T.

Criada em 1995, a tecnológica chegou ao mercado português no início de 2020, com a ajuda do programa Tech Visa, dirigido a empresas inseridas no mercado global, com sede fora de Portugal e que pretendam atrair para o país quadros técnicos qualificados e especializados, provenientes de países terceiros e fora da União Europeia.

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BCP sobe mais de 1% e puxa pela bolsa de Lisboa

O BCP e a família EDP estão a puxar pela bolsa de Lisboa na sessão desta quarta-feira. Pelo contrário, a Altri volta a estar entre as cotadas que mais desvalorizam.

A bolsa de Lisboa arrancou a terceira sessão da semana em terreno positivo, com o BCP a valorizar mais de 1%. Também a família EDP está a puxar pela praça nacional, num dia em que a Altri volta a figurar entre as cotadas que mais desvalorizam.

O PSI-20 está a valorizar 0,33%, para 5.515,440 pontos. Nas demais praças do Velho Continente, o Stoxx 600 avança 0,41%, para 481,21 pontos, enquanto o alemão DAX soma 0,082%, para 15.950,12 pontos, e o espanhol IBEX-35 segue praticamente inalterado, para 8.815,60 pontos, um ganho ténue.

Estes desempenhos acontecem numa altura em que os investidores estão preocupados com a evolução da pandemia de Covid-19 na Europa e com o impacto que este agravamento da crise sanitária pode ter na recuperação da economia.

Na bolsa de Lisboa, brilha o BCP. Os títulos do banco já estiveram a ganhar mais de 2%, mas somam agora 1,5%, para 14,86 cêntimos, protagonizando o melhor desempenho da sessão. No verde estão também a EDP e a EDP Renováveis, cujas ações sobem, respetivamente, 0,46% (para 4,7730 euros) e 1,21% (para 21,8 euros).

Evolução das ações do BCP em Lisboa:

Também no setor da energia, os títulos da Greenvolt descem 0,33%, para 5,99 euros, enquanto os da Galp Energia negoceiam pouco alterados face a sessão anterior, num dia em que o Brent valoriza em Londres cerca de 0,2%. Os investidores ainda estão a digerir a decisão dos EUA, China, Índia, Japão e outros grandes consumidores de petróleo de libertarem milhões de barris de petróleo das suas reservas estratégicas.

Entre as papeleiras, a Altri recua 1,08%, para 5,025 euros, mantendo a tendência negativa verificada na sessão de terça-feira. Os títulos da Navigator caem 0,06%, para 3,2260 euros, e os da Semapa perdem 0,5%, para 11,90 euros.

Por fim, no retalho, as ações da Jerónimo Martins sobem 0,1%, para 19,54 euros, e as da Sonae caem 0,2%, para 0,9975 euros. No vermelho está também a Mota-Engil, cujos títulos perdem 0,39%, para 1,2790 euros, um dia depois de ter anunciado que decidiu aumentar a emissão obrigacionista em curso de 75 milhões para até 110 milhões de euros.

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Biden culpa petrolíferas pelos preços altos dos combustíveis

  • Lusa e ECO
  • 24 Novembro 2021

O presidente dos EUA voltou a responsabilizar as grandes empresas petrolíferas pelos preços elevados dos combustíveis, no rescaldo da decisão de libertar 50 milhões de barris da reserva estratégica.

O presidente dos EUA, Joe Biden, voltou a responsabilizar as grandes empresas petrolíferas pelos preços elevados dos combustíveis, enquanto o seu governo procura fazê-los baixar, quando se aproximam as viagens da época das festas de fim de ano.

“O preço da gasolina no mercado grossista caiu 10% nos últimos anos, mas o preço na ‘bomba’ não mudou um cêntimo”, afirmou Biden, na Casa Branca. “Por outras palavras, as empresas de fornecimento de gasolina pagam menos e ganham muito mais, declarou, acusando as empresas de “embolsar a diferença” entre os preços nos mercados grossista e retalhista. “É inaceitável”, classificou.

“Os preços na ‘bomba’ são demasiado elevados (…), mas vamos virar a página no início de 2022”, assegurou, por seu lado, a secretária da Energia do governo de Biden, Jennifer Granholm.

Biden ordenou o recurso às reservas estratégicas dos EUA, que são de 50 milhões de barris, e coordenação de ações neste sentido com outros grandes consumidores, como China, Índia e Japão. Contudo, antecipando um possível braço-de-ferro entre a Organização do Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e os grandes consumidores, os futuros dispararam nos mercados internacionais.

A iniciativa de libertação das reservas de matéria-prima, que é a de maior volume alguma vez tomada pelos EUA, segundo Granholm, visa fazer descer os preços do petróleo, que subiram 60% no último ano. “Pensamos que em dezembro o preço do galão (3,78 litros) vai descer para 3,19 dólares”, dos 3,40 dólares que apresenta em média na terça-feira nos EUA “e que vai descer mais em janeiro”, acrescentou.

Na semana passada, Biden instou a Autoridade da Concorrência (FTC, na sigla em Inglês), a examinar as causas da subida dos preços à escala nacional, afirmando que as empresas petrolíferas tinham aumentado os preços na ‘bomba’, apesar das suas despesas diminuírem e de os seus lucros subirem em flecha. “Se considerarmos as médias históricas, hoje deveríamos pagar menos 30 cêntimos a menos na ‘bomba’”, garantiu Granholm.

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Brent dispara mais de 3% em antecipação a duelo entre OPEP+ e grandes consumidores

  • Lusa e ECO
  • 24 Novembro 2021

EUA, China, Índia, Japão e outros países consumidores de petróleo decidiram coordenar-se para libertarem de forma concertada cerca de 50 milhões de barris de petróleo. Cotação do Brent disparou.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em janeiro terminou esta terça-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 3,18%, para os 82,19 dólares. Esta quarta-feira, a tendência mantém-se, estando o barril agora nos 82,45 dólares.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão de terça-feira no International Exchange Futures a cotar 2,53 dólares acima dos 79,66 com que fechou as transações na segunda-feira.

A cotação do Brent disparou depois de se saber que EUA, China, Índia, Japão e outros países consumidores de petróleo iam coordenar-se para libertarem de forma concertada cerca de 50 milhões de barris de petróleo das suas reservas estratégicas. Este plano, concebido para diminuir os preços do petróleo e favorecer a expansão económica pós-pandemia, provocou um efeito inicial oposto no mercado.

Os analistas acreditam que a ação coordenada por Washington pode levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Federação Russa, que formam o designado OPEP+, a tomarem medidas que visem contrariar os efeitos pretendidos por aqueles grandes consumidores. Os analistas admitem que o OPEP+, liderado por sauditas e russos, decida inverter a sua intenção de aumentar em 400 mil barris diários a sua produção em dezembro.

O plano de Washington “talvez tivesse tido mais impacto se os EUA tivessem esperado para agir até depois do anúncio da subida da produção do OPEP+ em dezembro”, considerou Michael Hewson, analista da CMC Markets. Em todo o caso, a libertação de reservas é de “uma escala sem precedentes” na “história recente do mercado de petróleo”, salientou Bjornar Tnohaugen, da Rystad Energy.

Esta é a primeira vez em que estes países, incluindo a China, fazem uma libertação (de reservas) coordenada. A última vez que se viu algo similar foi durante a guerra civil na Líbia em 2011, quando os países da AIE (Agência Internacional de Energia) libertaram reservas de maneira conjunta, mas naquela ocasião sem a China”, sublinhou.

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Ex-advogado nega ter planeado fuga de João Rendeiro

  • ECO
  • 24 Novembro 2021

Carlos do Paulo nega as acusações de João Rendeiro de que terá planeado a fuga do ex-banqueiro do BPP para parte incerta. Renunciou às funções quando Rendeiro desobedeceu à Justiça, assegura.

Carlos do Paulo nega ter sido quem elaborou o plano de fuga de João Rendeiro para parte incerta, depois de o ex-banqueiro ter afirmado isso numa entrevista. “Mente com todas as palavras”, disse o ex-advogado de Rendeiro à CNN Portugal, no rescaldo das declarações daquele que é um dos portugueses mais procurados pela Justiça.

Na noite de terça-feira, Carlos do Paulo disse que o ex-banqueiro “está desesperado contra tudo e contra todos”. O advogado negou também conhecer o paradeiro de Rendeiro e explicou que renunciou às funções quando o antigo dono do BPP desobedeceu à Justiça e fugiu de Portugal para escapar à prisão.

“João Rendeiro, neste momento, teria até quase aos 90 anos a Carregueira como destino e, portanto, agora está, imaginemos, num hotel de luxo e permite-se ofender a dignidade dos advogados”, disse. Quando questionado sobre se sabia da intenção do antigo cliente de fugir do país, Carlos do Paulo sublinhou que apenas soube da questão da dupla nacionalidade, garantindo desconhecer de que país provém esse estatuto. Para o advogado, nada do que Rendeiro diga pode ser levado a sério, pois “pode dizer que está no Bangladesh e, afinal, está nos Camarões”.

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Hoje nas notícias: Rendeiro, Fisco e Miguel Frasquilho

  • ECO
  • 24 Novembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Carlos do Paulo, ex-advogado de João Rendeiro, garante que não planeou a fuga do ex-banqueiro, que se encontra em parte incerta. O dia fica também marcado pela notícia de que o Fisco vai ter um ano para reverter a compensação de dívidas. Sabe-se também que Miguel Frasquilho vai ser o rosto da tecnológica CI&T na Europa e que o Governo quer criar 25 mil novos empregos de I&D, no âmbito do programa PT2030.

Ex-advogado de Rendeiro nega ter planeado fuga

Carlos do Paulo nega ter sido quem elaborou o plano de fuga de João Rendeiro para parte incerta, depois de o ex-banqueiro ter afirmado isso numa entrevista. “Mente com todas as palavras”, disse o advogado no rescaldo das declarações, considerando que o antigo cliente “está desesperado contra tudo e contra todos”. Carlos do Paulo recusa conhecer o paradeiro de Rendeiro e explicou que renunciou às funções quando o ex-dono do BPP desobedeceu à Justiça ao fugir de Portugal para escapar à prisão.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

Fisco com um ano para anular compensação de dívidas

Os deputados vão votar esta quarta-feira, na especialidade, um diploma que visa a criação de uma conta-corrente entre os cidadãos e a Autoridade Tributária (AT). Deste modo, os contribuintes que tenham dívidas e créditos fiscais em simultâneo poderão solicitar que a compensação, tendo a AT de responder em dez dias. Contudo, o Fisco terá um período de um ano durante o qual poderá reverter todo o processo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Frasquilho vai ser rosto da CI&T na Europa

Miguel Frasquilho, antigo chairman da TAP e ex-presidente da AICEP, vai ser o diretor executivo da CI&T para o sul da Europa. O gestor prepara-se para assumir funções a 1 de janeiro na consultora tecnológica brasileira, que chegou ao mercado português em 2020, coordenando a operação em Portugal, Espanha e Itália. No início do mês, Frasquilho marcou presença na Web Summit já como quadro da CI&T.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo quer 25 mil novos empregos de I&D até 2030

Criar 25 mil empregos qualificados em investigação e desenvolvimento (I&D) é um dos objetivos que o Governo de António Costa inscreveu nas escolhas estratégias para o próximo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030. Neste âmbito, o Executivo pretende também duplicar a despesa em I&D, duplicar o número de novas empresas de base tecnológica e aumentar em 25% o número de parentes nacionais.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

MP liga Branquinho e Marco António a offshore

De acordo com um recurso do Ministério Público (MP) que contesta a absolvição dos dez arguidos acusados no processo de licenciamento de um hospital em Valongo, o ex-deputado do PSD Agostinho Branquinho terá beneficiado de uma conta bancária na Suíça, aberta em 2012, que chegou a juntar quase 900 mil euros. O dinheiro seria proveniente de uma outra conta que estava no nome de uma sociedade offshore, criada em junho de 2004 e com sede no Panamá, que era detida por Branquinho e que o também ex-deputado Marco António Costa estava autorizado a movimentar.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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