Pfizer e Moderna aumentaram preço das vacinas contra a Covid-19

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

Financial Times noticia este domingo que o preço das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a Covid-19 aumentaram. Pfizer passa para 19,50 euros, Moderna para 21,48 euros.

As farmacêuticas Pfizer e Moderna aumentaram o preço das suas vacinas contra a Covid-19 nos últimos contratos de fornecimento à União Europeia (UE), subindo 25% e 13%, respetivamente, noticiou o Financial Times (acesso pago).

Os termos dos contratos, assinados este ano até 2023 para um fornecimento total de 2,1 mil milhões de doses, foram renegociados após estudos clínicos terem indicado que as vacinas mRNA das duas empresas apresentavam melhores taxas de eficácia contra a Covid-19 do que as vacinas mais baratas desenvolvidas por AstraZeneca e Janssen, segundo o jornal britânico.

O preço de uma dose de vacina da Pfizer aumentou dos atuais 15,50 euros para 19,50 euros, de acordo com partes do contrato a que o Financial Times teve acesso, enquanto o preço de uma dose da vacina da Moderna subiu para 21,48 euros (25,50 dólares), face aos anteriores 19 euros (22,60 dólares) previstos no primeiro acordo de fornecimento.

Apesar desta subida, o preço da dose de vacina da Moderna até seria superior, mais concretamente 24 euros (28,50 dólares), referiu o FT, mas o valor acabou por ser revisto perante o aumento da encomenda.

De acordo com a informação avançada este domingo, as farmacêuticas estão a aumentar os lucros perante o crescimento de encomendas de diversos países com vista a uma possível terceira dose contra a Covid-19 no inverno.

Consultores do setor farmacêutico indicaram no artigo que a Pfizer — que partilha lucros com a BioNTech alemã — deverá ganhar 56 mil milhões de dólares (47,2 mil milhões de euros) com a venda da sua vacina até 2022. Já a Moderna deverá ganhar aproximadamente 30 mil milhões de dólares (25,2 mil milhões de euros).

Quanto à AstraZeneca, que entrega a sua vacina ao preço de custo por tempo indefinido aos países em desenvolvimento, o jornal aponta para proveitos na ordem dos 15 mil milhões de dólares (12,6 mil milhões de euros.

A UE terá negociado estes novos contratos, mais caros, com a Pfizer e Moderna numa altura em que estava sob pressão para aumentar a oferta aos cidadãos europeus, num momento em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) investigava a possível ligação das vacinas da AstraZeneca e da Janssen ao aparecimento de fenómenos tromboembólicos extremamente raros na população vacinada.

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Este super iate de cinco pisos custa 300 milhões de euros e tem o seu próprio porto

Chama-se Saturnia este conceito de super iate desenvolvido por um estúdio de design italiano, que tem o seu próprio porto privado. Com 100 metros de comprimento e cinco pisos, custa 300 milhões.

O Saturnia é um conceito de super iate com 100 metros de cumprimento, cinco pisos e o seu próprio porto privado.Cortesia de Lazzarini Design Studio

Foi desenhado por mãos italianas e torná-lo numa realidade custa qualquer coisa como 300 milhões de euros. Mas é o preço a pagar por este super iate de cinco pisos, que tem um fator muito diferenciador: um pequeno porto privado, embutido no seu casco.

O Saturnia é o mais recente projeto do Lazzarini Design Studio. O navio de linhas direitas tem 100 metros de comprimento e foi idealizado para ser construído em fibra de carbono, o que o torna 50% mais leve do que os outros iates de dimensão semelhante, disse ao ECO fonte oficial do estúdio baseado em Roma.

Pormenores do porto privado:

A configuração interior é adaptável ao gosto do cliente, dentro dos limites do espaço útil disponível. O estúdio Lazzarini calcula que possa ter entre 10 a 20 suítes para passageiros, navegando com mais cerca de 20 pessoas na sua tripulação.

Segundo a mesma fonte, o conceito foi imaginado como possuindo dois motores laterais a gasóleo e um sistema central de propulsão a jato de água. Este último permite movimentar o navio sem gerar emissões de carbono, argumenta a empresa.

Outros pormenores do Saturnia:

Contudo, é o pequeno porto privado que mais enche o olho, tendo merecido ao Saturnia um artigo de grande destaque na CNN. O espaço permite atracar embarcações de até 1,5 metros e enquadra-se num passadiço lateral que permite circular ao redor de todo o navio.

Sendo um conceito, o Saturnia ainda não viu a luz do dia. Mas, ao ECO, o estúdio italiano explica que está preparado para avançar para a sua construção mediante o pagamento de 300 milhões de euros, o preço estimado deste navio. A entrega deverá ser possível em 30 meses após a confirmação da encomenda.

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CEO do Novo Banco acusa comissão de inquérito de criar “verdades alternativas”

O presidente executivo do Novo Banco criticou duramente o relatório final da comissão parlamentar de inquérito às perdas da instituição, considerando que foi um "jogo de votos" e acabará "esquecido".

António Ramalho criticou duramente o resultado final da comissão de inquérito às perdas do Novo Banco. Num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias, o presidente executivo da instituição escreveu que a elaboração do relatório pelos deputados foi “um jogo de votos onde cada um busca o seu momento de glória”. “Será esquecido como todos os restantes”, vaticinou.

Para o gestor, a comissão de inquérito era uma oportunidade “para não deixar uma única pergunta sem resposta”, tendo enviado “mais de um milhão de páginas” e “dezenas de documentos” para a Assembleia da República, para “alguns deputados brilharem com mais informação do que alguma vez tinham tido em processos anteriores”. “A equipa do Novo Banco investiu horas em audições parlamentares”, sem qualquer “reconhecimento pelo esforço despendido”, atirou.

No extenso artigo de opinião publicado no DN, António Ramalho deu exemplos onde acredita que a comissão de inquérito substituiu “factos inexistentes por argumentos”, “argumentos rebatidos por suspeitas” e “suspeitas não confirmadas por dúvidas sugeridas”.

“Exemplos? Chega uma auditoria independente à Promovalor que diz que a solução encontrada para a sua reestruturação é, entre as alternativas a que melhor recupera o crédito. Traduz-se em ‘parlamentês’ que a conclusão da auditoria é que os riscos aumentam e a exposição também e o tratamento é de favor”, acusou António Ramalho na referida exposição.

Lembrando que está em causa “um relatório sem relator, aprovado por quem o renegava e reprovado por quem o propunha”, o presidente executivo do Novo Banco rematou: “Se a idade nos tira o repente, dá-nos a sabedoria. Olho para este relatório com interessado distanciamento. Talvez porque ele não tem rosto, não tem autor. E um trabalho sem autoria ficará para o futuro com aquela assinatura que nos encanta nos livros antigos: ‘anónimo do século X’. Será esquecido como todos os restantes. E é pena”, concluiu.

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Da Caparica ao Guincho, conheça as 10 praias mais populares para praticar surf cá dentro

Costa da Caparica ocupa o primeiro lugar dos destinos mais famosos do Instagram para praticar surf em Portugal. Veja as 10 praias mais populares nesta rede social.

Surfar é muito mais do que um passatempo ou desporto, é um estilo de vida. Os surfistas percorrem quilómetros para apanhar uma boa onda e levam os smartphones para eternizar o momento, mas também para partilhar as fotografias nas redes sociais, especialmente no Instagram. Qual o destino mais instagramável de todas?

É na região de Lisboa que ficam os dois locais com mais hashtags. De acordo com a Holidu, é a Costa da Caparica que leva a taça do local mais famoso para praticar surf em Portugal. Já foi identificada 6.475 vezes por amantes do desporto.

Atrás da Costa da Caparica surge a Praia do Guincho, em Cascais, com 3.924 hashtags e a fechar o pódio está a praia de Espinho que conquistou 3.184 hashtags.

Fora do pódio está Sagres, no Algarve, com 3.011 hashtags. E a fechar o top 5 deste ranking está a Madeira com 2.519 hashtags. A Madeira é considerada por muitos surfistas como o Havai da Europa.

Veja nesta fotogaleria o top 10:

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DGS contraria Marcelo. É “sempre necessária” indicação médica para vacinar crianças saudáveis

  • ECO
  • 1 Agosto 2021

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter sinalizado que os pais poderiam levar as crianças saudáveis à vacinação, contra recomendação da DGS, Graça Freitas esclareceu ao Expresso que não é bem assim.

O Presidente da República disse que a vacinação das crianças saudáveis entre os 12 e os 15 anos depende da “livre escolha dos pais”. Mas a realidade não será bem assim. Em declarações ao Expresso, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu que será “sempre necessária” a indicação médica para esse efeito.

Na sexta-feira, a DGS recomendou a vacinação contra a Covid-19 para as crianças dessa faixa etária, mas apenas as que tenham comorbilidades. Contudo, este sábado, a partir do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não se trata de uma proibição da vacinação: “Esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais.”

As declarações do Chefe de Estado foram interpretadas como sendo possível aos pais, querendo, levarem os filhos saudáveis à vacinação.

Ao final do dia, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que a vacinação de crianças com idades entre 12 e 15 anos sem doenças tem de ter prescrição médica, não bastando a vontade dos pais, como defendeu o Presidente.

Num esclarecimento enviado à agência Lusa, a DGS considera, depois de ouvida a comissão técnica de vacinação contra a Covid-19, que “deve ser dada a possibilidade de acesso à vacinação a qualquer adolescente com 12-15 anos por indicação médica”. A DGS refere, no entanto, que, no caso dos adolescentes desta idade (12 a 15 anos) que tenham comorbilidades associadas, a vacinação contra a Covid-19 é prioritária.

Referindo que “emitirá recomendações sobre vacinação universal de adolescentes com 12-15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias”, o organismo liderado por Graça Freitas lembrou que, mesmo com indicação médica, a vacinação deve respeitar as faixas etárias em vacinação em cada momento.

“Tratando-se de menores, a vacinação é discutida com os pais ou representantes/tutores legais”, acrescenta a DGS num esclarecimento que cita o parecer emitido na sexta-feira.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Parece carne, sabe a carne, mas não é carne. Esta é a nova aposta das marcas

As marcas querem chegar não só aos vegan mas também aos amantes de carne e flexitarianos, prometendo sabor igual ao da carne. Vários são os produtos que enchem as prateleiras dos supermercados.

Seja em casa ou no restaurante, as opções vegetarianas, ou mesmo vegan, há muito que deixaram de ser exclusivas apenas para quem se rege por este tipo de alimentação. Esta nova gastronomia está na moda, a oferta é cada vez mais variada, os pratos sem proteína animal ganharam uma dimensão mais gourmet e por isso “enchem o olho” e cativam o paladar até dos mais céticos.

De olho em quem quem já adotou este estilo de vida ou alimentação, mas também em quem está preocupado em reduzir o consumo de carne — seja por preocupações de saúde, ambientais ou em relação ao bem estar dos animais –, as marcas viram aqui uma oportunidade de mercado e seguiram-na em massa. Agora, prometem não apenas substituir a carne, mas igualar a textura e o sabor.

Multiplicam-se assim as opções da chamada proteína vegetal nos corredores de supermercados, nas cadeias de fast food e mesmo em alguns restaurantes tradicionais portugueses, que começaram já a adicionar à sua carta estas novas opções. Assim, num jantar fora, quem não come carne, peixe, ou qualquer outro alimento de origem animal, já não precisa alimentar-se apenas dos acompanhamentos, como arroz ou salada, ou ter de optar pela típica omelete.

Estes alimentos vendem. Menos do que a carne ou o peixe, ainda, mas as marcas querem chegar a todos, vender mais e viram neste mercado uma oportunidade de crescimento. Porém, agora querem cativar não só os vegetarianos e vegan, mas também aos amantes de carne e flexitarianos prometendo “0% carne e 100% sabor”.

Supermercados apostam na “carne que não é carne” e clientes aprovam

Numa pesquisa pelos sites dos principais supermercados em Portugal, é possível encontrar diversos novos produtos que há uns anos seriam inimagináveis. Por exemplo, no Continente, a gama Powered by Plants promete desde março de 2021 um sabor e aspeto semelhante ao da carne, mas é tudo à base de vegetal. Com quatro referências congeladas e outras três refrigeradas — hambúrgueres e almôndegas com sabor a carne de vaca, hambúrgueres e nuggets com sabor a carne de frango, e “picado” 100% vegetal — nos supermercados da Sonae há de tudo para deixar a carne de lado por uns dias, ou para sempre.

O feedback dos consumidores é positivo, diz a Sonae MC, e toda a gama “tem superado as vendas estimadas no período de lançamento e de algumas alternativas de mercado”. Os produtos foram desenvolvidos em parceria com um fornecedor nacional e aprovados por mais de 250 consumidores em provas cegas. Estão também identificados com o selo Continente Food Lab, um conceito que convida os clientes a experimentar produtos diferenciadores e exclusivos.

Também no grupo Jerónimo Martins existem desde dezembro de 2019 nas prateleiras do Pingo Doce opções que prometem não só substituir a carne, mas igualar o seu sabor (“0% de carne, mas 100% de sabor”). Beef Style e Chicken Style são as duas gamas de produtos que, tal como os nomes indicam, pretendem imitar bife e frango. Apesar de ser uma opção para ovo-lacto-vegetarianos, pois não são totalmente vegan, têm ainda alguma variedade de produtos congelados, como hambúrgueres, “carne” picada, croquete, coxinhas e nuggets.

“Este ano lançámos ainda dois produtos refrigerados à base de plantas: o preparado picado Vegan Beef Style Plant Based 0% Carne e o hambúrguer Beef Style Plant Based 0% Carne. Estes produtos estão colocados ao lado da carne refrigerada para ajudar os consumidores nas suas escolhas, dando-lhe mais uma alternativa à carne”, explica Rita Manso, diretora comercial Marca Própria Pingo Doce.

Os hambúrgueres são o produto com mais saída e as vendas, têm sido “acima das expectativas”, com taxas de crescimento sempre acima dos 20% face às estimativas.

Já no alemão Lidl temos acesso à marca vegan Next Level Meat que, segundo o site do supermercado, foi pensada “para todos aqueles que desejam reduzir o consumo de carne, sem perder todo o seu sabor e textura”. Desde junho de 2020 há duas das opções vegan à venda nas lojas: hambúrgueres e substituto de “carne” picada, sendo o primeiro feito com proteína de soja e de trigo, “mas com todo o sabor da carne”.

“O Lidl Portugal tem vindo a acompanhar as tendências dos consumidores, que se preocupam cada vez mais com os seus hábitos alimentares, optando por uma alimentação saudável e escolhas mais conscientes”, refere fonte da marca, garantindo que ambos os produtos “apresentam diferenças quase insignificantes no sabor, textura e cheiro quando comparados com a carne”.

Foram, por isso, bem recebidos pelos consumidores e neste momento já fazem parte do cabaz de compras habitual dos clientes, com o hambúrguer a registar vendas duas vezes superiores ao “picado” 100% vegan.

Izidoro adere à moda, Iglo vai muito além dos douradinhos e Nestlé lidera vendas

Nos vários supermercados portugueses encontra-se também a gama Garden Gourmet da Nestlé que, segundo a marca, nasceu “com o objetivo de corresponder à evolução dos hábitos alimentares e às necessidades dos consumidores, oferecendo uma alternativa extraordinária à proteína animal com 0% carne e 100% sabor“. A marca pertence à Nestlé desde 2016 e é hoje vendida em 16 países, incluindo Portugal, onde podemos encontrar hambúrgueres, tiras de “carne” (semelhantes ao strogonoff), almôndegas, nuggets. Produtos feitos à base de proteína de soja e de trigo (não geneticamente modificados) e provenientes de cultivo sustentável.

Diz a Nestlé que os produtos mais consumidos no mercado nacional são as tiras braseadas e as almôndegas, com os consumidores a enviarem mensagens a dar conta que são “simplesmente deliciosas”. Mais: no top 10 de produtos mais consumidos na categoria de refeições vegetarianas refrigeradas, seis são produtos Garden Gourmet, “demonstrando a preferência dos consumidores”.

Presente no mercado português há apenas dois anos, a marca Garden Gourmet regista 33,8% de quota de mercado (junho de 2021, dados Nielsen Total Market). Em junho, a marca registou um crescimento de +149% face ao período homólogo, “sendo responsável por mais de metade (55%) do crescimento do mercado nos primeiros 6 meses do ano”.

Também a Iglo já se dedicou a este estilo de alimentação com a sua gama Green Cuisine à base de proteína vegetal, onde encontramos hambúrgueres, almôndegas (as mais vendidas), nuggets e até chilli. E o lema é o mesmo: “0% carne e 100% sabor”. Ao todo são cinco produtos diferentes, de uma gama com 16 referências e três novos lançamentos planeados para este ano.

Os produtos começaram a ser vendidos há cerca de um ano, em julho de 2020 e “a aceitação por parte dos consumidores tem sido excelente”, disse fonte da Iglo ao ECO/Capital Verde. “As vendas têm crescido mensalmente a um ritmo global de cerca de 10%, tendo o grupo de produtos substitutos de carne um crescimento mais acelerado, na ordem dos 20%”.

A Iglo revela mesmo que entre julho e dezembro de 2020 “as vendas em valor globais da marca foram acima dos 2,5 milhões de euros, tendo os produtos substitutos de carne sido responsáveis por cerca de 17% desse valor de vendas”. A marca tem também recebido feedback direto dos consumidores que “avaliam os produtos como sendo muito saborosos e nutritivos e uma boa escolha para todos os que querem comer mais vegetais e reduzir ou mesmo abolir o consumo de carne”, refere a mesma fonte.

Acabadinha de lançar no mercado, a gama desenvolvida e produzida em PortugalVeggie Lovers” da Izidoro é composta por produtos frescos vegan 100% de origem vegetal: bifes, hambúrgueres e almôndegas, à base de proteína de ervilha e soja, são as novas apostas da marca, mais conhecida pelas suas salsichas em lata. Também neste segmento a marca lançou no final de 2020 salsichas vegan de vegetais e soja.

“O mercado ‘plant-based’ é uma das nossas grandes apostas. Os novos produtos distinguem-se da concorrência por serem 100% frescos e pelo sabor, que é dirigido ao paladar do consumidor português”, disse Maria Inês Palma, gestora da gama Izidoro Veggie Lovers, que acrescentou: “Queremos recrutar novos consumidores”. A marca promete apresentar mais inovações 100% origem vegetal ao mercado até ao final deste ano.

Os preços de todos os produtos mencionados variam entre 2,69 e 5,99 euros.

Proteína vegetal tem pegada carbónica 80% inferior à carne vermelha

Além destes produtos ajudarem a diminuir o consumo de produtos animais, são também mais sustentáveis. Por exemplo, a Iglo indica que os seus produtos Green Cuisine têm, em média, uma pegada 80% mais pequena comparada com a da carne vermelha e que usam menos 71% de terra arável que esse tipo de carne.

A Nestlé refere que desde a produção à embalagem, a marca Garden Gourmet está alinhada com os valores de sustentabilidade da Nestlé: todos os fornecedores são certificados, seguem critérios de produção responsável e sustentável, e as embalagens são 100% recicláveis, sendo que o compromisso da marca é ser neutra em carbono já em 2022. Também o Lidl diz que a produção do seu hambúrguer Next Level Meat, “poupa 91% das emissões de CO2 em comparação com um hambúrguer de carne bovina e a sua nova embalagem representa o uso de 71% menos plástico”.

Mas não só os supermercados e marcas de alimentação que avançam esta tendência. A loja de mobiliário Ikea – já conhecida pelas suas almôndegas suecas – também deu passos neste sentido. Em agosto de 2020 foram lançadas as almôndegas Huvudroll (4,5 euros, 0,5kg), à base de proteína vegetal, “que representam apenas 4% da pegada de carbono, em comparação com as icónicas almôndegas de carne“. E que, segundo a marca, “são tão saborosas” e com uma “textura idêntica” às tradicionais. Já este ano, em abril, lançaram o novo produto Världsklok, um substituto de “carne” picada (moldável e congelado), pelo preço de 7,5 euros (750g).

“Desde a chegada destes artigos às lojas Ikea tiveram ótima aceitação perante o consumidor e conseguimos registar um crescimento bastante positivo. A área alimentar tem vindo a tornar-se cada vez mais estratégica para o negócio e iremos continuar a apostar em novas soluções. É por isso que até 2025, 50% da oferta nos restaurantes IKEA será de base vegetal”, promete o Ikea.

Ir a uma cadeia de fast food e comer um hambúrguer vegetal que sabe a carne? Sim, é possível

Também nos restaurantes fast food há novos avanços. Se já conhecíamos o McVeggie da McDonald’s, a concorrência promete um hambúrguer 100% vegetal com sabor a carne – o Rebel Whopper do Burger King.

A gama 100% vegetal do Burger King começou a ser comercializada em 2019, com o primeiro hambúrguer vegetal cujos principais ingredientes são a soja, trigo, azeite, ervas aromáticas e cebola. O Rebel Whopper é o preferido dos consumidores, mas a cadeia tem também à venda os novos “nuggets vegetais” e garante que “oferecem o mesmo sabor dos nuggets de frango originais, apesar de serem feitos com ingredientes 100% vegetais da marca holandesa The Vegetarian Butcher”.

“Desde a entrada dos produtos nos restaurantes e tendo como base a partir de 2020, no total de produtos a nível de venda, vendemos em média mais 60%”, diz o Burguer King.

Apesar de terem opções vegetarianas, ambos os restaurantes de fast food têm uma oferta na sua esmagadora maioria composta por proteína animal: o McDonald’s tem de momento 19 menus de hambúrgueres e apenas um é vegetariano; já no Burger King são dois, num total de 29.

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Mais oito mortes e 2.306 casos de Covid-19. Há 200 internados em cuidados intensivos

Boletim diário da DGS dá conta de mais oito mortes e 2.306 casos de Covid-19. Internamentos sobem, mesmo em cuidados intensivos, de regresso às 200 camas ocupadas.

Foram detetados mais 2.306 casos de Covid-19 em Portugal e oito pessoas morreram da doença nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim diário da DGS.

O número de internamentos subiu (+28, para 923), incluindo os internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI), que aumentaram em cinco, de regresso às 200 camas ocupadas.

A maioria dos óbitos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (5), seguindo-se o Norte (2) e o Algarve (1). Mas foram registados mais novos casos no Norte (874), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (770), Algarve (241), Centro (227), Alentejo (129), Açores (48) e Madeira (17).

Boletim epidemiológico de 1 de agosto de 2021:

Existem pouco mais de 50 mil casos ativos de Covid-19 em Portugal, tendo sido observado um acréscimo de 798 face a sábado. Recuperaram mais 1.500 pessoas, num total de 903.514.

Desde o início da pandemia, foram confirmados 970.937 casos de Covid-19 e 17.369 pessoas morreram da infeção.

As autoridades de saúde mantêm sob vigilância ativa este domingo um total de 75.709 pessoas, por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas com Covid-19. É um decréscimo de 1.746 pessoas.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h20)

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Patrícia Mamona conquista medalha de prata no triplo salto em Tóquio

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

Patrícia Mamona conquistou a medalha de prata no triplo salto dos Jogos Tóquio2020, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a 2.ª medalha por atletas portugueses.

Patrícia Mamona conquistou este domingo a medalha de prata no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).

Patrícia Mamona, de 32 anos, só foi batida pela venezuelana Yulimar Rojas, bicampeã do mundo, com 15,67 metros, que estabeleceu um novo recorde do mundo. No terceiro lugar ficou a espanhola Ana Peleteiro, com 14,87.

A portuguesa, campeã da Europa em pista coberta, em 2021, e ao ar livre, em 2016, chegou à final do triplo ao saltar na primeira tentativa da qualificação 14,60 metros, menos seis centímetros do que o seu recorde nacional, que alcançou em 9 de julho e que bateu este domingo por 35 centímetros, à quarta tentativa.

Patrícia Mamona venceu a prata no triplo salto nos Jogos Olímpicos de Tóquio.EPA/JEON HEON-KYUN

Na primeira tentativa, Patrícia Mamona já tinha conseguido superar a marca, com 14,91 metros, tendo fechado o concurso com 14,97 metros na sexta tentativa.

A saltadora do Sporting cumpriu a terceira presença olímpica, depois do sexto lugar no Rio2016 e do 13.º posto em Londres2012.

Já Yulimar Rojas juntou o título olímpico aos dois títulos mundiais, arrebatados em 2017 e 2019, depois da medalha de prata no Rio2016. A venezuelana bateu ainda o recorde mundial na sexta e última tentativa, com 15,67 metros.

A espanhola Ana Peleteiro, que foi segunda nos Europeus de 2021, atrás de Mamona, depois de ter sido campeã em 2019, voltou a ser superada pela portuguesa, mas leva para casa a medalha de bronze e um novo recorde nacional.

Nesta competição, a portuguesa Evelise Veiga não foi além da qualificação, terminando no 19.º lugar, com 13,83, a sua melhor marca do ano.

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YouTube suspende Sky News Austrália por desinformação

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

Plataforma de vídeos acusa Sky News Austrália de partilhar desinformação na plataforma. Alguns dos vídeos do canal questionam a existência da pandemia.

O YouTube suspendeu por uma semana a Sky News Austrália da sua plataforma de partilha de vídeos, devido a informações consideradas falsas sobre a Covid-19. A decisão surge na sequência de uma análise de vídeos enviados pelo canal de TV de propriedade do magnata Rupert Murdoch.

“Temos políticas claras estabelecidas sobre informações falsas sobre a Covid-19 (…) para evitar a disseminação de informações falsas sobre o coronavírus que podem prejudicar o mundo real”, disse o YouTube em comunicado.

Com 1,86 milhões de assinantes no YouTube, o canal pertence a uma subsidiária do grupo de News Corp de Murdoch e alguns dos vídeos que coloca e que são amplamente partilhados nas redes sociais em todo o mundo questionam a existência de uma pandemia e a eficácia das vacinas.

Há três dias, o canal fez uma publicação na qual um apresentador, conhecido pela sua hostilidade às restrições de saúde, criticou a decisão das autoridades de estender o confinamento em Sydney.

A Sky News confirmou que foi temporariamente bloqueada pelo YouTube e um porta-voz afirmou que o canal “apoia discussões e debates sobre uma ampla variedade de tópicos e pontos de vista, o que é vital para qualquer democracia”. “Levamos a sério o nosso compromisso de atender às expectativas da equipa editorial e da comunidade”, acrescentou.

O YouTube tem três tipos de penalidades para violações: a primeira é uma suspensão de uma semana, depois duas semanas para uma ofensa reincidente em 90 dias e, finalmente, uma remoção permanente da plataforma. A plataforma de vídeo do YouTube é propriedade da Alphabet, a empresa-mãe do Google.

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CNE e Proteção de Dados colidem nas moradas dos candidatos às autárquicas

  • ECO
  • 1 Agosto 2021

A CNE e a CNPD estão em rota de colisão. A primeira quer divulgar as moradas dos candidatos à porta dos tribunais, enquanto a segunda considera que isso viola a lei da proteção de dados.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) estão em rota de colisão. A CNE quer divulgar a morada dos candidatos e mandatários dos partidos e movimentos concorrentes às autárquicas nas listas que serão afixadas nos tribunais já esta segunda-feira, enquanto a CNPD considera que tal é desnecessário.

Segundo o Público (acesso condicionado), é entendimento da CNE que a informação completa dos candidatos e mandatários deve ser tornada pública em “defesa da transparência”. Mas a CNPD considera que isso viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), sendo desnecessário, preferindo, em alternativa, a divulgação, exclusivamente, do respetivo código postal.

O verniz estalou, com a CNE a aprovar uma deliberação esta semana, na qual acusa a CNPD de fazer um “entendimento inovador da Lei Eleitoral”. Para a CNE, “o cidadão que subscreve uma declaração de aceitação de candidatura sabe que a sua vida privada deixa de ter a proteção especial dada à vida privada dos demais cidadãos”.

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Receitas do jogo em Macau com subida anual de 528%

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

As receitas do jogo em Macau subiram 29% em julho relativamente ao mês anterior e 528% em termos anuais. Empresas que exploram o negócio arrecadaram 8,4 mil milhões de patacas (888 milhões de euros).

As receitas do jogo em Macau subiram 29% em julho relativamente ao mês anterior e 528% em termos anuais, indicaram dados divulgados este domingo pela Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Em julho, as operadoras que exploram o jogo na região administrativa especial chinesa arrecadaram 8,4 mil milhões de patacas (888 milhões de euros) contra 1,3 mil milhões de patacas (141 milhões de euros) em igual mês de 2020.

Junho foi o pior mês do ano, com os casinos a contabilizarem receitas de 6,5 mil milhões de patacas (690 milhões de euros), num resultado que coincidiu com a descida no número de visitantes, na sequência de um surto comunitário de Covid-19 na província vizinha chinesa de Guangdong.

Também nos primeiros sete meses do ano, os casinos registaram uma subida de 63,9% nas receitas comparativamente a igual período do ano passado, com 57,4 mil milhões de patacas (seis mil milhões de euros) de receitas brutas acumuladas contra 35 mil milhões de patacas (3,6 mil milhões de euros) no mesmo período de 2020.

Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal. Em 2019, obteve receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31 mil milhões de euros). Contudo, em 2020, devido ao impacto da pandemia, os casinos em Macau terminaram o ano com uma quebra de 79,3% nas receitas em relação a 2019.

Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco, exploram casinos naquela que é apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registadas na cidade norte-americana.

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Marcelo dá nota positiva à reabertura “sensata” decidida pelo Governo

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

O Presidente da República mostrou-se satisfeito por o Governo já ter anunciado "medidas de sucessiva, gradual e sensata abertura" da economia e da sociedade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, classificou como “sensata” a reabertura do país e o alívio de restrições impostas pela pandemia, considerando que as medidas anunciadas pelo Governo correspondem à “expectativa de muitos portugueses”.

“Felizmente que a pandemia avança no bom sentido [e] que foram anunciadas já medidas de sucessiva, gradual e sensata abertura”, disse Marcelo Rebelo de Sousa perante cerca de meia centena de portugueses e luso-brasileiros reunidos na Casa de Portugal em São Paulo.

Numa intervenção que, segundo o chefe de Estado português, pretendeu transmitir “o que se passa em Portugal”, Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda de “sinais económicos muito positivos” e de números de exportações “surpreendentes de bons”, só possíveis, disse, pela forma como “a sociedade, as empresas e os trabalhadores souberam enfrentar os tempos difíceis”.

Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “a posição tomada pelo primeiro-ministro e pelo Governo” vai “ao encontro das expectativas de muitos portugueses”. “Nisto está implícito aquilo que considero de juízo favorável, claramente favorável, ao que foi decidido”, acrescentou.

Questionado sobre se as novas medidas fizeram retornar a harmonia entre Presidente da República e Governo sobre esta matéria, Marcelo Rebelo de Sousa apontou como um dos grandes princípios de gerir a pandemia de Covid-19 “a solidariedade estratégica”. “A solidariedade estratégica é ter um objetivo e trabalhar de forma sistemática em conjunto para atingir esse objetivo, envolvendo o maior número” de pessoas, disse.

O Presidente da República considerou que o percurso feito até agora “provou bem” e que não há, por isso, “nenhuma razão para não se ir em frente no mesmo percurso de solidariedade estratégica”.

Dia 1 da “libertação” da sociedade

O levantamento gradual das restrições em função da vacinação contra a Covid-19 arranca este domingo com o controlo da pandemia de Covid-19 a passar a ser feito “em função do critério da taxa de vacinação da população portuguesa” e sem medidas diferenciadas para cada um dos 278 concelhos de Portugal continental.

O plano do Governo de alívio das restrições prevê três fases para “libertação da sociedade e da economia, de modo progressivo e gradual”, segundo anunciou o primeiro-ministro, António Costa, na quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa.

Entre as medidas gerais que se enquadram nas três fases deste novo plano está a exigência de certificado digital de vacinação ou teste negativo à Covid-19 para restaurantes no interior às sextas-feiras a partir das 19h00 e aos sábados, domingos e feriados durante todo o horário de funcionamento, assim como para viagens por via aérea ou marítima, estabelecimentos turísticos e alojamento local, termas e spas, casinos e bingos, eventos culturais, desportivos ou corporativos com mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado) e casamentos e batizados com mais de 10 pessoas.

A primeira fase do plano de levantamento gradual das restrições começa este domingo, quando há 57% da população com vacinação completa, e determina o fim da limitação de circulação na via pública que era aplicada, diariamente, entre as 23h00 e as 5h00, aos concelhos de maior risco de incidência de Covid-19, assim como a possibilidade dos restaurantes e dos equipamentos culturais e desportivos funcionarem “de acordo com o horário do respetivo licenciamento, com o limite das 2h00.

Nestas medidas de alívio está também a reabertura de bares e discotecas e a passagem do teletrabalho “de obrigatório para recomendado, quando as atividades o permitam”.

As três fases deste plano estão associadas à percentagem de população que as autoridades estimam ter a vacinação completa contra a Covid-19 em 1 de agosto (57%), em 5 de setembro (71%) e em outubro (85%).

O Presidente da República português cumpriu no sábado o segundo e último dia de visita a São Paulo, seguindo este domingo para Brasília.

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