Greve nas escolas prolongada até quarta-feira

  • Lusa
  • 17 Setembro 2021

A greve nacional de todos os profissionais de educação (pessoal docente e não docente) vai continuar dias 20, 21 e 22 de setembro, avançou o sindicato STOP.

A greve de professores e pessoal não docente vai prolongar-se até quarta-feira, anunciou o Sindicato de Todos os Professores (STOP), no dia em que estava previsto terminar a paralisação que decorreu esta semana.

A greve nacional de todos os profissionais de educação (pessoal docente e não docente) vai continuar dias 20, 21 e 22 de setembro”, adiantou esta sexta-feira aquela estrutura sindical, prolongando a paralisação que começou na terça-feira.

O STOP decidiu agendar uma greve para a semana de arranque do ano letivo de cerca de 1,2 milhões de alunos do ensino obrigatório para contestar a precariedade e exigir melhores condições de trabalho.

Todos os profissionais de educação, incluindo os trabalhadores do ensino superior, estavam abrangidos pelos avisos de greve do Sindicato de Todos os Professores (STOP), que terminava hoje.

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Beneficiários da ADSE reclamam comparticipação de atos prescritos pelo SNS

Na anterior tabela, as regras permitiam ao beneficiário "optar pela convenção que lhe for mais favorável", recorda a associação de beneficiários da ADSE.

Têm sido várias as reações às novas tabelas do regime convencionado da ADSE, que entraram em vigor a 1 de setembro, chegando agora a vez dos beneficiários. A Associação 30 de Julho esteve a analisar os documentos e critica a ausência de comparticipação de atos prescritos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), que estava prevista na anterior tabela, e pede que seja reposta.

Em causa está uma das novas regras, que dita que a ADSE não financia “atos prescritos por entidades do SNS e do SRS, os quais são da responsabilidade financeira respetiva”. A associação dos beneficiários diz estar “muito preocupada com as potenciais consequências negativas desta regra”, que “impõe uma limitação excessiva à capacidade dos beneficiários de escolha do prestador”, em comunicado.

Esta limitação é “particularmente relevante nas zonas e valências em que o SNS/SRS tem maior dificuldade em dar uma resposta atempada às necessidades dos utentes”, sublinha a associação. Os beneficiários “tenderão a procurar as consultas médicas no setor convencionado como forma de poderem recorrer a outros prestadores convencionados para a realização dos atos que lhes tenham sido prescritos, assim aumentando a despesa para si próprios e para a ADSE”, argumentam.

Na anterior tabela, a regra permitia ao beneficiário “optar pela convenção que lhe for mais favorável e corresponde à natureza da ADSE de se constituir como um sistema de saúde complementar do SNS/SRS”, recorda a associação.

Assim, a Associação 30 de Julho pede a “imediata revogação” da nova regra e a reposição da regra da anterior tabela, ou a “correção do eventual lapso de escrita na nova tabela substituindo o termo “prescritos” pelo termo “prestados””.

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Deputados chumbam propostas para alterar regime de arrendamento urbano

  • Lusa
  • 17 Setembro 2021

Os cinco projetos de lei, do PCP, Bloco de Esquerda (BE) e PAN, pretendiam alterar o regime de arrendamento urbano atualmente em vigor.

Os deputados chumbaram esta sexta-feira, no parlamento, cinco projetos de lei, do PCP, Bloco de Esquerda (BE) e PAN, para a alteração do regime de arrendamento urbano atualmente em vigor.

Foi assim rejeitada uma proposta do PCP, com votos contra do PS, PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal (IL), que também chumbaram um projeto de lei do PAN (com abstenção da IL), sendo que as duas propostas tinham como objetivo a alteração do regime de arrendamento urbano.

O PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega votaram ainda contra (com abstenção do PAN no primeiro) um projeto de lei do BE para a proteção do direito à habitação dos idosos e outro para o reconhecimento de contratos de arrendamento.

Por fim, com os votos contra do PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e PAN foi chumbada uma proposta de lei também do Bloco, para a estabilidade dos contratos de arrendamento.

O regime do arrendamento urbano já é há muitos anos um fator de injustiça e um obstáculo ao pleno cumprimento do direito à habitação. E muitíssimo mais grave ficou desde a aprovação da Lei 31/2012, que ficou conhecida como a infame “lei dos despejos”, com o Governo e a maioria PSD/CDS de Passos Coelho, Paulo Portas e Assunção Cristas”, referiu o deputado Bruno Dias, do PCP, durante a apresentação da proposta do partido.

Por sua vez, Inês Corte Real, do PAN, criticou a proposta do PCP, por “seguir um caminho do desequilíbrio manifestamente contraproducente” e de “oneração excessiva de uma das partes, desincentivando qualquer proprietário a celebrar contratos de arrendamento habitacional”.

Já Maria Manuel Rola, do BE, falou em “desproteção” no atual regime, considerando a transição dos contratos de arrendamento “deliberadamente maquiavélica”, que “atropelou o direito à habitação” e à proteção aos mais vulneráveis.

Pedro Morais Soares, do CDS, considerou os projetos “uma tentativa de regressar ao passado” com rendas baixas, casas degradadas e endividamento excessivo. Maria Begonha do PS recordou que ainda recentemente entraram em vigor alterações a este regime, apelando a que “se consolide” e a um reforço na fiscalização.

Márcia Passos, do PSD, disse que a proposta do PCP era uma tentativa de “desresponsabilizar quem não quer pagar a renda”, algo contestado por Bruno Dias, numa intervenção subsequente. Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, realçou que os inquilinos “devem e podem” contar com a ajuda do Estado.

Com as suas propostas distribuídas por três projetos, o Bloco de Esquerda defendeu, entre outras medidas, que o prazo mínimo dos contratos aumente para cinco anos, prevendo que a denúncia e a oposição à primeira renovação do contrato, por parte do senhorio, apenas produz efeitos decorridos cinco anos da celebração.

Entre as propostas do BE constava ainda o aprofundamento da norma que reconhece que os inquilinos não podem ser prejudicados pelo facto de não terem um contrato de arrendamento escrito, defendendo que passe a ser possível o inquilino “intimar o senhorio a regularizar a situação de existência de contrato de arrendamento” e que a injunção em matéria de arrendamento “seja o meio processual expedito para, nos casos em que a intimação não funcionar, efetivar os contratos de arrendamento que, apesar de já existirem, não são reconhecidos”.

Além disto, o BE queria ainda reforçar a proteção dos inquilinos mais idosos propondo que o critério de tempo para residir na habitação passe para 15 anos e que o critério da idade e do grau de deficiência seja aferido na data em que se recebe, atualmente, a comunicação do senhorio.

O objetivo é impedir que pessoas com mais de 65 anos possam ser despejadas apenas pelo facto de não terem completado esta idade à data de transição do seu contrato de arrendamento (anterior a 1990) para o NRAU (Novo Regime de Arrendamento Urbano).

O projeto do PCP também defendia a fixação da duração inicial do contrato em cinco anos, prevendo ainda renovações automáticas de três anos “se nenhuma das partes manifestar a sua oposição na forma e prazo consignado na lei”.

Entre as medidas propostas pelo PCP estava ainda a extinção do Balcão do Arrendamento, reforço da proteção dos contratos de arrendamento antigos, a salvaguarda dos interesses dos filhos em caso de morte dos pais (arrendatário primitivo ou cônjuge) e a impossibilidade de o senhorio poder, durante a vigência de um contrato de arrendamento com prazo certo, poder denunciá-lo para sua habitação própria ou para descendente em 1.º grau.

Relativamente às situações causadas pela pandemia, o PCP pretendia, entre outras medidas, impedir a penhora de contas bancárias do inquilino e a manutenção da suspensão e entrega dos locados até 31 de dezembro e alargar o prazo de pagamento da quantia em mora e fixar o início da regularização da dívida para 1 de janeiro.

O projeto do PAN defendia, por seu lado, que os inquilinos (habitacionais e não habitacionais) afetados pela pandemia dispusessem de mais tempo para pagar rendas atrasadas, defendendo que o senhorio só possa resolver o contrato “por falta de pagamento das rendas vencidas nos meses em que vigorou o estado de emergência e o estado de calamidade e no primeiro mês subsequente aos mesmos, se o arrendatário não efetuar o seu pagamento, no prazo de 24 meses contados do termo desse período, em prestações mensais e sucessivas do montante total em dívida, pagas juntamente com a renda de cada mês”.

O PAN propunha ainda uma redução dos prazos a que o inquilino está obrigado a observar quando pretende denunciar ou não renovar o contrato.

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Concelhos com maior risco de Covid descem para 45. Veja como está o seu

45 concelhos têm incidências superiores a 240 casos por 100 mil habitantes. Destes, oito registam incidências acima de 480.

Um total de 45 concelhos do país apresentam incidências cumulativas da Covid-19 a 14 dias superiores a 240 casos por 100 mil habitantes, ou seja, em risco “elevado”, “muito elevado” ou “extremamente elevado”. São, assim, menos 45 do que na semana passada, mostram os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Destes, oito têm incidências superiores a 480 casos por cada 100 mil habitantes.

Celorico da Beira e Barrancos são os concelhos onde a incidência é maior, acumulando a 14 dias 822 e 739 casos de coronavírus, respetivamente. Estão no segundo nível mais alto de risco. Atrás estão Albufeira (708), Montalegre (642) e Penela (575), no terceiro nível de risco. No nível máximo de risco, ou seja, com uma incidência superior a 960 casos, não há qualquer concelho, face aos dois que existiam na semana passada.

Em risco “elevado”, ou seja, entre 120 a 240 casos, estão 37 concelhos. Já em risco “moderado”, ou seja, entre 120 e 240 casos por 100 mil habitantes, estão 114, sendo neste patamar que estão Lisboa, com uma incidência de 188 casos, e o Porto com 197 casos por cada 100 mil habitantes.

No risco “baixo a moderado”, entre zero a 120 casos, estão 129 concelhos. Por fim, no nível “zero” de risco, ou seja, com nenhum caso registado, aparecem 20 concelhos.

Veja em que escalão está o seu concelho

Risco muito elevado (entre 480 e 960 casos)

Celorico da Beira
Barrancos
Albufeira
Montalegre
Penela
São Brás de Alportel
Portimão
Boticas

Risco elevado (entre 240 e 480 casos)

Portel
Loulé
Fafe
Lagos
Vila do Bispo
Beja
Penedono
Vila Nova de Foz Côa
Póvoa de Lanhoso
Vidigueira
Cabeceiras de Basto
Madalena
Amares
Campo Maior
Condeixa-a-Nova
Vila Nova de Paiva
Figueira de Castelo Rodrigo
Sines
Valpaços
Covilhã
Silves
Lagoa
Castelo Branco
Tábua
Manteigas
Vila Verde
Fornos de Algodres
Monchique
Leiria
Moura
Faro
Porto de Mós
Mourão
Aljustrel
Guimarães
Vila Pouca de Aguiar
Odemira

Risco moderado (entre 120 e 240 casos)

Ferreira do Zêzere
Torres Vedras
Cantanhede
Benavente
Vendas Novas
São João da Madeira
Esposende
Arcos de Valdevez
Ribeira de Pena
Vila Nova de Poiares
Barcelos
Mértola
Penacova
Vizela
Rio Maior
Vila Real
Oliveira de Azeméis
Felgueiras
Penafiel
Braga
Alvito
Mondim de Basto
Sátão
Olhão
Porto
Arouca
Sobral de Monte Agraço
Évora
Grândola
Viseu
Lisboa
Entroncamento
Nisa
Cinfães
Lourinhã
Paredes
Amadora
Cascais
Penalva do Castelo
São Pedro do Sul
Tomar
Chaves
Borba
Ponte da Barca
Mesão Frio
Pombal
Marinha Grande
Guarda
Póvoa de Varzim
Belmonte
Paços de Ferreira
Santa Cruz
Moita
Almada
Almeirim
Mirandela
Ourém
Ponte de Sor
Bragança
Óbidos
Viana do Alentejo
Funchal
Salvaterra de Magos
Vila Nova de Famalicão
Cuba
Sesimbra
Sabrosa
Valença
Figueira da Foz
Mangualde
Lousada
Oeiras
Barreiro
Batalha
Trofa
Amarante
Arganil
Caminha
Seixal
Castro Daire
Lamego
Aljezur
Terras de Bouro
Vila do Conde
Coimbra
Loures
Vila Franca de Xira
Cartaxo
Setúbal
Celorico de Basto
Melgaço
Monforte
Trancoso
Peso da Régua
Arruda dos Vinhos
Elvas
Sintra
Vila Viçosa
Mêda
Palmela
Viana do Castelo
Oliveira de Frades
Alpiarça
Soure
Santiago do Cacém
Anadia
Sertã
Santo Tirso
Tavira
Santa Marta de Penaguião
Alcobaça
Montijo
Odivelas
Vila de Rei

Risco baixo a moderado (entre 0 e 120 casos)

Bombarral
Vila Real de Santo António
Arraiolos
Castanheira de Pêra
Peniche
Sousel
Tarouca
Sabugal
Matosinhos
Serpa
Nazaré
Vila Nova de Cerveira
Vila Nova de Gaia
Santa Maria da Feira
Alenquer
Montemor-o-Velho
Abrantes
Mafra
Almodôvar
Castelo de Paiva
Valongo
Castelo de Vide
Lousã
Maia
Montemor-o-Novo
Moimenta da Beira
Alandroal
Cadaval
Ferreira do Alentejo
Fronteira
Santarém
Caldas da Rainha
Gondomar
Vimioso
Pampilhosa da Serra
Vale de Cambra
Aveiro
Crato
Castro Marim
Mação
Macedo de Cavaleiros
Pinhel
Ponte de Lima
Paredes de Coura
Alcanena
Espinho
Fundão
Ílhavo
Estarreja
Oliveira do Hospital
Ourique
Albergaria-a-Velha
Almeida
Santa Comba Dão
Ovar
Sardoal
Redondo
Sever do Vouga
Torres Novas
Mortágua
Golegã
Idanha-a-Nova
Ponta Delgada
Calheta [R.A. Madeira]
Castro Verde
Nelas
Vieira do Minho
Alfândega da Fé
Vila Flor
Alijó
Ansião
Vinhais
Aguiar da Beira
Baião
Alter do Chão
Estremoz
Gavião
São Roque do Pico
Alcochete
Mealhada
Santana
São Vicente
Azambuja
Tondela
Sernancelhe
Carrazeda de Ansiães
Torre de Moncorvo
Águeda
Vouzela
Reguengos de Monsaraz
Resende
Gouveia
Oliveira do Bairro
Vagos
Angra do Heroísmo
Monção
Seia
Porto Moniz
Lagoa [R.A. Açores]
Proença-a-Nova
Vila Nova da Barquinha
Marco de Canaveses
Murtosa
Vila da Praia da Vitória
Arronches
Câmara de Lobos
Figueiró dos Vinhos
Mogadouro
Vila Franca do Campo
Alcácer do Sal
Horta
Marvão
Ribeira Grande
Alvaiázere
Pedrógão Grande
Constância
Machico
Avis
Miranda do Corvo
Ribeira Brava
Coruche
Ponta do Sol
Chamusca
Carregal do Sal
Penamacor
Oleiros
Mira
Tabuaço
Portalegre
Alcoutim
Armamar
Calheta [R.A. Açores]
Corvo
Freixo de Espada à Cinta
Góis
Lajes das Flores
Lajes do Pico
Miranda do Douro
Mora
Murça
Nordeste
Porto Santo
Povoação
Santa Cruz da Graciosa
Santa Cruz das Flores
São João da Pesqueira
Velas
Vila do Porto
Vila Velha de Ródão

(Notícia atualizada às 16h03 com mais informação)

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Navigator admite cortar investimento em Portugal por causa dos preços da energia

A subida dos preços da eletricidade já está a fazer a produtora de papel perder terreno para as concorrentes europeias, retirando também “espaço para investir e crescer” em Portugal.

É com “enorme apreensão e preocupação” que a The Navigator Company olha para a escalada de preços no mercado grossista ibérico (Mibel), com a empresa liderada por António Redondo a admitir ao ECO que esta subida dos custos da energia vai afetar o crescimento do negócio e também reduzir o volume de investimento em Portugal.

“Sentimos desde já um aumento de custos que naturalmente se traduzirá em menor competitividade da nossa proposta de valor no mercado internacional. Temos menos espaço para investir e crescer, não só porque estamos a aplicar os nossos fundos nestes sobrecustos, como os eventuais investimentos em Portugal ficam menos atrativos”, reconhece fonte oficial da Navigator.

Mais: lembra o grupo sediado em Setúbal que a subida dos preços de energia elétrica no Mibel tem na sua origem uma escalada muito expressiva dos preços de gás natural, que, enquanto combustível necessário à atividade industrial, “tem também um impacto fortíssimo na estrutura de custos” da papeleira.

E além de já estar a “perder competitividade de forma muito relevante” face à concorrência global — foi a terceira maior exportadora portuguesa em 2020, com vendas para mais de 130 países –, a mesma fonte avisa que “inevitavelmente terá também um impacto significativo na inflação ao consumidor, que perderá poder de compra e reduzirá o consumo”. Este mês, a antigo Portucel aumentou os preços do papel na Europa em até 6%.

"Temos menos espaço para investir e crescer, não só porque estamos a aplicar os nossos fundos nestes sobrecustos, como os eventuais investimentos em Portugal ficam menos atrativos.”

Fonte oficial da The Navigator Company

Face aos recordes registados em agosto e em setembro, o governo português tem vindo a anunciar que vai implementar algumas medidas para mitigar parcialmente este problema junto das grandes empresas industriais, como a criação de um estatuto de consumidor eletrointensivo, a promoção do autoconsumo renovável à distância ou a compensação via Fundo Ambiental pelo aumento dos custos do CO2.

No entanto, as empresas continuam sem conhecer os detalhes e os prazos de implementação destas propostas, embora a Navigator considere que “o mais provável é que as medidas do governo mitiguem apenas uma parte pequena do elevado impacto negativo já ocorrido”. Enquanto isso, contrapõe, “a subida de preços da eletricidade e do gás é certa e segura, e já tem vindo a acontecer desde há algum tempo, sendo que as perspetivas de curto prazo não apontam para a resolução desta situação em mercado”.

Compensação tardia e interruptibilidade precoce

Esta quarta-feira, o Executivo socialista anunciou o mecanismo de compensação dos custos indiretos de CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão), que prevê um total de 25 milhões de euros em apoios à indústria eletrointensiva, que vão beneficiar um universo estimado de 28 instalações. Ora, uma das empresas englobadas é precisamente a Navigator, que diz ser “uma medida na direção certa, ainda que peque por tardia”.

“Na verdade, não sabemos ainda como será aplicada, nem os montantes líquidos a alocar por empresa, aspeto que só será conhecido com a portaria. Além do mais, o montante referido representa uma parte muito pequena daquilo que o Estado/Fundo Ambiental arrecada, especialmente num contexto de elevados preços do CO2. Outros países europeus, por exemplo, Espanha, França e Reino Unido, têm sido mais generosos na proteção das grandes indústrias nacionais e, portanto, da competitividade e do emprego desses países”, resume a Navigator.

Fábrica da Navigator na Figueira da Foz.DR

Estes países “não só já operacionalizaram este mecanismo há mais tempo, como têm devolvido às empresas uma parte maior daquilo que coletam através da venda de licenças de CO2 de forma a minimizar o impacto do CO2 no preço da energia elétrica”, detalha a papeleira, dando o exemplo de Espanha que alocou a este mecanismo mais de 170 milhões de euros em 2019. “É claramente uma medida que já deveria ter sido implementada para assegurar igualdade de condições com os nossos concorrentes europeus”, acrescenta.

Entre as “almofadas” que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, elencou recentemente para inibir uma subida dos preços da luz, está o fim do serviço de interruptibilidade, a 31 de outubro, que irá fazer aumentar de forma expressiva os custos das grandes empresas industriais, que prestam atualmente este serviço ao sistema elétrico nacional.

Mesmo sendo contra a eliminação deste serviço, a Navigator sustenta que, mesmo sendo feito por imposição da Comissão Europeia, deveria sê-lo “apenas e quando todas as medidas compensatórias e mitigadoras estivessem implementadas, o que não aparenta ser o caso”. Retirar competitividade às grandes empresas nacionais neste momento em que iniciam a recuperação, após um período “fortemente recessivo” como foi o ano anterior, é “colocar em risco a recuperação económica, a industrialização do país e o emprego”.

Esta manhã, o secretário de Estado João Galamba reforçou perante os deputados o compromisso, já assumido pelo ministro Matos Fernandes, de “conter os preços da eletricidade no próximo ano”. Para tal, prometeu que o Governo vai apresentar até 15 de outubro – ou mesmo antes da data em que a ERSE apresenta a sua proposta tarifária para 2022 – propostas para impedir uma subida significativa das faturas da luz dos portugueses.

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Há mais sete óbitos e 1.023 casos de Covid-19. Rt e incidência recuam

Morreram mais sete pessoas por Covid-19 e foram identificadas 1.023 novas infeções nas últimas 24 horas. Atualmente, há menos de 100 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.023 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.060.432. O boletim diário desta sexta-feira revela ainda mais sete mortes nas últimas 24 horas, para um total de 17.895 óbitos. A incidência média no território nacional recuou para 173,6 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) caiu para 0,83.

O boletim dá conta de um total de 1.007.911 recuperados, mais 1.555 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 34.626 casos ativos em Portugal, menos 539 face a quinta-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e volta a registar-se um recuo no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 474 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 23 nas últimas 24 horas), dos quais 97 em unidades de cuidados intensivos (menos 6).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções volta a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) eno Norte. Dos 1.023 novos casos confirmados, 374 localizam-se na região de LVT (36,5%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 372 novas infeções (36,4%).

Boletim epidemiológico de 17 de setembro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (410.388 casos de infeção e 7.647 mortes), seguindo-se o Norte (407.446 casos e 5.542 mortes), o Centro (141.686 casos e 3.125 mortes), o Alentejo (38.307 casos e 1.014 mortes) e o Algarve (41.826 casos e 453 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 8.697 casos e 42 mortos, enquanto a Madeira regista 12.082 casos e 72 vítimas mortais.

Há ainda 31.704 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 811 face a quinta-feira.

Rt e incidência descem

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,83 a nível nacional e em 0,82 no continente. Trata-se, portanto, de um ligeiro recuo face ao anterior balanço (estava em 0,84 a nível nacional e em 0,83 no continente), o que coloca Portugal perto da “zona verde” da matriz de risco do Governo.

Matriz de risco com dados de 17 de setembro de 2021Fonte: Direção-Geral da Saúde

Também a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) caiu, estando agora em 173,6 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 177,9 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 191,1 por 100 mil habitantes e 196,1 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 16h02)

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Wall Street em baixo à espera de mais volatilidade em setembro

Reunião do banco central na próxima semana e um setembro historicamente fraco para o mercado de ações abalam Wall Street.

Wall Street está em baixo na última sessão da semana, com os investidores a manterem-se cautelosos devido a vários fatores, entre os quais a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) na próxima semana e a tendência histórica para um mês de setembro fraco para o mercado de ações.

O índice de referência financeiro S&P 500 está a cair 0,19%, para 4.465,75 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,08%, para 34.725,18 pontos. O tecnológico Nasdaq perde 0,36%, para 15.127,2 pontos.

Hoje, os investidores estão especialmente cautelosos devido à histórica volatilidade que se costuma observar em setembro. O S&P 500 regista uma perda média de 0,4% no nono mês do ano, a pior de todos os meses, de acordo com o Stock Trader’s Almanac, citado pela CNBC. À sexta-feira costuma começar um período historicamente fraco para as ações, dado que as perdas de setembro normalmente acontecem na segunda metade do mês.

Esperamos que a volatilidade aumente no próximo mês, impulsionada por uma aceleração sazonal na incerteza dos investidores, pelas dúvidas quanto ao vírus e pelos catalisadores de política monetária e fiscal significativos”, diz John Marshall, chefe de investigação do Goldman Sachs, citado pela CNBC. O especialista nota que a volatilidade do S&P 500 normalmente aumenta 27% entre agosto e outubro.

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Boletim Digital #17: Facebook sabe que Instagram prejudica a saúde mental

Investigação do WSJ expõe dados perturbadores sobre o funcionamento do Facebook, incluindo que a empresa sabe (e tenta esconder) que o Instagram é tóxico para a saúde mental dos adolescentes.

O Facebook tem provas de que o Instagram é prejudicial aos adolescentes, descobriu uma investigação do The Wall Street Journal.

A Uber investiu 90 milhões de euros numa nova “casa” em Lisboa.

Vêm aí novos iPhones, iPads e um Apple Watch Series 7; segunda-feira chega o iOS 15.

A Anacom permitiu que as operadoras testem o 5G em frequências da quarta geração.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

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Vacinação contra a gripe é a prioridade atual, diz ministra da Saúde

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Setembro 2021

"Neste momento não há informação no sentido de se admitir uma coadministração de vacina da gripe sazonal e da Covid-19", justificou Marta Temido.

A ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhou esta sexta-feira que a campanha de vacinação da gripe sazonal é prioritária em relação à eventual administração de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19, tendo em conta que, de momento, não há informação suficiente para decidir coadministrar as duas vacinas.

“É o planeamento mais importante. E porquê? Porque neste momento não há informação no sentido de se admitir uma coadministração de vacina da gripe sazonal e da Covid-19“, justificou Marta Temido, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões.

A prioridade das autoridades de saúde é o arranque da campanha de vacinação contra a gripe sazonal, que deverá ter início na segunda semana de outubro. “Sabemos que a gripe tem muitas vezes efeitos letais na saúde das pessoas, portanto, neste momento, essa é a prioridade“, apontou a ministra.

Entretanto, sabe-se já que as farmácias vão voltar a colaborar com os centros de saúde na administração gratuita de vacinas contra a gripe a pessoas com idades a partir dos 65 anos. O Jornal de Notícias avançou, na quinta-feira, que as farmácias vão receber 200 mil doses do contingente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e disponibilizar 700 mil para venda. Mesmo não havendo data para quando chegam as vacinas, já há reservas feitas.

Sobre uma eventual dose de reforço contra a Covid-19, Marta Temido admitiu ainda existirem quantidades suficientes para, se necessário, revacinar a totalidade da população portuguesa, apesar de o Governo não acreditar ser esse o cenário provável. “Estamos a preparar tudo para a possibilidade de haver necessidade de vacinar uma população mais frágil pela sua imunidade natural, designadamente em função da idade”, disse.

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Parlamento aprova resolução do PAN contra Vítor Fernandes no Banco de Fomento

  • Lusa
  • 17 Setembro 2021

Resolução do PAN não tem caráter vinculativo. Teve o apoio das restantes bancadas parlamentares e requer ao Governo que indique, no mais curto prazo possível, um nome alternativo.

O Parlamento aprovou esta sexta-feira, com votos contra do PS, uma resolução do PAN para que o Governo retire a nomeação de Vítor Fernandes para o cargo de presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento.

A resolução do PAN, que não terá caráter vinculativo, mas que teve o apoio das restantes bancadas parlamentares, requer ao Governo que indique, “no mais curto prazo possível, um nome alternativo que cumpra os requisitos previstos na legislação em vigor”.

Na resolução apresentada pelo PAN lê-se que o nome indicado pelo Governo para o cargo de presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento e de administrador não executivo assumiu “diversos cargos de relevo no setor financeiro, tendo estado, entre 2014 e 2020, ligado ao Novo Banco”.

Depois, os deputados desta força política alertam para as relações que teve este banqueiro com o empresário e ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira. “De acordo com informações trazidas a público por diversos órgãos de comunicação social, Vítor Fernandes está alegadamente envolvido na operação cartão vermelho, suspeitando o Ministério Público de que, enquanto ocupou o cargo de administrador no Novo Banco, terá ajudado Luís Filipe Vieira numa operação em que o banco teve uma perda superior a 80 milhões de euros, que foram imputados em mais de 50% ao Fundo de Resolução”, refere-se no texto desta iniciativa legislativa.

Para contestar esta nomeação, o PAN adianta que a operação em que Vítor Fernandes esteve envolvido “permitiu a Luís Filipe Vieira recuperar, por apenas um sexto do valor da dívida que tinha àquele banco, o património imobiliário penhorado à instituição por conta desse crédito”.

“Sem prejuízo do respeito pelo princípio da presunção de inocência, as suspeitas de ligações próximas de Vítor Fernandes a Luís Filipe Vieira, bem como o potencial impacto que essas ligações poderão ter tido no equilíbrio das contas públicas, levam a crer que este nome escolhido pelo Governo não dá as garantias mínimas de respeito pelo princípio da prossecução do interesse público que é exigido a qualquer um dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal”, considera o PAN.

Além disso, o partido adverte que a nomeação de Vítor Fernandes, “pelas suspeitas em que está envolvido o nomeado, poderá pôr em causa a imagem do Banco Português de Fomento junto das intuições europeias e pôr em risco a importante missão na recuperação económica do país que lhe está atribuída”.

Com esta resolução, os deputados do PAN salientam que pretendem “evitar os riscos reputacionais que potencialmente podem surgir para o Banco Português de Fomento”.

O PAN – acrescenta-se no texto – exige ao Governo que, no âmbito do processo de escolha dos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento, “retire a proposta de designação de Vítor Fernandes e indique, no mais curto prazo possível, um nome alternativo que cumpra os requisitos previstos na legislação em vigor”.

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Testagem ao pessoal escolar revela “cerca de um positivo em cada mil”

  • Lusa
  • 17 Setembro 2021

No arranque do ano letivo, foram testados 140 mil docentes e não docentes, o que resultou numa positividade de cerca de 0,12%, referiu o ministro da Educação.

O ministro da Educação disse esta sexta-feira que os testes à covid-19 feitos ao pessoal docente e não docente para o arranque do ano letivo revelaram “cerca de um positivo” em cada mil, tendo sido testadas 140 mil pessoas.

“Temos 99% do pessoal docente e não docente vacinado, temos já uma grande percentagem de alunos entre os 12 e os 17 anos vacinados, temos um conjunto de protocolos muito positivos nas nossas escolas, que diminuem o risco, mas de forma importante e no reporte que tínhamos ontem de manhã, posso dizer que em 140 mil docentes e não docentes tivemos uma positividade de cerca de 0,12%”, referiu Tiago Brandão Rodrigues, no Porto.

Numa visita à Escola Fontes Pereira de Melo para assinalar o último dia para o arranque do ano letivo, o ministro considerou que o ano letivo que agora começa “foi provavelmente o [ano] mais difícil de abrir”. “Isto demonstra que esta testagem é importante mas que os números são também o espelho de que temos números relativamente baixos nas nossas escolas o que mostra também que temos confiança para o início deste ano letivo”, afirmou.

Tiago Brandão Rodrigues mostrou-se confiante no arranque do ano, salientando que se veem “os pais animados, as crianças felizes”, apesar de difícil. “Até parece fácil e sabemos que nunca foi tão difícil abrir um ano letivo. Tudo pronto, tudo preparado para que este possa ser um ano letivo mais próximo da normalidade possível e é isso que queremos todos e é para isso que estamos preparados”, disse.

Questionado sobre as dúvidas levantadas pela Fenprof sobre a capacidade de recuperação de aprendizagens depois dos períodos de confinamento que marcaram o ano letivo de 2020/2021, o ministro ressalvou que este é “um ano de provação”, mostrando-se confiante no trabalho das escolas. “O ano passado tivemos cerca de 3.300 professores, tivemos técnicos especializados, psicólogos, assistentes operacionais, mediadores, um conjunto de profissionais para cumprir o plano de recuperação de aprendizagens”, lembrou.

“As organizações sindicais têm que entender que quando falam mal de todo o sistema educativo, quando falam mal de todo o trabalho que se está a fazer nas escolas estão também a dizer aos trabalhadores que representam que, de certa forma, não entendem o trabalho que eles fazem todos os dias e isso não é, claramente, positivo“, disse o ministro.

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Produção automóvel em Portugal aumenta 17,5% entre janeiro e agosto

  • Lusa
  • 17 Setembro 2021

A quase a totalidade (97,5%) dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, principalmente a Europa, destacando-se a Alemanha, França, Itália e Espanha.

O número de automóveis saídos das fábricas atingiu 179.725, entre janeiro e agosto, mais 17,5% do que no mesmo período de 2020, mas menos 20,2% do que no de 2019, revelou a ACAP – Associação do Comércio Automóvel de Portugal.

Em agosto, foram produzidos em Portugal 3.209 veículos automóveis, traduzindo quedas de 78,6% face a agosto de 2020 e de 76,6% face ao mesmo mês de 2019, dados que a associação diz espelharem o “forte” impacto da pandemia da Covid-19 nas fábricas portuguesas.

A quase a totalidade (97,5%) dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, principalmente a Europa que, nos primeiros oito meses deste ano, voltou a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional (87,1%), destacando-se a Alemanha (16,1%), França (14,2%), Itália (13,6%) e Espanha (12,2%).

Relativamente à montagem de veículos automóveis em Portugal, pelo oitavo mês consecutivo apenas foram montados veículos pesados de passageiros, tendo em agosto sido montados apenas três pesados, menos 76,9% do que em igual mês de 2020.

A montagem de veículos pesados caiu 72,5%, entre janeiro e agosto, face igual período de 2020, representando 138 veículos montados em 2021.

Nos primeiros oito meses foram exportados 25,4% dos veículos montados em Portugal, representando 35 unidades, sendo a Alemanha o único destino destes veículos, segundo a ACAP.

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