Nas notícias lá fora: Telefónica, Toshiba e ações da Tesla

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Novembro 2021

Telefónica aceita rescisões voluntárias para trabalhadores com mais de 55 anos. Toshiba vai dividir-se em três. E Musk ainda tem de vender mais de 12 milhões de ações da Tesla para cumprir promessa.

A empresa de telecomunicações espanhola Telefónica vai abrir um programa de rescisões voluntárias para trabalhadores com mais de 55 anos. No Japão, a Toshiba vai dividir-se em três novas empresas. Já a gestora de ativos Bitwise desistiu de lançar um ETF de bitcoin. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional esta sexta-feira.

Cinco Días

Telefónica avança com rescisões voluntárias para trabalhadores com mais de 55 anos

Tendo em vista uma redução de custos face às dificuldades que o setor das telecomunicações atravessa em Espanha, a Telefónica está a considerar um plano de rescisões voluntárias no país destinado aos trabalhadores com mais de 55 anos e abrangendo cerca de 4.000 pessoas. Este número representa quase 22% do total de 18.500 trabalhadores que integram os quadros da operadora. O processo depende da negociação entre a direção da empresa e os sindicatos.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Reuters

Toshiba vai dividir-se em três empresas diferentes

A empresa japonesa Toshiba está a planear dividir-se em três empresas independentes, através da criação de dois negócios principais — de energia e infraestruturas — e o de dispositivos e armazenamento. Após o spin-off, a Toshiba continuará a deter uma participação de 40,6% na Kioxia, uma fabricante de chips de memória e outros ativos. Numa declaração esta sexta-feira, a empresa apontou que a cisão era o melhor caminho para desbloquear valor aos acionistas, esperando concluir a reorganização até à segunda metade do ano financeiro de 2023.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Bitwise junta-se à Invesco e desiste de lançar ETF de bitcoin

A gestora de ativos Bitwise desistiu da ideia de lançar um ETF focado na bitcoin. A empresa concluiu que só os encargos da renovação dos contratos futuros sobre o valor da criptomoeda custariam entre 5% a 10% por ano aos investidores. A Bitwise junta-se à Invesco, que também decidiu em outubro desistir de lançar um ETF de bitcoin. Deste modo, o ETF de bitcoin da ProShares que começou a negociar no mês passado continua a ser o único instrumento financeiro deste tipo a negociar em bolsa, sendo que ainda não existe nenhum que detenha diretamente bitcoin, ao invés de instrumentos derivados. Os ETF são fundos de investimento que transacionam em bolsa como se fossem ações.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

AstraZeneca vai passar a lucrar com a vacina contra Covid-19

A AstraZeneca assinou os seus primeiros acordos com fins lucrativos para a venda da sua vacina contra a Covid-19, deixando deste modo o modelo “sem fins lucrativos” que vinha a adotar até aqui. O grupo farmacêutico espera que esta mudança ofereça uma “modesta rentabilidade”, à medida que são encomendadas novas doses da sua vacina. Mesmo assim, a empresa decidiu que continuará a não gerar lucros com encomendas feitas por países mais pobres.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Musk tem de vender mais de 12 milhões de ações da Tesla para cumprir promessa

Depois de se ter comprometido a vender 10% das ações da Tesla, Elon Musk desfez-se de cerca de cinco milhões de ações da fabricante de automóveis. Contudo, para cumprir na totalidade a promessa que fez no Twitter, o presidente executivo da Tesla ainda tem de vender mais de 12,5 milhões de ações, avaliadas em 13 mil milhões de dólares.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

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Bitwise e Invesco desistem de lançar ETF de bitcoin

A Bitwise desistiu da ideia de lançar um fundo cotado em bolsa para acompanhar a subida e descida dos futuros da bitcoin. Junta-se à Invesco, que abandonou uma ideia semelhante no mês passado.

A gestora de ativos Bitwise desistiu da ideia de lançar um ETF focado na bitcoin. A empresa concluiu que só os encargos da renovação dos contratos futuros sobre o valor da criptomoeda custariam entre 5% a 10% por ano aos investidores, avançou o The Wall Street Journal (acesso pago).

A Bitwise junta-se à Invesco, que também decidiu em outubro desistir de lançar um ETF de bitcoin, de acordo com o mesmo jornal.

Deste modo, o ETF de bitcoin da ProShares, que começou a negociar no mercado no mês passado, mantém-se o único instrumento financeiro deste tipo a negociar em bolsa, sendo que ainda não existe nenhum que detenha diretamente bitcoin, ao invés de instrumentos derivados.

Os ETF são fundos de investimento que transacionam em bolsa como se fossem ações, sendo amplamente usados para acompanhar indiretamente o desempenho de um índice ou setor.

A chegada de um ETF de bitcoin era amplamente aguardada pelos entusiastas das criptomoedas, um desejo que foi cumprido em outubro pela ProShares, depois de a “CMVM” norte-americana não se ter oposto ao lançamento do mesmo. No entanto, as autoridades norte-americanas estão bem mais reticentes quanto à viabilização de um instrumento financeiro que detenha diretamente estes criptoativos.

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Cumprir metas de Paris custará 43 biliões em investimentos até 2050

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

O valor de investimento em energias limpas terá que "triplicar até 2030" para um valor entre 3,5 e 4,3 biliões de euros por ano para se conseguir uma indústria descarbonizada.

O cumprimento das metas climáticas do Acordo de Paris custará 43 biliões de euros até 2050, estima-se num estudo do Fórum Económico Mundial e da consultora Oliver Wyman divulgado na cimeira do clima da ONU (COP26).

O valor de investimento em energias limpas terá que “triplicar até 2030” para um valor entre 3,5 e 4,3 biliões de euros por ano para se conseguir uma indústria descarbonizada.

O dinheiro, sugerem os responsáveis pelo estudo “Financiamento da Transição para um Futuro de Emissões Neutras”, terá que vir da “combinação de capital público e privado” e será necessário mudar os modelos empresariais atuais.

No estudo identifica-se “um fosso” entre o dinheiro que seria preciso para inovações tecnológicas menos poluentes e “os investimentos reais” para as tornar realidade, porque são pouco competitivos, arriscados e exigem muito capital.

Assim, quem inventa essas tecnologias não encontra financiadores e as empresas que poderiam delas beneficiar não conseguem usá-las.

“Existem barreiras ao investimento no desenvolvimento de tecnologia neutra para o clima, tanto do lado da oferta – as empresas tecnicamente capazes não conseguem encontrar investidores acessíveis – como do lado da procura – os investidores enfrentam uma escassez de projetos, baixos retornos e alto risco – criando um círculo vicioso que impede o progresso para os objetivos do Acordo de Paris.

Defende-se uma “intervenção pública” que dê benefícios às primeiras empresas que adotem tecnologia que as aproxime da neutralidade carbónica.

Entre os setores mais poluentes como os transportes e a indústria, “que representam 25 por cento das emissões globais”, é mais difícil passar da combustão para a eletricidade, pelo que são “um campo de oportunidades”.

Áreas mais específicas como “o aço, a aviação ou os transportes marítimos” totalizaram 13,8 mil milhões de euros em investimentos em combustíveis mais sustentáveis como o biocombustível e o hidrogénio em 2020, registando-se um aumento anual durante os últimos 10 anos.

Contudo, “ainda não são suficientes”, estima-se no documento, que preconiza “um investimento anual entre 700 e 900 mil milhões de euros para alcançar uma descarbonização total”.

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Ortopedista do Porto investe 50 milhões para abrir rede ibérica de clínicas

Em parceria com a Growth Partners Capital e a Unilabs, João Espregueira-Mendes vai abrir três clínicas e oito unidades móveis em Portugal, além de arrancar a rede em Espanha, chegando às mil pessoas.

A Clínica Espregueira-Mendes, que detém uma unidade de saúde no Estádio do Dragão acreditada pela FIFA, vai avançar com um investimento que ultrapassa os 50 milhões de euros, em parceria com a Growth Partners Capital e com o Grupo Unilabs, para construir uma rede ibérica dedicada à prestação de cuidados especializados no sistema locomotor.

Em declarações ao ECO, João Espregueira-Mendes adiantou que a expansão do negócio arranca já em 2022, com a inauguração de uma clínica no centro de Lisboa. No ano seguinte abre também na região Centro (Figueira da Foz ou Leiria) e no Algarve, estando já identificados nesses locais os “profissionais de enorme prestígio na área do sistema locomotor” que vai recrutar para a nova estrutura.

“Esta será a primeira rede de clínicas do sistema locomotor na Europa. É o mundo da superespecialização. Temos um especialista a trabalhar connosco, que é o Niek van Dijk, de Amesterdão, que é o melhor cirurgião de tornozelo do mundo – já operou o Cristiano Ronaldo, o João Félix ou o Pepe. Dedica-se a trabalhar uma área anatómica que tem sete centímetros de largura por cinco centímetros de altura. É a única coisa que ele faz”, destacou o presidente do conselho de administração e diretor clínico.

Além destas quatro clínicas, a empresa nortenha vai ter unidades móveis para dar cobertura em 40 cidades nacionais e “disponibilizar no Interior o que existe nos grandes centros urbanos”. Estes autocarros transformados e equipados com salas de consulta e gabinete para tratamentos diferenciados em medicina regenerativa circulam com um clínico de Medicina Geral e Familiar, uma enfermeira e um administrativo, com ligação remota a um especialista.

A Clínica Espregueira – FIFA Medical Centre Excellence já tem a funcionar uma unidade móvel que presta serviços nas cidades de Aveiro, Águeda, Amarante, Chaves, Oliveira de Azeméis, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vila Real. A segunda vai para a estrada em fevereiro de 2022, prevendo disponibilizar duas por ano, até chegar ao total de oito em 2025, com mais de 30 pessoas a bordo.

Queremos consolidar a operação em Portugal [antes de avançar para Espanha]. Se nos expandíssemos para um universo tão grande de uma só vez, iria ser muito difícil manter a qualidade.

João Espregueira-Mendes

Diretor da Clínica Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence

Metade dos 50 milhões de euros será aplicada em Portugal, onde conta chegar aos 600 colaboradores. O restante será gasto na internacionalização da marca. Em Espanha, só a partir de 2024. “Queremos antes consolidar a operação em Portugal. Neste momento somos 180 pessoas e implica aumentar as equipas, formá-las. Não queremos, de todo, diminuir a qualidade. Se nos expandíssemos para um universo tão grande de uma só vez, iria ser muito difícil manter a qualidade”, justificou.

Para já, está a “fazer vários contactos para arranjar parceiros na área do sistema locomotor que sejam nomes fortes” no país vizinho, onde perspetiva vir a contratar cerca de 400 pessoas. Porém, a ideia é cobrir o território espanhol na mesma lógica: ter clínicas distribuídas pelo continente – “as localizações não estão fechadas, mas teremos necessariamente de estar em Barcelona, Madrid, Valência, Sevilha e Gijón” – e depois unidades móveis para cobrir áreas mais periféricas.

Comprou à Sonae e vendeu a fundo ibérico

A Clínica Espregueira-Mendes foi fundada em 1986 com foco na ortopedia, traumatologia e medicina desportiva. Filho e neto de ortopedistas, João assumiu a direção clínica logo em 1989, após a morte do pai, mantendo-se à frente do negócio que teve instalações na Rua de Camões e depois na Avenida da Boavista, até passar para o Estádio do Dragão em 2006. Faturou à volta de sete milhões de euros no ano passado e, por via da expansão, conta subir para os 50 milhões em 2025.

Quanto à estrutura acionista, João Espregueira-Mendes relata que há sete anos a sua holding comprou a participação de 50% que era detida pela Sonae. Em 2020, já tendo em vista este projeto de expansão das operações, decidiu abrir o capital para a entrada da Growth Partners Capital (GPC), uma sociedade de investimentos de capital espanhol e português, com escritórios em Madrid e Cascais, que gere vários fundos de private equity.

A Growth Partners Capital é a nossa parceira financeira. Garante todo o financiamento para este projeto de expansão.

João Espregueira-Mendes

Diretor da Clínica Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence

E se a GPC “garante todo o financiamento para este projeto de expansão”, o grupo Unilabs entra como parceiro de imagem e de análises, que são “cada vez mais importantes”. “Hoje é preciso um radiologista por cada pequena área anatómica de especialidade: um só dedicado ao joelho, outro só ao ombro, etc. A Unilabs tem mais de 300 radiologistas, o que permite que consigamos fazer exames em todo o país e em Espanha, com uma qualidade que, de outra forma, não conseguíamos ter”, contextualizou.

João Espregueira-Mendes indicou que a criação desta rede de clínicas avança neste momento para “dar resposta aos cada vez mais numerosos e incapacitantes problemas articulares, com enfoque nas lesões de desgaste articular – é já hoje no mundo a maior despesa de saúde por entidade, tendo ultrapassado os cancros e os enfartes –, na medicina regenerativa e também na medicina desportiva e em toda a panóplia de tratamentos à volta do desporto”.

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Greenvolt cai quase 3%. Energia penaliza PSI-20

A condicionar o desempenho do índice de referência nacional esta sexta-feira estão as cotadas do setor energético, com especial destaque para a Greenvolt, cujos títulos recuam quase 3%.

A bolsa de Lisboa arrancou a última sessão da semana com perdas ligeiras, num dia em que os mercados europeus oscilam entre ganhos e perdas. O PSI-20 está a ser condicionado pelas cotadas ligadas ao setor energético, com a Greenvolt a recuar mais de 2%.

Pela Europa, o Stoxx 600 abriu inalterado, a par com o britânico FTSE 100, enquanto o espanhol IBEX-35 recua 0,2%. Em contrapartida, o alemão DAX e o francês CAC-40 avançam 0,1%. A volatilidade nos mercados europeus surge depois de as praças asiáticas e norte-americanas terem registado um otimismo moderado, na sequência dos receios com a subida da inflação.

Em Portugal, a bolsa abriu a última sessão da semana com perdas ligeiras. O PSI-20 recua 0,08%, para 5.703,010 pontos, depois de na quinta-feira a Altri e o BCP terem sustentado a subida do índice de referência nacional.

A condicionar o desempenho do índice as cotadas do setor energético, com especial destaque para a Greenvolt, cujos títulos recuam 2,81%, para 6,58 euros, a maior queda da sessão. Já a EDP cede 0,55%, para 4,7410 euros, e a EDP Renováveis cai 0,44%, para 22,58 euros. A REN desvaloriza 1%, para 2,475 euros, depois de apresentar resultados.

Em simultâneo, a Galp Energia cede 0,92%, para 8,86 euros, num dia em que o barril Brent, referência para as importações nacionais, cai 0,75% em Londres, para 82,27 dólares.

Em contrapartida, a travar as perdas está a Sonae SGPS, que ganha 2,18%, para 1,031 euros, e a Jerónimo Martins, que soma 0,73%, para 20,83 euros.

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Falta de consenso pode adiar o fim da COP26

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

A conferência do clima que decorre em Glasgow, Reino Unido, deveria terminar esta sexta-feira, mas a falta de consenso sobre o texto final deverá prolonga-la pelo fim de semana.

A conferência do clima que decorre em Glasgow, Reino Unido, está marcada para terminar esta sexta-feira, mas a falta de consenso sobre o texto final deverá prolonga-la pelo fim de semana.

Durante a manhã, deverá haver uma reunião entre o presidente da cimeira e os representantes dos países, para se chegar a um texto final, mas o próprio presidente, Alok Sharma, tem dito que ainda há muito para resolver.

Durante duas semanas, mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos estiveram em Glasgow, Reino Unido, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. O objetivo é impedir o aumento da temperatura do planeta, que leva a alterações climáticas.

Alok Sharma, reconheceu na quinta-feira, em conferência de imprensa, que ainda não havia acordo sobre “questões mais críticas” para se chegar a um texto consensual. “Ainda há muito trabalho para fazer e a COP26 está programada para encerrar no final do dia de amanhã [sexta-feira]. O tempo está a esgotar-se”, avisou na altura, salientando que se estava longe de finalizar questões muito críticas.

Os trabalhos continuaram na noite passada e esta sexta-feira serão discutidos novos textos. Mas o ministro português do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, já apontava na quarta-feira o fim da cimeira para sábado. E Francisco Ferreira, presidente da organização ambientalista Zero, é da mesma opinião. Todas as conferências sobre o clima se prolongaram além da data prevista de encerramento.

Esta sexta-feira, quando os países não se entendem por exemplo sobre o capítulo da mitigação, e quando já não há agenda oficial da presidência, há ainda uma agenda paralela, agora mais virada para questões culturais. Será um dia dedicado a documentários, à arte e à cultura em geral, seja envolvendo crianças e jovens, seja organizações da sociedade civil.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de Covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

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Diamantes apreendidos pela PJ na Operação Miríade só valem 290 euros

  • ECO
  • 12 Novembro 2021

Dos oito diamantes apreendidos pela PJ no âmbito da Operação Miríade, há três diamantes em bruto cujo valor comercial ronda os 81 euros. Os restantes, lapidados, valem até 209 euros.

As perícias realizadas aos oito diamantes apreendidos pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da Operação Miríade — que investiga suspeitas de tráfico de diamantes, ouro droga e lavagem de dinheiro nos Comandos — revelam que não valem mais do que 290 euros, avança o Público (acesso condicionado).

Em causa estão três diamantes em bruto e cinco lapidados que a PJ mandou analisar junto de peritos. Segundo o mesmo jornal, as perícias realizadas revelaram que os três diamantes em bruto têm um valor comercial de cerca de 81 euros, enquanto os lapidados não ultrapassariam os 209 euros. Isto significa, que no total, estas pedras preciosas não valem mais do que 290 euros, sendo que apenas dois podem ser usados para joias e os restantes servem apenas para ser desfeitos em pó e usados no fabrico de brocas ou lixas.

Acerca do mesmo caso, Público avança também que o Presidente da República está a aguardar explicações do primeiro-ministro sobre as razões que levaram o ministro da Defesa a não comunicar as suspeitas de tráfico de diamantes, ouro e droga nos Comandos ao Comandante Supremo das Forças Armadas e ao Conselho Superior de Defesa Nacional.

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Investigadores do Porto criam vacina comestível contra a Covid-19

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

Usando apenas probióticos, esta vacina poderá ser uma realidade entre “seis meses a um ano”, porque são bactérias que podem ser rapidamente transformadas.

As vacinas são sinónimo de agulhas, contudo, uma equipa de investigadores do Instituto Politécnico do Porto (IPP) decidiu quebrar a regra e produzir uma contra a Covid-19 comestível, em formato de iogurte e sumo de frutos.

Esta ideia, que está a ser maturada desde o aparecimento da pandemia de Covid-19, começou a ganhar forma há cerca de seis meses e, desde então, muito já foi feito. Neste momento, estão a decorrer os ensaios `in vitro´ e, brevemente, começam aqueles feitos em animais, contou à Lusa um dos responsáveis pelo Laboratório de Biotecnologia Médica e Industrial – LaBMI do IPP, Rúben Fernandes.

Os ensaios vão ser feitos em ratos, peixes e numa espécie de minhoca muito pequena, salientou.

Falando num projeto “completamente inovador em Portugal”, o biólogo explicou que esta vacina, que finalizada poderá ser ingerida em iogurte ou sumo de frutas, tem como particularidade ter por base plantas de frutos e probióticos geneticamente modificados, referiu.

Numa sala pequena, onde predominam máquinas, tubos de ensaio e microscópios, pode ver-se, num espaço reservado e só possível de ser manipulado pelos investigadores devidamente equipados, pequenos tubos com ainda mais pequenas plantas no seu interior e discos de vidro com os probióticos.

“As plantas já estão geneticamente modificadas, assim como os probióticos”, esclareceu Rúben Fernandes.

Realçando que a ideia desta vacina é que ela chegue facilmente ao utilizador final, o investigador apontou as diferenças entre as atuais e esta: as atuais estimulam a neutralização do vírus e esta estimula a imunidade.

“Portanto, ambos são produtos preventivos, mas neste caso a vacina, vou dizer convencional, neutraliza uma infeção e as vacinas comestíveis têm a propriedade de poderem potenciar as outras vacinas comuns”, explicou.

As vacinas vão poder conjugar os probióticos ou plantas geneticamente modificadas ou usar apenas um deles, frisou.

O biólogo adiantou que, usando apenas probióticos, esta vacina poderá ser uma realidade entre “seis meses a um ano”, porque são bactérias que podem ser rapidamente transformadas.

Já utilizando os frutos, a sua concretização “será bastante mais longa”, porque as plantas têm de crescer e dar frutos para que possam ser utilizados na indústria e transformados em sumo, elucidou.

Ressalvando que a vacina está a ser financiada exclusivamente com fundos próprios, Rúben Fernandes observou que vão, numa fase final, ter de se unir a parceiros industriais da área alimentar para a vacina chegar ao consumidor final e ganhar escala.

“Vai ser a indústria que vai decidir que tipo de produto é que vai querer, nós vamos é poder oferecer-lhes várias opções”, sustentou.

Apesar de estar a ser direcionada para a Covid-19, Rúben Fernandes acredita que a mesma poderá vir a ter interesse para tratar outros tipos de doenças infeciosas.

Sobre a possibilidade de numa eventual nova vaga da pandemia já existir uma vacina comestível, Rúben Fernandes afirmou que “dificilmente”.

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Metade das famílias apoiadas pela Cáritas na pandemia nunca tinha pedido ajuda

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

Entre o dia 1 de maio de 2020 e o dia 1 de outubro de 2021, a Cáritas apoiou 18.097 pessoas, o que representa 6.610 famílias, sendo que quase metade destas (3.042) pediu ajuda pela primeira vez.

Metade das famílias apoiadas pela Cáritas na pandemia pediram ajuda pela primeira vez, para pagar a renda, a água ou a luz, e isso demonstrou a necessidade de um plano de resiliência para responder a outra crise.

Entre o dia 1 de maio de 2020 e o dia 1 de outubro de 2021, a Cáritas apoiou 18.097 pessoas, o que representa 6.610 famílias, sendo que quase metade destas (3.042) pediu ajuda pela primeira vez.

Em entrevista à agência Lusa, a presidente da Cáritas destacou o facto de 50% das famílias apoiadas por esta organização da Igreja Católica nunca terem pedido ajuda antes e trazerem pedidos “completamente diferentes”.

“Estamos a falar de pedidos para rendas de casa, água, luz, na primeira fase em que estávamos todos confinados até a internet passou a ser uma primeira prioridade. Os miúdos, para estudar, precisavam de ter internet e as famílias não tinham condições para ter esse acesso”, lembrou Rita Valadas.

Prestes a completar um ano à frente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas apontou que estas famílias não eram as mesmas que habitualmente recorriam às Cáritas em busca de ajuda e que isso foi a evidência de como era preciso criar um programa de apoio diferente.

Tal como explicou à Lusa, foi criado um apoio “a duas mãos”, havendo, por um lado, um apoio financeiro para situações como as que a presidente da Cáritas descreveu e, por outro lado, os ‘vouchers’ alimentares.

Segundo Rita Valadas, os ‘vouchers’ demonstraram ser muito importantes em dois tipos de situações: “uma quando é preciso uma dieta especial” que os alimentos dos cabazes não garantem e para os casos de famílias vítimas da pobreza conjuntural, que, sublinhou, “muitas vezes entravam pela porta de quem doa e que, de repente, se veem na necessidade de elas próprias serem apoiadas”.

Criado em abril de 2020 para atuar durante apenas uns meses, o programa “Inverter a curva da pobreza em Portugal” acabou prolongado até ao final do ano e ainda está em vigor, tendo sido aplicados quase 443 mil euros no apoio às mais de 18 mil pessoas.

Só através do apoio de emergência a Cáritas ajudou 3.603 pessoas (1.486 famílias) com 230.408 euros, tendo também ajudado 14.494 pessoas através de vales de bens essenciais no valor total de 212.010 euros.

Os dados da Cáritas demonstram que as principais razões para o pedido de apoio financeiro tiveram a ver com situações de desemprego, baixa média ou endividamento, mas também casos de salários ou pensões insuficientes para fazer face às despesas do agregado familiar.

Em 62% dos casos as famílias pediram ajuda para pagar a renda da casa, 15% para fazer face a despesas de saúde, mas também para pagar as contas da luz (13%), água (5%), gás (2%) ou telecomunicações (1%).

Para Rita Valadas, o programa “Inverter a curva da pobreza em Portugal” trouxe “várias lições”, a primeira das quais que a Cáritas precisa de um “programa de resiliência” que possa fazer face rapidamente a outra crise.

“Já em 2008 nós tínhamos tido de posicionar rapidamente para dar resposta e agora aconteceu a mesma coisa, porque as famílias que recorrem na situação destas crises não são iguais às que costumam estar no nosso radar, são completamente diferentes e serão atípicas consoante a crise que se colocar”, explicou.

Já o Estado “tem outro tempo”, referiu a responsável, e as medidas criadas pelo Estado, apesar de estruturantes, acabam por ser transversais à criação da almofada de apoio, mas são mais lentas e, “na primeira fase, foi só o setor solidário que deu resposta”.

Rita Valadas acredita que o país vai ter “desigualdades aprofundadas” e adiantou que não há, para já, uma diminuição no número de pedidos de ajuda que chegam às 20 Cáritas diocesanas, apontando como possível explicação o facto de o fim do ‘layoff’ e das moratórias ser “muito recente” e as consequências não serem instantâneas.

Com a crise económica a juntar-se à crise pandémica, a presidente da Cáritas defendeu que se pensem medidas à escala europeia e admitiu ter alguns receios em relação ao futuro.

Por um lado, que o fim do ‘layoff’ não permita às empresas fazer a sua retoma e, por outro, que a crise internacional ainda comprometa mais essa recuperação, o que levaria a que mais pessoas acabassem no desemprego.

“É a seguir ao fim do subsídio de desemprego que as coisas se podem ou não afundar porque, se não houver retoma económica suficiente, mesmo estas pessoas que caírem num desemprego não vão conseguir encontrar emprego alternativo e, por isso, as minhas fichas de temores estão todas nesse tabuleiro”, afirmou.

Rita Valadas defendeu que é preciso saber ler a realidade para lá dos números e sublinhou que a “crise social é muito mais difícil de ler, é muito rápida a acontecer e leva muito mais tempo a desaparecer”.

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Hoje nas notícias: Diamantes, Hovione e El Corte Inglés

  • ECO
  • 12 Novembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Presidente da República está a aguardar explicações do primeiro-ministro sobre o facto de não ter sido informado da Operação Miríade. As eleições antecipadas também marcam a atualidade, com António Costa e Silva a defender que a competição pelo poder “prejudica a decisão política”. No plano económico, a Hovione vai investir 150 milhões de euros na expansão de fábricas, incluindo em Portugal.

Diamantes apreendidos pela PJ só valem 290 euros

As perícias feitas aos oito diamantes que chegaram à Polícia Judiciária no âmbito da Operação Miríade só valem 290 euros. Segundo o Público, três são diamantes em bruto e cinco são lapidados, sendo que alguns servem apenas para ser desfeitos em pó e usados no fabrico de brocas e lixas. Acerca do mesmo caso, Público avança também que o Presidente da República está a aguardar explicações do primeiro-ministro sobre as razões que levaram o ministro da Defesa a não comunicar as suspeitas de tráfico de diamantes, ouro e droga nos Comandos ao Comandante Supremo das Forças Armadas e ao Conselho Superior de Defesa Nacional.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Hovione investe 150 milhões na expansão de fábricas

A farmacêutica portuguesa Hovione vai investir cerca de 150 milhões de euros na expansão das suas fábricas em Portugal, EUA e Irlanda. Cerca de metade deste investimento já está a ser aplicado na unidade industrial de Loures, sendo que a outra metade se vai repartir entre Cork e Nova Jérsia, explicou Guy Villax, CEO da empresa ao Negócios. No total, os investimentos nestes mercados vão criar 300 postos de trabalho. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Competição pelo poder “prejudica a decisão política”

“Com a crise política, a competição pelo poder político está mais ao rubro do que nunca, o que prejudica a decisão política”, avisou António Costa e Silva, numa entrevista ao Público. O autor do documento sobre a Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2030, que serviu de base ao PRR, aborda questões que estão em discussão no país há vários anos para defender que Portugal não pode ser uma “sociedade da indecisão”. Nesse sentido, alerta também que o esgotamento dos sistemas democráticos na luta pelo poder e a incapacidade de tomar decisões “abrem caminho aos extremos”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

El Corte Inglés já pediu licença para projeto na Boavista

O El Corte Inglés já avançou com o projeto de licenciamento para construir um centro comercial, um hotel e um edifício de habitação, comércio e serviços na rotunda da Boavista, no Porto. Este pedido foi submetido à Câmara do Porto a 28 de setembro e está em “fase de apreciação liminar” pelo município. Segundo a Infraestruturas de Portugal, a reavaliação do preço a pagar pela cadeia espanhola pelos terrenos ainda não está concluída.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

CSM abre porta à promoção de Ivo Rosa

O Conselho Superior da Magistratura voltou a dar uma classificação de “muito bom” ao juiz Ivo Rosa, abrindo portas à sua promoção, nomeadamente ao Tribunal da Relação, aquele que mais tem criticado as decisões do magistrado relativas a alguns dos casos mais complexos da Justiça. Ivo Rosa foi colocado em 12.º lugar no concurso para a Relação e, em março, saberá se faz parte dos 40 a serem graduados.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Century 21 faturou mais até setembro do que no ano todo de 2020

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

A Century 21 faturou mais de 51 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 57% face ao acumulado dos primeiros três trimestres de 2020 e mais do que no ano passado completo.

A Century 21 Portugal faturou mais de 51 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 57% face ao acumulado dos primeiros três trimestres de 2020 e ultrapassando o total do ano passado.

Também o volume de negócios mediado pela consultora imobiliária cresceu 40% nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período de 2020, tendo ultrapassado 1,8 mil milhões de euros, impulsionado pelas atividades do terceiro trimestre.

Entre julho e setembro, a Century 21 Portugal testemunhou uma “progressão muito significativa”, tendo a faturação aumentado 47% para os 19,9 milhões de euros e o volume de negócios mediados na rede atingido 748 milhões de euros, com um aumento de 44% face ao mesmo período do ano anterior.

Num comunicado, a consultora imobiliária refere que os seus resultados acumulados ao terceiro trimestre “demonstram uma tendência consistente de retoma, com diversos indicadores a superarem já os totais acumulados de todo o ano anterior”, em particular o número de transações de arrendamento, a faturação ou o número de novos contratos de franquia”

O volume de negócios mediados nos três primeiros trimestres, “que inclui transações partilhadas com outros operadores de mercado”, atingiu 1.883.503.250 euros, um aumento de 40%.

No total dos primeiros nove meses, a consultora imobiliária realizou 2.836 operações de arrendamento (+53% que em igual período do ano anterior) e 11.413 transações de venda (+30%).

A Century 21 Portugal registou também um aumento de 6% no preço médio dos imóveis transacionados na rede da marca, com um valor fixado nos 164.229 euros nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo.

A consultora teve também mais 4.405 transações do que no terceiro trimestre de 2020, quando somou 3.508 operações. Também o preço médio de venda de habitações a nível nacional cresceu, aumentando 14,5% para 169.944 euros.

Analisando a atividade da consultora, o presidente executivo, Ricardo Sousa, referiu que o mercado residencial de apartamentos — “a tipologia de imóvel mais procurada pelos portugueses” — teve uma subida de 14,5% no valor médio de transação registada, tendo sido “sobretudo, influenciada pelos valores dos imóveis vendidos” nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Em Lisboa, no entanto, a Century 21 Portugal verificou “uma quebra (-5%) no valor médio dos imóveis” vendidos, tendo esse valor baixado para os 306.792 euros.

Analisando a perspetiva nacional, a consultora aponta que há quatro fatores que influenciam a dinâmica nos preços e na procura de casa: a vontade em mudar de casa após o confinamento devido à pandemia da covid-19, a escassez de oferta de imóveis ajustados às necessidades e capacidade financeira dos consumidores, o aumento da poupança forçada e as baixas taxas de juro.

Para 2022, a Century 21 Portugal estima que “venha a ser um ano bastante similar a 2021, se os fatores identificados se continuarem a verificar, o que fundamenta a perspetiva de uma estabilização global dos valores dos imóveis”.

Nos primeiros três trimestres, a Century 21 Portugal viu também a sua rede imobiliária crescer, com mais 21 franqueados, contando com 180 agências no território nacional e mais de 3.286 consultores imobiliários.

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Rui Miguel Nabeiro assume presidência executiva da Delta Cafés

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador do grupo Nabeiro - Delta Cafés, assume a presidência executiva da empresa, de acordo com uma comunicação enviada pelo comendador Rui Nabeiro aos colaboradores.

Rui Miguel Nabeiro assume o cargo de CEO do grupo Nabeiro – Delta CafésMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador do grupo Nabeiro – Delta Cafés, assume a presidência executiva da empresa, de acordo com uma comunicação enviada pelo comendador Rui Nabeiro aos colaboradores, confirmou à Lusa fonte oficial.

De acordo com a missiva, enviada na quinta-feira, o fundador Rui Nabeiro continua a ser presidente do Conselho de Administração, órgão que é composto pelos membros da família João Manuel Nabeiro e Helena Nabeiro (filhos) e Rui Miguel Nabeiro, Ivan Nabeiro, Rita Nabeiro (netos) e ainda António Cachola. Contactada pela Lusa, fonte oficial do grupo confirmou esta informação.

Na comunicação feita aos cerca de 4.000 colaboradores do grupo, Rui Nabeiro informa da constituição de uma Comissão Executiva, que antes não exista, que passa a ser liderada por Rui Miguel Nabeiro. Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro integram também o órgão executivo do grupo dono da Delta Cafés.

Questionada sobre desde quando Rui Miguel Nabeiro passa a presidir a Comissão Executiva, a mesma fonte adiantou que é desde setembro. A empresa está a comemorar 60 anos de atividade em 2021.

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