Já pode concorrer aos Vales Eficiência no valor de 1.300 euros. Candidaturas abrem hoje

A dotação total prevista para o Programa Vale Eficiência para combater a pobreza energética é de 162 milhões de euros, sendo a meta chegar a 100 mil famílias até 2025.

E já a partir desta terça-feira, 31 de agosto, que estarão abertas as candidaturas para os beneficiários do Programa Vale Eficiência do Fundo Ambiental, apurou o ECO/Capital Verde. Numa primeira fase este programa contará com 20 mil vales de 1.300 euros cada, ao quais acresce o valor do IVA.

Anunciado pelo Governo a 6 de agosto, o Programa Vale Eficiência propõe-se sobretudo a combater a pobreza energética e melhorar o conforto térmico das habitações. Durante este mês esteve já aberto o registo para fornecedores certificados na plataforma do Fundo Ambiental, estando agora disponíveis as candidaturas para as famílias carenciadas que beneficiarão com estes cheques pagos à cabeça para realizar obras em casa.

A dotação total prevista para o Programa Vale Eficiência é de 162 milhões de euros, sendo a meta do Programa chegar a 100 mil famílias até 2025.

A sessão de apresentação formal do programa “Vales de Eficiência Energética” decorrerá também esta terça-feira, com a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, no Bairro Fonsecas e Calçada, na Azinhaga dos Barros.

Situado em Lisboa, na freguesia de Alvalade, trata-se de um bairro das Cooperativas de Habitações Económicas Unidade do Povo e 25 de Abril, cujos habitantes integram o público alvo de candidatos aos cheques de 1.300 euros. Com 335 habitações, cuja construção remonta a 1975, este foi o primeiro bairro de autoconstrução do pós 25 de Abril, na capital, regularizado apenas em 2016.

Integrado no Plano de Recuperação e Resiliência, o programa “Vale Eficiência” faz parte de um conjunto de medidas criadas pelo Executivo para combater a pobreza energética e reforçar a renovação dos edifícios até 2025. Ao mesmo tempo, pretende-se aumentar o “desempenho energético e ambiental das casas, do conforto térmico e das condições de habitabilidade, saúde e bem-estar das famílias, contribuindo para a redução da fatura energética e da pegada ecológica”.

A quem se destinam estes vales?

Os vales são destinados a famílias economicamente vulneráveis e em situação de potencial pobreza energética, que não residam em habitação social. Serão entregues a pessoas titulares de um contrato de eletricidade que reúnam três condições:

  • Ser beneficiário da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) à data de submissão da candidatura, e que tal seja evidenciado na fatura da eletricidade da habitação permanente;
  • Ser proprietário e residir permanentemente na habitação para a qual se candidata;
  • Não ter sido beneficiário do programa “Vale Eficiência”.

Onde podem ser aplicados estes vales?

Os vales podem ser usados pelos beneficiário nas seguintes intervenções:

  • Substituição de janelas não eficientes por janelas eficientes, de classe energética mínima igual a “A”;
  • Aplicação ou substituição de isolamento térmico na envolvente do edifício de habitação, bem como a substituição de portas de entrada: isolamento térmico em coberturas ou pavimentos exteriores e interiores; isolamento térmico em paredes exteriores ou interiores ou portas de entrada exteriores e de patim (portas de fração autónoma a intervencionar);
  • Instalação de sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento ambiente e de águas quentes sanitárias (AQS), de classe energética “A” ou superior: bombas de calor; sistemas solares térmicos; caldeiras e recuperadores a biomassa com elevada eficiência;
  • Instalação de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo.

Qual o valor de cada vale?

Cada vale tem um valor máximo de 1.300 euros mais IVA.

Junto de que empresas se podem utilizar os vales?

O vale é utilizado junto de empresas — “fornecedores” — com as quais o Governo tem protocolos. Além disso, o beneficiário só pode utilizar o vale num único fornecedor aderente, podendo adquirir mais do que uma tipologia através desse fornecedor.

A lista completa de empresas parceiras pode ser consultada no site do Fundo Ambiental.

Quando abrem as candidaturas?

Para as famílias, as candidaturas para a primeira fase do programa abrem no dia 31 de agosto e terminam às 23h59 do dia 31 de dezembro de 2021 ou quando se atingir o limite de 20.000 vales emitidos.

Já as candidaturas para as empresas — fornecedores — terminam após 12 meses da data do último vale emitido.

Quais os documentos necessários para a candidatura?

Na plataforma de candidatura, o candidato a beneficiário terá de apresentar a seguinte informação, que deve ser a mais atualizada possível:

  • Nome completo do titular de contrato de eletricidade (pessoa que se deve candidatar);
  • Morada de domicílio permanente para o qual se candidata;
  • Fatura de eletricidade mais recente que comprove que usufruiu de desconto da Tarifa Social de Energia Elétrica, devendo esta ser a do período anterior à submissão da candidatura;
  • Código de Ponto de Entrega (CPE);
  • Endereço de email válido;
  • Número de Identificação Fiscal (NIF);
  • Caderneta Predial Urbana (CPU) atualizada do edifício ou fração candidata, onde conste expressamente que o edifício ou a fração autónoma é propriedade ou copropriedade do candidato;
  • Certidão de não dívida do candidato perante a Autoridade Tributária e Aduaneira e à Segurança Social, válida, ou, preferencialmente, autorização para consulta da situação tributária, devidamente assinalada no formulário de preenchimento da candidatura.

Como é feita a entrega do vale ao beneficiário?

O vale será enviado ao beneficiário através da plataforma do Fundo Ambiental, para o endereço de email registado na candidatura. É único e intransmissível, apenas podendo ser utilizado pelo seu titular e não pode ser convertido em dinheiro.

Qual a validade do vale?

O vale é válido por 12 meses após a data de emissão, perdendo o seu valor na data de caducidade.

O valor do vale tem de ser gasto todo de uma vez?

Não. Cada candidatura pode incluir uma ou mais tipologias de projetos, até ao limite máximo do valor do vale, as quais podem ser apresentadas em diferentes momentos ao longo do prazo de validade.

Quantos vales serão atribuídos?

O programa está dividido em várias fases. Na primeira fase, que decorre este ano, está prevista uma dotação de 31,98 milhões de euros e serão atribuídos 20.000 vales. Contudo, a dotação total são 162 milhões de euros e o objetivo do Governo é entregar vales a 100 mil famílias até 2025.

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Vacina da Moderna cria o dobro dos anticorpos face à vacina da Pfizer, revela estudo

Num estudo que comparou as respostas imunológicas das duas vacinas, a vacina da Moderna gerou duas vezes mais anticorpos do que a vacina da Pfizer. Análise envolveu quase 2.500 participantes.

A vacina da Moderna contra a Covid gerou o dobro dos anticorpos face à vacina da Pfizer, revela um estudo feito num hospital da Bélgica que tinha por objetivo fazer uma análise comparativa entre as duas vacinas, revela a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

O estudo envolveu quase 2.500 pessoas e os resultados foram publicados na segunda-feira no Journal of the American Medical Association. A análise comparativa revelou que o nível de anticorpos detetado em pessoas que não foram infetados pela Covid-19 antes de receberem as duas doses da vacina da Moderna situou-se, numa média de 2.881 unidades por mililitro, ao passo que nas pessoas que foram vacinadas com as duas doses da vacina da Pfizer o nível de anticorpos decaiu para uma média de 1.108 unidades por mililitro.

Segundo os investigadores, estas diferenças poderão ser explicadas pelo facto de a vacina da Moderna ter uma maior quantidade de ingrediente ativo, 100 microgramas, contra 30 microgramas da Pfizer/BioNTech, bem como o intervalo entre a administração de doses entre as duas vacinas (quatro semanas na Moderna contra três semanas na Pfizer).

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Portugueses viajaram e gastaram mais este verão, mas ainda longe dos números pré-Covid

Apesar da recuperação este ano face a 2020, os gastos dos portugueses no estrangeiro ainda não regressaram aos níveis pré-Covid.

Com grande parte da população vacinada, a abertura das fronteiras e o alívio nas restrições, os portugueses voltaram a viajar este verão e a abrir os cordões à bolsa. Mas, ainda que o verão deste ano apresente melhorias, continua atrás da mesma estação de 2019.

Apesar da recuperação em 2021 face ao ano passado, os gastos dos portugueses no estrangeiro ainda não regressaram aos níveis pré-Covid. O verão de 2021 regista quebras de 5% no número de portugueses a viajar face ao período homólogo em 2019. O número de transações também é cerca de 13% inferior ao último verão sem restrições, altura em que os gastos apresentavam um rácio de 69% de pagamentos no estrangeiro e 31% em solo doméstico, de acordo com dados da Revolut.

No entanto, em comparação com o verão do ano passado, os números são mais animadores. Ao longo dos meses de verão, os portugueses transacionaram mais de 23 milhões de euros em deslocações e compras no estrangeiro, face aos sete milhões transacionados no verão do ano passado.

Entre junho e agosto deste ano, 56% das transações foram feitas em Portugal e 44% foram feitas no estrangeiro, enquanto no verão do ano passado, 78% das transações foram domésticas e 22% foram no estrangeiro. Este verão, mais de 52 mil portugueses viajaram além-fronteiras, o que representa um incremento de 170% no número de utilizadores únicos face a igual período do ano anterior. O número de transações foi superior em 195% e os valores gastos também dispararam em mais de 200%.

Cada cliente gastou, em média, quase 500 euros nestas deslocações. Os dados avançados pela Revolut indicam que aqueles que optaram por passar as férias no estrangeiro escolheram como destino turístico Espanha, seguido do Reino Unido, França e Itália.

No top dos gastos estão os restaurantes, compras, transportes e viagens. Os portugueses gastaram mais 470% em reservas de hotéis, enquanto a reserva de apartamentos também disparou mais de 300%.

O valor gasto no aluguer de viaturas no estrangeiro disparou quase 500% em 2021 face a 2020, com mais de 1.700 clientes a depender do aluguer de um veículo para as suas deslocações fora do país.

Este verão, à semelhança do anterior, a faixa etária que mais pagou com os seus cartões Revolut foram utilizadores jovens, com entre 25 e 34 anos. Seguiram-se as faixas etárias dos 35 aos 44 anos e dos 45 aos 54 anos.

Já os gastos em saúde quadruplicaram este ano face a 2020, numa altura em que Portugal ainda impõe a apresentação de um teste negativo à Covid-19 para quem não tem o certificado digital ativo.

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Nas notícias lá fora: Vacinas, QR Codes e Apple

Estudo aponta que a vacina da Moderna gerou o dobro dos anticorpos face à vacina da Pfizer. A nível empresarial, Apple está a ponderar criar um sistema com recurso a satélite para os futuros iPhones

Em Espanha, as famílias já destinam 5% do rendimento para pagar eletricidade, água e gás. Ao mesmo tempo, a pandemia continua a marcar a atualidade internacional, com um novo estudo a demonstrar que a vacina da Moderna gerou o dobro dos anticorpos face à vacina da Pfizer. No plano empresarial, os QR Codes estão a colocar milhares de trabalhos em risco de desaparecer, ao passo que a Apple está a ponderar criar um sistema com recurso a satélite para os futuros iPhones.

El Economista

Famílias destinam 5% do rendimento para pagar eletricidade, água e gás

As famílias espanholas gastam 1.345 euros por ano, isto é, 5% do seu rendimento para pagar o abastecimento doméstico. A maior parte da despesa é com a eletricidade, em que cada família fasta ao ano cerca de 787 euros, seguida do gás, 270 euros, e da água, 191 euros. “Uma possível explicação para este aumento é que o volume global de despesas familiares caiu 10% no último ano, pelo que o peso destes bens essenciais para o bem-estar das pessoas, estão agora um pouco maiores”, disse Agustín Amarós, diretor do desenvolvimento dos negócios do Grupo AIS.

Leia a notícia completa em El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Vacina da Moderna cria duas vezes mais anticorpos que a vacina da Pfizer

A vacina da Moderna contra a Covid gerou o dobro dos anticorpos face à vacina da Pfizer, revela um estudo feito num hospital da Bélgica que tinha por objetivo fazer uma análise comparativa entre as duas vacinas. Neste estudo participaram quase 2.500 pessoas, sendo o nível de anticorpos detetado em pessoas que não foram infetados pela Covid-19 antes de receberem as duas doses da vacina da Moderna situou-se, numa média de 2.881 unidades por mililitro, ao passo que nas pessoas que foram vacinadas com as duas doses da vacina da Pfizer o nível de anticorpos decaiu para uma média de 1.108 unidades por mililitro.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

QR Codes deixam milhares de postos de trabalho em risco de desaparecer

A partir da pandemia, os QR Codes são os novos funcionários a trabalhar no atendimento ao público. Nos Estados Unidos, lojas, mercearias e restaurantes, entre outros negócios, já estão a substituir trabalhadores por esta funcionalidade que permite fazer “compras online, mas na vida real”. Mas esta evolução tecnológica esconde o reverso da medalha: milhares de empregos que foram perdidos durante a pandemia não vão voltar. Mulheres sem diploma académico serão as mais afetadas por uma onda de despedimentos que já aconteceu por consequência da crise financeira de 2007 e “está a acontecer de novo”, disse Mark Muro, académico no Instituto Brookings.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Apple pondera ter recurso de satélite nos iPhones para responder a situações de emergência

A Apple está a desenvolver um novo sistema com o intuito de permitir que os futuros iPhones tenham um recurso de satélite, que será focado para situações de emergência, permitindo aos utilizadores que enviem mensagens aos socorristas e relatem problemas em áreas sem cobertura de telemóvel. Em causa estão, pelo menos, dois recursos de emergência relacionados que contarão com redes de satélites.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Reuters

China proíbe menores de jogarem videojogos por mais de três horas por semana

O “ópio espiritual” das crianças chinesas – os videojogos – vai ser limitado a um máximo de três horas por semana, diz o governo do país. Desta forma, os menores de idade só podem legalmente jogar videojogos uma hora por dia (das 20h às 21h), três dias por semana: às sextas, sábados, domingos, além dos feriados. “Proteger a saúde física e mental dos menores está relacionado com os interesses vitais da população e relaciona-se com o cultivo das gerações mais novas na era de rejuvenescimento nacional”, justificou o país.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

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Mais de metade dos portugueses não acredita na eficácia do PRR

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Quase 65% dos inquiridos na sondagem não acredita que o Plano de Recuperação e Resiliência vai ter efeitos importantes no país, face a 20% que se sentem seguros quanto à sua eficácia.

Uma sondagem realizada pela CM/CMTV, em conjunto com o barómetro da Intercampus, mostra que 64,5% dos portugueses não acredita na eficácia do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para mudar significativamente Portugal. Apenas 20% sente-se confiante quanto à capacidade de resposta e benefícios que o PRR trará ao país.

Entre os participantes, 60,05% pensa que o dinheiro vai beneficiar políticos e empresários relacionados com o poder governativo. Há ainda 20% que acredita que o Estado vai receber mais verbas da bazuca europeia e somente 3% considera que o dinheiro vai chegar à população.

Para além disso, há ainda ceticismo quanto à capacidade de Portugal em aplicar as verbas do PRR: 46,7% pensam que o país não o irá conseguir fazer, ao passo que 36,8% está confiante na capacidade de execução, até 2026.

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Energia puxa pela bolsa. Altri continua a brilhar

Altri regista a terceira sessão de ganhos, beneficiando de várias notas positivas por parte dos bancos de investimento. Juntamente com o setor da energia, puxa pelo PSI-20.

Lisboa está em alta, acompanhando a tendência da generalidade das bolsas europeias. Setor da energia puxa pelo mercado de capitais português numa nova sessão de ganhos para a Altri.

Na Europa, o Stoxx 600 ganha 0,1%, sendo esta a tendência da maioria dos mercados acionistas do Velho Continente, mas a praça portuguesa acaba por não acompanhar o movimento. O PSI-20 esteve a cair, mas soma 0,2% para os 5.352,54 pontos.

A Jerónimo Martins destaca-se pela negativa, cedendo cerca de 0,5%, enquanto a Sonae está a perder 0,49% para 91,6 cêntimos por ação. A estas duas cotadas junta-se a Galp Energia, que também condiciona os ganhos.

A EDP e a EDP Renováveis, por seu lado, estão a ganhar “terreno”, somando 0,2% e 0,93%, respetivamente, permitindo ao PSI-20 seguir os congéneres europeus.

As empresas do setor da pasta e papel também avançam, sendo de destacar o ganho que já chegou a ser de mais de 2% da Altri, que continua a beneficiar de várias notas de investimento com avaliações bem superiores à registada no mercado. Os títulos da empresa que controla a GreenVolt somam 1,82%, avançando pela terceira sessão consecutiva.

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Quase cinco mil famílias aguardam apoio extraordinário a desempregados

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Há quase 5 mil famílias à espera de resposta da Segurança Social sobre o Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores sob a condição de recursos. Pagamentos deverão ocorrer a 14 de setembro.

Quase cinco mil desempregados aguardam por uma resposta da Segurança Social ao pedido de Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores (AERT) sob a condição de recursos, avança o Diário de Notícias (acesso condicionado).

Os trabalhadores já terão submetido o sétimo pedido de apoio, referente a julho, no início deste mês, contudo, a Segurança Social não estará ainda a dar resposta aos requerimentos. Em causa estão desempregados que no primeiro semestre deste ano tiveram acesso direto ao AERT, depois de terminado o subsídio social de desemprego, mas que agora só podem aceder ao programa após verificação dos rendimentos do agregado.

As razões apontadas para este atraso são dispares e entre falhas informáticas, demasiada afluência de pedidos e processos em análise, a Segurança Social justifica-se, enquanto a instabilidade de quem não tem rendimentos suficientes aumenta. Questionado pelo DN, o ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. aponta que a Segurança Social “prevê efetuar o pagamento no dia 14 de setembro àqueles que cumpram os requisitos”.

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Dono do colégio St. Peter’s abre residência interna. Quer investir 300 milhões em 5 anos

O grupo internacional Inspired Education investiu quatro milhões de euros na primeira residência interna do grupo em Portugal. Será em Palmela, no St. Peter's International School.

O Inspired Education, os donos da St. Peter’s International School acaba de investir 4 milhões de euros na primeira residência interna do grupo em Portugal, acolhendo os alunos do colégio internacional e, nos próximos cinco anos, quer investir cerca de 300 milhões de euros no crescimento do grupo no país. O próximo projeto, no qual deverá investir 45 milhões, será anunciado no outono, em Cascais.

Dono de 70 escolas — no Reino Unido, Espanha, Suíça, Itália, Bélgica e Letónia — com mais de 50 mil alunos, o grupo de ensino privado prepara-se para investir mais no mercado português, onde opera desde 2018.

Portugal é um país particularmente atrativo para estudantes de todo o mundo. Há um ambiente seguro e confortável, com bom clima e um panorama cultural muito rico”, afirma Nadim Nsouli, fundador e CEO do grupo Inspired Education, em declarações à Pessoas. “As nossas escolas em Portugal não param de crescer — é cada vez maior a procura por um ensino internacional de qualidade, tanto por parte de famílias portuguesas, como de famílias internacionais residentes no país. Isto mostrou-nos como Portugal é, de facto, um destino internacional incrível para estudantes de todo o mundo e o local ideal para a criação de uma boarding residence para estudantes na St. Peter’s International School, além de outras que possam surgir num futuro próximo”, justifica o responsável.

Quatro milhões de euros foi quanto o Inspired Education investiu no “edifício de última geração” e na primeira boarding residence (residência interna) do grupo em Portugal, mercado onde tem cinco escolas e mais de 3.500 estudantes. O espaço em Palmela, que arranca já este ano letivo e onde já estão matriculados cerca de 20 alunos, tem capacidade para 36 estudantes, máximo de ocupação que o grupo conta atingir já no próximo ano. A escola ministra ensino para estudantes entre o 9.º e 12.º ano.

Portugal é, de facto, um destino internacional incrível para estudantes de todo o mundo.

“Os estudantes vão morar numa residência completamente nova dentro do campus de 37.000 m2 do St. Peter’s Internacional School, com edifícios e instalações desportivas de última geração. Os alunos internos vão beneficiar de 18 quartos duplos (9 para raparigas e 9 para rapazes) com casas de banho privativas, espaço de estudo pessoal e ar condicionado”, descreve o responsável do grupo.

“As refeições, baseadas na maravilhosa cozinha mediterrânica, são cozinhadas nas instalações e os menus são preparados por um nutricionista, considerando as necessidades nutricionais de cada aluno, respeitando simultaneamente as suas restrições culturais e dietéticas. Os internos têm também acesso às áreas comuns da boarding residence, ao Centro Desportivo e ao Centro de Estudos”, conclui.

A St. Peter’s Boarding Residence tem ainda “acompanhamento e assistência pessoal 24 horas por dia — os estudantes terão apoio pessoal e académico 24 horas por dia, 7 dias por semana, dos House Parents — e diferentes atividades culturais, desportivas e sociais durante os fins de semana e os intervalos escolares”, continua. Modelo de ensino que terá um custo anual — dependendo de ser um residente nacional ou internacional, do grau de ensino e do currículo (nacional ou internacional) ministrado — entre os mais de 23 mil e mais de 31 mil euros/ano.

Brexit com “impacto nas preferências das famílias”

Colégios internos não são um modelo de ensino em que haja tradição no mercado português, à semelhança do que ocorre no Reino Unido — não é por acaso que muitos dos jovens protagonistas das histórias de Enid Blython têm parte das suas aventuras no colégio interno –, mas Nadim Nsouli acredita que o Brexit poderá jogar a favor da vinda de muitas famílias para Portugal.

“Os números a que temos acesso sugerem que o Brexit teve, de facto, um impacto nas preferências das famílias. Algumas famílias que historicamente procuravam uma experiência de escola privada britânica, estão agora a olhar para outros países da União Europeia que provaram a sua excelente qualidade e oferta excecional, mesmo nas situações mais difíceis”, diz. “Os resultados surpreendentes alcançados pelos nossos alunos no ano passado reforçaram o nosso prestígio internacional e posicionaram as nossas escolas como concorrentes diretas de algumas das melhores instituições do Reino Unido”, acrescenta.

Mas este é um modelo que Nadim Nsouli acredita que poderá ser atrativo para famílias portuguesas. “Vamos receber estudantes de todo o mundo, mas também de Portugal. Embora aqui não haja tradição, os pais e alunos estão a começar a olhar para as boarding schools de forma diferente. As famílias estão cada vez mais conscientes dos benefícios para os alunos de morar e estudar numa boarding school, tanto académica como socialmente”, diz.

“A crise pandémica que atravessamos tornou isso muito palpável — enquanto em muitas cidades, um pouco por todo o mundo, os alunos tiveram de ficar em casa, com pouca ou nenhuma interação física e social durante o ano letivo, a maioria dos alunos internos nas escolas Inspired permaneceram social e fisicamente ativos por estarem num ambiente seguro e controlado”, continua. “Os nossos alunos têm recebido o apoio e a atenção necessários para garantir o seu bem-estar físico e mental durante estes tempos difíceis, garantindo que o seu desenvolvimento académico e desempenho não fossem afetados”, acrescenta.

Algumas famílias que historicamente procuravam uma experiência de escola privada britânica, estão agora a olhar para outros países da União Europeia que provaram a sua excelente qualidade e oferta excecional.

“O regime de boarding flexível, por seu lado, é uma ótima solução para as famílias portuguesas. Os alunos podem escolher ficar na boarding residence de segunda a sexta-feira, viver num ambiente seguro, permanecer ativos e desfrutar de diferentes tipos de atividades sociais externas e internas. Com o internato semanal, as famílias podem viver fora das grandes cidades e ainda assim proporcionar uma educação de alta qualidade aos seus filhos”, defende.

Novo projeto conhecido no outono

Com cinco escolas em Portugal — além da St. Peter’s são donas das PaRK International School (Alfragide, Cascais, Praça de Espanha e Restelo) — que acolhem mais de 3.500 estudantes (dos 4 meses aos 18 anos de idade), dos quais 52% rapazes e 48% raparigas, de mais de 55 nacionalidades diferentes, com 559 trabalhadores, dos quais 298 docentes (15% professores internacionais), o grupo já investiu, desde a sua entrada no país em setembro de 2018, 150 milhões de euros. E o objetivo é crescer. Para isso contam investir, em cinco anos, 300 milhões de euros. Montante que será aplicado em “novas aquisições, novas construções de raiz e remodelação das escolas do grupo”, diz Nadim Nsouli.

“Existem outras potenciais oportunidades de compra e construção de raiz no nosso pipeline, uma delas será anunciada já no próximo outono”, refere ainda. O anúncio será feito em Cascais e exigirá um investimento de 45 milhões de euros, adianta o grupo sem mais detalhes.

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Hoje nas notícias: Apoios em falta, abono de família e PRR

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo só vai mexer no 1.º e 2.º escalões do abono de família. Ainda no plano económico, há cinco mil famílias à espera do apoio extraordinário para os desempregados. No plano empresarial, o fim da isenção do IVA abaixo dos 22 euros está a atrasar as encomendas. A marcar o dia está ainda uma sondagem que aponta que a maioria dos portugueses não acredita que o PRR vai mudar de forma significativa o país.

Governo só vai mexer no 1.º e 2.º escalões do abono de família

O abono para as crianças dos dois escalões de rendimento mais baixos vai subir. A medida, anunciada pelo primeiro-ministro no encerramento do Congresso do PS, permitirá que crianças entre os 3 e os 6 anos que estiverem em condição de pobreza, de pobreza extrema, e que hoje só recebem entre 41 e 50 euros, nos “próximos dois anos chegarão aos 100 euros”. Serão quase meio milhão as crianças que beneficiarão da revisão em alta dos abonos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Há cinco mil famílias à espera do apoio extraordinário a desempregados

A Segurança Social não está a dar resposta aos pedido de quase cinco mil desempregados. Estas pessoas esperam pelo Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores (AERT) em recurso. Entre falhas informáticas, demasiada afluência de pedidos e processos em análise, a Segurança Social justifica-se, enquanto a instabilidade de quem não tem rendimentos suficientes aumenta.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso condicionado).

Clientes desesperam com encomendas retidas na alfândega

Se a pandemia motivou os consumidores a virar-se para as compras online, estes podem sofrer com esperas longas, de várias semanas e até um mês, pelos produtos que encomendaram. A retenção dos produtos na alfândega tornou-se ainda mais grave desde o fim da isenção do IVA nas compras extracomunitárias (fora da União Europeia) até 22 euros, que está em vigor desde julho deste ano.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Sintra vai ter uma fábrica de bolachas de canábis

A empresa canadiana Flowr assinou um contrato de exclusividade com a norte-americana Cookies para o cultivo, produção e venda de bolachas feitas de canábis em Sintra. “Vamos cultivar as mais reconhecidas estirpes de canábis no mundo em Portugal, incluindo Gary Payton, Cereal Milk, Gelatti, Pancakes e Pink Runtz. Tal como fazemos no Canadá, queremos que as nossas operações em Portugal cultivem apenas canábis medicinal ultrapremium”, afirma o CEO Darryl Brooker. Em causa está uma plantação de 25 mil metros quadrados, sendo que Portugal será o ponto de entrada noutros mercados.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível).

Maioria dos portugueses desconfia da eficácia do PRR

Quase dois terços os portugueses (64,5%) não acreditam que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) possa mudar de forma significativa o país, de acordo com a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã/CMTV. Ao mesmo tempo, mais de 60% antecipam que o dinheiro vá beneficiar preferencialmente as ligações ao poder político. Cerca de 20% consideram que o Estado vai ser o maior beneficiário e apenas 3% acreditam que a bazuca europeia vai favorecer os portugueses.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Não recebeu reembolso do IRS? Cheque tem de ser pago até hoje

O prazo para ficar "de contas feitas" com o Fisco termina a 31 de agosto, quer tivesse de receber um reembolso ou pagar IRS.

É o último dia do prazo para a Autoridade Tributária e Aduaneira pagar os reembolsos do IRS. Se ainda não recebeu o seu, deverá estar quase, já que o cheque tem de chegar até esta terça-feira. Por outro lado, se recebeu uma nota de cobrança e tinha de pagar este imposto, também o deverá fazer até este dia.

O valor médio dos reembolsos de IRS que foram emitidos até ao final de julho deste ano caiu 3,3% em relação ao período homólogo, para se fixar nos 1.025,89 euros. Desta forma, os portugueses receberam, em média, menos 25,5 euros no reembolso do IRS este ano comparativamente com o ano passado.

Por outro lado, as notas de cobrança aumentaram 1,5%, segundo os dados mais recentes do Ministério das Finanças. Foram mais 26,85 euros comparativamente com o mesmo período do ano anterior, totalizando os 1.788,77 euros.

O prazo para entregar o IRS terminou em 30 de junho, sendo que a lei determina que a liquidação do IRS tem de estar concluída em 31 de julho, tendo o imposto de ser pago ou devolvido (via reembolso) até 31 de agosto.

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Governo só vai mexer no 1.º e 2.º escalões do abono de família

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Medida anunciada por Costa só terá efeitos para crianças no 1.º e 2.º escalões do abono de família. Segurança Social aponta para cerca de meio milhão de beneficiários.

António Costa revelou que o Governo vai aumentar e alargar os abonos destinados às famílias para incentivar a natalidade e para combater a situação de crianças pobres ou em risco de pobreza. Na prática, a medida beneficiará as crianças que vivem nos agregados com os dois escalões de rendimento mais baixos, diz o Público (acesso pago).

Este abono está organizado em quatro escalões de rendimento. No primeiro escalão está quem vive numa situação de pobreza extrema, sendo que no segundo está quem está numa situação de pobreza. No primeiro, os abonos são de 149,85 euros até aos 36 meses, 49,95 entre os 36 e os 72 meses e 37,46 a partir daí, sendo no segundo de 123,69 até aos 36 meses, 41,23 entre os 36 e os 72 meses e 30,93 a partir daí.

O primeiro-ministro diz que “nos próximos dois anos” estes apoios “chegarão aos 100 euros”, sem quantificar o número de crianças abrangidas. Os últimos dados do Instituto de Segurança Social, referentes ao mês de Julho, apontam para 1.087.199 crianças titulares de abono, sendo que, diz o Público, a Segurança Social confirma que ronda o meio milhão aquelas que se encontram nos dois primeiros escalões.

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Pandemia reduziu natalidade, especialmente no sul da Europa

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

Pandemias são um motor de mudanças nas populações humanas, afetando tanto a mortalidade como as taxas de natalidade. Estudo aponta para fortes quebras na natalidade em Portugal, Espanha e Itália.

A pandemia tem sido acompanhada por uma queda significativa nas taxas de natalidade bruta em países alto rendimento, com declínios particularmente acentuados no sul da Europa: Itália (-9,1%), Espanha (-8,4%) e Portugal (-6,6%).

Esta é a principal conclusão de um estudo conduzido pela Universidade Bocconi de Itália e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizando modelos numéricos e analisando dados de 22 países.

As pandemias são um motor fundamental das mudanças nas populações humanas, afetando tanto a mortalidade como as taxas de natalidade.

A maior pandemia do século passado, a chamada gripe espanhola (1918-1919), fez com que as taxas de natalidade nos Estados Unidos baixassem de 23 por 1.000 habitantes em 1918 para 20 por 1.000 em 1919 (-13%).

Efeitos comparáveis foram observados em países como Reino Unido, Índia, Japão e Noruega.

Os dados preliminares sugerem agora que a pandemia de Covid-19 diminuiu a taxa de natalidade nos países de alto rendimento.

Para avaliar melhor o efeito desta doença, os autores do estudo recolheram dados mensais de janeiro de 2016 a março de 2021 de um total de 22 países de elevado rendimento.

Após vários cálculos comparativos, os cientistas utilizaram modelos para contabilizar a sazonalidade e as tendências a longo prazo.

Ao aplicar e aperfeiçoar os modelos, os dados mostram que a pandemia foi acompanhada por um declínio significativo nas taxas de natalidade bruta para além do previsto pelas tendências do passado em sete dos 22 países considerados.

Assim, as taxas de natalidade bruta caíram 8,5% na Hungria, 9,1% em Itália, 8,4% em Espanha e 6,6% em Portugal.

Além disso, Bélgica, Áustria e Singapura também mostraram um declínio significativo nas taxas de natalidade bruta, de acordo com esta análise.

Contudo, os autores sublinham que os dados disponíveis apenas fornecem informações sobre a primeira vaga e, portanto, “apenas dão uma ideia do declínio global durante a pandemia”.

Os dados fornecem informações sobre várias fases da primeira vaga e indicam que em alguns países, como França e Espanha, foi observada uma recuperação nas taxas de natalidade em março de 2021, quando comparadas com as de junho de 2020.

Para estes países, o mês de junho de 2020 marcou o ponto em que a primeira vaga da pandemia diminuiu, podendo assim refletir uma inversão.

De acordo com os autores, os resultados revelam o impacto da pandemia na dinâmica populacional e podem ter implicações políticas nos cuidados infantis, na habitação e no mercado de trabalho.

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