ERSE aplica coimas de 1,6 milhões no primeiro semestre de 2021

As coimas resultaram de interrupções do fornecimento de energia, comunicação de leituras, não disponibilização do livro de reclamações e práticas comercias desleais.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos anunciou esta segunda-feira a decisão, até ao final do primeiro semestre de 2021, de aplicar coimas que ascendem a 1,6 milhões de euros.

Estes processos de contraordenação resultaram de interrupções do fornecimento de energia, faturação e não submissão atempada dos contratos, comunicação de leituras, não disponibilização do livro de reclamações e práticas comerciais desleais.

Dos 1,6 milhões de euros de coimas a ERSE só recebeu efetivamente efetivamente 835.300 euros. “Dois processos foram decididos em procedimento de transação, o que implica a redução da coima para metade por as empresas visadas terem assumido as infrações, abdicado de litigância judicial e aceitado compensar os clientes lesados”, explicou o regulador, em comunicado.

Do lado dos consumidores, foram compensados em 132 no montante total de 9.935 euros. Os valores atribuídos oscilaram entre 20 euros e 1.000 euros por cliente. “A ERSE conseguiu, desde 2015, que, por via sancionatória, as empresas visadas compensassem
709 consumidores, num valor total de 63.140 euros”, refere o mesmo comunicado.

O regulador deu conta que, de janeiro a junho de 2021, foram decididos 20 processos contraordenacionais, que resultaram em oito condenações, 10 arquivamentos e dois processos remetidos para outras entidades públicas, por a infração não ser abrangida pelo Regime Sancionatório do Setor Energético (RSSE).

Foram recebidas 73 denúncias, detetadas pela ERSE 96 situações suscetíveis de configurarem ilícitos e recebidas oito participações de entidades públicas (Entidade
Nacional para o Setor Energético E.P., Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e Autoridade Regional das Atividades Económicas da Região Autónoma da Madeira).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hugo Santos Ribeiro é o novo project assembly manager da Nhood Portugal

"Estou muito entusiasmado com este desafio profissional e convencido que, em conjunto, em equipa, iremos trilhar um caminho de sucesso para todos", refere o licenciado em arquitetura.

Hugo Santos Ribeiro é o novo project assembly manager da Nhood Portugal. Será responsável pela coordenação da montagem jurídica, técnica e financeira dos projetos desenvolvidos pela empresa, bem como pela identificação de oportunidades, apresentação de propostas e implementação da montagem de projetos imobiliários, com o propósito de reforçar o valor e a atratividade dos ativos geridos pela Nhood Portugal, bem como dos futuros.

“A montagem de projetos imobiliários prevê a definição de um ambicioso programa de desenvolvimento e a criação de produtos de real estate alinhados com as necessidades dos clientes e das comunidades. A função da Nhood Portugal, enquanto plataforma global de soluções imobiliárias, é a de analisar e criar parcerias estratégicas para projetar novas oportunidades alinhadas com a nossa visão de criação de uma política de triplo impacto positivo: pessoas, planeta e proveitos. Este trabalho é desenvolvido nas fases de conceção e montagem dos projetos imobiliários através da definição e validação dos pressupostos do business plan“, refere o profissional, citado em comunicado.

“Estou muito entusiasmado com este desafio profissional e convencido que, em conjunto, em equipa, iremos trilhar um caminho de sucesso para todos.”

Hugo Santos Ribeiro tem 37 anos, é licenciado em arquitetura pelo Instituto Superior Técnico e concluiu uma pós-graduação em gestão e estratégia empresarial pela Universidade Europeia. Profissionalmente, conta com um percurso consolidado na área da arquitetura e gestão de projetos e de construção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Girl Move Academy lança novo programa digital. Quer ativar talento das jovens mulheres moçambicanas

O "Rise & Shine" é uma experiência de aprendizagem e inspiração totalmente digital e gratuita. O programa teve o apoio do fundo criado por Virgínia Coutinho. Inscrições decorrem até 15 de julho.

A Girl Move Academy acaba de lançar uma experiência digital de dois meses para “acordar e fazer brilhar” o talento das jovens mulheres moçambicanas. “Rise & Shine” é o nome do novo programa da Academia Internacional de Liderança que promete ativar o talento de mulheres líderes e changemakers à distância de um clique. O programa tem o apoio do fundo criado por Virgínia Coutinho, fundadora da Lisbon Digital School.

“O novo programa da Academia de Liderança nasce do sonho de querer escalar o seu impacto em Moçambique, através de uma plataforma digital que vai conectar milhares de jovens moçambicanas numa experiência de aprendizagem e inspiração 100% digital. Este sonho era também partilhado pela Virgínia Coutinho, fundadora da Lisbon Digital School, que apesar de ter partido cedo demais, deixou um enorme legado e decidiu juntar-se ao nosso movimento para apoiar este programa pioneiro e inovador, através do seu Fundo”, lê-se em comunicado.

O programa tem a duração de dois meses, conta com metodologias de reflexão, inovação e conexão, através de vídeos, ferramentas de inspiração e desafios sempre guiados por mentores e formadores, duas horas por semana. Além disso, é 100% gratuito.

As inscrições para o “Rise & Shine” estão abertas até 15 de julho, através deste link. Em apenas 24 horas, o programa já registava mais de 1.000 inscrições. “Este é um dos primeiros passos que a Girl Move Academy dá no seu processo de crescimento e expansão internacional, para criar uma comunidade global que acredita e defende o papel do talento feminino na transformação do mundo.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como conquistar e reter talento? 5 estratégias para evitar a rotatividade de colaboradores

Apostar no bem-estar, implementar uma estratégia forte de desenvolvimento e desenhar um pacote de benefícios são algumas das decisões que uma empresa centrada no capital humano deve tomar.

Investir na captação e retenção de talentos é sinónimo de redução de turnover – que é como quem diz da rotatividade de profissionais -, de economia de tempo e custos na integração de novos colaboradores, bem como de garantir que a empresa não perde capital intelectual. A recrutadora Adecco elenca cinco estratégias que as empresas podem levar a cabo para garantir que conquistar e reter o melhor talento e com isso, “ter colaboradores motivados, comprometidos e todos os dias empenhados em prol da ‘sua’ empresa”.

Amanhã, 13 de julho, às 10h00, em “Shal We Talk About”, a recrutadora vai desmistificar crenças que limitam o desenvolvimento dos colaboradores e, por conseguinte, o crescimento do negócio. Os interessados em assistir podem inscrever-se através deste link.

Para desvendar um pouco do que vai ser debatido na próxima sessão do “Shal We Talk About”, a empresa de recursos humanos elenca algumas estratégia para atrair e gerir os melhores talentos da sua empresa. “Construir uma boa reputação como empregador é uma das melhores formas de atrair e reter o talento. Isto não significa que apenas aplica algum marketing e relações públicas à imagem como empregador: é necessário consolidar a reputação com ações objetivas”, lê-se em comunicado.

Saúde, formação e desenvolvimento, benefícios…

O apoio à saúde mental e ao bem-estar, um tema que a pandemia da Covid-19 veio reforçar, é a primeira qualidade apontada pela Adecco como essencial numa empresa que esteja centrada no capital humano e na sustentabilidade a longo prazo. “Aqueles que trabalham no local podem sofrer de ansiedade devido ao medo de adoecer, enquanto os funcionários em teletrabalho previsivelmente a fadiga e o esgotamento devido a uma mudança drástica no seu equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Dar prioridade ao apoio à saúde mental dos colaboradores atuais, oferecendo-lhes acesso a um terapeuta ou proporcionando-lhes tempo de folga regular para recarregar as suas baterias, é uma boa postura.”

A partir de agora, e cada vez mais, os candidatos vão querer saber como é que a organização planeia apoiar o seu bem-estar. “Poderá comunicar os benefícios e recursos da sua empresa e mostrar como farão parte de uma organização solidária e empática ao longo do processo de contratação, para que saibam que terão o apoio de que necessitam”, aconselha a Adecco.

Em segundo lugar estão as oportunidades de desenvolvimento profissional. “Os funcionários de todas as idades estão ansiosos por aprender novas competências e dar o próximo passo nas suas carreiras. Os empregadores podem tornar isto uma realidade, proporcionando oportunidades de requalificação e formação que não só beneficiam os seus funcionários, mas também tornam uma organização mais resistente e adaptável em tempos de crise.”

Mas, para além da oportunidade de aprender novas competências, as pessoas valorizam organizações que estabelecem um “claro caminho para a promoção”. Ser transparente e comunicar a experiência, competências e qualificações que se esperam dos colaboradores é uma forma de ‘preparar terreno’ para uma possível promoção, e, por sua vez, para a retenção de talentos.

Não poderiam, contudo, faltar nas qualidades das empresas os benefícios atrativos. Em 2021, os profissionais valorizam muito mais do que o salário, querem um pacote de compensação total que inclua, por exemplo, licença de maternidade paga, férias pagas, serviços de acolhimento de crianças, opções de compra de ações e bónus de desempenho, e por aí fora.

“Estes tipos de benefícios mostram ao colaborador, atual ou potencial, que as pessoas são valorizadas dentro da organização, e que as lideranças estão preocupadas e interessadas no sucesso das pessoas dentro da empresa e na sua vida pessoal. A falta de opções de benefícios pode fazer com que candidatos ou colaboradores considerem procurar trabalho noutro lugar, especialmente se se sentirem subvalorizados ou que há falta de apoio para em tempos difíceis”, alerta a Adecco.

Prontidão para o trabalho à distância e compromisso com a diversidade e a inclusão são, também, qualidades que a empresa especializada em recrutamento considera fundamentais e que ajudarão na atração e retenção dos melhores profissionais.

Cada vez mais, os candidatos querem saber exatamente quais são as políticas de trabalho à distância da organização. E, para a Adecco, a atitude da empresa no que toca ao trabalho à distância pode ser decisiva: “O trabalho remoto chegou para ficar, mesmo quando as empresas começam a abrir novamente os seus escritórios. Os grandes empregadores confiam suficientemente nos seus funcionários para saberem que podem desempenhar as suas tarefas a partir de qualquer lugar.”

Finalmente, assumir uma posição “forte”, protegendo a diversidade e a inclusão no local de trabalho fará com que a empresa atraia “candidatos que sentem que a sua organização é um local seguro onde as suas vozes serão ouvidas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comportamento dos adeptos na final do Euro 2020 é “devastador”, diz OMS

  • ECO
  • 12 Julho 2021

A líder técnica de resposta à Covid-19 na OMS, Maria Van Kerkho, classificou o comportamento dos 60.000 espectadores que assistiram ao jogo entre Inglaterra e Itália, de "devastador".

O comportamento de vários adeptos que assistiram à final do Euro 2020 sem máscara e sem distanciamento social está a preocupar a Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta que este tipo de comportamentos estimula a transmissão da Covid-19, incluindo da variante Delta.

Em declarações transmitidas a partir da agência de Saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), a líder técnica de resposta à Covid-19 na OMS, Maria Van Kerkho, classificou o comportamento dos 60.000 espetadores que assistiram ao jogo entre Inglaterra e Itália, de “devastador”, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ainda antes do final da partida, a responsável criticou o comportamento dos adeptos alertando que “a pandemia não vai parar hoje”, pelo que o vírus original e a variante Delta, que é 60% mais contagiosa que o SARS-CoV-2 original “vai tirar partido de pessoas não vacinadas, em ambientes lotados, sem máscara, a gritar e a cantar. Devastador”, concluí numa publicação feita através da rede social Twitter.

Estas declarações surgem numa altura em que o Reino Unido enfrenta uma nova onda de infeções por Covid-19, impulsionada pela variante Delta, e apesar de ter uma das taxas de imunização mais elevadas do mundo. O país liderado por Boris Johnson tem 68,7% da população com uma dose da vacina, das quais 52% estão totalmente imunizadas, segundo site de monitorização da Bloomberg.

Face à situação epidemiológica do país, o primeiro-ministro pediu “cautela” aos britânicos, depois de na semana passada ter anunciado que pretendia levantar a maioria das medidas ainda em vigor para controlar a pandemia Covid-19 a 19 de julho, como o uso obrigatório de máscaras e os limites aos ajuntamentos em espaços abertos e fechados. A decisão final está dependente da análise dos últimos dados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP e NOS dão descontos cruzados em energia e telecomunicações

Os clientes de ambas as empresas passam a ter o dobro de dados móveis nos pacotes de comunicações NOS e um desconto adicional de 1% nos serviços de energia (eletricidade e gás).

A EDP Comercial e a NOS anunciaram esta segunda-feira uma nova parceria para garantir aos clientes descontos cruzados nos tarifários de energia e telecomunicações das duas marcas. Na prática, esta parceria materializa-se na “oferta aos clientes de ambas as empresas do dobro de dados móveis contratados nos pacotes de comunicações NOS e de um desconto adicional de 1% nos serviços de energia (eletricidade e gás) contratados à EDP Comercial”, explicaram as duas empresas em comunicado.

Esta oferta de descontos cruzados entre os setores da energia e telecomunicações surge depois de a Altice Portugal, dona da Meo, ter apresentado em meados de 2020 o novo tarifário Meo Energia, que duplica os dados móveis aos clientes que também contratem fornecimento de luz, em parceria com a comercializadora PT Live (que entretanto comprou), e da Goldenergy se ter aliado à operadora Nowo.

No caso dos novos clientes EDP Comercial e clientes EDP Pack Living, o desconto aumenta para os 2%, podendo chegar aos 8% (consoante o tarifário), “com a garantia de eletricidade 100% verde”, diz a elétrica. A estes novos clientes é ainda atribuído um vale NOS no valor de 25 euros para aquisição de um smartphone.

Esta parceria abrange os clientes particulares e clientes PME, de ambas as empresas, e não tem qualquer impacto nos períodos de fidelização nos contratos com a NOS. A ativação é 100% digital, podendo ocorrer através da app NOS ou da app EDP Zero, permitindo o acesso rápido aos benefícios disponibilizados.

De acordo com Daniel Beato, administrador executivo da NOS, “esta parceria permite-nos simultaneamente garantir que os nossos clientes têm acesso a vantagens exclusivas no setor da energia e das telecomunicações e aproximá-los da nossa visão para um futuro energeticamente mais sustentável.”.

Para Gustavo Monteiro, administrador da EDP Comercial, “esta parceria pretende garantir aos clientes uma oferta de serviços cada vez mais completa e adequada às suas necessidades e ao momento que o planeta atravessa”.

As duas empresas tinham já anunciado recentemente um acordo para compra de eletricidade renovável a longo prazo (PPA – Power Purchase Agreement), no valor de mais de 32 milhões de euros, e com a duração de mais de 10 anos. Esta parceria pressupõe a construção de um novo parque eólico, bem como o fornecimento de 62 GWh anuais de eletricidade, o que vai permitir à NOS ter 40% da sua operação alimentada por esta energia verde já em 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de inflação homóloga desacelera para 0,5% em junho

  • Lusa
  • 12 Julho 2021

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 0,5% em junho, taxa inferior em 0,7 pontos percentuais à do mês anterior.

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 0,5% em junho, taxa inferior em 0,7 pontos percentuais à do mês anterior e coincidente com a estimativa rápida anteriormente avançada, divulgou esta segunda-feira o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços verificado em junho de 2020, na fase final da primeira vaga das medidas de contenção da pandemia covid-19”.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de -0,3% (0,6% em maio).

A variação mensal do IPC, que não é afetada pelo referido efeito de base, foi de 0,2% em maio e junho (0,9% em junho de 2020). Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação do IPC foi -0,1% (0,2% no mês anterior e 0,8% em junho de 2020).

Já a variação média dos últimos 12 meses foi 0,3% (0,2% em maio).

Em junho, o agregado relativo aos produtos energéticos registou uma variação homóloga de 9,0% (9,9% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma taxa de variação de 0,1% (-0,1% em maio).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou variação homóloga de -0,6%, taxa inferior em 1,1 pontos percentuais à do mês anterior e inferior em 2,5 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em maio de 2021, esta diferença tinha sido de 1,5 pontos percentuais).

Quanto à variação mensal do IHPC, foi de 0,2% (0,3% no mês anterior e 1,2% em junho de 2020) e a variação média dos últimos 12 meses foi de -0,2% (-0,1% no mês precedente).

Por classes de despesa e face ao mês precedente, o instituto destaca o aumento em junho das taxas de variação homóloga das classes da ‘habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis’ e do ‘lazer, recreação e cultura’, com variações de 1,8% e 0,9%, respetivamente (1,5% e 0,8% no mês anterior).

Em sentido oposto, assinala a diminuição da taxa de variação homóloga da classe dos ‘restaurantes e hotéis’, dos ‘transportes’ e das ‘bebidas alcoólicas e tabaco’, com variações de -6,2%, 3,8% e 0,1%, respetivamente ( -4,1%, 5,6% e 1,5% no mês anterior).

Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC destaca-se a dos ‘transportes’, enquanto nas classes com contribuições negativas sobressai a dos ‘restaurantes e hotéis’.

Comparando com o mês precedente, em junho são de salientar os aumentos das contribuições para a variação homóloga do IPC das classes da ‘habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis’ e do ‘lazer, recreação e cultura’.

Em sentido contrário, o INE sublinha a redução da contribuição da classe dos ‘transportes’, dos ‘restaurantes e hotéis’ e dos ‘bens alimentares e bebidas não alcoólicas’.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meo e Vodafone têm obrigações adicionais de cobertura de 100 freguesias

A reguladora renovou os direitos de utilização de frequências atribuídos à Vodafone e à Meo, contemplando também a cobertura de mais 100 freguesias de baixa densidade populacional.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) renovou, até 21 de abril de 2033, os direitos de utilização de frequências atribuídos à Vodafone e à Meo, nas faixas dos 900 MHz e dos 1800 MHz. A renovação vem acompanhada da “imposição de obrigações adicionais de cobertura de 100 freguesias de baixa densidade populacional“, anuncia a reguladora.

Nesta centena de freguesias de baixa densidade populacional, os prestadores “terão de disponibilizar um serviço de banda larga móvel com um débito mínimo de 100 Mbps, que contemple, pelo menos, 90% da população”, explica a reguladora das telecomunicações, em comunicado. A Meo terá de assegurar a cobertura de 56 freguesias e a Vodafone de 44, diferença que se prende com a quantidade de espetro atribuída a cada um.

Agora, os operadores “deverão acordar entre si, até 30 de junho de 2022, a distribuição das freguesias cuja cobertura terão de assegurar, e comunicar à Anacom a decisão alcançada”. Se não chegarem a acordo, será a reguladora a decidir quanto à distribuição das freguesias pelos referidos operadores, através de um sorteio aleatório. Após a distribuição, as obrigações de cobertura devem ser cumpridas no prazo de um ano.

Esta decisão surge porque “os investimentos efetuados pelos operadores não têm privilegiado de igual forma as diversas zonas do país”, pelo que a reguladora diz ser “essencial manter os objetivos de cobertura dos territórios com menor densidade populacional”.

“Estando um conjunto de freguesias de baixa densidade já incluídas nas obrigações constantes do Regulamento do ‘Leilão 5G’, foram agora identificadas as 100 freguesias de menor densidade populacional que não constam desse Regulamento”, explicita a Anacom.

A Anacom defende que este “é um importante mecanismo para mitigar e suprimir deficiências identificadas ao nível das coberturas e da capacidade disponibilizada nas redes móveis, promovendo a coesão económica e social do território nacional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações da Virgin Galactic disparam após voo ao espaço

  • ECO
  • 12 Julho 2021

Richard Branson conseguiu ir ao espaço e regressar à Terra. Com o sucesso do voo, as ações da Virgin Galactic estão a disparar.

Richard Branson, dono da Virgin Galactic, empresa de voos espaciais, realizou o sonho de ir ao espaço a bordo de um avião da sua empresa. Com o sucesso do voo, as ações da empresa estão a disparar cerca de 7% na negociação pré-abertura de Wall Street.

A viagem decorreu no domingo e durou cerca de uma hora, desde a descolagem até à aterragem. Após a viagem, o fundador da Virgin Galactic disse que quer “tornar o espaço mais acessível a todos”. A empresa já tem mais de 600 reservas de potenciais turistas espaciais com os bilhetes a custar cerca de 250 mil dólares (210 mil euros).

“Para todos os miúdos que estão aí em baixo, eu já fui uma criança com um sonho, que olhava para o sol. Agora, sou um adulto numa nave espacial, com outros adultos maravilhosos a ver cá de cima a nossa belíssima Terra. Para a próxima geração de sonhadores, se nós conseguimos fazer isto, imaginem o que vocês conseguirão fazer”, disse o multimilionário britânico.

A Virgin Galactic recebeu no final do mês passado autorização da agência de segurança da aviação dos Estados Unidos para levar pessoas ao espaço. Esta aprovação surge num momento importante para o Richard Branson, uma vez que a Virgin Galactic enfrenta uma corrida contra a Blue Origin, do multimilionário fundador da Amazon, Jeff Bezos, e a SpaceX, do também de Elon Musk, presidente da Tesla.

Com esta viagem ao espaço, Branson conseguiu antecipar-se ao fundador da Amazon, Jeff Bezos, que anunciou que irá ao espaço a 20 de julho a bordo de um foguetão da própria empresa, o Blue Origin.

 

“Depois de 16 anos de investigação, engenharia e testes, a Virgin Galactic está na vanguarda de uma nova indústria espacial comercial, uma indústria que deve abrir espaço para a humanidade (…) “Acredito verdadeiramente que o espaço pertence a todos nós”, afirmou o multimilionário citado no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas de casas em Portugal registam o menor aumento da UE no arranque de 2021

Transações imobiliárias aumentaram 0,5% no primeiro trimestre em Portugal. Foi o aumento mais baixo entre os 12 Estados-membros analisados pelo Eurostat.

A pandemia abalou a economia e, consequentemente, a carteira das famílias. O mercado imobiliário foi um dos setores que sentiu o efeito — embora numa escala menor –, mas 2021 já trouxe melhorias. Depois de uma quebra de 5% nas transações de imóveis no ano passado, o primeiro trimestre deste ano assistiu a um aumento de 0,5% na compra e venda de habitações. Apesar desta subida, o aumento registados em Portugal foi o mais baixo da União Europeia (UE).

No ano passado, de um total de 13 Estados-membros analisados pelo Eurostat, apenas três viram as transações de casas aumentarem: Finlândia, Países Baixos e Dinamarca. Nos restantes, o cenário foi de quebras, com Portugal a registar uma diminuição na ordem dos 5%, a sétima mais baixa. Chipre, Eslovénia e Bélgica assistiram às maiores descidas (mais de 15%).

“Em 2020, o número de transações de habitação diminuiu em vários países da União Europeia em comparação com 2019, apesar de uma tendência contínua de aumento dos preços da habitação“, diz o Eurostat, explicando que esta queda no número de transações “ocorre após um aumento em quase todos esses países em 2019 em comparação com 2018”.

Para o gabinete de estatísticas europeu, “a redução do número de transações pode estar associada às medidas de bloqueio da Covid-19, em particular no segundo trimestre de 2020, que incluíram a suspensão temporária da atividade imobiliária“.

Mas, no início deste ano, o cenário melhorou. Portugal passou de um cenário negativo para positivo, ao registar uma subida de 0,5% no número de transações face ao primeiro trimestre do ano passado. Contudo, apesar desta melhoria, representou o aumento mais baixo dos 12 Estados-membros analisados pelo Eurostat. Bélgica (+26,1%), Dinamarca (47,5%) e França (54,1%) tiveram os maiores crescimentos.

No lado oposto, Eslovénia e Irlanda apresentaram as maiores descidas: -11,2% e -6,9%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas mais otimistas com economia veem exportações de bens disparar 7,2% em 2021

Com as exportações de bens já a superar o nível de 2019, as empresas mostram-se otimistas quanto à evolução do resto ano e perspetivam um aumento de 7,2% em 2021, de acordo com o INE.

As empresas exportadoras estão otimistas. De acordo com o inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE), estas mostram-se confiantes de que vão aumentar as exportações de bens em 7,2% este ano, revendo em alta a primeira estimativa. As vendas ao exterior serão impulsionadas também pelo mercado interno europeu como pela procura externa à União Europeia.

As empresas exportadoras perspetivam um acréscimo nominal de 7,2% nas suas exportações de bens em 2021, revendo 2,3 pontos percentuais (p.p.) em alta a 1ª previsão indicada em novembro de 2020“, revela o gabinete de estatísticas, explicando que “esta revisão resulta da atualização das expectativas para as exportações Intra-UE (+1,9 p.p., para 7,0%) e Extra-UE (+3,2 p.p., para 7,5%)”.

Apesar de ter registado valores acima de 2019 no início deste ano, a expectativa é que no conjunto do ano as exportações de bens portugueses ainda não tenham recuperado totalmente da pandemia. “A confirmarem-se estas perspetivas, as exportações de bens em 2021 ficarão 10,6% aquém dos valores registados no Comércio Internacional em 2019“, assinala, porém, o INE.

Estes resultados são impulsionados parcialmente pelo aumento das exportações de combustíveis e lubrificantes (que chegam em estado bruto a Portugal e são refinados, sendo exportados posteriormente) uma vez que excluindo esta componente o crescimento das exportações de bens é menor (5,8%). Em 2020, estas exportações caíram significativamente por causa do confinamento mundial e também da queda do preço do petróleo, vivendo-se a situação contrária este ano com maior desconfinamento e o aumento significativo da cotação do barril.

Que motivos dão as empresas para estarem mais otimistas? “O melhor comportamento que o esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes (44,9%) e em mercados específicos (14,9%)“, responde o INE, sinalizando que os empresários estão confiante com o ritmo de crescimento da economia mundial nos próximos meses.

Exportações de máquinas são as que crescem mais

Dividindo os bens por grandes categorias económicas, o INE destaca as perspetivas de aumento de 8,9% das exportações de “máquinas e outros bens de capital”, sendo a componente com a maior revisão em alta face ao inquérito anterior. Esta evolução deve-se sobretudo “às transações com os países Intra-UE (+13,2%) dado que para os para países Extra-UE se prevê uma diminuição (-1,1%)”, nota o gabinete de estatísticas.

É ainda de destacar o aumento de 7,2% das exportações de “fornecimentos industriais não especificados noutra categoria”, o qual é transversal ao mercado único europeu e à procura externa. As exportações de produtos alimentares e de bebidas continuarão a aumentar este ano, após terem sido as únicas a aumentar no ano passado.

Este inquérito foi feito a empresas cujo valor de exportação superou os 250 mil euros em 2019. No total responderam 3.224 empresas portuguesas, as quais representavam cerca de 90% das exportações de bens.

(Notícia atualizada às 11h23 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O potencial de uma geração

  • PESSOAS + EY
  • 12 Julho 2021

As oportunidades estão no potencial das pessoas das diferentes gerações. Porque há talento em todas as gerações e a idade não define o talento, diz Sandy Antunes, Manager EY, People Advisory Services.

As organizações estão a ser desafiadas a responder a uma nova realidade económica e social, marcada pela globalização, pela evolução demográfica, pelas alterações climáticas e, mais recentemente, pela pandemia.

“Reinventar” e “reimaginar” são quase palavras de ordem que escutamos e marcam este momento da vida das organizações, em que estas procuram transformar-se ao repensar o seu propósito e estratégia, criar formas de trabalhar através de modelos híbridos e, ainda, ao fazer evoluir a sua cultura organizacional.

Como todos os desafios que se apresentam são simultaneamente verdadeiras oportunidades, é imperativo identificar aquelas que existem ao nível da gestão de talento.

Não é de hoje que as organizações precisam de gerir e reter talento. E não é de hoje que é uma condição de sucesso olhar para o talento da organização como sendo o maior ativo, atribuindo aos gestores de recursos humanos e aos líderes a missão de atuarem como catalisadores do talento dentro da organização. Também não é de hoje que devemos estar atentos para o facto de coexistirem diferentes gerações nas organizações, entre os nativos digitais, millennials, baby boomers, acrescendo o facto de vivermos e trabalharmos até mais tarde.

E é aqui que residem as oportunidades, no potencial das pessoas das diferentes gerações. Há talento em todas as gerações e a idade não define o talento.

Partindo de um olhar mais atento às gerações baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) e aos colaboradores que estão há mais anos nas organizações, destaca-se o papel e contributo inestimável que estes podem trazer, especialmente, porque possuem o património de conhecimento, de história, de network e de experiência que podem partilhar de forma consistente.

E quem melhor para partilhar?

Tal como um contador de histórias, este profissional tem o poder de passar cultura e valores, conhecimento, contexto e, muitas vezes, até uma conclusão em jeito de moral. Não importa se começa com “era uma vez…”, importa que lhe seja dada oportunidade de o fazer. Será desta forma que irá partilhar as suas experiências, ajudar a gerar insights, promover a criatividade e novas possibilidades e alternativas. Não é de tudo isto que precisamos nas nossas organizações?

"Acreditamos que o papel e contributo destes mentores deverá ser entendido como uma oportunidade para criar um futuro mais sustentável e com propósito face à sua missão na organização, bem como potenciar uma learning organization que prepara as pessoas para os desafios do futuro.”

Sandy Antunes

Manager EY, People Advisory Services

Neste sentido, gerir este talento passa por criar condições para que assumam o papel de mentor na organização através da criação de um programa de mentoring, em que este profissional com mais experiência e conhecimento acompanha outro colega com o objetivo de desenvolvimento profissional e de carreira. Neste processo, destacam-se benefícios assinaláveis para quem assume o papel de mentor, ao valorizar o seu papel na organização, possibilitar a oportunidade de deixar um legado com significado, contribuir para o desenvolvimento de outros, ser uma oportunidade de aprendizagem, desenvolver soft skills, fomentar o netwoking e criar sinergias. Todos estes benefícios representam valor acrescentado para todos os envolvidos e para a organização, sendo uma solução em que todos ganham!

O programa de mentoring poderá assumir várias modalidades, de acordo com o propósito e necessidades da organização, desde o mentoring one to one, o mentoring peer to peer ou o team mentoring. É de salientar ainda o reverse mentoring (modalidade é atribuída a Jack Welch) em que o colaborador mais sénior é o mentee e o mentor é o colaborador mais jovem, sendo esta uma opção relevante para apoiar na adoção do digital. A vantagem é que todas estas modalidades podem acontecer no formato presencial ou virtual.

Acreditamos que o papel e contributo destes mentores deverá ser entendido como uma oportunidade para criar um futuro mais sustentável e com propósito face à sua missão na organização, bem como potenciar uma learning organization que prepara as pessoas para os desafios do futuro.

Na sua organização, o que está a fazer para gerir o talento desta geração?

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.