Greves desconfinaram, mas ainda estão abaixo dos níveis pré-pandémicos

O número de pré-avisos de greve quase duplicou, em junho face ao período homólogo, tendo ficado, ainda assim, abaixo do valor registado no período homólogo de 2019.

Desde que o país iniciou, em meados de março, o processo de desconfinamento progressivo que o número de pré-avisos de greve não tem parado de crescer. Só em junho foram entregues 91 avisos prévios, quase o dobro do que tinha sido registado há um ano. O número de pré-avisos está, ainda assim, abaixo dos níveis pré-pandémicos, mas a CGTP avisa que o resto do ano também será marcado por paralisações. “Os trabalhadores precisam de respostas”, salienta a central sindical.

O ano arrancou com um agravamento da crise pandémica e das restrições adotadas em resposta, o que ditou que os primeiros meses de 2021 acabassem por ficar marcados por um recuo significativo, tanto em cadeia, como em termos homólogos, dos pré-avisos de greve comunicados. Em dezembro, por exemplo, deram entrada 166 avisos prévios, enquanto em janeiro foram comunicados somente 36, número que ficou também abaixo dos 82 pré-avisos registados no mesmo mês de 2020.

Fevereiro foi sinónimo de um número ainda menor de paralisações, uma vez que o país continuava, então, em confinamento e com duras restrições à mobilidade e à atividade económica. Era, nessa altura, obrigatória, por exemplo, a adoção do teletrabalho, o que também ajudou a explicar o menor recurso à greve, nesse período, conforme já tinha indicado ao ECO fonte da CGTP.

A evolução da pandemia levou, contudo, o Governo a aliviar essas restrições e a iniciar, em meados de março, um plano de desconfinamento a “conta-gotas”, o que acabou por dar algum “gás” ao recurso à paralisação como meio de luta dos trabalhadores. “Naturalmente que [a evolução dos pré-avisos de greve] também tem a ver com o retomar de alguma naturalidade“, explica Ana Pires, da Comissão Executiva da CGTP, ao ECO.

Fonte: DGERT

Em março, o número de pré-avisos de greve subiu, assim, para 36 (mais cinco do que em fevereiro) e, em abril, cresceu para 43. O verdadeiro salto deu-se em maio, altura em que foram comunicados 71 pré-avisos. Isto num mês marcado pela saída do país do estado de emergência, pela comemoração do Dia do Trabalhador e pelo aviso deixado pela secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, de que estavam em desenvolvimento muitas greves e outras ações de luta tanto na Administração Pública (onde se verificou uma paralisação a 20 desse mês), como no privado.

De acordo com os dados da DGERT, junho superou a marca de maio, confirmando a trajetória ascendente dos avisos prévios de greve. Nesse mês, deram entrada 91 pré-avisos, dos quais 81 no privado e dez no setor empresarial do Estado. Esse foi, de resto, o número mais elevado de avisos prévios comunicados nos meses de 2021 para os quais já há dados disponíveis. Aliás, face ao período homólogo de 2020, houve um crescimento de quase 94%. Ainda assim, este valor é inferior ao registado no mesmo mês de 2019, ou seja, as paralisações continuam abaixo dos níveis pré-pandémicos.

As estatísticas disponíveis deixam perceber, por outro lado, que metade dos pré-avisos de greve que deram entrada em junho foram relativos aos transportes e armazenagem, sendo, portanto, importante lembrar que o mês ficou marcado por várias paralisações dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), da Comboios de Portugal (CP) e também da Transportes Sul do Tejo.

Transportes e armazenagem destacam-se

Fonte: DGERT

Logo a 2 de junho, os trabalhadores da IP iniciaram uma greve em reivindicação pelo aumento dos salários, contratação de trabalhadores, cumprimento integral do clausulado no acordo coletivo de trabalho, atualização do valor do subsídio de refeição, integração do abono de irregularidade de horário com conceito de retribuição e a atribuição de concessões de viagem no operador de transportes CP a todos os trabalhadores da IP e participadas.

Os mesmos trabalhadores viriam a avançar com mais dois dias de greve (um deles já em julho), em função da ausência de respostas por parte do Governo, segundo explicaram, na ocasião, os sindicatos.

Em paralelo, os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumpriram uma greve nacional de três dias, também no início de junho, em protesto contra a proposta de regulamento de carreiras e reclamando aumentos salariais e o cumprimento do acordo de empresa. O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante apontava, então, a greve nacional como a “última forma de luta” face à “recusa de diálogo e a inoperância, há vários meses, na resolução dos problemas dos trabalhadores por parte do Conselho de Administração da CP”.

E também em junho os trabalhadores dos TST – Transportes Sul do Tejo (que servem a Península de Setúbal) decidiram marcar dois dias de greve para exigir uma atualização salarial. “Os trabalhadores tinham suspendido qualquer reivindicação devido à pandemia de Covid-19 até 20 de maio, dia em que os trabalhadores fizeram um plenário e decidiram apresentar uma proposta à empresa de atualização salarial de 50 euros para o salário dos motoristas. Demos 15 dias à empresa para responder ou entregar uma contraproposta, mas até ao momento isso não aconteceu“, explicava, na altura, o recurso à greve João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

De modo geral, Ana Pires, da CGTP, salienta que “a questão dos salários tem sido central”. A sindicalista garante que a luta “nunca esteve adormecida”, mas houve um entendimento dos trabalhadores em relação à situação complexa pela qual o país atravessava, daí o recuo das greves em certos momentos. Agora que a normalidade está gradualmente a regressar, há “outro ânimo” para os protestos, explica a mesma fonte, salientando que aos problemas estruturais enfrentados pelos trabalhadores veio juntar-se agora um “conjunto de aproveitamentos” por parte dos empregadores proporcionados pela pandemia.

Por isso, Ana Pires crê que os próximos meses continuarão a ser marcados por greves e outras formas de luta. “Os trabalhadores precisam de respostas. Não havendo essas respostas, é natural que haja luta“, avisa a sindicalista.

Os dados de julho ainda não são conhecidos, mas já é possível indicar que este também foi um mês marcado por várias paralisações, nomeadamente dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Groundforce, da Infraestruturas de Portugal e da Altice. E para agosto também já estão marcadas novas greves, nomeadamente na banca, na ferrovia e na Superbock.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dia termina com recordes em Wall Street após queda no desemprego

O S&P 500 e o Nasdaq registaram máximos de fecho nesta sessão, com os investidores animados com os dados dos pedidos de subsídio de desemprego, que mostram um recuo.

Wall Street voltou aos recordes, com o impulso de dados animadores sobre o desemprego nos Estados Unidos. Tanto o S&P 500 como o Nasdaq renovaram os máximos de fecho. A época de apresentação de resultados das empresas também ajudou a animar o sentimento dos investidores.

Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego registaram uma queda de 14 mil, para se fixar nos 385.000 na semana que terminou a 31 de julho, enquanto as demissões caíram para o nível mais baixo em mais de 21 anos, no mês passado. Estes dados, revelados esta quinta-feira, animaram as perspetivas quanto ao emprego no país.

O S&P 500 subiu 0,56% para 4.427,19 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,74% para 14.889,79 pontos, ambos atingindo recordes de fecho. Já o industrial Dow Jones somou 0,71% para 35.041,14 pontos.

Olhando para as cotadas em “terreno” verde, sobressaem as ações de viagens, nomeadamente companhias aéreas, com perspetivas mais otimistas face à recuperação da pandemia. A American Airlines subiu 7,51% para os 20,91 dólares, enquanto as ações da United Airlines avançaram 4,33% para os 47,24 dólares.

O setor da energia contribuiu também para o desempenho positivo dos índices em Wall Street na sessão desta quinta-feira. A Chevron, por exemplo, ganhou 0,93% para os 101,23 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Campanha presidencial de Marisa Matias foi a mais cara

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Marcelo Rebelo de Sousa foi o segundo mais poupado, gastando apenas 24.926 euros.

A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda nas presidenciais de janeiro, Marisa Matias, apresentou despesas eleitorais de 372.872 euros, o valor mais alto entre os candidatos, de acordo com as contas publicadas esta quinta-feira.

Marisa Matias, que ficou em quinto lugar com 3,95% dos votos, não recebeu qualquer subvenção estatal por, tal como João Ferreira, candidato apoiado pelo PCP, ter ficado abaixo do mínimo de 5% de votos para aceder àquele subsídio.

As verbas para financiar a campanha ficaram a cargo do Bloco de Esquerda, que deu 355.334 euros. Em angariação de fundos foram obtidos 2.258 euros. Quanto às despesas, a maior fatia destinou-se a ações como “comícios, espetáculos e caravanas”, de 120 mil euros. A propaganda, com 92 mil euros, e os custos administrativos, de 91 mil euros, foram outras despesas suportadas.

De acordo com os documentos publicados no site da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira, gastou 274.264 euros na campanha, a quase totalidade financiada pelo partido, sendo que apenas recolheu 125 euros em iniciativas de angariação de fundos e não recebeu donativos.

A maior parte dos gastos foi em custos administrativos e operacionais, de 138.637 euros, e cerca de cem mil euros em propaganda e estruturas, cartazes e telas.

O vencedor das eleições, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o segundo mais poupado, gastando apenas 24.926 euros. Recebeu 23.826 euros da subvenção estatal para pagar as despesas e, dos gastos, 15 mil foram em estudos de mercado e conceção da campanha e mil euros foram aplicados em propaganda, comunicação impressa e digital.

Ana Gomes, que ficou em segundo lugar com 12,97%, representando 541.556 votos, já tinha divulgado que teve um saldo remanescente de cerca de 31 mil euros. A socialista declarou receitas de 167.132 euros, dos quais 31 mil euros foram donativos e 2.890 euros foram recebidos em iniciativas de angariação de fundos.

Com a campanha financiada pela subvenção pública, cerca de 132.434 euros, Ana Gomes doou o saldo remanescente de 31 mil euros à Associação “Continuar para Começar”, para promover o jornalismo de investigação independente.

André Ventura foi o candidato presidencial que, tendo conseguido mais do que 5% dos votos, conseguiu aceder à subvenção pública para financiar a campanha, que custou cerca de 201 mil euros.

A subvenção foi de 146.072 euros, e o Chega contribuiu com 35 mil euros, a que acresce 20 mil euros em donativos. No mapa de distribuição de despesas verifica-se que a maior fatia, 80 mil euros, foi classificada na rubrica “outras”.

Em cartazes e telas Ventura gastou 43 mil euros, em brindes 21 mil euros, e cerca de 37 mil euros na conceção da campanha, estudos de mercado e agências de comunicação.

Quanto ao candidato presidencial mais poupado na campanha de janeiro, Vitorino Silva, declarou cerca de sete mil euros de despesa, dos quais três mil em “propaganda, comunicação digital e impressa e 1.600 euros em custos administrativos e operacionais”.

A campanha do candidato que ficou conhecido por Tino de Rans foi financiada por donativos de 4.660 euros, por “donativos em espécie” avaliados em cerca de 1.500 euros e por “cedência de bens a título de empréstimo”, no valor de mil euros.

As eleições para o cargo de Presidente da República realizaram-se em 24 de janeiro. As atividades de campanha eleitoral para Presidente da República só podem ser financiadas por subvenção estatal, contribuições de partidos, por donativos de pessoas singulares e pelo produto de angariação de fundos.

Segundo a lei, a repartição da subvenção pública é feita nos seguintes termos: 20% são igualmente distribuídos pelos candidatos que obtenham pelo menos 5% dos votos e os restantes 80% são distribuídos na proporção dos resultados eleitorais obtidos, sendo que não pode “em qualquer caso, ultrapassar o valor das despesas efetivamente realizadas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

15% das verbas do PRR já estão contratualizadas. Último contrato foi para construir barragem do Pisão

"Foram já assinados contratos relativos a 15% do PRR, no montante de 2.490 milhões de euros", revelou o Governo.

Já está contratualizado 15% do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional, anunciou o Governo esta quinta-feira. Os contratos assinados totalizam o montante de 2.490 milhões de euros, sendo que estão também já outras contratualizações na calha.

“Foram já assinados contratos relativos a 15% do PRR, no montante de 2.490 milhões de euros, e estão em curso outras contratualizações no valor de 4.465 milhões”, revela uma nota do gabinete do primeiro-ministro. “Assim, no conjunto, 42% do PRR, correspondendo a 6.955 milhões de euros, está neste momento contratualizado ou em vias de o ser”, acrescenta.

O exemplo mais recente de um contrato já assinado é aquele que permitirá a construção da barragem do Pisão, nota António Costa, num vídeo publicado no Twitter. A construção desta Barragem, no Crato, Portalegre, irá contar com um investimento total de 168 milhões de euros, devendo o projeto estar concluído em 2027, segundo tinha anunciado o ministro Adjunto e da Economia, em junho.

O primeiro-ministro apela também à mobilização de todos os agentes económicos e sociais para “garantir que não desperdiçamos um cêntimo e que cada cêntimo é devidamente aplicado”.

No âmbito do plano, “foram lançados 10 avisos de abertura de concursos e recebidas mais de 16.000 candidaturas”, adianta o líder do Executivo, após uma reunião com a Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR.

No encontro, que teve como objetivo “fazer um ponto de situação e ouvir e registar as recomendações da CNA”, presidida por António Costa Silva, “foram identificados aspetos para melhorar a eficácia, a eficiência e o impacto do Plano de Recuperação e Resiliência”.

No total, Portugal receberá 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,69 mil milhões de euros em empréstimos ao abrigo do PRR, num total de 16,6 mil milhões de euros entre 2021 e 2026. A primeira tranche de 2,2 mil milhões de euros do PRR já foi entregue pela Comissão Europeia a Portugal, esta terça-feira. Os próximos desembolsos serão aprovados pelo executivo comunitário em função do ritmo de execução dos investimentos e reformas definidos no PRR.

(Notícia atualizada às 21h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco CTT com 725 moratórias no valor de 40 milhões no final de junho

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

As moratórias no banco CTT representam "3,3% do total da carteira bruta de crédito a clientes", adianta a instituição em comunicado ao mercado.

O Banco CTT registava no final do primeiro semestre 725 moratórias, as quais correspondem a 40,1 milhões de euros, representando “3,3% do total da carteira bruta de crédito a clientes”, divulgaram hoje os CTT.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT referem que em 30 de junho deste ano “existiam 725 moratórias que correspondem a 40,1 milhões de euros”, dos quais 30,8 milhões de euros de crédito à habitação.

O crédito automóvel correspondia a 6,7 milhões de euros e outros créditos a 2,6 milhões de euros.

As moratórias representam “3,3% do total da carteira bruta de crédito a clientes”, adiantam os Correios de Portugal.

“Do total de moratórias terminadas, existem cerca de 2,9 milhões de euros com atrasos superiores a 30 dias, que representam cerca de 11% do total de moratórias privadas terminadas em 30 de setembro de 2020”, concluem.

Os CTT registaram lucros de 17,2 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com prejuízos de dois milhões de euros em igual período de 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal Constitucional de França aprova exigência de certificado Covid para várias atividades

Será necessário o certificado que comprova a vacinação, recuperação ou teste negativo para entrar, por exemplo, em restaurantes ou visitar hospitais e lares.

O Tribunal Constitucional da França aprovou a medida que permite exigir o certificado Covid-19, de vacinação, recuperação ou teste negativo, para entrar em lugares cheios, bem como a vacinação obrigatória para o pessoal de saúde. Estas medidas fazem parte da estratégia contra a pandemia do presidente Emmanuel Macron, que têm causado protestos nas últimas semanas.

A partir de 9 de agosto, o certificado, que identifica aqueles que tiveram um resultado negativo no teste de diagnóstico recente, a vacinação completa ou recuperaram da infeção, é obrigatório para entrar num bar ou restaurante, mesmo em esplanadas, para fazer uma longa viagem (comboio de longo curso ou voo), bem como para pacientes não urgentes e visitantes em instalações de saúde e lares de idosos, segundo o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

A medida, que já está a ser aplicada desde 21 de julho para locais de “lazer e cultura” que reúnem mais de 50 pessoas, como teatros ou cinemas, foi prorrogada através de uma lei, aprovada no domingo, depois de um debate parlamentar que se prolongou por seis dias. O certificado não será exigido àqueles entre os 12 a 17 anos, por serem os últimos do turno de vacinação, até ao dia 30 de setembro.

Já a medida que diz respeito à obrigatoriedade de vacinação, para todo o pessoal de saúde, bem como para outros profissionais em contacto com públicos vulneráveis, como bombeiros e serviços de urgência ou trabalhadores em lares de idosos, tem datas diferentes. Os funcionários têm até 15 de setembro para iniciar o esquema de vacinação e até 15 de outubro para completá-lo.

O Constitucional validou a medida, chumbando no entanto uma das cláusulas mais polémicas, que se refere ao caso dos trabalhadores com contratos temporários. Com a decisão da autoridade constitucional, não se poderá despedir nenhum trabalhador com contrato a termo ou temporário “antes do fim” do contrato, devido à falta de certificado ou vacinação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mês de julho foi o segundo mais quente na Europa desde que há registos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Ainda assim, o mês de julho foi um pouco mais frio do que a média de 1991-2020 na zona que vai de Portugal à Alemanha.

O mês de julho deste ano foi o segundo mais quente na Europa desde que há registos, indica o boletim mensal sobre o clima publicado esta quinta-feira pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do programa Copernicus (C3S), da União Europeia.

Ao mesmo tempo foram registadas precipitações muito superiores à média, no mesmo mês, nas zonas ocidentais da Europa central. A zona oriental teve, ao contrário, “condições predominantemente secas”, segundo o documento.

A nível mundial julho de 2021 foi, em conjunto com o mesmo mês de 2020, o terceiro julho mais quente registado, ligeiramente mais frio (menos de 0,1 graus celsius) do que os julhos de 2019 e 2016.

O mês passado foi em particular “consideravelmente mais quente” do que a média na maior parte do norte e este da Europa. A temperatura geral esteve muito acima da média de 1991-2020 na região do Mar Báltico.

Helsínquia (capital da Finlândia) teve o segundo julho mais quente depois de 2010. Na Irlanda do Norte bateu-se o recorde histórico de temperatura máxima diária e as temperaturas também estiveram muito acima da média a este da Islândia e em zonas da Groenlândia.

Ao contrário, o mês foi um pouco mais frio do que a média de 1991-2020 na zona que vai de Portugal à Alemanha e em zonas do noroeste da Rússia. No Ártico a extensão de gelo marinho foi a segunda mais pequena de julho. Mas a extensão de gelo marinho antártico esteve acima da média geral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paulo Leite ainda não desistiu da Groundforce e fala em “novo rumo”

Ex-CEO da Groundforce diz que a decisão do tribunal demonstra que "não há caminho para Casimiro" na Groundforce. Abre um "rumo" para a empresa, mas é preciso capital. E Paulo Leite diz que tem.

A Groundforce foi declarada insolvente. Paulo Neto Leite, ex-CEO da Groundforce, considera que a decisão do Juízo de Comércio do Tribunal da Comarca de Lisboa vem demonstrar que “não há caminho para Alfredo Casimiro”. Diz, em declarações ao ECO, que fica “feliz” por a empresa de handling estar a ter um rumo, lembrando a importância que tem para o país. E que ainda pode ser parte da solução para a Groundforce, embora “haja opções que outros preferem”.

“Quando a TAP avançou com o pedido de insolvência, aquele era o retrato” da empresa de handling, que tinha dívidas avultadas. Mas alerta que “fez-se uma fotografia no pior momento”, salientando que o retrato foi em maio, antes daqueles que habitualmente são os melhores meses para o negócio da Groundforce. Diz que já foram pagos os montantes em dívida à TAP, mas também à ANA.

Neste sentido, diz que este “processo não acabou” com a decisão do tribunal. Lembra que Alfredo Casimiro já disse que vai recorrer, ainda que o recurso não tenha efeitos suspensivos da decisão, mas admite estar “feliz” que a empresa “esteja a ter um rumo e um fim”. E nota que “não há caminho para Alfredo Casimiro”.

O importante é que haja uma solução” para a companhia, diz Neto Leite, lembrando que esta “é uma empresa fundamental para o setor — 67% dos passageiros que aterram em Lisboa são atendidos pela Groundforce”. E admite vir, ainda, a fazer parte da solução, apesar do processo de insolvência que retira poder ao Montepio, que tinha penhor sobre os 50,1% da Pasogal na Groundforce, com quem o empresário tem estado a negociar.

"Há soluções em cima da mesa, e há opções que outros preferem. Entendo que todos queiram um player internacional [para a Groundforce].”

Paulo Neto Leite

Empresário

Neto Leite reconhece que com a insolvência a empresa “deixa de ser dos acionistas, passa a ser dos credores”, mas lembra que será necessário capitalizá-la. E diz que tem capital para isso. Afirma que a solução que encabeça “tem capital” e “tem o apoio dos trabalhadores”, que nos últimos meses viveram momentos de aflição, com salários em dúvida ou pagos a prestações.

“Há soluções em cima da mesa. E há opções que outros preferem”, atira. “Entendo que todos queiram um player internacional” para tomar conta da Groundforce, até porque “ninguém vai apontar o dedo a ninguém se daqui a um ano correr mal com uma Swissport”. Mas lembra que com o contrato de concessão existente, que tem um ano de validade, uma “empresa internacional não vai querer”.Só estendendo o contrato” será atrativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o 3.º país da zona euro com menos capital de risco nas empresas

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Em 2020 o capital privado em empresas portuguesas pesou 0,026% do Produto Interno Bruto português. Com piores resultados ficaram apenas Grécia e Roménia.

Portugal é o terceiro país de 26 europeus com menos capital de risco nas empresas, segundo um estudo da Invest Europe, divulgado pela Associação Portuguesa de Capital de Risco, que considera que este é dos principais problemas da economia portuguesa.

Segundo o estudo da Invest Europe (associação europeia que representa os setores de ‘private equity’ e capital de risco), em 2020 o capital privado em empresas portuguesas pesou apenas 0,026% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Com piores resultados ficaram apenas Grécia e Roménia.

Segundo a associação, este é um dos principais problemas da economia portuguesa, estando o crescimento da economia portuguesa “prejudicado por não ter uma aplicação de capitais privados nas empresas suficiente para promover a reestruturação de pequenas e médias empresas, para desenvolver ‘startups’ inovadoras ou dar condições a empresas sólidas para aumentarem as suas exportações e os contratos internacionais”.

“A anemia da nossa economia passa por aqui”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco, Luís Santos Carvalho, citado em comunicado, defendendo ainda que Governo e parlamento reduzam os entraves que impedem os investidores institucionais de pôr mais capital nas empresas.

Questionada pela Lusa sobre que medidas defende, a APCRI disse que seria importante uma mudança regulatória nos investimentos de fundos de pensões e seguradoras de modo que não penalizem os seus rácios de capital. Com a mudança, essas entidades poderiam investir mais em empresas.

“Estas entidades são investidores naturais em ‘private equity’ e ‘venture capital’ em grande parte da Europa. Acontece que em Portugal, com o atual enquadramento, é-lhes exigido que qualquer investimento nesta classe de ativos seja contabilizado como capital perdido, pressionando assim os seus rácios de capital. Bastaria uma mudança simples nesta matéria regulatória para ter mais parceiros de investimento”, defende a APCRI.

A associação afirmou ainda que o Estado só deveria investir em empresas em que os privados também investissem, pois isso também significaria que se trata de empresas viáveis.

“Esta é uma medida simples, de coinvestimento, que não só alavanca o esforço público como introduz a capacidade de seleção que o Estado compreensivelmente não tem”, segundo a APCRI.

Segundo a APCRI, os 0,026% do PIB que representou o investimento de ‘private equity’ nas empresas portuguesas, foi, em proporção, 13 vezes inferior ao capital investido nas empresas de Espanha (0,358% do PIB) e 19 vezes menos do que a média europeia (0,512%). No Reino Unido, o capital privado investido nas empresas foi 1,394% do PIB, proporcionalmente 53 vezes superior ao registado em Portugal.

A associação diz ainda que a falta de capitalização das empresas faz com que, em Portugal, dois terços dos balanços sejam compostos por dívida e apenas um terço por capitais próprios. Na Alemanha, acrescentam, a proporção é exatamente a oposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s compra líder de modelação de risco por 1,68 mil milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2021

Com a aquisição da RMS, especialista em soluções para (re)seguros gerais, a Moody’s prevê impulsionar as receitas do seu negócio de data analytics até cerca de 500 milhões de dólares.

A Moody’s Corporation, companhia norte-americana mais conhecida pela unidade de notação financeira (Moody’s Investors), acordou a compra da RMS, líder global em modelação de risco, por 1 425 milhões de libras esterlinas (1 675 milhões de euros ou 2 mil milhões de dólares), em dinheiro.

Com a aquisição da RMS, uma tecnológica SaaS (Software-as-a-Service) cuja carteira inclui mais de 400 modelos de risco cobrindo 120 países, a Moody’s concretiza manobra estratégica para ascender a uma posição de liderança na avaliação integrada de risco, salienta um comunicado.

Desde 1998 pertença do grupo editorial britânico Daily Mail and General Trust Plc (DMGT), a Risk Management Solutions (RMS) é uma empresa com 30 anos que desde a origem, na Universidade de Stanford, constrói e distribui – à indústria de (re)seguros, governos e empresas – software de modelação e análise de biliões de dados para gestão de riscos de catástrofes naturais, eventos climáticos extremos e outros, como a crescente ameaça de ciberataques.

A plataforma Risk Intelligence, uma das primeiras no mundo a integrar cientistas de data analytics no desenvolvimento de soluções de modelação de risco de catástrofes, consolidou a RMS como uma das SaaS líderes do setor.

A integração na Moddy’s “é excecional para a RMS e os seus clientes”, considerou a CEO da RMS. “Os riscos globais são agora mais complexos, interligados e sistémicos. As alterações climáticas e os eventos catastróficos como eventos meteorológicos extremos, pandemias e ciberataques têm impactos mais amplos e mais prejudiciais em praticamente todas as indústrias.,” complementou Karen White.

Confiando que a aquisição garante incremento no potencial de negócio da plataforma Moody’s Analytics, ajudando a melhorar resiliência dos seus clientes, a adquirente conta que o negócio esteja concluído até final de setembro de 2021 e adianta que, para o exercício fiscal com termo precisamente em setembro, a RMS deverá gerar 320 milhões de dólares em receitas e lucro operacional ajustado de 55 milhões de dólares.

A venda da RMS, que desde 2018 é dirigida por Karen White, era uma das pré-condições colocadas pela família Rothermere – fundadora e ainda principal acionista do grupo britânico (com 28% do capital da DMGT) – para concretizar um plano que pretende transformar o grupo presidido por Jonathan Harmsworth, visconde de Rothermere.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Messi está de saída do Barcelona

  • Carolina Bento
  • 5 Agosto 2021

Lionel Messi não vai continuar na equipa do FC Barcelona, revela o clube espanhol em comunicado.

“Obstáculos económicos e estruturais” determinaram a saída do argentino Lionel Messi do FC Barcelona, refere o clube espanhol em comunicado, divulgado esta quinta-feira. Estas barreiras estão ligadas às regras da LaLiga que limitam o dinheiro que o clube pode gastar.

O pai e representante do jogador, Jorge Messi, esteve presente esta quinta-feira em Barcelona para assinar o décimo contrato do filho com o clube espanhol mas, esta tarde, foi anunciado que Lionel Messi não iria continuar a sua carreira no FC Barcelona.

Embora tenha sido alcançado um acordo entre o FC Barcelona e Leo Messi e com a clara intenção de ambas as partes de assinarem hoje um novo contrato, não será possível formalizá-lo devido a obstáculos económicos e estruturais (regulamento da Liga Espanhola)“, explica o clube, em comunicado. Devido a estas regras, o jogador tinha aceitado que o seu salário fosse reduzido para metade, no qual 20 milhões seriam pagos na primeira temporada. Em troca, o clube assinaria com o jogador para as próximas cinco temporadas, segundo o mesmo jornal.

Esta notícia surge na mesma semana do investimento do CVC na LaLiga, perante o qual o FC Barcelona se mostrou cético. “Trata-se de vender os direitos de TV por 40 anos. Não sabemos se estaremos na Superliga ou onde estaremos”, referem fontes do clube, citadas pelo jornal espanhol El País (acesso livre, em espanhol).

“Diante desta situação, Lionel Messi não permanecerá vinculado ao FC Barcelona. Ambos os lados lamentam profundamente que, no final, os desejos do jogador e do clube não possam ser atendidos. O Barça agradece ao jogador o seu contributo para a expansão da instituição e deseja-lhe o melhor na sua vida pessoal e profissional”, lê-se no comunicado. Messi esteve 20 anos no FC Barcelona, o único clube para o qual jogou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apoio ao salário mínimo custou metade do que o Governo previa

O pagamento do apoio desenhado para compensar os empregadores pela subida do salário mínimo já foi processado. Custou mais de 33 milhões. Governo previa gastar 60 milhões ou "talvez um pouco mais".

O apoio excecional desenhado para compensar os empregadores pela subida do salário mínimo em plena pandemia já está na fase de pagamento. Segundo indicou ao ECO fonte do Ministério da Economia, já foram processadas transferências para 80.407 empresas, estando em causa mais de 33 milhões de euros. Em maio, Pedro Siza Vieira tinha avançado que esta medida deveria custar cerca de 60 milhões de euros.

“Os pagamentos da compensação à atualização do salário mínimo já foram processados, abrangendo 80.407 empresas, num total superior a 33 milhões de euros”, adiantou fonte do Ministério da Economia, detalhando que agora apenas estão pendentes (ou seja, não foram processados) os pagamentos relativos a processos que estão dependentes de confirmação do IBAN ou da regularização da situação contributiva ou tributária.

Em julho, Pedro Siza Vieira avançou, em declarações aos jornalistas, que cerca de 96 mil empresas pediram este apoio, o que significa que — se todas essas requerentes tiverem efetivamente direito à compensação — devem agora estar pendentes os pagamentos relativos a mais de 15 mil empregadores.

Por outro lado, em maio, em entrevista ao Público, o ministro da Economia indicou que o Governo previa gastar “cerca de 60 milhões de euros, talvez um pouco mais” com esta medida. Os dados agora conhecidos mostram, assim, que esta compensação acabou por custar pouco mais de metade do inicialmente projetado. No entanto, como ainda há processos pendentes, o valor em causa pode vir a ser revisto em alta.

Esta compensação ao aumento do valor da retribuição mínima mensal destina-se aos empregadores e pessoas singulares que tenham um ou mais trabalhadores a receberem hoje o salário mínimo nacional (665 euros) e cuja remuneração, em dezembro de 2020, tenha sido igual ou superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros.

O apoio — cuja pagamento é da responsabilidade do IAPMEI e do Turismo de Portugal — varia entre 42,25 euros e 84,5 euros. No caso da remuneração base declarada em dezembro ter sido 635 euros, o subsídio pecuniário para as empresas é de 84,5 euros por trabalhador. Já se a remuneração tiver sido, nesse mês, superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros, o subsídio é de 42,25 euros por trabalhador.

As empresas interessadas nesta compensação tiveram de se registar numa plataforma desenhada especificamente para este fim até 9 de julho. Segundo alertou a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), várias empresas não estavam, no entanto, a conseguir fazer esse registo e pedir a compensação por estar a enfrentarem diversos “constrangimentos” na referida plataforma, nomeadamente a “não consideração da totalidade dos trabalhadores abrangidos por esta medida, a exclusão de empresas que cumprem com todos os requisitos, bem como a exclusão de trabalhadores por faltas ao trabalho em dezembro 2020, por motivos alheios à empresa”.

Este apoio foi desenhado para ser pago numa só vez, não sendo repetível, nem abrindo precedente, ou seja, não voltará a ser disponibilizado em 2022, mesmo que a remuneração mínima garantida volte a subir.

O salário mínimo nacional aumentou, em 2021, para 665 euros mensais. De acordo com a informação partilhada pelo Governo com os parceiros sociais, 21,2% dos trabalhadores portugueses recebem hoje a retribuição mínima garantida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.