Santander e Mapfre fazem nova injeção de capital na joint venture de (re)seguros

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2021

A empresa conjunta do banco e da seguradora recebeu novo reforço de capital, o segundo realizado este ano, com objetivo de impulsionar crescimento da aliança banca e seguros.

A Mapfre e o Santander injetaram um adicional de 16,7 milhões de euros no capital da joint venture (jv) Santander Mapfre Seguros y Reaseguros, elevando os fundos próprios da jv para 57 milhões de euros.

A injeção de recursos reafirma intenção do banco presidido por Ana Botín e da seguradora presidida por António Huertas de ampliar a parceria de negócio, nomeadamente através do lançamento de novos produtos.

A entidade conjunta, detida em 50,01% pela seguradora e em 49,99% pelo grupo bancário, começou a operar em fevereiro de 2020 e, entre março e julho do ano passado, iniciou a comercialização de produtos no ramo automóvel (carros e motociclos) e coberturas para empresas, nomeadamente PME.

O acordo supõe que o Santander distribua as soluções de seguros da Mapfre até dezembro de 2037 em toda a sua rede de agências no mercado ibérico. Já em março de 2021, a parceria de bancassurance tinha reforçado capacidade financeira em 38%, aumentando o capital social da filial conjunta para 30,5 milhões de euros.

A parceria possibilita também à entidade financeira a distribuição exclusiva de seguros em Portugal, pelo mesmo período, para os ramos automóvel, multirriscos para PME e de responsabilidade civil da Mapfre que, na mesma proporção da sociedade conjunta, controla 50,01% do negócio conjunto de seguros no mercado português, enquanto o Banco Santander Totta ficou titular dos restantes 49,99%.

Para o Santander, como acontece para a banca em geral, a distribuição de seguros ganhou relevância como alternativa para diversificar receitas. Com margens da atividade pressionadas e taxas Euribor negativas, a venda de seguros gera receita mais rentável em comissões do que a atividade puramente bancária, de captação depósitos e concessão de crédito.

A seguradora deixou de contar com canal bancário de distribuição que lhe era assegurado pelo Bankia depois de este ser integrado no grupo CaixaBank. Assim, nota o sítio eletrónico do El Confidencial (acesso pago), o Santander emergiu como principal distribuidor da Mapfre na rede bancária, embora limitado aos seguros gerais (não Vida).

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Anúncio TV made in Portugal acelera Lovys em França

A seguradora digital com sede em Leiria lançou uma campanha de publicidade TV em 15 canais de França e aumentou tráfego e simulações no site. Veja o filme concebido e produzido em Portugal.

A Lovys lançou uma campanha de publicidade TV em França que, segundo João Janes, Chief Marketing Officer, conseguiu ter um drive to web significativo, com um aumento de trafego total de 10%, sendo que 1 em cada 3 pessoas que visitaram o site fizeram uma simulação de preço.

Destinada ao mercado francês, – onde a Lovys é uma mediadora full digital atualmente com produtos habitação, automóvel, smartphone e animais de companhia, podendo alterar mensalmente a sua subscrição e escolher livremente as suas garantias-, o filme foi difundido em 15 canais TV em França, “BFM e TF1 incluídos”, refere João Janes.

Destinado a um público dos 20 aos 45 anos, a Lovys não revelou o investimento realizado, mas João Janes salienta que “em França o número de marcas a comunicar em televisão é superior a 20 consecutivamente, o que torna o desafio de emergir enquanto new player bastante mais complexo”, conclui.

A rodagem do anúncio decorreu em Lisboa e o site Meios & Publicidade adiantou que a criatividade esteve a cargo da Wunderman Thompson Portugal e a produção a cargo da Take it Easy.

Veja o filme:

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Rio quer “maioria sem linhas vermelhas” e decidir eleições ao centro

  • Lusa
  • 21 Novembro 2021

Na moção "Governar Portugal”, Rui Rio ambiciona "quebrar o ciclo hegemonia do PS" e "construir uma nova maioria sem linhas vermelhas" com acordos à esquerda ou à direita".

A moção de estratégia de Rui Rio à liderança do PSD defende que o partido “está em condições de governar Portugal” e refere que se deve construir uma “nova maioria sem linhas vermelhas”, assente no diálogo “à esquerda ou à direita”. A moção “Governar Portugal” será entregue na segunda-feira às 12:00 na sede nacional do PSD pelo diretor de campanha, Salvador Malheiro, que irá proceder à formalização da recandidatura de Rui Rio à presidência do PSD.

No texto, que suporta a candidatura contra Paulo Rangel, Rio insiste que as eleições se decidem ao centro e apelida a mobilidade social – que tem sido apontada como uma das prioridades pelo opositor interno – como uma “retórica alternativa”.

“O PSD está em condições de Governar Portugal. Saibamos recuperar a confiança dos portugueses através das nossas propostas e de uma liderança responsável, credível e mobilizadora”, refere o último ponto do texto de 18 páginas, que atualiza a moção de Rio de há dois anos, citando-a em várias passagens.

Na moção, Rio – que tem admitido ser desejável um entendimento com o PS para a viabilização de eventuais governos minoritários que saiam das legislativas – defende que “importa construir uma nova maioria sem linhas vermelhas, assente no diálogo e no compromisso, à esquerda ou à direita, cujo único limite será a da moderação, do respeito pelas instituições constitucionais e a do superior interesse nacional”.

O texto começa por fazer um balanço dos resultados do último mandato de Rio, apontando a vitória nas regionais da Madeira, a solução que presidiu ao PSD presidir ao Governo dos Açores, o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa para Belém e o resultado “politicamente vitorioso” nas autárquicas de setembro.

Sobre o futuro próximo, a moção defende que as próximas eleições legislativas de 30 de janeiro são “uma oportunidade de quebrar o ciclo de hegemonia do Partido Socialista e dos partidos à sua esquerda”, mas recorda os vários riscos de contexto, como a crise pandémica, económica e social, e a situação de incerteza que se vive na economia internacional.

“Se a esta conjuntura associarmos nove meses sem uma clarificação das opções governativas poderemos imaginar o potencial de perda e de bloqueio que irá decerto ser agravada por um recrudescimento das ações sindicais com greves sucessivas e manifestações de rua”, alerta Rio.

Na moção, considera-se que a alternativa aos eleitores nas urnas será “entre uma conceção socialista do Estado, da economia e da sociedade e uma visão social-democrata moderada e reformista, capaz de fazer libertar Portugal dos espartilhos institucionais em que nos deixámos enlear”.

“As próximas eleições decidir-se-ão ao centro do espetro político-partidário. É esse centro político que determinará qual das opções vingará: ou a continuidade das políticas de esquerda que têm conduzido ao empobrecimento relativo do nosso país face aos nossos parceiros europeus, ou a mudança para uma política de libertação da economia e da sociedade portuguesas”, refere a moção.

No entanto, Rio avisa que “se à esquerda imperou a retórica das desigualdades sociais”, não poderá ser substituída “pela retórica alternativa da mobilidade social”. “Estes dois problemas característicos da sociedade portuguesa só podem ser superados com a produção de riqueza que crie mais e melhor emprego, melhores salários e melhores oportunidades para todos os portugueses”, contrapõe a moção do atual presidente do PSD.

Mais de 46 mil militantes do PSD vão poder escolher o próximo presidente do partido em eleições diretas no próximo sábado. Além do atual presidente, é candidato o eurodeputado Paulo Rangel. Também o ex-candidato do partido à Câmara Municipal de Alenquer, Nuno Miguel Henriques, manifestou a intenção de ser candidato.

O prazo limite para a entrega das candidaturas termina na segunda-feira e têm de ser acompanhadas de 1.500 assinaturas e de uma moção de estratégia.

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Da mesa ao sapatinho, o Natal deste ano vai pesar mais na carteira

A escalada dos preços das matérias-primas, da energia ou dos transportes já está a começar a refletir-se no preço final dos produtos. Prepare-se para uma quadra festiva mais cara do que as anteriores.

Com o Natal quase à porta, é já certo os portugueses vão ter de abrir os cordões à bolsa devido à subida generalizada dos preços. Bacalhau, produtos agrícolas, guardanapos e os próprios presentes de Natal são alguns dos artigos que vão sofrer com a inflação nesta quadra festiva. Este aumento deve-se essencialmente à escassez e/ou à escalada dos preços das matérias-primas, dos contentores marítimos, de componentes eletrónicos e da energia.

A lista de compras vai pesar mais na carteira. A começar pelos produtos agrícolas, com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) a alertar para a “incontornável” subida dos preços destes artigos, face ao aumento dos custos dos fatores de produção, como os combustíveis e os adubos.

“O aumento do custo dos fatores de produção, associados à produção agrícola, como os combustíveis e a energia, os adubos e os transportes de uma forma geral, tornam incontornável uma subida dos preços dos produtos em toda a cadeia de produção e distribuição agroalimentar, com reflexo nos preços pagos pelo consumidor final”, disse o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa.

A acrescentar à lista, os produtos ligados às farinhas, ao trigo e ao pão já estão a ser alvo de uma revisão de preço em alta, como alertou a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Várias panificadoras admitem subir o preço do pão perante a escalada dos preços da energia e de matérias-primas essenciais ao negócio.

O bacalhau, que é um dos produtos mais procurados para a ceia de Natal, deve estar mais caro cerca de 20% em relação ao ano anterior, como escreveu o CM. “Será algo inédito. Todos os anos há ameaças de que o bacalhau pode faltar, mas os comerciantes têm sempre conseguido repor os stocks. Só que este ano o problema é muito mais complicado porque estamos confrontados com uma gravíssima crise nos transportes marítimos a nível mundial, o que quer dizer que o bacalhau, pelo menos o de melhor qualidade, pode faltar na mesa dos portugueses este Natal”, alertou o comerciante grossista Domingos Júlio.

Para além do bacalhau, atualmente o preço das carnes de bovino e de aves, sobretudo frango e peru, está mais 25% mais caro e está previsto uma subida de mais 25% até janeiro, avança o CM. Para os comerciantes a escalada de preços não tem fim à vista. “Isto tem aumentado de uma forma nunca vista. A carne de vitela, por exemplo, custava no ano passado 9,80 euros por quilo; hoje está a 12,99 euros. Estamos a falar de um aumento de 3,19 euros, o que representa mais de 30%”, disse Alexandre Gonçalves, administrador do Supertalho Redentor, em Braga.

Do lado da logística, os operadores confirmam ao ECO o cenário “completamente louco” que se vive no setor portuário. Os armadores estão a impor preços que chegam a ser até dez vezes superiores aos que eram praticados antes da pandemia da Covid-19, sobretudo nas rotas da Ásia para a Europa. E há “muita mercadoria acumulada à espera de espaço em navios” e em risco de só chegar ao Velho Continente depois das festas natalícias.

O frete de um contentor para o transporte de mercadorias da China para a Europa, que antes da pandemia custava 1.500 a 2.000 dólares, atualmente pode chegar perto de 20 mil dólares. Somando a duplicação do preço de algumas matérias-primas, como o ferro ou o cobre, Mário de Sousa, CEO da Portocargo, calcula que a incorporação destes custos vai provocar “um agravamento brutal nos preços finais” nos artigos que foram adquiridos nos últimos quatro meses.

Nesta quadra natalícia, até os guardanapos vão ficar mais caros. A Navigator aumentou os preços de produtos como papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha e toalhas de mão, de 8% a 10%. Este aumento é justificado pelo aumento de custos em produtos químicos, energia, materiais de embalagem e logística e celulose.

É muito provável que o agravamento de preços continue a fazer-se sentir, tornando mais cara a consoada de Natal.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Os industriais portugueses pagam energia 2,5 vezes mais cara que outros players europeus. Portugal a indústria estava a pagar em média até ao início de setembro 103,35€/MWh, mais do que os 99,62€/MWh de Espanha, do que os 65,58€/MWh da Alemanha e bem mais do os 42,23€/MWh de França. O elevado custo com a energia acaba por estrangular a competitividade das empresas portuguesas e o reflexo está no aumento dos preços.

Em declarações ao ECO, o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, considera que “é muito provável que o agravamento de preços continue a fazer-se sentir, tornando mais cara a consoada de Natal”. Justifica que face ao “anormal acréscimo em vários custos de produção, como de matérias-primas (também pela sua escassez), energia e transportes, as empresas não têm margem para acomodar tais aumentos de preços e, por isso, refletem no preço final dos seus produtos”.

“Se olharmos para o índice de preços na produção industrial em Portugal já não encontrávamos valores tão elevados pelo menos desde 2011”, lembra o líder da AEP. No contexto europeu, Luís Miguel Ribeiro destaca a “subida muito significativa” da inflação em outubro, de 4,4% na União Europeia e de 4,1% na zona euro, “uma magnitude de valores que já não conhecíamos desde julho de 2008, ou seja, há mais de uma década”.

Escassez de chips ameaça brinquedos e eletrónica

Além da ceia de Natal, os presentes também vão sair mais caros. A escassez e a escalada dos preços das matérias-primas, dos chips e dos contentores marítimos, ameaçam provocar falhas no abastecimento de brinquedos ou artigos de eletrónica em Portugal. Em declarações ao ECO, o diretor-geral da APED falou num “cocktail explosivo que pode vir a ter impacto” nas compras dos portugueses.

Por exemplo, em várias áreas do retalho especializado, eventualmente nos equipamentos eletrónicos de consumo e nos brinquedos. “São produtos que tendencialmente vêm de fora da Europa e que podem estar em risco. Não queremos, de maneira nenhuma, alarmar os consumidores, mas nalgumas categorias de produto, se houver uma grande procura, poderemos ter dificuldade em repor os stocks”, alertou Gonçalo Lobo Xavier.

O CEO da Arm, a gigante dos microprocessadores, alertou igualmente que “é possível que os consumidores não consigam comprar tudo o que pretendem”. “Estou nesta indústria há algum tempo e nunca vi uma situação tão extrema como a que se verifica neste momento”, acrescentou Simon Segars.

Do negócio dos computadores à indústria automóvel, este problema está a afetar a produção nos vários setores de atividade. Além da escassez, os empresários alertam que o aumento da procura está a levar a uma subida exponencial dos preços.

E se estiver a pensar aproveitar a quadra para trocar de automóvel, saiba que a oferta vai sair mais cara do que há uns meses. É que o atraso na entrega de carros novos está a fazer disparar os preços dos usados até 20%, como escreveu o Público esta semana. Os atrasos na produção devem-se essencialmente à escassez de chips no mercado mundial.

Finalmente, tendo em conta que a maioria dos portugueses faz deslocações para as reuniões familiares nesta quadra festiva, os elevados custos com os combustíveis também vão pesar na carteira, tendo em conta que os preços de gasolina e gasóleo atingem máximos de 2014. A gasolina simples 95 está a 1,70 euros o litro, enquanto o gasóleo está a 1,50 euros.

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Ministro do Ambiente garante que “não vai haver problema social” no Pego

  • Lusa
  • 21 Novembro 2021

Com o fecho da central elétrica, que marca o fim do uso de carvão para produzir eletricidade em Portugal, Matos Fernandes promete “cuidar” dos trabalhadores e projetos alternativos para Abrantes.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática assegurou hoje que não vai haver problemas sociais para os trabalhadores com o fim da central elétrica do Pego e mostrou-se confiante de que estes serão integrados em novos projetos.

Em entrevista à RTP3, João Pedro Matos Fernandes considerou “muito relevante” o dia que marca o fim da utilização de carvão para produção de eletricidade em Portugal e destacou que o governo está a “cuidar” dos trabalhadores e dos projetos alternativos que se perspetivam para este ponto de ligação à rede elétrica.

“Não vai haver nenhum problema social, porque soubemos com tempo o que ia acontecer e estamos mais do que preparados. Percebo a preocupação dos trabalhadores, mas vai mesmo correr bem. E vai correr em três dimensões: no apoio social; no concurso para aquele local, que é um ponto de ligação com uma dimensão enorme e em que até 17 de janeiro as propostas serão conhecidas; (…) e o fundo para a transição justa”, explicou.

Nesse sentido, o ministro do Ambiente e da Ação Climática notou que “as pessoas não foram ainda despedidas” e assinalou que o concurso em curso tem como fator de preferência a manutenção do maior número de postos de trabalho.

“É um estímulo”, disse, continuando: “Os trabalhadores fazem parte do requisito primeiro, que é o de atribuição daquele ponto de ligação à rede. Quem tiver a melhor proposta vai ganhar, vai ficar com uma parcela muito significativa destes trabalhadores, mas vai também, muito provavelmente, criar novos postos de trabalho”.

Percebo a preocupação dos trabalhadores, mas vai mesmo correr bem.

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente e da Ação Climática

Sublinhando que Portugal já produz 60% da sua eletricidade a partir de energias renováveis — os outros 40% provêm de gás e biomassa — e que estas “são geradoras de emprego”, o governante vincou o objetivo de 80% da produção até 2030.

“Essa é a nossa meta, mas dizem as entidades independentes que auditam estas matérias que até dizem que vai ser antes e, muito provavelmente, já em 2025 vamos chegar a esses 80%”, salientou João Pedro Matos Fernandes, acrescentando: “Portugal não fica mais dependente do exterior [para a produção de eletricidade]”.

Finalmente, Matos Fernandes rejeitou igualmente impactos no custo da eletricidade para a população nacional. “Quanto mais eletricidade renovável utilizarmos, mais barata será a eletricidade. O preço da eletricidade no próximo ano vai baixar para os portugueses”, assegurou.

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Vendas diretas cresceram em Portugal durante a pandemia

A distribuição baseada em vendedores independentes, seguida por marcas como Herbalife, MaryKay ou Oriflame, ganha tração em Portugal. Uma em cada três vendas acontecem durante demonstrações em casa.

Herbalife, Amway, LR Health & Beauty Systems, MaryKay e Oriflame. Estas são algumas das marcas mais conhecidas no ecossistema português das vendas diretas, que no ano passado, que ficou marcado pelo início da pandemia de Covid-19, registou uma subida de 14% na faturação.

Os dados são do Instituto Português de Venda Direta (IPVD), que em 2020 registou igualmente um aumento de dois dígitos (12%) no número de novos agentes a operar através deste modelo de distribuição e comercialização que aposta em vendedores independentes no contacto direto com os consumidores.

Nas contas deste organismo, que opera no mercado nacional desde 2001 e tem como missão “clarificar compromissos comerciais realizados entre os empresários de venda direta e os consumidores”, no ano passado havia quase 231 mil empresários ativos em nome individual em Portugal.

Num comunicado de imprensa, o instituto liderado por Gertrudes Soares (em representação da Herbalife Nutrition), que diz promover “elevadas normas na prática comercial deste canal de distribuição”, sublinha que esta criação do próprio emprego é uma tendência que tem crescido em Portugal, principalmente junto das faixas etárias mais jovens.

“A possibilidade de conciliar a vida familiar e social, com as atividades de lazer e a carreira profissional, é uma opção que tem atraído muitos jovens adultos, assim como pessoas numa fase mais madura a nível profissional, situação que foi reforçada com a necessidade do teletrabalho e alterações do panorama laboral universal”, destaca na mesma nota.

Gertrudes Soares, presidente do Instituto Português de Venda Direta.

O crescimento nas vendas diretas em 2020, num contexto global de redução do consumo, aconteceu na maioria dos países europeus, com a exceção da Finlândia, França, Grécia, Itália, Malta, Roménia e Ucrânia. À frente de Portugal, só o Reino Unido (45%), a Irlanda (23,3%) e a Eslovénia (16,4%) apresentaram um crescimento mais robusto, comparando com o ano anterior.

Segundo o perfil traçado pelo IPVD, 84% dos agentes de venda direta são mulheres, sete em cada dez têm menos de 50 anos e 25% estavam em situação de desemprego antes de iniciarem esta atividade. Quase metade tem formação superior e as estatísticas mostram que 35% das vendas acontecem durante demonstrações personalizadas e em ambiente familiar.

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SEDES quer juízes fora de cargos políticos e PGR obrigado a prestar contas

SEDES propõe uma avaliação da performance dos magistrados, PGR obrigado a prestar contas, criação do defensor público, de um ranking de tribunais e opção de fazer queixa com a demora de um processo.

A SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) apresentou esta sexta-feira, em Coimbra, um documento com um conjunto de propostas que considera “uma revolução” e uma “mudança no paradigma” no sistema judicial.

Recusa que a resposta deficiente que a Justiça dá aos cidadãos seja apenas “por falta de meios” mas também “por “um sério problema de gestão”, associados a uma cultura dos agentes judiciários de corporativismo excessivo, com os players com demasiada propensão em “conservar, ao invés de reformar”, com prevalência dada ao que a SEDES chama de “agendas sindicais”, um “paroquialismo” ao recusar importação de modelos de sucesso de outros países e com uma postura demasiado conservadora. Critica ainda a postura da nossa magistratura, que tem pouca especialização e está protegida por sistemas de avaliação que se perpetuam.

Veja as propostas mais relevantes

Arquitetura/estrutura e direção do sistema judiciário

  • Integrar os tribunais administrativos e fiscais nos tribunais comuns – A SEDES propõe o fim da organização judiciária autónoma para os tribunais administrativos e fiscais de forma progressiva e sem perder a especialização dos respetivos recursos, fazendo transitar o STA para secções especializadas do STJ, os Tribunais Centrais Administrativos para os Tribunais da Relação e os Tribunais Administrativos de Círculo e os Tribunais Tributários (e Tribunais Administrativos e Fiscais) de 1ª instância transformados em Juízos de Competência Especializada dos territorialmente correspondentes Tribunais de Comarca.
  • Um só Conselho Superior Judiciário – A união num só órgão do Conselho Superior de Magistratura, Conselho Superior do Ministério Público, Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, Conselho dos Julgados de Paz, Conselho Superior dos Oficiais de Justiça e Conselho Superior da Ordem dos Advogados é uma das medidas apresentadas.
  • Comissão Judiciária de Avaliação – A Comissão Judiciária de Avaliação deverá ser nomeada pelo Conselho Superior Judiciário, sendo composta por juízes de nível 2 ou 3, advogados, juízes, magistrados do Ministério Público (MP) e Defensores Públicos com mais de 15 anos de experiência e pessoas de reconhecido mérito da sociedade civil, com formação não jurídica, cujos mandatos não poderão ser renováveis e sendo exercidos em regime de exclusividade, em regime de requisição.
  • Avaliação pública na Assembleia da República de candidatos a altos cargos públicos na Justiça – Como condição de legalidade para a sua nomeação ou tomada de posse, consoante o caso, deverão ser ouvidos em audição pública no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, os candidatos a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Procurador-Geral da República, Diretor da Polícia Judiciária, Diretor do Centro de Estudos Judiciários, e membros do Conselho Superior Judiciário a eleger pela Assembleia da República.
  • Eleição do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e, por inerência, Presidente do Conselho Superior Judiciário, pelos seus pares, Juízes Conselheiros – A eleição do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça deverá ser precedida de audição dos candidatos, após exame curricular por via de audição pública no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
  • Eleição do Procurador-Geral da República – Eleição do Procurador-Geral da República pela AR, por maioria de 2/3, a partir de uma lista de 3 nomes indicados pelo Presidente da República, por sua vez precedida de audição em sessão pública no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, com apresentação de objetivos e programa de ação tendo por base uma sugestão de prioridades de política criminal a inscrever na respetiva Lei.
  • Reorganização das competências do Ministério Público – Aqui pretende-se afastar o MP de tudo o que não seja a área criminal e tutela de menores, nomeadamente da área laboral e da representação dos interesses difusos, hoje representados por ONG’s e outras entidades da sociedade civil.
  • Criação de um corpo de “Advogados do Estado” – Dentro da carreira do MP deverá ser criado um corpo de Advogados do Estado, ao qual compete exclusivamente a prestação de assistência jurídica (consultoria jurídica e defesa em juízo) à administração direta do Estado. Os Advogados do Estado terão a possibilidade de transitar para Procuradores adjuntos.
  • Criação da carreira de Defensor Público – Criação de uma carreira do Defensor Público, à semelhança dos Estados Unidos, de forma a assegurar de modo mais eficiente a defesa dos direitos dos cidadãos mais carenciados. Os Defensores Públicos deverão ser recrutados mediante provas públicas de acesso, só se podendo candidatar advogados com mais de cinco anos de prática. Estes deverão exercer o cargo em regime de exclusividade.

Reforço da Independência

  • Orçamento específico – A SEDES propõe uma reforma à autonomia financeira da organização judicial mediante a adoção de orçamento específico proposto, alocado e gerido pelo Conselho Superior Judiciário e aprovado pela Assembleia da República, dando-se grande autonomia ao Juiz Presidente das Comarcas e aos seus Administradores Judiciários na sua execução. Caberá depois à AR o escrutínio das contas da organização judiciária, exigindo-se para o efeito um parecer prévio da Unidade Técnica de Apoio Orçamental.
  • Garantir a independência dos Magistrados do Ministério Público – Deverão ser estabelecidas medidas de prestação de contas a concretizar perante a AR, nomeadamente mediante prestação anual de informações e esclarecimentos sobre as atividades do MP por parte do Procurador-Geral da República.
  • Proibição de acesso a carreiras políticas por parte de Juízes e Magistrados do Ministério Público – Os Juízes e Magistrados do MP não poderão aceder a cargos de natureza política exceto se jubilados ou reformados ou se se desvincularem da função de Juiz ou Procurador por um período de 5 anos após o terminus da sua última responsabilidade política.

Gestão e distribuição dos tribunais

  • Revisitar o princípio do Juiz Natural – O princípio do Juiz Natural configura atualmente um entrave anacrónico à produtividade e, logo, eficiência/eficácia, nos tribunais que julgam matérias cíveis. Propõe-se a possibilidade de distribuição de processos dentro e fora das comarcas onde as ações foram propostas, dando-se primazia a juízes conforme o seu volume de trabalho e a sua especialidade/preferência.
  • Conferir um papel nuclear ao Juiz Presidente – Com o reforço do papel do Juiz Presidente, nomeadamente quanto à triagem dos processos, entrados e aos bloqueios na evolução processual, permite-se que este zele por uma adequada distribuição e divisão de trabalho em função da quantidade, complexidade e especificidade dos processos.
  • Reforçar o conceito da gestão por objetivos – Deverá ser implementada uma verdadeira estratégia de gestão por objetivos, os quais deverão ser negociados anualmente com cada Comarca por via do respetivo Juiz Presidente, em diálogo com o CSJ.
  • Implementação de indicadores de performance – KPI’s – De forma a monitorizar a gestão da tramitação processual, bem como para a própria avaliação de Juízes, do Ministério Público e ainda dos próprios tribunais, deverá ser implementado o KPI’S, sistema de indicadores de performance, quer em termos de quantidade, como de qualidade.
  • Introduzir sistema de controlo de workflow de cada Processo – Melhoria da gestão dos trabalhos, bem como possibilidade de os cidadãos seguirem o decurso do processo judicial numa plataforma digital. Devendo ser igualmente assegurada a interligação dos sistemas informáticos dos diversos tribunais.
  • Criar um sistema de alertas – Com base nos timeframes estabelecidos, deverá ser integrado no sistema de controlo de workflow, um sistema de alertas dirigido às partes processuais, ao respetivo Juiz e Secretário Judicial, com conhecimento do Juiz Presidente e do CSJ. O mesmo deverá automaticamente detetar processos sem movimento há mais de três meses, de forma a que os mesmos sejam agilizados.
  • Adotar sistema de wistle blowing – Deverá ainda ser adotado um sistema de wistle blowing, que possibilite às partes poderem queixar-se junto do Juiz Presidente dos atrasos de um determinado processo, salvaguardando a proteção do interessado perante o Juiz do processo.
  • Publicitar os resultados e as estatísticas – A SEDES propõe ainda que as estatísticas referentes a cada Comarca e respetivas secções deverão ser publicadas anualmente e em conformidade com KPI’s relativamente a cada Juiz, processos entrados e findos por Juiz, recursos interpostos com vencimento ou decaimento, timeframes ultrapassados, de molde a assegurar uma monitorização pelo público da performance dos tribunais.
  • Criação de ranking dos Tribunais – Com base nas estatísticas publicadas, deverá ser criado um ranking dos tribunais.
  • Publicitar lista de processos com mais de três anos – Deverá ser publicada, anualmente, uma lista de processos com mais de três anos, identificando os respetivos Juízes.

Formação de advogados, juízes, magistrados do MP/advogados público e defensores públicos

  • Criação de um tronco de formação comum para acesso a profissões jurídicas – Nesta medida, os 4 anos de licenciatura (com a opção de um ano subsequente de mestrado) deverão ser precedidos por 2 anos de formação comum remunerada, os quais terão início mediante a administração de um exame comum agilizado pelo CEJ. Após um ano e meio, os formandos deverão assessorar Juízes de Direito, Magistrados de Delegações do Ministério Público em 1ª instância ou Advogados do Estado, devendo igualmente visitar (sem participar em atividades) as várias Conservatórias de Registo. Posteriormente, os candidatos deverão ser submetidos a novo exame (escrito e oral) agilizado pelo CEJ – o exame de acesso às profissões judiciais.
  • Reforço da formação contínua de Juízes, Magistrados do Ministério Públicos / Advogados do Estado, Advogados e Defensores Públicos – Criação de parcerias com Institutos de ensino superior, públicos e privados, numa base concorrencial, de forma a garantir planos de formação contínua, os quais deverão originar um sistema de qualificação profissional de Juízes, qualificando-os a analisar determinados processos – “Juízes Especialistas”. Sugeririam ainda a implementação de um sistema de pontos, transversalmente aplicável às profissões jurídicas e atribuídos de acordo com certificação do CEJ.

Seleção de juízes e magistrados do MP/Advogados do Estado

  • Recrutamento de Juízes e Magistrados do Ministério Público / Advogados do Estado feito a dois níveis – após o término de tronco de formação comum, e junto de Advogados com, pelo menos, 10 anos de prática e mais de 32 anos (Juízes de Direito – nível 1 – e Procuradores da República), 15 anos de prática e mais de 40 anos de idade (Juízes Desembargadores – nível 2 – e Procuradores-Gerais Adjuntos) ou 20 anos de prática e mais de 50 anos de idade (Juízes Conselheiros – nível 3)).
  • Introdução de um período probatório para os recrutados pelas Magistraturas Judiciais e Ministério Público / Advogados do Estado – Mediante a média das notas obtidas nos exames de acesso às profissão judiciais, os formandos do tronco comum, poderão candidatar-se mediante concurso público para Juízes e para o MP/Advogados do Estado devendo a carreira compreender um período inicial de estágio com assessoria a Juízes/Magistrados do MP/Advogados do Estado.
  • Acesso à carreira de Juiz – Os formandos em tronco comum, tendo sido admitidos à carreira de Juiz, terão um período de formação suplementar de 5 anos. Nesse período, os candidatos serão designados Juízes de Direito em regime de estágio, e, durante os primeiros 4 anos, por nomeação do CSJ, desempenharão funções de assessores jurídicos de Juízes de Direito, Juízes Desembargadores dos Tribunais da Relação e Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Justiça e no último ano, realizarão atividade de Juiz de Comarca sempre sob a supervisão de um Juiz formador, os quais elaborarão relatórios acerca da atividade desenvolvida pelo candidato em cada um desses lapsos temporais.
  • Acesso à carreira de Magistrado do Ministério Público / Advogados do Estado – Os formandos em tronco comum, tendo sido admitidos à carreira de Magistrado do MP, terão um período suplementar de formação de 1 ano. Durante esse ano, os candidatos serão designados Procuradores-Adjuntos em regime de estágio, desempenhando funções numa Delegação, sempre sob a supervisão de um Procurador-Adjunto formador, que elaborará relatório acerca da atividade desenvolvida pelo candidato.

Disciplina, avaliação e remuneração de juízes, magistrados do MP/advogados do Estado e defensores públicos

  • Avaliação trienal dos Juízes pela Comissão Judiciária de Avaliação – Os Juízes serão classificados em função do seu Tribunal, segundo uma escala de 1 (mínimo – a requerer melhoria) a 4 (máxima – excede as expectativas), com sujeição a uma curva de Gauss de acordo com a qual se fará uma repartição racional das classificações.
  • Acentuar o papel dos aspetos quantitativos e qualitativos do trabalho desenvolvido pelos Juízes – Deverá ser valorizado: a clareza e qualidade das decisões e sentenças judiciais, os objetivos alcançados, respeito dos KPI’s, o número de processos findos num determinado período de tempo, ponderado os timeframes estabelecidos, o rácio de recursos das suas decisões interpostos que tenham obtido vencimento (total ou parcial). As qualidades pessoais para o exercício da profissão serão igualmente objeto de avaliação. Paralelamente, mas com ponderação inferior, levar-se-ão em conta os resultados de inquéritos de satisfação realizados junto de Advogados e/ou partes.
  • Duas componentes remuneratórias dos Juízes, Magistrados do MP/Advogados do Estado e Defensores Públicos – Implementação de duas componentes remuneratórias, uma fixa e outra variável, ao longo da carreira de Juiz, de Magistrado do MP/Advogado do Estado e de Defensor Públicos, sendo a parte variável, que deverá corresponder a 10% a 25% da remuneração total, determinada em função da avaliação e formação. Esta componente deverá ser aplicável sobre a presente remuneração fixa, devendo os respetivos aumentos progressivamente privilegiar esta componente.

Progressão na carreira de Juízes, Magistrados do MP/Advogados do Estado e Advogados

  • Definição de uma carreira plana de Juiz – Definição, de uma carreira plana de Juiz, com base numa escala de vencimentos, desligada da subida aos Tribunais Superiores por forma a evitar estrangulamentos ou sobrecarga do número de Juízes nos mesmos. A SEDES sugeriu três patamares além do Juiz de Direito em regime de estágio: Juiz de Direito – nível 1 -, Juiz Desembargador – nível 2 – e Juiz Conselheiro – nível 3. Apenas Juízes Desembargadores e Conselheiros poderão ter acesso aos Tribunais de Relação e apenas Juízes Conselheiros poderão ter acesso ao STJ.
  • Definição de novos critérios de progressão para Juízes e Magistrados do MP/Advogados do Estado – Para que a progressão se processe com base na avaliação, nos resultados da formação contínua, no resultado dos processos disciplinares e (em provas públicas a serem prestadas perante a Comissão Judiciária de Avaliação. Apenas Juízes e Magistrados do MP com classificação média não inferior a 3 (numa escala de 1 a 4) poderão apresentar a sua candidatura.
  • Definição de progressão na carreira para os advogados – Após o estágio, deverão ser criados 3 escalões na carreira de advogado: advogado (1 a 10 anos); advogado sénior (11 a 20 anos); advogado consagrado (>20 anos). Nos Tribunais Relação apenas pode advogar advogado sénior e consagrado ou advogado, se peças processuais forem subscritas também por um sénior ou consagrado. Já no STJ, apenas pode advogar o consagrado ou advogado sénior, se as peças processuais forem subscritas também por um consagrado.

Alterações à lei processual

  • Conferir mais competências e poderes aos Juízes – Na flexibilização da condução processual, conferindo-lhe mais poderes de iniciativa e de intervenção junto das partes e sua disciplinação, bem como na condução dos passos processuais, com vista a melhorar a celeridade processual e adequar, caso a caso, cada processo à sua inerente complexidade. O Juiz deverá ter poder para limitar o número de testemunhas e limitar a produção de prova em audiência, quer em processo penal e quer em processo civil.
  • Redefinição do papel do Juiz de instrução – O Juiz de instrução deverá ser um verdadeiro Juiz das liberdades, evitando-se juízos preliminares sobre a matéria de facto – competência reservada ao Juiz do julgamento.
  • Acompanhamento de cada processo penal pelo mesmo Magistrado do Ministério Público – O Magistrado do MP deverá ser o mesmo em todas as fases processuais do processo penal.
  • Fim da competência territorial dos tribunais – Dando liberdade ao autor na escolha do Tribunal onde propõe a ação, limitando-se o uso deste poder no caso de o mesmo ser deliberadamente exercido para prejudicar a contraparte e garantindo sempre que nunca será possível, em caso algum, a verificação de qualquer situação de escolha do Juiz do processo por qualquer uma das partes.
  • Reforçar as consequências da condenação em litigância de má fé, alargando-as ao processo penal – Nomeadamente com sanções mais elevadas imputadas na esfera dos Advogados/Defensores Públicos/Advogados do Estado (incluindo, nomeadamente, a suspensão ou mesmo o cancelamento da sua inscrição consoante a gravidade e/ou reiteração).
  • Revisitar as normas processuais penais e civis que dão azo a expedientes dilatórios – Devem-se revisitar as disposições penais e civis que tipicamente constituem base para o abuso de expedientes dilatórios (especialmente, no processo penal, para a defesa dos arguidos) – em concreto os recursos constitucionais que têm uma natureza marcadamente dilatória devem ser declarados com mero efeito resolutivo.
  • Revisitar o Segredo de Justiça – De molde a atacar o flagelo da sua violação e persistente impunidade, ponderando adoção de medidas coercivas de responsabilização objetiva dos intervenientes, nomeadamente o informador e o responsável do meio de publicação.
  • Desjurisdicionalizar a pequena litigância – Impondo os meios alternativos de resolução de litígios para a litigância de massa, criando incentivos a que os grandes consumidores judiciários instituam as suas próprias estruturas autónomas de arbitragem e para elas remetam os seus pleitos de massa. Criação de mecanismos obrigatórios de mediação para determinados tipos de ações (por exemplo, sinistralidade rodoviária ou contraordenações leves) de modo a libertar os Tribunais Judiciais e a reduzir a litigiosidade social.
  • Profunda revisão do Código de Processo Civil – A revisão incidiria sobre a prova, limitação do número de articulados, eliminação do princípio da impugnação especificada, adiamento da audiência de julgamento, audiência, interrogatório das testemunhas peritos em conjunto, perícias, simplificação das sentenças, recursos, entre outros.

Digitalização

  • Assegurar instrumentos de transparência e de partilha de informação – Assegurar a criação de software para disponibilização, a todos os cidadãos, de uma plataforma do CSJ com informação para consulta livre sobre os objetivos fixados com cada Comarca, respetivos KPI’s e timeframes para a consagração de uma política de transparência.
  • Garantir mais e melhor publicação das sentenças proferidas por Tribunais Judiciais – Colocar em base de dados online todas as sentenças e acórdãos proferidos por Tribunais Judicias para consulta livre na referida plataforma do CSJ.
  • Aposta no recrutamento de peritos, técnicos informáticos e de melhores meios informáticos para a estrutura judiciária, do Ministério Público e policial – De modo a colmatar as lacunas técnico-informáticas atualmente dos tribunais, das repartições do MP e dos órgãos de polícia, deverá ser criado um corpo de peritos e técnicos alocados aos mesmos.
  • Criação do crime de enriquecimento ilícito – Conforme recomendação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, o crime de enriquecimento ilícito deverá ser tipificado, devendo-se, para o efeito, alterar a CRP.

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Descontos nas portagens das ex-SCUT vão manter-se em 2022

  • Lusa
  • 21 Novembro 2021

Mesmo sem o OE que previa impacto de 80 a 90 milhões de euros, Governo assegura que o desconto de 50% vai continuar na A22, A23, A24, A25, A28 e nas Concessões do Grande Porto e da Costa da Prata.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garante que os descontos na taxa de portagem das autoestradas ex-SCUT se mantêm no próximo ano, independentemente das atualizações que as concessionárias possam fazer.

“O que posso garantir é que os descontos que tínhamos em 2021 se vão manter em 2022”, mesmo sem Orçamento. “Posso garantir que temos condições de continuar a aplicar” esses descontos, disse numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.

Questionada se não haverá aumentos por parte das concessionárias, a ministra salientou que, segundo o contrato das concessionárias, elas podem fazer aumentos de acordo “com o que a legislação permite”.

“Isso é algo onde o Governo não se pode imiscuir, porque onde se pode imiscuir já o fez, que foi fazer descontos nas portagens”, disse.

Proposto do PSD, o desconto de 50% no valor da taxa de portagem foi aprovado pelo parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2021. Na altura, o Governo estimou um impacto de 160 milhões de euros anuais devido a esta redução nas portagens.

Já a proposta de Orçamento do Estado para 2022, que acabou por ser chumbado na Assembleia da República, estimava um impacto de 80 a 90 milhões de euros para o erário público.

O novo regime de descontos aplica-se às taxas de portagens em cada passagem nos lanços e sublanços das antigas SCUT (vias Sem Custos para o Utilizador), nomeadamente na A22 – Algarve (Via do Infante), A23 – IP, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta, A28 – Norte Litoral, Concessões do Grande Porto (A41, A42) e da Costa da Prata.

Apoiadas 8.700 empresas no Interior

Na mesma entrevista, a ministra disse também que, no âmbito das medidas de valorização para o Interior — e com verbas do programa Portugal 2020 (fundos europeus estruturais e de investimento –, foram apoiadas 8.700 empresas, com um total de 3,4 mil milhões de euros.

Desse valor total, dois mil milhões foram atribuídos no ano passado, ano de pandemia, salientou Ana Abrunhosa.

A governante calculou também que até outubro, em medidas de mobilidade, regresso de emigrantes e empresários foram apoiadas cinco mil pessoas.

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Londres investiga preconceito racial e de género em dispositivos médicos

  • Lusa
  • 21 Novembro 2021

Os oxímetros de pulso, que medem os níveis de oxigénio no sangue, funcionam menos bem em peles mais escuras. Negros e sul-asiáticos tiveram taxas de mortalidade mais altas que os compatriotas brancos.

O governo britânico está a investigar se o “preconceito racial” introduzido em alguns dispositivos médicos fez com que negros e asiáticos adoecessem e morressem de forma desproporcional por causa da covid-19.

O secretário da Saúde britânico, Sajid Javid, disse este domingo que a pandemia de Covid-19 realçou as disparidades no acesso aos cuidados de saúde entre raça e género.

Citado pela Agência AP, o responsável afirmou que um terço dos internamentos em cuidados intensivos na Grã-Bretanha no auge da pandemia eram pessoas de origens negras e de minorias étnicas, mais do que o dobro da sua parcela na população.

O departamento de estatísticas da Grã-Bretanha descobriu que no primeiro ano da pandemia, até março de 2021, negros e sul-asiáticos no Reino Unido tiveram taxas de mortalidade mais altas do que seus compatriotas brancos, mesmo depois de fatores como ocupação e condições de saúde subjacentes terem sido levados em consideração.

A possibilidade de que um preconceito – mesmo inadvertido – possa levar a um pior resultado de saúde é totalmente inaceitável

Sajid Javid

Secretário da Saúde britânico

Sajid Javid disse que uma das questões é a investigação que mostra que os oxímetros de pulso, que medem os níveis de oxigénio no sangue através da pele, funcionam menos bem em peles mais escuras, considerando tratar-se de um problema mundial “sistémico”.

“Não digo que isso foi deliberado, acho que é apenas um problema sistémico, potencialmente, com dispositivos médicos e pode ir ainda mais longe do que com livros de medicina, por exemplo”, disse Javid à Sky News.

Ao Sunday Times, referiu que “a possibilidade de que um preconceito – mesmo inadvertido – possa levar a um pior resultado de saúde é totalmente inaceitável” e disse esperar trabalhar com seu homólogo nos EUA, Xavier Becerra, e responsáveis de outros países, para eliminar o preconceito no sistema de saúde. E acrescentou que uma investigação no Reino Unido, que também examinará o preconceito de género, apresentará os seus resultados até o final de janeiro.

Imunidade de grupo, outra vez?

A Grã-Bretanha registou mais de 143 mil mortes por coronavírus, o maior total na Europa, depois da Rússia. No entanto, os casos estão praticamente estáveis e as mortes e hospitalizações estão a diminuir lentamente.

O primeiro-ministro Boris Johnson disse esta semana que não via necessidade de mudar para o “Plano B”, no âmbito do qual as pessoas seriam obrigadas a usar máscaras em ambientes fechados e aconselhadas a trabalhar em casa.

A Grã-Bretanha teve taxas de infeção mais altas do que os países vizinhos durante vários meses, e alguns cientistas dizem que isso coloca o país numa melhor posição agora.

Linda Bauld, professora de saúde pública da Universidade de Edimburgo, disse que o Reino Unido tem lidado com a variante delta altamente transmissível do vírus há mais tempo do que seus vizinhos europeus e que, talvez por isso, “tenha uma imunidade um pouco mais alta”.

A Grã-Bretanha também já iniciou a vacinação de reforço para todas as pessoas com 40 anos ou mais.

O professor de medicina da Universidade de Oxford, John Bell, disse não acreditar que o Reino Unido enfrente outro bloqueio de Natal, como aconteceu em 2020. Contudo, o investigador admitiu que “para quem está a planear férias para esquiar na Áustria, as coisas podem não correr tão bem”.

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📹 Em que nível estávamos no anterior estado de emergência? Perguntou ao Google, nós respondemos

A pandemia Covid-19 chegou a Portugal a 2 de março de 2020. Desde então o país já passou por mais de dez estados de exceção.

Em março de 2020, no dia anterior ao decreto do primeiro Estado de Emergência, o país contava com cerca de 28 casos por dia e uma morte.
Recorde como estava a situação epidemiológica do país no anterior estado de emergência. Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/rLk2dnFYpQ8C9kjVLOyB

 

 

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UE pede “grande passo” a Londres para acordo sobre Irlanda do Norte

Segundo as propostas de Bruxelas, que identifica uma abordagem mais conciliatória da parte do Reino Unido, seria possível reduzir em cerca de 80% os controlos aduaneiros previstos naquela região.

A União Europeia (UE) instou este domingo o Reino Unido a dar um grande passo em direção às propostas dos 27 estados-membros para encontrar um entendimento sobre a implementação do Protocolo da Irlanda do Norte no acordo do Brexit.

“Espero que o Reino Unido dê agora um grande passo na nossa direção“, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, em declarações prestadas à BBC, recordando as “propostas ambiciosas” feitas pela UE.

De acordo com as propostas de Bruxelas apresentadas no mês passado, seria possível reduzir em cerca de 80% os controlos aduaneiros previstos pelo protocolo, que foi concebido para evitar uma fronteira que comprometesse o processo de paz, mas os britânicos consideram que cria problemas de abastecimento na Irlanda do Norte.

“Estou certo de que se Lord (David) Frost e o Reino Unido redobrassem os seus esforços e chegassem a um meio-termo, poderíamos resolver todos os problemas restantes”, disse Sefcovic, em alusão direta ao secretário de Estado britânico para as relações com a UE, “notando uma “mudança de tom nas conversações ao longo das últimas duas semanas”, com Londres a parecer adotar uma abordagem mais conciliatória do que antes.

Num artigo publicado no jornal Mail on Sunday, David Frost declarou estar à espera de que “a UE mostre a ambição de resolver o problema através da procura de um acordo” sobre esta matéria.

“Eu, por exemplo, estou a trabalhar o mais arduamente que posso para encontrar um acordo. Se conseguirmos fazer isso, podemos esquecer a fricção atual e voltar ao que sempre quisemos: boas relações e comércio livre com os nossos vizinhos e amigos mais próximos”, acrescentou o secretário de Estado britânico para as relações com a União Europeia.

Londres continua a acenar com a ameaça de desencadear uma cláusula de salvaguarda no acordo, que suspenderia certas disposições em caso de grandes perturbações, suscitando receios de uma guerra comercial entre o Reino Unido e a UE.

Por outro lado, Maros Sefcovic advertiu na sexta-feira que o protocolo e o acordo de comércio livre entre Londres e Bruxelas estavam “intrinsecamente ligados”.

O acordo comercial, alcançado no final de dezembro de 2020 após o divórcio do Reino Unido da UE, oferece ao ex-estado-membro um acesso sem tarifas e sem quotas ao enorme mercado europeu. O protocolo, em vigor desde o início do ano, mantém a província britânica na união aduaneira europeia e no mercado único.

As negociações continuarão em Londres em 26 de novembro para uma sexta sessão desde as propostas comunitárias apresentadas em meados de outubro.

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Sobem as hospitalizações por Covid. Mais 2.499 casos e 11 mortes nas últimas 24h

Este domingo, o boletim da DGS identifica 2.499 novos casos e 11 mortes por Covid-19. Autoridades portuguesas já pediram aos especialistas para avaliar a vacinação de crianças entre os 5 os 11 anos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) reportou este domingo 2.499 novos casos de infeção por Covid-19, o que faz subir para 1.122.283 o número de infetados em Portugal desde o início da pandemia.

O mais recente boletim epidemiológico aponta ainda para um acréscimo de 11 mortes nas últimas 24 horas, aumentando para 18.321 o número total de vítimas mortais no país atribuídas ao novo coronavírus.

Este domingo há novamente um aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente estão internados 597 doentes em unidades hospitalares, um aumento de 53 nas últimas 24 horas. Destes, 89 estão em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a mais uma pessoa em estado crítico.

A análise por regiões mostra que a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 2.499 novos casos confirmados, 873 localizam-se na região da capital, seguindo-se a região Norte, que contabilizou 641 novas infeções, e o Centro, com 593 casos reportados nas últimas horas. Só o Norte e o Algarve não registam vítimas mortais nesta atualização do boletim.

O documento da DGS dá ainda conta de um total de 1.059.002 recuperados, isto é, mais 541 do que no último balanço divulgado. Neste momento há 44.960 casos ativos em Portugal, mais 1.947 em relação a sábado. Um total de 43.751 pessoas está sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19.

Nos últimos dias, a Direção-Geral da Saúde já mandou reativar a comissão técnica que no verão avaliou a vacinação dos adolescentes contra a Covid-19, desta feita para emitir um parecer sobre a possibilidade de avançar também com a inoculação das crianças entre os 5 e os 11 anos.

O que disseram os especialistas no Infarmed?

No regresso dos peritos em saúde pública e epidemiologia às instalações do Infarmed para fazer um raio-X ao agravamento da situação pandémica, os políticos ouviram os especialistas avisar que a transmissibilidade da pandemia está a duplicar a cada 15 dias e a estimar que as vacinas contra a Covid-19 “pouparam 2.300 vidas”.

O coronel Carlos Penha Gonçalves advertiu que a estrutura que está a administrar as terceiras doses das vacinas contra a Covid-19 precisa de ser reforçada e a especialista Raquel Duarte deixou algumas sugestões aos responsáveis políticos na plateia, pedindo que “sempre que possível” haja desfasamento de horários e teletrabalho.

No caso da circulação em espaços públicos, os peritos não foram tão longe quanto o Presidente da República, que defendeu o regresso da obrigação de usar máscara na rua quando não é possível cumprir o distanciamento. Os especialistas dizem, porém, que é preciso uma autoavaliação de risco e utilização da máscara perante perceção de risco.

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